Sistema de informações do PS

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« Responder #15 em: Julho 04, 2007, 12:22:17 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
"Tiques cavaquistas"?! Quando é que ouve algo semelhante do tempo do Cavaco Silva?


que eu me lembre de algo semelhante, só para os fins dos 10 anos de governo do PSD...agora estes estão lá há 2 anos e meio e já é o que é.

A deriva autoritária (como bem disse o Manuel Alegre, que não sei como ainda não saiu do PS), é abismal!
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PereiraMarques

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« Responder #16 em: Julho 04, 2007, 12:28:08 pm »
"Tiques Cavaquistas" no sentido de autoritarismo e de tecnocracia misturada com incompetência.
 

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« Responder #17 em: Julho 04, 2007, 12:29:08 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
"Tiques Cavaquistas" no sentido de autoritarismo e de tecnocracia misturada com incompetência.


Nesse aspecto estão bem uns para os outros.
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Lancero

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« Responder #18 em: Julho 04, 2007, 12:53:58 pm »
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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« Responder #19 em: Julho 04, 2007, 01:08:42 pm »
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Exclusivo CM  
 
 

2007-07-04 - 13:00:00

Processo: Acontecimentos de 7 de Outubro em Guimarães
Governo civil manda investigar manif


Por determinação do Governo Civil de Braga, o Ministério Público do Tribunal de Guimarães está a investigar ao pormenor o que se passou na pequena manifestação que esperou o Primeiro Ministro, José Sócrates, aquando da reunião do Conselho de Ministros realizada em Guimarães, no passado dia 7 de Outubro.

Ao que o Correio da Manhã apurou, o relatório que a PSP da cidade berço enviou para o Governo Civil falava de uma “manifestação ilegal” na qual alguns dos participantes proferiram “palavras insultuosas” dirigidas ao Primeiro Ministro e a outros membros do Governo.

Ao receber o relatório, dois dias depois dos acontecimentos, o Governador Civil, Fernando Moniz, encaminhou-o para o Ministério Público do Tribunal de Guimarães, o que deu origem à abertura de um processo, cuja primeira fase passou pela identificação das pessoas que participaram na manifestação e que agora está na fase de audições às pessoas identificadas e a jornalistas que reportaram o acontecimento.

Segundo apurou o CM, já foram ouvidas cinco pessoas, sindicalistas e jornalistas, e estão pelo menos quatro convocadas para Setembro.

“Eu limitei-me a cumprir a lei, ou seja, sempre que se realiza uma manifestação ilegal, as forças policiais fazem um relatório que enviam para o Governo Civil, que, por sua vez, comunica o caso ao Ministério Público”, disse Fernando Moniz ao CM, sublinhando que “as manifestações têm de cumprir regras, precisam de ser autorizadas e quando isso não acontece estamos perante uma ilegalidade que merece averiguação”.

Sem querer confirmar se os manifestantes ofenderam o Primeiro Ministro, Moniz disse que “as pessoas têm de assumir a responsabilidade dos seus actos”.

“Eu não posso fechar os olhos às coisas, e se não tivesse feito nada não estava a cumprir as minhas funções”, disse o Governador Civil de Braga, realçando que “não há aqui nada contra ninguém nem nada que se pareça com atitudes de carácter persecutório”.

Já Adão Mendes, coordenador da União dos Sindicatos de Braga, que esteve no local, embora sem integrar a manifestação, e que já foi ouvido pelo Ministério Público de Guimarães, não vê outra explicação que não seja “mais um passo na postura controleira deste Governo”.

“O senhor Governador diz que se limitou a cumprir a lei, pois devo dizer-lhe que foi o primeiro, desde o 25 de Abril de 74, que se mostrou tão zeloso. É que já se realizaram centenas de manifestações como esta e nunca ninguém foi a Tribunal”.

DIFAMAÇÃO E INJÚRIA

Depois de receber o relatório da PSP de Guimarães, o procurador encarregue de realizar a investigação tratou de proceder à identificação do maior número possível das cerca de oitenta a cem pessoas que integraram a manifestação de 7 de Outubro de 2006, em frente ao Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães. Fonte judicial disse ao CM que “as fotos foram passadas à lupa”, mas assegurou que “apenas foi possível identificar os dirigentes sindicais mais conhecidos”. Para ajudar nesta fase do trabalho, o Ministério Público convocou alguns jornalistas - dos muitos que estiveram no local a fazer a cobertura do Conselho de Ministros informal que naquele sábado se realizou na cidade berço - para tentar obter mais fotos, declarações ou outro material que pudesse conduzir à identificação de manifestantes. No entanto, sabe o CM, os jornalistas disseram que possuíam apenas o que foi publicado, o que não constituiu grande ajuda para os magistrados. Os manifestantes podem ser acusados da prática do crime de difamação e injúria.

APONTAMENTOS

SÓCRATES IRRITADO

As palavras de ordem fizeram-se ouvir quando o Primeiro Ministro saía para almoço. Segundo se soube, José Sócrates ficou “profundamente irritado” com a manifestação e com o teor de algumas das expressões usadas.

ABAIXO A MINISTRA

Um dos alvos dos manifestantes foi a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues. À data vivia-se a fase mais quente da contestação dos professores ao estatuto da carreira docente.

CORTES NA SAÚDE

Correia de Campos também foi um dos visados, já que estava em causa o anunciado fecho da extensão de saúde de Serzedelo.

CHARRUA NEGA FRASE

O professor Fernando Charrua negou ontem ter dito a frase ofensiva para com o primeiro-ministro que lhe é imputada no acórdão que propõe a sua suspensão: “Somos governados por uma cambada de vigaristas e o chefe deles todos é um f. da p.”

Secundino Cunha, Braga


 
fonte

 :roll:
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Jorge Pereira

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« Responder #20 em: Julho 04, 2007, 03:41:15 pm »
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Ministro Santos Silva surpreendido com as críticas
Balsemão acusa Governo de "fúria legislativa" contra os media
04.07.2007 - 08h59 Lusa


O presidente do grupo Impresa, Francisco Pinto Balsemão, acusou hoje o Governo de querer travar o aproveitamento das inovações tecnológicas na área dos media através de uma "fúria legislativa" e de uma "estratégia de cerco".

"A fúria legislativa não pára. O Governo propõe e o Parlamento aprova regulamentações para todos os gostos", criticou Pinto Balsemão durante um jantar-debate organizado pela Confederação Portuguesa dos Meios de Comunicação Social subordinado ao tema "Os Media e a Transição para o Digital".

Segundo o empresário, existem cada vez mais "controlos rígidos" que vão "desde a formação do capital das empresas à programação das televisões, a quem pode e não pode ser director de um jornal, aos estatutos editoriais, aos códigos de conduta jornalística, aos livros de estilo e aos próprios conteúdos, constantemente monitorizados por uma entidade reguladora à qual as sucessivas leis concedem poderes acrescidos".


Entre os vários diplomas criticados, Pinto Balsemão destacou "a lei contra a concentração da propriedade dos meios de comunicação social" — em fase de anteprojecto governamental — que, segundo o responsável, "esquece que as empresas de media, incluindo a imprensa, devem ser suficientemente fortes para enfrentar a concorrência a nível internacional".

"Na estratégia do cerco, essa preocupação não aparece", afirmou.

Ministro surpreendido com as críticas de Balsemão

O ministro dos Assuntos Parlamentares, também presente no evento, realizado em Lisboa, reagiu às acusações do patrão da SIC, lembrando que o tema do jantar-debate era a migração dos media para o digital "e não a política do Governo, a política do Parlamento e as maldades do ministro Augusto Santos Silva".

"Quando convido pessoas para um evento, tento ser bem-educado e avisá-las ao que vêm", disse o ministro.

"A fúria legislativa vai continuar", afirmou o ministro dos Assuntos Parlamentares. "Assim que a revisão da directiva Televisão Sem Fronteiras terminar, iremos fazer a sua transposição para o normativo português", anunciou.

Santos Silva defendeu ainda que Portugal está "em condições óptimas" para que a lei sobre a concentração da propriedade dos meios de comunicação social avance e disse que esta iniciativa serve para "definir os critérios de apreciação pelo regulador" das operações de concentração dos media.

Por outro lado, acrescentou, serve, "por exemplo, para prevenir e delimitar os limites da participação do Estado na comunicação social" que, segundo Santos Silva, se deve limitar à televisão e à rádio públicas.


Após ler este tópico, incluindo a notícia que acima coloquei, veio-me logo à cabeça a actual…Venezuela. :roll:


Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #21 em: Julho 04, 2007, 04:04:32 pm »
E eles até são amigos... :evil:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Lancero

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« Responder #22 em: Julho 04, 2007, 05:45:23 pm »
Para colocarem na assinatura das vossas mensagens de e-mail, tal como uma que recebi à pouco.

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Cláusula de salvaguarda

Estou a enviar Este "mail" na qualidade de cidadão.

Este "mail":

- não está a ser enviado de nenhum gabinete, nem mesmo do interior de uma instituição da administração pública;

- não está a ser enviado de um computador de um organismo público;

- não está a ser enviado durante o horário de trabalho;

- não demonstra grave desinteresse pelo cumprimento dos deveres gerais de lealdade e correcção, não violando os respectivos deveres;

- está a ser enviado em observância das orientações superiormente fixa-das para a prossecução e implementação das políticas definidas pela tutela;

- não é um comentário jocoso;

- não é um insulto;

- não trata o Ex.mo e Il.mo S r. Primeiro-Ministro com sentido depreciativo e in-jurioso. Aliás, eu gramo o S r. Primeiro-Ministro aos molhinhos;

Viva o Sr . Primeiro-Ministro!!!


Isto está bonito. Até uma das classes mais amorfas que conheço está já a lançar protestos
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Yosy

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« Responder #23 em: Julho 04, 2007, 06:40:52 pm »
Citação de: "papatango"

Ainda ontem reparei nisso de forma curiosa num comentário do Yosy sobre o tema da Ota, em que se insurgia pelo facto de eu apontar um dedo acusador aos verdadeiros culpados pelo disparate.


O QUÊ????

A minha crítica foi bastante JUSTA (para quem não está a par:( http://www.forumdefesa.com/forum/viewto ... &start=176 ). Até a foto do Guterres é ridícula - http://www.areamilitar.net/analise/anal ... Materia=46 (que, só encontraram aquela? por favor)
 

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JoseMFernandes

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« Responder #24 em: Julho 04, 2007, 06:48:22 pm »
No jornal Público de 4/7/07

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Mccarthismo à portuguesa
04.07.2007, Santana Castilho

Os tiques autocráticos transformaram-se numa autêntica teologia socrática, cuja doutrina é fragilizar, semear o medo


1.José Augusto Seabra, que era pequeno de estatura física, foi ministro da Educação, pelo PSD. Decidiu um dia reservar um dos ascensores da 5 de Outubro ao seu exclusivo serviço. Numa das primeiras utilizações a solo foi surpreendido por um insólito cartaz afixado na parede frontal do dito: "Cuidado, não pisem o ministro." E o pavimento da cabina mostrou-lhe que o contestatário havia tido a temeridade de defecar ali mesmo. O autor foi identificado por funcionário zeloso. Mas Seabra recusou ouvir a delação e limitou-se a mandar limpar os estragos e devolver o sobe-e-desce ao uso colectivo.
"Beleza não é saúde" foi metáfora maliciosa que decorou serviços hospitalares quando Leonor Beleza foi ministra da Saúde. Clínico amigo, responsável por um deles, homem prudente e cordato, foi, ele próprio, retirar tais dísticos do corredor onde a ministra ia passar. Mas o contestatário foi mais eficaz. E quando uma hora volvida o meu amigo voltou ao sítio, acompanhando Leonor Beleza na oficialíssima visita, já para lá tinham voltado as frases maliciosas. O médico permaneceu no cargo até que quis. E a ministra foi simplesmente digna quando passou no corredor.
Correia de Campos entendeu proceder diferentemente no caso lamentável da exoneração da directora do Centro de Saúde de Vieira do Minho. Os factos estão tratados e o espaço não permite recordá-los. Nem seria importante. Importante é que isto sucede à queixa conjunta de José Sócrates, primeiro-ministro, e Pinto de Sousa, cidadão, contra Balbino Caldeira, que sucede ao afastamento da Associação de Professores de Matemática do Plano da Matemática, por delito de opinião, que sucede ao caso escabroso da DREN. Importante é que isto coexiste com a maior impunidade por actos políticos de que guardo memória em três décadas de democracia.
O desprezo pelo escrutínio público e pela opinião dos outros tem-se interiorizado no âmago de muitos ministros. Os tiques autocráticos do princípio transformaram-se numa autêntica teologia socrática, cuja doutrina é fragilizar, semear o medo e a intranquilidade. O senador MacCarthy, nos anos 50, escreveu a cartilha que eles seguem.
(...)
Professor do ensino superior
 

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Luso

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« Responder #25 em: Julho 04, 2007, 08:15:17 pm »
http://classepolitica.blogspot.com/

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Por determinação do Governo Civil de Braga, o Ministério Público do Tribunal de Guimarães está a investigar ao pormenor o que se passou na pequena manifestação que esperou o Primeiro Ministro, José Sócrates, aquando da reunião do Conselho de Ministros realizada em Guimarães, no passado dia 7 de Outubro. (dos jornais)

Eis os governos civis no seu verdadeiro papel.
Tal como na época do anterior regime, mostram-se agora como os órgãos do governo que procuram manter a ordem pública contra as manifestações políticas contrárias ao governo.
Antigamente recorriam à PIDE, hoje pelos vistos ao Ministério Público e seguramente à polícia secreta cuja direcção Sócrates chamou a si. Naturalmente que os tempos são outros, e este pendor totalitário do primeiro-ministro resultará, sobretudo, em prejuízo da credibilidade do seu próprio partido que se apresentava até aqui, como o arauto da liberdade, não admitindo receber lições de ninguém. Os direitos à indignação e manifestação política são próprios do exercício da prática democrática e de uma cidadania activa. Pretender limitar o exercício de tais direitos é empobrecer a própria vivência democrática.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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ricardonunes

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« Responder #26 em: Julho 05, 2007, 11:32:35 am »
"Posso dizer mal do Governo se for na minha casa"


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Carmen Pignatelli avisou que a sua intervenção, na apresentação do relatório anual do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), teria um tom "informal". Mas a audiência, constituída maioritariamente por profissionais e alguns dirigentes da saúde, não conteve as gargalhadas e um pigarrear jocoso quando a secretária adjunta da Saúde agradeceu as críticas feitas ao seu ministério, afirmando que "vivemos num país em que as pessoas são livres de dizer aquilo que pensam".

A frase surge uma semana após a polémica do cartaz afixado do centro de saúde de Vieira do Minho - que levou o ministro Correia de Campos a destituir a directora da unidade pelo tom "jocoso" utilizado. Perante a reacção da plateia, a secretária de Estado sorriu e apressou-se a corrigir: "... desde que seja nos locais apropriados". "Eu sou secretária de Estado, aqui nunca poderia dizer mal do Governo. Aqui. Mas posso dizer na minha casa, na esquina, no café. Tem é de haver alguma sensibilidade social..."

"Sensibilidade social" que falta à equipa ministerial liderada por Coreia de Campos, na opinião dos investigadores que analisaram um ano de governação na saúde, como esteve patente na forma como foi gerida a reorganização de urgências ou SAP, que passou uma imagem de "retracção dos serviços públicos e de pouca protecção na saúde", disse o coordenador do OPSS, Pedro Ferreira.

Como afirmou Constantino Sakellarides, um dos autores do relatório, "houve uma mudança de paradigma. E o novo paradigma tem uma agenda difícil, só é entendida por alguns". Na opinião do director da Escola Nacional de Saúde Pública, os cidadãos estão habituados a ter um Estado que garanta uma prestação de cuidados de saúde alargada e cada vez melhor. Quando o Governo muda o discurso para a necessidade de conter despesas e de racionalizar os meios, perde a base social que tinha antes. "As pessoas estão habituadas a que os serviços sejam abertos, não a que sejam fechados", exemplificou. Apesar da forma como a mudança foi gerida, o especialista diz que terá de haver um discurso sério sobre o financiamento e a responsabilidade de cada um, como forma de manter os princípios na base do Serviço Nacional de Saúde.

Contrapondo a visão de que o caminho para este modelo seja o de fazer com que os doentes paguem mais na doença, afirmou que a solução passa por dois pontos essenciais. Por um lado, desenvolver a literacia na saúde - dar mais informação às pessoas para que estas possam gerir a sua doença e o uso dos serviços num sistema cada vez mais complexo. Por outro, aproveitar as tecnologias da informação para aplicar preços diferentes a cada pessoa, consoante a utilização que fazem dos cuidados. É o contributo dado pelo observatório à discussão sobre novos modelos para financiar a saúde e que deu origem ao relatório da comissão nomeada pelo Governo, divulgado há uma semana. Entre as recomendações estava, por exemplo, o aumento das taxas moderadoras ou a redução das deduções fiscais.|


DN
Potius mori quam foedari
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #27 em: Julho 05, 2007, 12:07:18 pm »
Eu vi isso na TV...palavras para quê?!  :roll:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #28 em: Julho 05, 2007, 01:33:23 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu vi isso na TV...palavras para quê?!  :roll:  :(

a arrogância destes individuos não tem limites, riem-se e gozam todos na nossa cara...e nós os parvos lá vamos comendo e andando...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #29 em: Julho 05, 2007, 01:42:10 pm »
e que acham disto :?:

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Publicação: 27-06-2007 16:54    |   Última actualização: 27-06-2007 16:56
Site para denunciar conteúdos ilegais na Internet
"Linha Alerta" recebe denúncias de crimes na Internet para eventual investigação criminal

Portugal dispõe a partir de hoje de um site especializado em segurança on-line onde qualquer pessoa pode denunciar conteúdos ilegais na Internet, como sites pedófilos, xenófobos, de violência extrema ou outros que constituam crimes públicos.

Lusa

Através do lançamento do site "linhaAlerta.internetsegura.pt", Portugal tornou-se hoje o 22 país dos 27 membros da União Europeia (UE) a dispor deste serviço, onde os cidadãos poderão denunciar a existência de conteúdos ilegais na Internet, para posterior investigação e eventual acção judicial.

Apesar de existirem programas de comparticipação financeira da UE para a criação e gestão deste tipo de sites, Portugal só agora aplicou esta medida, que também já existe em países como a Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Islândia, Japão, Taiwan e Estados Unidos.

Na primeira apresentação oficial do site integrado no programa europeu "Safer Internet Plus" - um plano de acção para a promoção de uma utilização mais segura da Internet e das novas tecnologias - que decorreu a 6 de Fevereiro, em Lisboa - um dos responsáveis pelo projecto disse à Lusa que o 'hotline' iria ser fundamental para "iniciar e facilitar a investigação criminal, melhorar o tempo de reacção das autoridades, assim como encurtar as distâncias a nível europeu".

"As denúncias feitas no site vão primeiro ser tratadas junto de operadores especializados - que farão uma primeira triagem - para verificar se realmente se trata de conteúdos ilegais e determinar a origem do conteúdo", explicou à Lusa Lino Santos, da direcção técnica da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN).
 
"Se os conteúdos ilegais forem portugueses, a denúncia será comunicada de imediato as autoridades nacionais. Se os conteúdos forem oriundos, por exemplo, de um servidor na Alemanha, a 'hotline' portuguesa [que está ligada a rede europeia] contacta a rede alemã para que esta faça a denúncia às autoridades daquele país", acrescentou o mesmo responsável.

Tornar a Internet segura

Luís Magalhães, presidente da Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC), outra entidade envolvida no projecto, disse em declarações à Lusa que este site será "fundamental para garantir uma maior segurança dos utilizadores" e minimizar os riscos que a Internet pode criar junto das crianças e jovens.

"Os riscos que ocorrem da Internet e de outras novas tecnologias de informação não são diferentes de outros, as formas de contacto e de interacção são apenas amplificados", explicou o responsável, acrescentando que as pessoas "têm de se habituar a lidar com as novas tecnologias e riscos da mesma forma como os pais ensinam os filhos a não divulgar informações pessoais a estranhos no mundo real".

De acordo a investigadora inglesa Sonia Livingstone, a coordenadora do projecto europeu "EU Kids Online" - um projecto sobre segurança online que visa criar um guia de recomendações para o uso seguro da Net - "os pais em Portugal têm pouca percepção dos riscos da Internet para as crianças e os jovens, devido à falta de debate público sobre estas questões".

A responsável explicou à Lusa que entre os maiores riscos a que as crianças se expõem na Internet estão os contactos de pedófilos com menores através de chats (salas de conversação online) e o acesso não solicitado a sites desadequados para a idade, ou seja com conteúdos pornográficos, racistas ou de violência extrema.

Pais portugueses controlam pouco

Em Portugal, de acordo com o Eurobarómetro de Maio de 2006, que auscultou pais de menores de 18 anos, 53 por cento dos inquiridos não aplicavam quaisquer regras de segurança, colocando o país na 23 posição entre os 25 países da UE.

O inquérito realça que a principal regra sobre Internet imposta nos lares portugueses é o controlo do tempo, sendo que a proibição de visitar certos sites registava pouco mais de metade de respostas (51 por cento) e a regra de não dar informação pessoal era estabelecida apenas por 14 por cento dos inquiridos.


FONTE
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