A grande desvantagem de ter uma classe de 4/5 navios, é a sua substituição ficar totalmente para a mesma altura, o que causa problemas em termos de orçamento. Vejamos que no nossos caso, seguindo à letra o que está planificado, as 5 fragatas terão substituição lá para 2030/35, tal como os F-16 atingirão o seu limite por esta altura, tal como os P-3, fora os inúmeros outros meios a precisar de MLUs por essa altura. Se numa LPM a 12 anos, não se arranja 1200/1500 milhões para substuir as VdG, vão conseguir nos 10 anos de 30 a 40, 7 mil milhões para tudo o que está "planeado"? Aliás, 7 mil milhões é bastante minimalista, o mais provável era ser na ordem dos 10 mil milhões.
Quanto aos sistemas dos navios, não sei até que ponto fará grande diferença entre ter uma classe de navios com ESSM e outra com CAMM, por exemplo, ou os seus sensores serem diferentes, já que as próprias guarnições são específicas ao navio.
A não ser que tivéssemos uma só classe, dificilmente os navios partilhariam o mesmo tipo de sensores, tal nunca aconteceu na nossa história, e são raros os casos em que se sucede na NATO.
Quanto aos espanhóis e companhia, apenas 2 países da NATO possuem apenas uma classe de combatente de superfície, a Noruega e a Bélgica.
Como fazemos parte do consórcio, o ESSM Block 2 tem de permanecer no activo na Marinha, depois é avaliar se é possível ter este míssil para todos os navios ou não.
Hoje em dia, tirando o cenário das EPC, a hipótese mais favorável e que podia ser realizada em pouco tempo, é a compra das 2 FREMM italianas. Agora, seria um problema usarem mísseis diferentes, ao ponto de se preferir manter as VdG ao serviço até apodrecerem, ou substituindo-as por navios inferiores?