Economia nacional

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Re: Economia nacional
« Responder #615 em: Janeiro 24, 2023, 11:41:13 am »
Ao estar a pesquisar no meio dos cromos do IL, para encontrar um Deputado de qualidade, o Carlos Guimarães Pinto, tropecei precisamente na temática que tinha escrito e que vai no mesmo sentido.

Refere com números porque é que os preços da habitação sobem (nunca se construiu tão pouco em Portugal como na época pós troika). Simplesmente porque não há casas suficientes em Portugal!

 

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Re: Economia nacional
« Responder #616 em: Janeiro 26, 2023, 07:28:14 pm »
https://www.dinheirovivo.pt/empresas/oli-registou-volume-de-negocios-superior-a-75-milhoes-de-euros-em-2022-15728271.html

Como o maior produtor de autoclismos da Europa do Sul deu a volta à invasão da Ucrânia e bateu recordes

LI, empresa produtora de autoclismos, registou um volume de negócios de 75,5 milhões de euros em 2022. Em comunicado, a empresa revela que é o valor mais elevado de sempre, representando um crescimento de 7% face a 2021.

As exportações da empresa cresceram 16% no ano passado e traduziram-se em 75,6% do total de vendas. As soluções de banho desenvolvidas e produzidas no complexo industrial em Aveiro - nomeadamente autoclismos, placas de comando e mecanismos -, foram enviadas para mais de 85 países em cinco continentes.


O crescimento internacional tem vindo a ser impulsionado sobretudo pelos mercados do Norte de África, em particular no Egito e na Tunísia que aumentaram 142%.

A Europa é a geografia onde a marca tem crescido de forma contínua, mas as vendas abrandaram nos mercados da Europa Central e de Leste com uma quebra de 2% nas vendas.

A invasão da Ucrânia pela Rússia teve impacto negativo e as exportações para os dois países foram "residuais". Antes do conflito, a Rússia e a Ucrânia representavam cerca de 6,3% das vendas totais da empresa.

Apesar do ano passado ter sido de crescimento moderado, a empresa investiu em Portugal cerca de 12 milhões de euros para a ampliação do seu complexo industrial. A inauguração está prevista para o primeiro semestre de 2023 e representará um aumento da capacidade produtiva, a capacidade de desenvolvimento de novos produtos e o reforço dos sistemas e tecnologias de informação.

Não obstante o contexto económico e geopolítico que se atravessa, a OLI estima um crescimento global de 8% para este ano. A aposta no Norte de África e no Médio Oriente vai continuar, pretendendo a empresa "consolidar os resultados obtidos no ano passado e "crescer ainda mais em vendas", pode ler-se na nota enviada à imprensa.

Para concretizar os objetivos de crescimento a produtora de soluções de banho pretende melhorar o serviço ao cliente e lançar novos produtos com maior incorporação de tecnologia que contribuam ao nível da "sustentabilidade, saúde e bem-estar das pessoas".
 

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Re: Economia nacional
« Responder #617 em: Janeiro 28, 2023, 02:49:21 pm »
Défice fica 30% abaixo do previsto e atinge 3,6 mil milhões de euros em 2022

A receita subiu mais e a despesa cresceu menos do que o previsto e permitiu que o défice ficasse 1,6 mil milhões abaixo do orçamentado.

O défice orçamental em ótica de caixa desceu para quase 3,6 mil milhões de euros em 2022, ficando cerca 1,6 mil milhões abaixo do orçamentado pelo Ministério das Finanças para o ano passado. É uma diferença de 30% face ao inscrito no Orçamento do Estado de 2022.

Segundo um comunicado das Finanças divulgado nesta sexta-feira, 27 de janeiro, as Administrações Públicas registaram um défice orçamental de 3.591 milhões de euros, na ótica de contabilidade pública, ou seja, em termos de caixa. Comparando com 2021, ano ainda muito marcado pela pandemia, o défice diminuiu cerca de cinco mil milhões de euros.

A justificar a melhoria está uma subida da receita efetiva de 11%, que o gabinete de Fernando Medina atribui ao dinamismo do mercado de trabalho e da economia e pelo efeito da subida de preços. A receita com impostos subiu 13,8%.

Brilharete de 1,6 mil milhões de euros

Os números do défice conhecidos hoje são também mais positivos do que o antecipado pelo Ministério das Finanças, que antecipava um saldo orçamental (a diferença entre as despesas e as receitas públicas) mais negativo. A estimativa inicial era de um défice de cerca de 5,2 mil milhões de euros.

A diferença entre o orçamentado e o de facto executado deve-se a dois motivos: mais receita do que o esperado (720 milhões de euros ou (0,8% do total) e saiu menos despesa (880 milhões ou menos 0,7% do total previsto).

Contas feitas, o "brilharete" é de 1,6 mil milhões de euros, ou seja, fica 30% abaixo do definido no Orçamento do Estado para 2022.

No entanto, destaque para a receita fiscal, que cresceu 6,9% acima do previsto pelo Governo, enquanto o investimento ficou 26,8% aquém do orçamentado.

Esta comparação, com as previsões do orçamento inicial, mostra quão diferente acabou por ser a execução face ao previsto.  Destaque para o crescimento económico que foi superior ao esperado (inicialmente o governo antecipava uma recuperação do PIB em torno dos 4%, os número finais, que serão conhecidos na próxima semana, devem rondar os 6,7%). E para a inflação, que foi de 7,8% em 2022, também muito acima do previsto, insuflando as receitas com impostos ligados ao consumo.

No Orçamento do Estado para 2023, e com a informação obtida até ao início de outubro, o Ministério das Finanças atualizou a sua estimativa de saldo orçamental para 2022, esperando um défice de 2.654 milhões de euros. Se se comparar com este valor, o resultado final acabou por ser pior.

Estes dados são em contabilidade pública e não é possível fazer uma passagem direta para o défice em contas nacionais, a ótica dos compromissos e que conta para as regras europeias. Esse dado é apurado em percentagem do PIB pelo INE.

A última estimativa pública do Governo é de que défice não será superior a 1,5% do PIB este ano, disse o primeiro-ministro, António Costa, numa entrevista recente.

Medidas para mitigar subida de custos custaram 5,7 mil milhões de euros

As medidas de mitigação do choque geopolítico totalizaram 5.722 milhões de euros em 2022 (cerca de 2,1 mil milhões em perda de receita e 3,5 mil milhões em despesa).

"Estas medidas explicam o fundamental da degradação do saldo orçamental verificada em dezembro", afirma o Ministério das Finanças. Recorde-se que até novembro as contas públicas registavam um excedente de 1.855 milhões de euros.

No que respeita a medidas de apoio às famílias, além da redução do ISP, cujo impacto já ascende a 1,5 mil milhões de euros, o ministério das Finanças destaca o adiantamento a pensionistas (de 987 milhões de euros), o apoio para famílias da classe média (125 euros mais 50 euros por filho), que custou 749 milhões de euros, e o apoio Às famílias mais carenciadas, que totalizou 368 milhões de euros.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas-publicas/detalhe/defice-fica-30-abaixo-do-previsto-e-atinge-36-mil-milhoes-de-euros-em-2022

O Ministério das Finanças trabalhou 24 horas por dia para dar notícias positivas à comunicação social e fazer esquecer os podres do Ministro que o deixaram na eminência de ser demitido ou demitir-se!!!!

Um brilharete! Explicado em grande medida pelas cativações que congelraram 1/4 do investimento público!!!!!!!!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #618 em: Janeiro 29, 2023, 04:38:16 pm »


Citar
Euro area (EA19) government #debt down to 93.0% of GDP in Q3 2022 (94.2% in Q2 2022)

https://ec.europa.eu/eurostat/en/web/products-euro-indicators/w/2-23012023-AP
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Economia nacional
« Responder #619 em: Janeiro 30, 2023, 12:15:21 pm »
Não posso deixar de referir a excelente notícia para o país, que é o aumento brutal das exportações nacionais em 2022. Assim que tiver os dados definitivos coloco aqui. Para já só circulam as percentagens do 4º trimestre de 2022  ::)

Mas os valores acumulados de Janeiro a Novembro de 2022 são excepcionais, se no ano inteiro de 2021 tivemos o melhor ano de sempre com mais de 63 mil milhões de euros, no ano passado e só até Novembro, exportamos mais de 110 mil milhões de euros!!!!!!

Tudo indica que em 2022 exportamos o equivalente a 50% de toda a riqueza criada no país!!!!

Este indicador muito importante é o que nos pode fazer enriquecer o país! Acredito que esta guerra e o posicionamento geográfico de Portugal ajudam a explicar em parte este grande resultado!!!!!

EXPORTAÇÕES CRESCEM ACIMA DOS 110 MIL MILHÕES DE EUROS

https://www.portugalexporta.pt/noticias/exportacoes-crescem-acima-110-mil-milhoes-euros

Exportações cresceram 16% no quatro trimestre de 2022. Importações subiram 17,1%

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/exportacoes-cresceram-16-no-quatro-trimestre-de-2022-importacoes-subiram-171

https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=577463138&DESTAQUESmodo=2

Um pormenor, apesar das exportações nacionais apontarem para os 120 mil milhões de euros (extrapolando os valores acumulados até Novembro, para Dezembro), muitas notícias nacionais referem com destaque as exportações nacionais para Angola, no valor de 2 mil milhões de euros...... que representam menos de 2% do total!!!!!!!!!!!
« Última modificação: Janeiro 30, 2023, 12:23:50 pm por Viajante »
 
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Re: Economia nacional
« Responder #620 em: Janeiro 31, 2023, 05:10:08 pm »
Ministro da Economia assinala "maior crescimento económico desde 1987"

O ministro da Economia, António Costa Silva, assinalou esta terça-feira o crescimento "notável" do Produto Interno Bruto em 2022, notando que este ano vai trazer "desafios e dificuldades", mas que a economia pode enfrentá-lo com "muito mais confiança".



"Penso que os resultados são notáveis. É o maior crescimento económico desde 1987, o que dá muita confiança no futuro", afirmou António Costa Silva, em declarações à Lusa.

A economia portuguesa cresceu 6,7% em 2022, "o mais elevado desde 1987", de acordo com a estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O crescimento de 6,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 situa-se uma décima abaixo da previsão do Governo, já que o ministro das Finanças, Fernando Medina, se tinha afirmado convicto, no final de dezembro, que Portugal iria finalizar "o ano de 2022 com um crescimento [da economia] de cerca de 6,8%".

Esta taxa fixa-se, contudo, acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), que deu entrada no parlamento em outubro passado.

Costa Silva reiterou que a economia portuguesa "é resiliente e que responde aos desafios", lembrando os contactos diretos que o ministério tem com todos os setores, que apontavam para estes resultados.

"No turismo vamos bater os dados de 2019, com 22.000 milhões de euros, mas outros setores como a metalomecânica, o calçado e também o têxtil vão ter resultados extraordinários", vincou. Assim, a economia pode enfrentar 2023 "com muito mais confiança".

Para isto, contribui também a redução da inflação, a descida do preço do gás e um contexto externo mais favorável.

No entanto, em 2023, a economia "poderá abrandar" em função dos "desafios e dificuldades" que se esperam. Questionado sobre as projeções para o corrente ano, Costa Silva disse que o Governo está a rever as estimativas de crescimento inscritas no Orçamento do Estado.

"Penso que, provavelmente, com estas evoluções muito positivas, vamos rever estas estimativas e, se forem superiores, vamos manter a rota [de crescimento]", defendeu o ministro da Economia, destacando ainda o "efeito positivo" das medidas que o Governo adotou em 2022, como o pacote de ajudas às famílias e empresas.

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/ministro-da-economia-assinala-maior-crescimento-economico-desde-1987

São excelentes notícias para a economia nacional, mas os políticos, como de costume, não dizem que grande parte deste crescimento económico é devido à inflação e à recuperação da pandemia.
É bom recordar que em 2020 e em 2021 tivemos confinamentos!!!! Logo no início de 2021, depois de 2 semanas de aulas, regressou tudo a casa até à Páscoa!!!!!!
E o crescimento em percentagem vai comparar com o ano transacto....... de 2021!!!!!
Mas sem dúvida que é excelente, mesmo com a guerra e o disparo nos custos energéticos!!!!!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #621 em: Fevereiro 01, 2023, 12:27:48 am »
E entretanto:




O dinheiro é tanto que o PM decidiu que a dívida de cabo verde podia ser outra coisa qualquer menos o pagamento.
São só 600 milhões e se compararmos com o que foi metido na TAP não é praticamente nada.

O que é exatamente um "fundo climático"?


https://observador.pt/2023/01/19/portugal-e-cabo-verde-assinam-acordo-para-conversao-de-divida-em-fundo-climatico/
« Última modificação: Fevereiro 01, 2023, 12:28:38 am por HSMW »
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Re: Economia nacional
« Responder #622 em: Fevereiro 01, 2023, 10:12:05 am »
Fundo Climático é uma invenção mas o que significa e nenhum dos 2 assumiu é um perdão de 600 milhões de euros com o perdão total da dívida a Portugal!!!!
Repare no pormenor: "Primeiros-ministros dos dois países assinam no dia 23 acordo que visa a transformação da dívida para a sua aplicação em investimentos que aumentem a resiliência de Cabo Verde com ajuda de Portugal."

Traduzido por miúdos, Portugal perdoa os 600 milhões, se Cabo Verde decidir pagar alguma coisa ou se se juntar mais algum mecenas ao fundo  ::) esse dinheiro vai ser aplicado em Cabo Verde, para que possa enfrentar melhor as alterações climáticas  ::)

Assim é mais pomposo e não choca tanto quem paga aqui impostos!!!!!!!

É surpreendente como nós continuamos a sustentar antigos territórios, defendê-los e sem qualquer retorno, excepto para alguns empresários!!! Do que tenho me apercebido, quando algum país dos PALOP não paga aos fornecedores lusos, o Estado português vai lá perdoar a dívida e paga ao empresário luso que ficou em apuros!!!!!
Assim só estamos a incentivar que esses países continuem sem pagar e até incentivamos os empresários nacionais a exportarem para esses países, já que o risco é do contribuinte nacional!!!!!

Só nós é que não temos perdões de dívidas destas!!!!!!
 
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Re: Economia nacional
« Responder #623 em: Fevereiro 04, 2023, 06:13:03 pm »
Um benefício fiscal interessante para 2023, que aconselho a que utilizem apenas quem estiver aflito, o levantamento dos PPR que tenham, sem limites e sem penalizações, desde que sejam utilizados para pagar empréstimos à habitação permanente.

E mesmo que não seja para pagar empréstimos à habitação, também podem ser utilizados com algumas regras e limites.

É uma medida que eu aconselho como último recurso a quem estiver aflito com as novas prestações muito mais elevadas, devido à subida dos juros!

Resgate de PPR para crédito à habitação sem limite de valor e de data de subscrição

No caso de o reembolso antecipado ser feito para outro fim que não o do pagamento das prestações do empréstimo da casa, terão de ser observados dois limites para que não haja penalização.



O resgate antecipado de PPR para pagamento de empréstimo da casa pode ser feito, sem penalização, ao longo de 2023 independentemente do valor a levantar e da data da subscrição, segundo o Ministério das Finanças.

"Os contribuintes que solicitem o resgate parcial ou total do PPR em 2023 para pagamento de prestações de contratos de crédito à habitação própria e permanente podem fazê-lo, sem qualquer limite quanto ao montante ou quanto ao período temporal já decorrido desde a subscrição, não sendo também penalizados", afirmou, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério das Finanças.

No caso de o reembolso antecipado ser feito para outro fim que não o do pagamento das prestações do empréstimo da casa, terão de ser observados dois limites para que não haja penalização: por um lado, o valor do reembolso, que está limitado ao Indexante de Apoios Sociais (IAS) e, por outro, tem de incidir sobre as entregas (subscrições) realizadas até 30 de setembro de 2022.

"Os contribuintes detentores de planos poupança reforma (PPR) podem resgatar o PPR, sem penalizações, até ao limite mensal do IAS antes de decorridos 5 anos após a subscrição, desde que o reembolso seja relativo a valores subscritos até 30 de setembro de 2022", precisou a mesma fonte oficial.

Aos valores subscritos e investidos após aquela data de 30 de setembro de 2022, aplicam-se as regras previstas na lei - quer no Decreto-Lei n.º 158/2002, quer no Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF).

O Ministério das Finanças refere ainda que as duas situações (resgate sem motivo específico ou resgate para pagamento de crédito) "são cumulativas", ou seja, "um mesmo contribuinte pode simultaneamente recorrer aos dois tipos de resgate de PPR, dentro dos limites estabelecidos".

O valor limite mensal do IAS (que em 2023 está fixado em 480,43 euros) é apurado "por contribuinte e não por apólice ou instituição financeira", afirmou ainda a mesma fonte oficial, sendo apenas possível solicitar mensalmente um reembolso até ao valor do IAS, ainda que esse limite possa resultar de mais do que uma apólice.

A possibilidade do resgate antecipado de planos poupança-reforma (PPR), de planos poupança-educação (PPE) e de planos poupança-reforma/educação (PPR/E) sem as penalizações que habitualmente lhe estão associadas (como a devolução do benefício fiscal em sede de IRS) está prevista na lei publicada em outubro do ano passado, que contempla várias medidas para mitigar o impacto da subida da inflação no rendimento das famílias.

No Orçamento do Estado para 2023, esta medida foi reforçada, com a lei orçamental a determinar que "durante o ano de 2023 é permitido o reembolso parcial ou total do valor dos planos-poupança [PPR, PPE e PPR/E] para pagamento de prestações de contratos de crédito garantidos por hipoteca sobre imóvel destinado a habitação própria e permanente do participante, bem como prestações do crédito à construção ou beneficiação de imóveis para habitação própria e permanente, e entregas a cooperativas de habitação em soluções de habitação própria permanente, sendo dispensadas da obrigação de permanência mínima de cinco anos para mobilização sem a penalização" prevista no EBF.

Desta forma, ao longo de 2023, os resgates antecipados usufruem das mesmas condições que a lei prevê para quem se encontra em situação de desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho ou doença grave.

O Estatuto dos Benefícios Fiscais concede um benefício em sede de IRS equivalente a 20% dos valores aplicados no PPR até ao limite de 400 euros por contribuintes (se este tiver até 35 anos de idade), 350 euros (tendo entre 35 e 50 anos de idade) e 300 euros (tendo mais de 50 anos).

"A fruição do benefício (...) fica sem efeito, devendo as importâncias deduzidas, majoradas em 10%, por cada ano ou fração, decorrido desde aquele em que foi exercido o direito à dedução, ser acrescidas à coleta do IRS do ano da verificação dos factos, se aos participantes for atribuído qualquer rendimento ou for concedido o reembolso dos certificados, salvo em caso de morte do subscritor ou quando tenham decorrido, pelo menos, cinco anos a contar da respetiva entrega e ocorra qualquer uma das situações definidas na lei", determina o EBF.

Em 2023, esta penalização está suspensa para resgates antecipados.

https://www.tsf.pt/portugal/economia/resgate-de-ppr-para-credito-a-habitacao-sem-limite-de-valor-e-de-data-de-subscricao-15780018.html

É uma salvaguarda muito importante que podem utilizar, quem tiver (de longe preferível à renegociação).
Esta salvaguarda deve ser utilizada antes da renegociação do crédito (último recurso). De seguida as poupanças podem ser utilizadas, não para abater ao valor em dívida (só aconselho abater pelo menos 50% da dívida, ou um valor superior, caso contrário é preferível ter liquidez). E só no fim é que se tudo não chegar, renegociamos a dívida!!!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #624 em: Fevereiro 09, 2023, 04:05:45 pm »
Salário médio atingiu 1.411 euros em 2022. Encolheu 4% em termos reais
Flávio Nunes

Salário médio bruto mensal por trabalhador cresceu para 1.411 euros no ano passado, mas a subida esconde uma queda real de 4% da remuneração média em Portugal se for tido em conta efeito da inflação.

A remuneração bruta total mensal média por trabalhador em Portugal cresceu 3,6% no ano passado, em comparação com o ano anterior, tendo atingido 1.411 euros. Porém, em termos reais — isto é, se for tido em conta o impacto da inflação –, o salário médio em 2022 encolheu 4%, ilustrando a perda de poder de compra que tem castigado a vida financeira de milhões de portugueses (ver gráfico).

Os dados foram atualizados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e têm em conta 4,5 milhões de postos de trabalho, correspondentes aos beneficiários da Segurança Social e aos subscritores da Caixa Geral de Aposentações. Para comparação, em 2021, o salário médio tinha crescido 3,5% em termos nominais e 2,2% em termos reais. Além disso, desde que a série do INE começou em 2015, nunca se tinha registado uma queda real do salário médio mensal para um determinado ano.


Na divisão por componentes, no ano completo de 2022, a componente regular da remuneração (que inclui subsídio de alimentação e prémios, por exemplo, mas exclui os subsídios de férias e Natal) subiu 3,1%, para 1.140 euros, em termos nominais. Já a componente base subiu 3%, para 1.070 euros.

Variação homóloga da remuneração bruta total mensal média por trabalhador em termos nominais e reais


Fonte: INE

Apesar da perda de poder de compra do salário médio, os dados sinalizam que as remunerações cresceram ao longo de 2022. Observando apenas o quarto trimestre, concluído em dezembro, a remuneração bruta total mensal média por trabalhador também aumentou em termos homólogos, com um aumento de 4,2%, e atingiu 1.575 euros, valor superior ao salário médio da totalidade do ano. Novamente, a inflação deteriorou o poder de compra dos trabalhadores, com o salário médio do quarto trimestre a encolher 5,2%, calcula o INE.

Ganha-se quase o quádruplo na energia do que na agricultura
O relatório do INE vai ainda mais a fundo na análise aos salários médios pagos no mercado de trabalho português. Uma das conclusões que é possível tirar da análise do documento é que, no final de 2022, o salário médio nas atividades ligadas à agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca era de 933 euros, o mais baixo entre os diferentes tipos de atividade. Pelo contrário, nas atividades de eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, a remuneração média era de 3.521 euros, quase quatro vezes mais.

Função Pública teve dos menores aumentos do salário médio
O relatório do INE destaca ainda que, em dezembro de 2022, em comparação com o mês homólogo de 2021, os menores aumentos do salário médio foram observados nas atividades de Administração Pública e Defesa e na agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca. Já as atividades de alojamento, restauração e similares e de informação e comunicação tiveram os maiores crescimentos. Mesmo assim, houve diminuições do salário médio real em todas as atividades económicas, principalmente na Administração Pública, cuja diminuição chegou aos 8,8%.

Empresas maiores pagam mais aos trabalhadores
Outro ângulo de análise possível é que, no último mês de 2022, as empresas com entre um e quatro trabalhadores registavam um salário médio mensal de 1.027 euros, enquanto as empresas com 250 a 499 trabalhadores pagavam, em média, 1.909 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h00)

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Economia nacional
« Responder #625 em: Fevereiro 13, 2023, 10:24:37 am »
Bruxelas otimista vê Portugal a crescer mais do que esperava e do que a Zona Euro

https://www.jornaldenegocios.pt/economia/conjuntura/detalhe/bruxelas-mais-otimista-ve-portugal-a-crescer-mais-do-que-esperava-e-do-que-a-zona-euro

E também para a UE, parece que o ano de 2023 não vai ser tão negro como esperado, apesar da guerra!
 

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Re: Economia nacional
« Responder #626 em: Fevereiro 19, 2023, 12:10:58 pm »
Uma prova de que há falta de habitação em Portugal é o conjunto de medidas propagandeado pelo governo no sentido de existir maior oferta de casas no mercado:

https://eco.sapo.pt/2023/02/17/do-apoio-nas-rendas-a-bonificacao-dos-juros-estas-sao-as-medidas-do-governo-para-a-habitacao/

Há no entanto ideias perigosas que vejo que podem provocar ainda maior falta de casas disponíveis, como por exemplo:

- Limitação de rendas. Quem é que vai investir em habitação para arrendar se o governo limita as rendas sempre a baixo da inflação!?

- Instituições públicas tomam as casas devolutas e disponibilizam ao mercado! Eu pergunto, mas onde há essas casas? Em Lisboa ou no Porto duvido, com tamanha inflação de preços nos grandes centros urbanos, já devem ter sido recuperados todos os becos e garagens!!!!! Onde há casas disponíveis é no interior e estão sem pessoas porque elas não estão lá!!!!

- Outra ideia peregrina é o conceito de casa devoluta. Dito pela Ministra da habitação na CS, afirmou que casa devoluta é toda a casa que esteja desabitada, mesmo que só tenha 1 ano de construção!!!!!!! Excepção para as casas de férias e casas dos emigrantes!!! O Estado vai expropriar as casas do interior do país e colocar lá Lisboetas? As 700 mil casas devolutas identificadas pelo governo, estão no interior!!!!!!

De qualquer das formas, estas medidas comprovam que não existe uma bolha imobiliária que vai explodir, o que existe para mim é uma falta de habitação acessivel nos grandes centros urbanos, para onde toda a gente quer morar e até impede novas construções porque precisamos de mais espaços verdes, colocamos mais entraves, taxas e taxinhas e limitamos rendas! Existe também um outro factor para a falta de casas nos grandes centros urbanos, a população residente aumentou consideravelmente (3,5 para 4 milhões de habitantes) e as famílias ou agregados familiares são mais pequenos, o que só por si exigem mais casas disponíveis para morar. Em contrapartida o interior tem muitas casas desabitadas, porque todo o interior do país está a perder população!!!!

Outro aspecto bipolar deste governo, é o ataque sem paralelo ao Alojamento Local, que até já estava limitado o seu crescimento. Então este governo elege e mal o Turismo como a bandeira para o crescimento (já expliquei n vezes que o Turismo consome muito investimento e gera pouco retorno financeiro, quando devíamos apostar na indústria e agricultura) e faz um ataque ao alojamento local!? Se isto não é ser bipolar........
« Última modificação: Fevereiro 19, 2023, 12:18:23 pm por Viajante »
 

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Re: Economia nacional
« Responder #627 em: Fevereiro 19, 2023, 07:33:17 pm »
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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Re: Economia nacional
« Responder #628 em: Fevereiro 22, 2023, 02:40:55 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Economia nacional
« Responder #629 em: Fevereiro 22, 2023, 07:30:49 pm »


Este gráfico é paradigmático e esclarecedor do que sempre afirmei no fórum, se queremos enriquecer o país, devemos apostar na indústria e não no turismo!

Os imbecis que nos governam que olhem para o gráfico e que vejam que o turismo nunca enriqueceu nenhum país!!!! Só países do 3º mundo ficam contentes com o turismo! Quantas dezenas ou centenas de hotéis são precisos para criarem tanta riqueza como uma Autoeuropa!?!?!
E quanto custa um e o outro!?!?!?! Além de que a indústria trabalha todo o ano, não tem grande sazonalidade!!!!!
 
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