KC-390 na FAP

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2280 em: Setembro 19, 2022, 09:57:24 pm »
Gosto dos analistas. Continuem, continuem.

Brigando por uma aeronave que está sendo feita pra USAF? 
Briguem!
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2281 em: Setembro 19, 2022, 10:21:40 pm »
Eu penso que parte-se do princípio que Portugal já comprou 5.

Os técnicos do FD fariam melhor se nos dissesem a nós não-técnicos a melhor forma de aproveitar os aparelhos e os negócios que a sua compra poderá potenciar.

Em vez de virem com fantasias sobre C-17s.

Que eu saiba a notícia é sobre a USAF e não sobre a FAP. Portugal não tem voto na matéria, quanto muito poderá no futuro optar pela solução apresentada, mas somente se for algo possível de instalar mais tarde sem grandes alterações à aeronave original.

Para já, não passa de um desenho no papel, ou neste caso no computador, como há muitos outros, e de ser construído um protótipo a entrar em produção (altura em que aí sim poderíamos olhar para isto como uma opção) ainda há muitas condicionantes à mistura, inclusive a ideia ficar-se apenas por um protótipo e nada mais, por simplesmente não ganhar o concurso da USAF.

Força depauperada e com problemas infinitos com o novo Boeing KC-46.

E não esquecer que a Boeing esteve recentemente para comprar a divisão de defesa da Embraer. Alguma coisa tinha em vista.

O negócio com a L3 deve ter em vista reabastecimentos "especiais" que um C-130 não consegue fazer. Caso contrário, já estava a fazer.

Não tem nada a ver com o KC-46.

A Boeing passaria a ter controlo de um concorrente no sector, e ainda lucrar com isso. Por arrasto o KC poderia fazer parte da lista de produtos da Boeing, para um eventual concurso para substituir os C-130. Entretanto o negócio foi por água abaixo.

Reabastecimentos especiais?
Não, a ideia passa essencialmente por ter uma aeronave táctica que use Flying Boom, ao contrário das actuais aeronaves que estão limitadas a Probe & Drogue, e que portanto não podiam reabastecer a quase totalidade das aeronaves de combate da USAF. E entre arranjar uma solução para ter milhares de aeronaves preparadas para P&D, a solução mais lógica é usar umas dezenas ou centenas de aeronaves de transporte táctico com o Boom. Custo-benefício.

Vocês estão a preocupar-se com coisas que não interessam. O que interessa é que vai ser possível reabastecer com boom o que é fantástico para Portugal e as comunicações vão ser "beefed up" para encriptações e operações em domínios EW impossiveis para agora.

Calma. O "vai ser possível", também pode ser dito da capacidade dos nossos F-16 largarem bombas nucleares. Lá porque têm essa capacidade lá fora, não quer dizer que os nossos venham a ter a mesma "sorte".

A realidade, no que diz respeito ao Boom, é que sim, tem potencial, se for algo que pode ser facilmente instalado em qualquer KC-390, mas se não for o caso, de pouco nos vale, já que obriga ou a uma intervenção profunda nos KC, ou a aquisição de aeronaves extra, o que a 110+ milhões cada uma, é uma machadada no orçamento.

https://www.defesaaereanaval.com.br/aviacao/embraer-e-l3harris-vao-desenvolver-o-flying-boom-para-o-kc-390-atender-requisitos-da-usaf

A ideia é aproveitar o já desenvolvido KC390 para oferecer um "pacote" mais económico e com uma disponibilidade mais imediata do que estar a desenvolver outros projetos de raiz que provavelmente também irão aparecer.

Tudo vem do conceito (Agile combat) que precisa de uma implementação do conceito Agility Boom.
https://warontherocks.com/2020/09/agility-boom-fueling-innovation-and-the-air-forces-blunt-layer/

Por outras palavras querem usar algo da categoria do C-130 para servir de tanker, isto para permitir estruturas de reabastecimento mais ágeis e resilientes. Há já a ideia de usar o C-130 para isto, contudo é necessário também desenvolver o Boom e adaptar o mesmo.

Conforme as alterações necessárias, pode ser vantajoso usar parte da larga frota de C-130 ou adquirir novos aviões por um preço semelhante. E acho que é aqui que a Embraer e L3Harris estão a apostar, principalmente a velocidade do KC-390 em relação ao C-130 que pode ser uma boa vantagem (depende dos requisitos do ainda não aberto concurso)

Eu duvido que adquirir KCs novos fique a um preço equivalente a modificar C-130 existentes. São mais de 100 milhões por aeronave, e isto numa versão básica, sem o equipamento de auto-defesa nem os pods de abastecimento, imagino como seria uma versão totalmente equipada para a USAF, que incluísse o Boom. É brinquedo para custar uns 150 milhões, ou mais!

Do que entendi, suponho que a ideia seja ter aeronaves de reabastecimento que possam operar de "qualquer lado". E a capacidade de operar em pistas curtas ou semi-preparadas deve ser a principal razão desse conceito, já que os actuais KCs da USAF não conseguem fazer isso (KC-10, KC-135, KC-46) à excepção do KC-130, mas que não tem o Flying Boom.

O cenário em mente deve ser o Pacífico, onde devem sentir que fará falta aeronaves para AAR mais perto da linha da frente, e aí ter dispersos KC-tácticos em locais com poucas infraestruturas (como pequenos aeródromos), deve ser chave.
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2282 em: Setembro 19, 2022, 11:00:34 pm »


O comentário de dc é sério.
Obrigado.

Não vou comentar, mas sim fazer uma pergunta;

Em fontes brasileiras li que depois de chegar o primeiro KC a Portugal, a FAP vai instalar "equipamento NATO". Suponho que um exemplo é equipamento de comunicação (Link 16?).

Também sei que a FAP vai proceder a várias "certificações" do aparelho.

A pergunta é;
Estas certificações e integração de equipamento funcionam como "serviços" prestados á Embraer no sentido de facilitar futuras compras por outras FAs de países da NATO?

É que há pessoal aqui no FD que pensa que tudo isto é mafía entre amigalhaços e não entende que pode trazer dividendos para Portugal e para a FAP. Dividendos que não se podem obter em negócios com outros fabricantes.

Cumprimentos

Um dia falamos sobre isso!
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2283 em: Setembro 20, 2022, 12:10:09 am »
não entende que pode trazer dividendos para Portugal e para a FAP. Dividendos que não se podem obter em negócios com outros fabricantes.

Dividendos em quê? O problema é desde logo que não há muitos países NATO interessados nos produtos Embraer que têm sido falados, seja o KC ou o ST. E os pouquíssimos interessados, também não adquirem grandes quantidades. Isto significa o quê? Que os tais dividendos, são num muito curto espaço de tempo, e ainda por cima não será tudo para nós. Não esquecer que, no que diz respeito ao KC, nós apenas fazemos partes da aeronave, logo não ganhamos assim tanto.

Se não venderem, não beneficiamos em nada, e é o mais provável de acontecer, tirando se calhar uma compra pontual por parte de um ou outro país mais pequeno.

Com os ST, ninguém à nossa volta os usa, e não parece haver grande necessidade para esse tipo de aeronave, logo o mais provável é as OGMA só fazerem manutenção dos nossos, se entretanto vierem. É que mesmo olhando para aqueles países sem aviação de caça, que pudessem querer iniciar-se de alguma forma, pelo preço dos ST, conseguem uns F-16 em segunda-mão.

A nossa indústria de Defesa teria muito mais a ganhar, com a produção de munições cá, e não com a produção de aeronave de nicho.
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2284 em: Setembro 20, 2022, 01:42:51 am »
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2285 em: Setembro 20, 2022, 07:43:14 am »
O ká-cê é uma plataforma ideal para avião-cisterna. Os seus amplos tanques de combustível, na versão de transporte, já lhe permitem uma autonomia inigualável na sua categoria. Fica à imaginação de cada um as capacidades que uma versão cisterna poderá trazer a uma força tão depauperada como a USAF.

Daí falarem no conceito de reabastecedor táctico, até porque não dá para muito mais do que isso. Se bem que na ilustração já colocam tanques subalares, algo que para o KáCê normal continua de gesso. :mrgreen:



É apenas o azedume de quem se vai sentir orgulhoso ao ver chegar o primeiro KC e ver a Plataforma do Picas ser lançada ao mar. E por manifestar isso aqui chamam-me "infiltrado".
E apagam-me comentários pouco diferentes do que acabas de comentar.

Mas é com muita satisfação que me vou infiltrando por aqui.

De facto temos todos de concordar que o panorama da saúde mental em Portugal é muitíssimo preocupante, encontrando-se num estado verdadeiramente lastimável.


Se só pode ser tático, suponho que queres dizer que não pode ser estratégico...

Podes explicar a diferença entre um e outro para um país como Portugal?

Caro Rogério, As diferenças entre conceitos táctico VS estratégico não mudam consoante os Países.

Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2286 em: Setembro 20, 2022, 08:01:03 am »
O ká-cê é uma plataforma ideal para avião-cisterna. Os seus amplos tanques de combustível, na versão de transporte, já lhe permitem uma autonomia inigualável na sua categoria. Fica à imaginação de cada um as capacidades que uma versão cisterna poderá trazer a uma força tão depauperada como a USAF.

Para os que andam a " planar ", são exactamente as caracteristicas de uma aeronave estratégica, que os especialistas dessa area, conseguiram colocar numa aeronave táctica.
Na aviação estamos sempre a aprender, era um conceito impensável há menos de um par anos, e pasmem-se, cujos objectivos em termos de capacidades, autonomia, payload, foram agora, com esta " descoberta", amplamente conseguidos.

Completamente inacreditável, esta conquista em termos de capacidades aeronauticas, nem consigo entender como " os " outros fabricantezinhos de aeronaves nunca tinham pensado sequer nesta configuração para outras aeronaves de transporte táctico.

Agora a sério, não seria expectável que tal equipamento viesse a ser colocado neste modelo de aeronave ?
Basta reparar na frota de aeronaves que a FAB possui e ver que tipo de equip AAR se adequa ás existentes frotas, de aeronaves a reação, e perceber que a prioridade da EMB, para o projecto 390, seria sempre o P&D mas, que para outros possiveis clientes, como nós, com a aviação de caça que possuem, esse sistema não seria viável, pois o Boom seria o sistema necessário para o efectuar AAR aos nossos F's, e outros modelos de acft que equipam as mais variadas Forças Aéreas por esta Europa Fora e não só.
Desse modo, e compreensivelmente, para tornar o 390 mais competitivo, a Embraer, adiciona esta nova capacidade AAR , adaptando ao 390 o sistema Boom, que vai, obrigar a algumas alterações, internas da fuselagem, ficando as aeronaves equipadas com este sistema com grandes limitações/ou mesmo impossibilitadas, de serem convertidas em cargueiros tácticos, o que não acontece com as equipadas com o P&D.
Daí e como o CG, escreveu, eu também não me admiraria que uma das cinco aeronaves, ou mesmo uma sexta viesse equipada com o sistema BOOM.
Na minha opinião, quer a opção pela sexta aeronave seja accionada pela FAP, ou não, o KC390 a aquirir, terá de vir equipado, para operar com os dois sistemas, assim, na mesma missão AAR, poderá reabastecer os mais variados modelos de acft's, o que seria uma mais valia para a FAP
.



Abraços
« Última modificação: Setembro 20, 2022, 08:56:40 am por tenente »
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2287 em: Setembro 20, 2022, 08:28:49 am »
A nossa indústria de Defesa teria muito mais a ganhar, com a produção de munições cá, e não com a produção de aeronave de nicho.

Isto.
Quão competitivo seria fabricar cá munições de artilharia guiada ou de espoleta programável, por exemplo?
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2288 em: Setembro 20, 2022, 08:52:22 am »
O ká-cê é uma plataforma ideal para avião-cisterna. Os seus amplos tanques de combustível, na versão de transporte, já lhe permitem uma autonomia inigualável na sua categoria. Fica à imaginação de cada um as capacidades que uma versão cisterna poderá trazer a uma força tão depauperada como a USAF.

Força depauperada e com problemas infinitos com o novo Boeing KC-46.

E não esquecer que a Boeing esteve recentemente para comprar a divisão de defesa da Embraer. Alguma coisa tinha em vista.

O negócio com a L3 deve ter em vista reabastecimentos "especiais" que um C-130 não consegue fazer. Caso contrário, já estava a fazer.

Para apoiar  " operações especiais " ? :mrgreen:

Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2289 em: Setembro 20, 2022, 09:39:19 am »
Esqueçam isso !
Não vai acontecer, nem na USAF nem na FAP !
 
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2290 em: Setembro 20, 2022, 10:07:33 am »
Esqueçam isso !
Não vai acontecer, nem na USAF nem na FAP !

Pelo menos na FAP que haja bonsenso e fiquem apenas, digo apenas, com os cinco 390, já se está investir demais em cargueiros tácticos.
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2291 em: Setembro 20, 2022, 10:39:39 am »
(...)
https://www.defesaaereanaval.com.br/aviacao/embraer-e-l3harris-vao-desenvolver-o-flying-boom-para-o-kc-390-atender-requisitos-da-usaf

A ideia é aproveitar o já desenvolvido KC390 para oferecer um "pacote" mais económico e com uma disponibilidade mais imediata do que estar a desenvolver outros projetos de raiz que provavelmente também irão aparecer.

Tudo vem do conceito (Agile combat) que precisa de uma implementação do conceito Agility Boom.
https://warontherocks.com/2020/09/agility-boom-fueling-innovation-and-the-air-forces-blunt-layer/

Por outras palavras querem usar algo da categoria do C-130 para servir de tanker, isto para permitir estruturas de reabastecimento mais ágeis e resilientes. Há já a ideia de usar o C-130 para isto, contudo é necessário também desenvolver o Boom e adaptar o mesmo.

Conforme as alterações necessárias, pode ser vantajoso usar parte da larga frota de C-130 ou adquirir novos aviões por um preço semelhante. E acho que é aqui que a Embraer e L3Harris estão a apostar, principalmente a velocidade do KC-390 em relação ao C-130 que pode ser uma boa vantagem (depende dos requisitos do ainda não aberto concurso)

Eu duvido que adquirir KCs novos fique a um preço equivalente a modificar C-130 existentes. São mais de 100 milhões por aeronave, e isto numa versão básica, sem o equipamento de auto-defesa nem os pods de abastecimento, imagino como seria uma versão totalmente equipada para a USAF, que incluísse o Boom. É brinquedo para custar uns 150 milhões, ou mais!

 (...)

Em relação ao preços vai depender do nível de modificações e da quantidade necessária de meios necessários.

Se as modificações necessários forem de tal forma extensas que impeçam a utilização do MC-130/KC-390 para transporte logístico ou que o tempo de remover o kit Boom (caso seja removível) seja demasiado elevado e a quantidade de meios necessária seja demasiado grande.

Pode não ser benéfico para a USAF retirar C-130 das frotas de transporte e converter para tanker, pois podem fazer falta (iram fazer de certeza num cenário de conflito), ou certas versões mais antigas não suportem as alterações estruturais necessárias.

E aí pode haver a necessidade de a USAF adquirir meios novos, e penso que seja aí que o KC-390 pode ser opção.

Em relação ao preço unidade, não esquecer que adquirimos um simulador e todo material de suporte e "apenas" 5 unidades, se a Embraer conseguisse o contrato com a USAF certamente que não seriam apenas 5 unidades (secalhar estamos a falar de mais unidades do que todas as encomendas até agora), e para garantir o contrato acho que facilmente a Embraer baixava o preço por unidade (ainda mais pk nessa altura o R&D deverá estar quase todo pago, e futuras vendas serão só "lucro").

Contudo isto é tudo especulação pois acho que ainda nem existe concurso, nem requisitos escritos.
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2292 em: Setembro 20, 2022, 10:51:53 am »
Quer dizer que a imagem do produto não existente feito num software de imagem para explicar um conceito não é exatamente igual às imagens reais?

Estou chocado.

Boa táctica essa, desconversar para não admitir que meteu o pé na argola. Sobejamente conhecida diria mesmo.

Segundo uma fonte da L3 Harris que conheço bem, pese embora na teoria o KáCê possa vir a ser um three point tanker, há preocupações quanto ao endurance e características aerodinâmicas da aeronave. Daí que com a flying boom e a sua capacidade de transferir combustível de forma mais rápida, a opção mais viável e segura seja dotar a aeronave de tanques subalares de "300 a 350 USG" (presentes na ilustração), e não os pods probe & drogue da Cobham. E, naturalmente, contrabalançar o peso crítico extra da lança, que obrigará certamente a importantes reforços estruturais e mudança do CG do aparelho.

Vamos provavelmente ver um protótipo, se tanto, e pouco mais do que isso. Se estão então a tentar aliciar a USAF, então arriscar-me-ia a afirmar que estamos perante um nado-morto.


Se só pode ser tático, suponho que queres dizer que não pode ser estratégico...

Podes explicar a diferença entre um e outro para um país como Portugal?

Não tenho que explicar nada quando é um dos principais intervenientes neste projecto que o diz:

Citar
(...) New tactical tanking solution focused on contested logistics and agile combat employment (...)

(...) L3Harris Technologies and Embraer S.A. today announced a partnership to develop an “Agile Tanker,” a tactical aerial refueling option to address the U.S. Air Force’s operational imperatives and joint force refueling requirements especially for contested logistics environments. (...)

https://www.l3harris.com/newsroom/press-release/2022/09/l3harris-and-embraer-develop-new-agile-tanker-kc-390-support-air


Em fontes brasileiras li que depois de chegar o primeiro KC a Portugal, a FAP vai instalar "equipamento NATO". Suponho que um exemplo é equipamento de comunicação (Link 16?).

Na OGMA será integrado o sistema comunicações seguras Link 16, de acordo com a norma NATO STANAG 5516.

Além disso, também em Alverca serão instalados os sistemas de autoprotecção e contramedidas electrónicas adquiridas para esta frota, nomeadamente à israelita Elbit Systems.

Citar
The Portuguese Ministry of Defense (MoD) has selected Elbit Systems to provide an electronic warfare (EW) suite for the Embraer-built KC-390 military transport aircraft.

Elbit Systems and the MoD are yet to finalise the contract. A formal contract will be reached following the approval process.

Under the contract, Elbit Systems will supply a complete EW suite, including radar and laser warning systems, and an infrared missile warning system.

In addition, the suite will feature a countermeasures dispensing system, directional infrared countermeasures (DIRCM) system and active electronic countermeasure (AECM) system.

https://www.airforce-technology.com/news/portugal-elbit-systems-kc-390-ew/
https://elbitsystems.com/pr-new/elbit-systems-awarded-50-million-contract-by-the-portuguese-mod-to-provide-a-complete-ew-suite-for-new-kc-390-aircraft/


Estou curioso para saber o que faz de ti um "Investigador".

Podes explicar?

O número de posts no fórum...? ::)

Não sou eu quem determina o termo, fique descansado, nem tão pouco quem apaga as suas intervenções estapafúrdias: é o próprio Fórum Defesa. Não acordei uma manhã e, ao olhar-me ao espelho enquanto fazia a barba, achei que era um bom dia para começar a ser conhecido por investigador. Essa sua mania das perseguições...

Ah, agora uma nota pessoal só para finalizar: peço-lhe que não me trate por tu, neste ou em qualquer outro tópico em que nos cruzemos. Não somos pessoas conhecidas, nem faço questão de o ser, e como não sou do PCP (eles é que lá se tratam todos por tu), agradeço que me trate na terceira pessoa do singular tal como faço consigo, caro Rogério. Reservo esse tratamento para familiares, amigos e conhecidos de longa data, e estando inscrito neste fórum há quase 18 anos, sei a quem permito esse tratamento e uma dessas pessoas não é o senhor.

Mas se quiser continuar essa linda figura que tem vindo a fazer, e a pautar a sua conduta pela aposta na desinformação e avacalhamento, é consigo. Mais um, menos um, não faz de facto qualquer diferença. No fundo, é só triste.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2293 em: Setembro 20, 2022, 11:00:18 am »
(...)
https://www.defesaaereanaval.com.br/aviacao/embraer-e-l3harris-vao-desenvolver-o-flying-boom-para-o-kc-390-atender-requisitos-da-usaf

A ideia é aproveitar o já desenvolvido KC390 para oferecer um "pacote" mais económico e com uma disponibilidade mais imediata do que estar a desenvolver outros projetos de raiz que provavelmente também irão aparecer.

Tudo vem do conceito (Agile combat) que precisa de uma implementação do conceito Agility Boom.
https://warontherocks.com/2020/09/agility-boom-fueling-innovation-and-the-air-forces-blunt-layer/

Por outras palavras querem usar algo da categoria do C-130 para servir de tanker, isto para permitir estruturas de reabastecimento mais ágeis e resilientes. Há já a ideia de usar o C-130 para isto, contudo é necessário também desenvolver o Boom e adaptar o mesmo.

Conforme as alterações necessárias, pode ser vantajoso usar parte da larga frota de C-130 ou adquirir novos aviões por um preço semelhante. E acho que é aqui que a Embraer e L3Harris estão a apostar, principalmente a velocidade do KC-390 em relação ao C-130 que pode ser uma boa vantagem (depende dos requisitos do ainda não aberto concurso)

Eu duvido que adquirir KCs novos fique a um preço equivalente a modificar C-130 existentes. São mais de 100 milhões por aeronave, e isto numa versão básica, sem o equipamento de auto-defesa nem os pods de abastecimento, imagino como seria uma versão totalmente equipada para a USAF, que incluísse o Boom. É brinquedo para custar uns 150 milhões, ou mais!

 (...)

Em relação ao preços vai depender do nível de modificações e da quantidade necessária de meios necessários.

Se as modificações necessários forem de tal forma extensas que impeçam a utilização do MC-130/KC-390 para transporte logístico ou que o tempo de remover o kit Boom (caso seja removível) seja demasiado elevado e a quantidade de meios necessária seja demasiado grande.

Pode não ser benéfico para a USAF retirar C-130 das frotas de transporte e converter para tanker, pois podem fazer falta (iram fazer de certeza num cenário de conflito), ou certas versões mais antigas não suportem as alterações estruturais necessárias.

E aí pode haver a necessidade de a USAF adquirir meios novos, e penso que seja aí que o KC-390 pode ser opção.

Em relação ao preço unidade, não esquecer que adquirimos um simulador e todo material de suporte e "apenas" 5 unidades, se a Embraer conseguisse o contrato com a USAF certamente que não seriam apenas 5 unidades (secalhar estamos a falar de mais unidades do que todas as encomendas até agora), e para garantir o contrato acho que facilmente a Embraer baixava o preço por unidade (ainda mais pk nessa altura o R&D deverá estar quase todo pago, e futuras vendas serão só "lucro").

Contudo isto é tudo especulação pois acho que ainda nem existe concurso, nem requisitos escritos.

Alves, a USAF não vai, quase de certeza, adquirir o KC390, se necessitassem assim tanto de Reabastecedores tácticos, tinham outros modelos de acfts, de Fabrico nacional, que se prestariam a essa função.

Abraços
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Re: KC-390 na FAP
« Responder #2294 em: Setembro 20, 2022, 11:15:49 am »
Quer dizer que a imagem do produto não existente feito num software de imagem para explicar um conceito não é exatamente igual às imagens reais?

Estou chocado.

Boa táctica essa, desconversar para não admitir que meteu o pé na argola. Sobejamente conhecida diria mesmo.

Segundo uma fonte da L3 Harris que conheço bem, pese embora na teoria o KáCê possa vir a ser um three point tanker, há preocupações quanto ao endurance e características aerodinâmicas da aeronave. Daí que com a flying boom e a sua capacidade de transferir combustível de forma mais rápida, a opção mais viável e segura seja dotar a aeronave de tanques subalares de "300 a 350 USG" (presentes na ilustração), e não os pods probe & drogue da Cobham. E, naturalmente, contrabalançar o peso crítico extra da lança, que obrigará certamente a importantes reforços estruturais e mudança do CG do aparelho.


A verdade é que a info na notícia direciona para a possibilidade de serem pods p&d porque 1. Fala nessa capacidade já existente no avião e 2. Fala na possibilidade de ser um tanker para joint forces tanker o que implicaria ambos os sistemas.

Se forem tanques subalares são o que são. Não fico triste nem preocupado, nem beliscado se errei. É a vida.

Agora pergunto-me porque é que sai uma notícia de algo que pode beneficiar as FAs portuguesas (disse "pode") e a primeira coisa que fazem é tentar arranjar problemas, desvalorizar  e embirrar com questiúnculas.