Combate a fogos pela F.A.P.

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tenente

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #375 em: Agosto 13, 2016, 11:52:33 am »
Penso, e digo penso que o Sr Edu, não faz parte do lote dos chicos espertos e ignorantes que decidem e assinam os contratos de aquisição de meios aéreos para o combate aos FF, como tal os adjectivo proferido não lhe são dirigidos.

Mas as opiniões eu proferi não são do governo ou de quem faz os negócios. Na entrevista o ministro até acha que o KC-390 é uma boa hipotese.
As opiniões são mesmo da minha autoria. Eu pessoalmente partilho da opinião de que um KC-390 não vai ser a aeronave mais adaptada ao tipo de combate aéreo que se faz em Portugal.  O que não quer dizer que o tipo de combate não possa ser alterado.

E mais, se estamos à espera de ter o KC-390 a combater incêndios em Portugal bem podemos deixar as florestas arderem por mais 10 anos. Porque até o KC-390 estar operacional, a gente se decidir a comprar, depois ser desenvolvida a capacidade de combate a incêndios, e finalmente nós adquirirmos essa capacidade em particular facilmente passam 10 anos, senão mais...

Para mim falar-se neste momento em KC-390 para combate aos incêndios é continuar a empurrar o problema com a barriga.

Citar
Bem se a aeronave em questão conseguir voar mais baixo do que vemos, que mesmo assim quase toca nas copas das arvores, para mim será uma primeira vez mas como tudo na vida sempre a aprender.

Será que o conceito de perspectiva não terá aqui alguma influência? Acredita mesmo que a aeronave está mesmo ao nível das árvores?


Olhe este acho que vai bater com a asa na palmeira...

Nós não precisamos de porra nenhuma de Berievs, Antonovs, C-390 o que precisamos é de:

a) reforçar a limpeza das matas e terrenos reforçando as equipas de cinco homens que nas épocas baixas estão no terreno, precisamos de mais equipas, o que se dispender com eles poupar-se-á e muito, nos custos dos FF, não tenham dúvidas, precisamos de os motivar pagando-lhes mais;

b) Centralizar todos os meios Aéreos na FAP, quer alguns pilotos gostem ou não;

c) Adquirir meios aéreos quer sejam Helis ligeiros/médios canadairs, kits para os C295, o que quer que seja mas já, para que as coisas mexam e os que são contra, a favor da inércia, incompetência dos interesses instalados, que remam contra a maré, vejam que o seu reinado está a terminar, ontem era tarde;

d) A adquirir os meios pensem no seu duplo uso, como nos NPO's, no verão combatem os FF e no inverno, epoca baixa são usados na patrulha marítima, porque não ??

e) Rentabilizem os meios financeiramente, alugando-os a terceiros como os outros fazem, se pensamos que os meios aéreos de reforço que aí estão vem á borla desenganem-se, vamos pagar e bem, Ninguém dá nada a ninguém e, o meu melhor amigo, SOU EU.


Sr Edu, o seu avião voa muito mais alto, mas muito mesmo, que a palmeira que apresenta....... são trinta anos de trabalho directo com aeronaves, Placa, Coordenação, LC, Operações de voo que dão muita experiência e tarimba, no terreno aprende-se muito, muito mesmo, assim aprendessem os nossos decisores com os nossos Bombeiros, mas falta-lhes o melhor, a Humildade, abnegação e CORAGEM, daqueles Homens e Mulheres que combatem por todos NÓS.



Acha que a prespectiva desta foto é parecida com a que apresenta, a sua foi tirada do solo mas esta foi de outra aeronave, logo, um pouquinho mais alto e mais longe, e não se esqueça que o seu B737 é um pouco/muito mais pequeno que o meu DC-10-30. :nice: :nice: :nice:

PS uma vez mais as minhas desculpa pelo mal entendido, e deixe lá o C390 que ainda não tem provas dadas quanto mais kits para os FF, é bem preferível, e mais importante MUITO MAIS BARATO, o nosso C295.
Abraços
« Última modificação: Agosto 13, 2016, 12:24:58 pm por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #376 em: Agosto 13, 2016, 12:17:30 pm »
Nós não precisamos de porra nenhuma de Berievs, Antonovs, C-390 o que precisamos é de:

a) reforçar a limpeza das matas e terrenos reforçando as equipas de cinco homens que nas épocas baixas estão no terreno, precisamos de mais equipas, o que se dispender com eles poupar-se-á e muito, nos custos dos FF, não tenham dúvidas, precisamos de os motivar pagando-lhes mais;
b) Centralizar todos os meios Aéreos na FAP, quer alguns pilotos gostem ou não;
c) Adquirir meios aéreos quer sejam Helis ligeiros/médios canadairs, kits para os C295, o que quer que seja mas já, para que as coisas mexam e os que são contra, a favor da inércia, incompetência dos interesses instalados, que remam contra a maré, vejam que o seu reinado está a terminar, ontem era tarde;
d) A adquirir os meios pensem no seu duplo uso, como nos NPO's, no verão combatem os FF e no inverno, epoca baixa são usados na patrulha marítima, porque não ??
e) Rentabilizem os meios financeiramente, alugando-os a terceiros como os outros fazem, se pensamos que os meios aéreos de reforço que aí estão vem á borla desenganem-se, vamos pagar e bem, Ninguém dá nada a ninguém e, o meu melhor amigo, SOU EU.

Concordo a 100%

Quanto à imagem obviamente que eu pús um exemplo extremo e obvio em como o avião está muito longe da palmeira apesar de a asa se sobrepor à mesma. Quanto à imagem que postou, o DC-10 é um avião enorme, não sei exactamente que tipo de arvores são aquelas, mas na foto o avião aprece pequeno comparativamente à arvores, noutra foto onde se vê que o DC-10 está exactamente por cima de arvores (que podem não ser da mesma especie) as arvores são proporcionalmente muito menores. Se reparar a sobra da asa que aparentemente está a obscurecer a calda retardante não está sob a arvore, o que indica que na realidade o DC-10 está bastante longe daquelas arvores que quase parece tocar.
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #377 em: Agosto 13, 2016, 12:52:47 pm »
Algumas fotos demonstrativas de altitudes de largadas, 30 a 100 pés, e, como a calda pode ser usada directamente no combate ao FF e FU.
A terceira foto o DC10-30 está a menos de 30 pés e com flaps a 35º








« Última modificação: Agosto 13, 2016, 12:58:05 pm por tenente »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #378 em: Agosto 13, 2016, 02:41:07 pm »






A Força Aérea está, desde 10 de agosto, a prestar apoio logístico às aeronaves de combate a incêndios disponibilizadas por parceiros internacionais.
Saiba mais em : http://goo.gl/QQLfyQ
Fotos: Emanuel Fonseca
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #379 em: Agosto 13, 2016, 03:32:05 pm »






A Força Aérea está, desde 10 de agosto, a prestar apoio logístico às aeronaves de combate a incêndios disponibilizadas por parceiros internacionais.
Saiba mais em : http://goo.gl/QQLfyQ
Fotos: Emanuel Fonseca

Belos CL415, para mim são só a melhor aeronave média nos combates a FF, que venham eles mas na versão MP, multi purpose, que permite a configuração interna para SAR, isso é que era dinheiro bem empregue.
Obrigado por divulgares esta foto.

Abraços
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Cabeça de Martelo

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #380 em: Agosto 13, 2016, 05:37:23 pm »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #382 em: Agosto 14, 2016, 02:45:52 pm »
Mas porque é que só aparecem fotos do Dc10 a lançar calda retardante? Também lança água...  ;)




Interessante estudo. É uma boa maneira de justificar a aquisição de uns dois C17... ;D
Citar
https://www.researchgate.net/publication/273124144_Aerial_Bushfire_Quencher_C-17_Conversion_for_Fire_Fighting_Operations

A feasibility study into the conversion of a RAAF C-17 Globemaster III to a fire fighting role has been conducted. Although this paper only presents a small subset of the results, the study shows that a conversion water/retardant storage and drop system is technically feasible and would give the C-17 significant support capability as a water drop platform, an aerial refill  station  and  a  reconnaissance,  command  and  communications  centre  for  overall operations. The installation does not compromise the airframe structure and the aircraft can be returned to military operation status. The aircraft can carry up to 50,000 litres of water/fire retardant contained across 10 smaller tanks that are loaded separately and then interconnected. The required pumps and piping system have been sized and selected. The total mass of the installation, including water/retardant, is approximately 60,000 kg; hence weighing less than the  aircraft’s  maximum  payload  limit  and  no  structural  modification  is  required  with  the exception of replacing the removable door to install the IR system. The estimated cost for each  set  of  a  fire  fighting  conversion  systems  is  about  $1.1  million  AUD,  excluding installation and operation. In conclusion, the study shows that the proposed proof concept is feasible  and  it  is  recommended  for  further  detailed  investigation;  as  the  C-17  have  been known for their role support capabilities from med bays to  heavy payload drops. Being a conceptual proof of concept, further research on this design could be to perform FEA analysis on the flight profile to detailed feasibility studies with consultancy. Without the need to design a  new  airtanker,  it  would  offer  the  Australian  firefighting  authorities  an  additional,  cost effective and powerful capability in combating bushfires across the country. 


Citar
http://fireaviation.com/tag/maffs/

Saudações
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 08:28:01 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #383 em: Agosto 14, 2016, 04:48:58 pm »
Em Espanha, a maior parte dos Canadair/Bombardier são propriedade do Ministério da Agricultura, mas operados pelo EdA. Existe algum impedimento legislativo para fazer algo semelhante por cá? O orçamento de aquisição e parte dos custos de operação vinham dos Ministérios da Agricultura e de Ambiente e a FAP operava os aparelhos e arcava com parte dos custos de operação, justificando assim a sua utilização noutras missões que não o combate a incêndios.
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Lightning

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #384 em: Agosto 14, 2016, 10:15:48 pm »
Já falaram algures a FAP não ter interesse nos Kamov e Airtraktors e preferir os Puma. Acho que a questão aqui é que a FAP visualiza os seus meios sempre para operações militares, mas que tenham capacidade de outras operações de apoio a população.

Precisam do EH101 para resgatar os seus pilotos num teatro de guerra, transporte de tropas, mas  enquanto isso não acontece fazem SAR por cá.

Precisam dos P-3 para encontrar navios e submarinos inimigos, mas enquanto isso não acontece vão procurando navios perdidos.

Os Alouette III já operaram o balde contra fogos, e o seu substituto era inteligente se tivesse essa capacidade.

Os Puma, ou outro helicóptero táctico, a operar na FAP ou no exercíto, também deveriam ter essa capacidade.

A FAP não vê uma missão militar para atribuir aos Kamov ou Airtracktor.

Os Canadairs espero que aceitem, dá para fazer SAR.
« Última modificação: Agosto 14, 2016, 10:17:25 pm por Lightning »
 

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Get_It

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #385 em: Agosto 14, 2016, 10:29:15 pm »
Um pouco na brincadeira: Metam os Kamov no Exército, pois já dão pelo menos para fazer o transporte de artilharia e de outro material.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
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Crypter

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #386 em: Agosto 14, 2016, 10:58:03 pm »
Comunicado da Força Aérea Portuguesa sobre o "Combate a Incêndios" com ponto da situação sobre os apoios até agora prestados:
«14 de agosto de 2016

Participação da Força Aérea no combate a incêndios

Face às várias notícias, declarações e comentários, recentemente tornados públicos, relativos à participação da Força Aérea Portuguesa no combate aos incêndios que têm vindo a assolar o país, cumpre esclarecer o seguinte:
Atualmente, a Força Aérea não possui meios aéreos que permitam a realização de missões de combate a incêndios. Não é igualmente praticável proceder a adaptações que possibilitem a qualquer das frotas em operação, a execução desse tipo de missões.
A partir de 1982, a Força Aérea operou um sistema modular aplicável à frota C-130H Hércules, denominado MAFFS (Modular Airborne Fire-Fighting System), equipamento que permitia adaptar aquelas aeronaves à realização de missões de combate direto (largada de água) e indireto (largada de calda retardante) a incêndios. Porém, fruto da reorganização de meios de combate a incêndios, sob a tutela da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), esse sistema foi descontinuado há cerca de 20 anos e, atualmente, é inexistente.
A capacidade para realização de missões de combate direto a incêndios, que implica, naturalmente, a qualificação de tripulações e de pessoal de manutenção, para além da definição do respetivo conceito de operações, poderá, no entanto, vir a materializar-se faseadamente, num futuro próximo, no âmbito dos vários projetos de reequipamento em curso, designadamente, ao nível da substituição do C-130H Hércules e da renovação da frota de helicópteros ligeiros.
Todavia, realça-se que, na última semana, a Força Aérea colocou à disposição da ANPC todos os meios e recursos disponíveis, no sentido de apoiar ativamente, o combate ao flagelo dos incêndios. Essa colaboração concretizou-se até à data como se segue:
Madrugada de 10AGO16 - Ponte aérea para o Funchal. Quatro voos de C-295M Montijo-Funchal-Montijo. Transportados 127 passageiros (ANPC, GNR, Bombeiros e INEM) e 3,5 toneladas de carga. Efetuadas 20:40 horas de voo;
Tarde de 10AGO16 – Voo de C-130H Montijo-Funchal-Montijo. Transportadas 5,2 toneladas de carga. Efetuadas 04:35 horas de voo;
11AGO16 – Voo de reconhecimento do teatro de operações da Calheta, realizado por helicóptero EH-101 Merlin do Destacamento Aéreo da Madeira a partir de Porto Santo;
11AGO16 – Cedência de um equipamento pesado (Máquina de Rasto) e respetivos operadores, empregue no teatro de operações de Arouca;
Apoio logístico aos meios aéreos disponibilizados por parceiros internacionais: dois Canadair Marroquinos (chegada em 10AGO16), um Canadair Italiano (chegada em 11AGO16), dois Beriev da Federação Russa (chegada em 13AGO16). Esse apoio logístico traduz-se no Parqueamento e reabastecimento das aeronaves e sustentação das tripulações na Base Aérea nº 5, em Monte Real e também no reabastecimento alternativo às aeronaves, no Aeródromo de Manobra Nº 1, em Ovar;
Já hoje, a Força Aérea empregará, adicionalmente, três meios aéreos: 1 C-130H e 1 C-295M que executarão a retração para o Continente do dispositivo de pessoal e material transportado para a Madeira no dia 10, e um voo adicional de C-295M que sairá da Base Aérea Nº 4, Lajes – Açores, para retrair igualmente bombeiros e material que projetaram dos Açores para a Madeira em reforço ao combate aos incêndios naquela ilha.
Os meios e recursos da Força Aérea permanecerão em prontidão, no sentido de continuar a responder a qualquer solicitação da ANPC.»
 

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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #387 em: Agosto 15, 2016, 04:03:47 am »
 O comunicado é inteligente e para quem quiser perceber, uma FAP indigente que faz aquilo que pode, com os meios que tem. Pois se não tem meios para combater os fogos, logicamente não o pode fazer.

 Assistimos nos últimos dias a um proliferar de opiniões sobre os meios aéreos que é de uma pessoa fugir de susto. É ver quem é que diz o maior disparate. De repente apareceram nas TVs, jornais e redes sociais centenas de especialistas em meios aéreos de combate aos fogos.
Na na RTP3 numa entrevista ao MD, o jornalista completamente excitado já tinha o veredicto, compra-se já o KC390 que é fabricado em Portugal (tosse) e dá para apagar fogos. E depois mostrava uma foto ao ministro de uma imagem feita em computador que anda aí a circular na net há 5 anos do Embraer a apagar incêndios.

Depois o Rogeiro na SIC antes de ir dar a entrevista da ordem, parece que foi a correr à Wikipédia ver o que era o MAFFS (porque tudo o que ele disse está lá exactamente igual). Também deu ali logo o seu "veredicto" de cor, dizendo que o sistema era o melhor e que estava na linha da frente no combate aéreo aos fogos. (Isto é um país de malucos)

Outro tipo (coitado) duma Associação de Oficiais andou a mandar uns bitaites nos jornais e teve direito ir à SIC N falar sobre o assunto. E teve o azar de apanhar pela frente um jornalista bom (o que é raro). O pivot perguntou-lhe o que era necessário então fazer e ele disse (a gaguejar e completamente atrapalhado) que era preciso fazer um organograma em vez de dizer cronograma. E quais eram aeronaves ideais para a FA e porque é que os puma estavam armazenados? (o gajo não soube responder a nenhuma pergunta). Um autêntico nº de palhaço de circo em directo na televisão.

E é isto! Mas o que vai acontecer é que daqui a 2 semanas já ninguém fala nisto, para o próximo ano arde o resto da floresta que ainda falta arder. E não vai haver aquisição de meios nenhuns, porque o Costa já disse que se tinha de apostar na prevenção (conversa com 40 anos, desde que começaram os incêndios em Portugal) e que esse dinheiro faz falta é nas esquadras. Uma forma airosa de dizer que não há dinheiro para adquirir meios aéreos, mesmo que o país arda todo. Ele também já tinha dito que não havia solução para as cheias de Lisboa e ninguém o levou preso.

 
 
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #388 em: Agosto 15, 2016, 10:19:16 am »
Parece-me bastante mais versatil do que aparenta sobretudo na versão militarizada. Desde SAR a vigilância passando por treino e  desfolhante, inclusive usando o espaço interno para fazer transporte de pequenas cargas.
Citar
AT-802U

Presentation

Air Tractor has created a surveillance platform that delivers more capability for less money than anything else in the world. The AT-802U combines an 8,000 pounds (3,629 kg) payload and 10-hour ISR mission capability with the flexibility and responsiveness of a manned weapon system for a fraction of the cost of unmanned aerial vehicle systems.

The cavernous internal space of the 802U permits adding virtually any missionized E0/IR, SIGINT or SAR payload. An optional retractable L3 Wescam MX-15Di sensor targeting pod and ROVER video downlink lets ground commanders, other aircraft and forward air controllers see the battle space in real time.

When equipped with state-of-the-art sensors, real time encrypted video downlink, SatCom, and encrypted software defined voice and data radios, the 802U is a cost-effective communications gateway for instant command and control.

Detailed Description

Precision Strike

The 802U can deliver an impressive payload to the fight. With 11 hard points on the wings and fuselage, the 802U has the flexibility to employ a large arsenal of weaponry.

The aircraft’s speed and maneuverability exceeds that of most helicopters, UAVs and cargo aircraft. There’s no need to fly supersonic to hot zones when the 802U can be overhead providing quiet surveillance and the deterrent of over 2,900 rounds of .50 cal, four Hellfire missiles, sixteen DAGR laser guided rockets, and two 250 lb. laser-guided bombs.

Survivability

In combat, the 802U protects aircrews with robust cockpit and engine armor. Fuel tanks and lines are self-sealing. Ballistic glass windshields and side windows have defeated bullets during counterdrug operations.

Dirt Strip Utility

Operating from unimproved airstrips and dirt roads, the 802U can carry out forward arming and refueling point missions to provide unparalleled direct support and overwatch for ground troops. It can deliver fuel and supplies to remote forces.

Multi-Mission Capability

With its tandem seat cockpit and dual controls, the AT-802U also makes an ideal training aircraft for flight and weapons training to develop weapons tactics, techniques and procedures.

http://www.airtractoreurope.com/aviones/ficha/general/19

The AT-802 has also been used in counter-drug operations in the USSOUTHCOM AOR by the U.S. Department of State as a delivery vehicle for herbicides and defoliants over narcotics production facilities.

Ten AT-802U were converted by Iomax into an armed configuration with Roketsan Cirit 2.75" rockets and guided bombs [8] for the UAE Air Force. The UAE operated them until November 2015[8] when they were replaced by the first three of 24 Archangels on order from Iomax.[9] The Archangel is based on a similar cropduster airframe, that of the Thrush Model 660,[10] however to create the Archangel the basic Model 660 undergoes a much more extensive rebuild in the course of its militarization. Six of the UAE AT-802Us were transferred to the Jordanian Air Force.[11] with a further three being transferred to the Yemeni Government Forces where they have been used in the 2015 Yemeni Civil War.

https://en.wikipedia.org/wiki/Air_Tractor_AT-802

http://wildfiretoday.com/2009/06/18/air-tractor-converts-air-tankercrop-duster-into-armed-tactical-attack-plane/



Aparentemente na Força Aérea Sul Coreana arranjaram missões para os Kamov. Até foram modificados para combater fogos à noite...  8) ::)





Citar
First Civil Kamov Ka-32 NVG Modification, 04-Feb-16 : Texas-based REBTECH announced approval by the Korean Office of Civil Aviation (KOCA) for a night vision (NVG) modification to Russian made KA-32 helicopter to perform night fire suppression operations

http://rebtechnvg.com/wp-content/uploads/2016/02/REBTECH-Performs-First-Civit-Kamov-KA-32-Modification.pdf
Já agora, por lá a manutenção faz-se assim: http://www.helis.com/database/model/1030/
Citar
Russian Support for South Korea KA-32 Engines, 08-Oct-15 : South Korea's Civil Aviation Authority and Heli Korea visited Russian Helicopters Aviation Repair ...

Cumprimentos
« Última modificação: Agosto 15, 2016, 11:09:28 am por mafets »
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Re: Combate a fogos pela F.A.P.
« Responder #389 em: Agosto 15, 2016, 11:08:05 am »
Já falaram algures a FAP não ter interesse nos Kamov e Airtraktors e preferir os Puma. Acho que a questão aqui é que a FAP visualiza os seus meios sempre para operações militares, mas que tenham capacidade de outras operações de apoio a população.

Precisam do EH101 para resgatar os seus pilotos num teatro de guerra, transporte de tropas, mas  enquanto isso não acontece fazem SAR por cá.

Precisam dos P-3 para encontrar navios e submarinos inimigos, mas enquanto isso não acontece vão procurando navios perdidos.

Os Alouette III já operaram o balde contra fogos, e o seu substituto era inteligente se tivesse essa capacidade.

Os Puma, ou outro helicóptero táctico, a operar na FAP ou no exercíto, também deveriam ter essa capacidade.

A FAP não vê uma missão militar para atribuir aos Kamov ou Airtracktor.

Os Canadairs espero que aceitem, dá para fazer SAR.

Bem,  se o problema é esse, pelo lados dos air tractor esta resolvido.
Instrução basica de voo, ataque ligeiro ao solo contra insurgentes altamente blindado.
uma oportunidade única para comprar uma dúzia deles!

http://www.802u.com/
 ;D  ;D ;D