Eu percebo o cepticismo face às EPC, mas comparar uma MP com 3/4 EPC mais 2 BD às forças irlandesas, parece-me exagero.
Houvesse vontade, a entrada no programa das EPC podia, e ênfase no "podia", abrir caminho para a aquisição das duas FREMM italianas, ganhando nós prioridade face aos Egípcios. Numa perspectiva de sonhador, ficávamos com a Marinha com 2 EPC, 2 FREMM, e depois as duas BD.
Já agora, é importante referir que as FREMM italianas têm hangar duplo, podendo receber, inclusive, um heli ASW e um Merlin ao mesmo tempo. Estaríamos a falar de uma capacidade ímpar que de outra forma estaria dependente de um LPD. Se adquirissemos um NPO, fosse de que tipo fosse, sem hangar, esta capacidade da FREMM seria muito útil.
http://lefauteuildecolbert.blogspot.com/2020/05/european-patrol-corvette-et-de-quatre.html?m=1
Obrigado, excelente artigo. Embora não traga muito de novo, descreve a génese do projeto e explica como os franceses querem algumas ASW para proteger os SSBN e os gregos querem substituir parte das Hydra e Ellis pelas EPC. Aparentemente, servem para proteger os SSBN franceses e substituir as Meko gregas, mas alguns aqui no fórum são mais papistas que o Papa e acham que não servem para a nossa Marinha... são uma porcaria... tudo o que não seja AB ou Zumwalt, não presta... quando ficarmos sem navios combatentes de superfície porque não comprámos o supra-sumo da barbatana, continuem a queixar-se... não queiram entrar já e substituir as 3 VdG por versões full e vão ver onde vamos acabar...
Ab
João
Bem, meu caro,
Tudo depende o que a Marinha puder/quiser e de acordo com o Ministro, tudo depende se queremos ter uma Marinha Ocêanica e com capacidade de combate ou algo só para vigilancia, pois se vierem as EPC, podem ter a certeza que virão na forma de "patrulha" de 3100 TON de deslocamento.
A probabilidade de nos venderem que vem todas equipadas e depois a ultima da hora como não há dinheiro, vem só com a peça de 76 mm e sensores básicos, entretanto os políticos calam a Marinha porque já lhes compraram 3 corvetas ou fragatas ligeiras e a Marinha fica mais perto de uma grande guarda costeira.
Se fossem compradas as MEKO A200, não me parece possível este cenário, tanto é que o preço é semelhante ( 380 milhões/unidade), para 3700 toneladas de deslocamento, só são mais 600 ton em relação as EPC, canhão de 127 mm, sonar Rebocado etc.
O Egipto comprou 6 por 2300 milhões de euros, supostamente para nós ficariam 3 a 1140 milhões, com capacidade de crescimento e upgrade no futuro muito maior.
As A200 dos Egípcios são navios que, a bem da verdade, pouco ganham às nossas BD. Com um pouco de mais investimento nas BD, tinhas um radar 3D ao mesmo nível do usado nas A200. Se fizéssemos uma encomenda das A200 equipadas ao nível das EPC full, passaria os 500 unidade certamente.
Quanto ao receio de não vir uma EPC full mas sim uma EPC estilo OPV, também partilho do mesmo receio, mas no entanto nada garante que, se comprassemos as A200 estas viriam melhor equipadas sequer...
Quanto ao preço das EPC, julgo que não se saibam preços, portanto é difícil julgar, mas podendo tornar-se navios construídos à larga escala para inúmeras marinhas, poderão ser mais baratas do que o esperado. Para não falar do financiamento UE, que é factor determinante.
Mas aqui temos 2 opções, fechar a porta às EPC e rezar por algo melhor, ou tentar entrar no programa, e pensar atempadamente como vai ser a nossa participação. Para mim defendo a tal ideia do 2+2+2. Mas propostas são sempre bem vindas.