Assenta na construção de uma plataforma (estimativa inicial de aproximadamente 10.000 toneladas) para operar 365 dias por ano, de arquitetura complexa, recorrendo à utilização de novos materiais (compósitos, ligas, estruturas, etc.), conjugando diversas tecnologias inovadoras (quer soluções de propulsão amigas do ambiente, quer para a gestão do navio até à gestão de dados e missão), sistemas de comunicações, redes digitais e software (Big Data/Inteligência Artificial); sistemas de produção e gestão de energia verde a bordo. Para além da capacidade de realizar a monitorização de várias grandezas subaquáticas, atmosféricas, de campanhas batimétricas ou de amostras do solo ou subsolo, exigirá que seja equipado com sensores de diversa ordem (óticos, eletromagnéticos, acústicos, de temperatura, de humidade, de pressão), bem como com sistemas de posicionamento para permitir operar equipamentos específicos para as missões, por exemplo um Rov Drill (para recolher amostras biológicas ou minerais). Deverá ainda ser equipado com diversos tipos de gruas para operação a partir de um convés intermédio, os quais servirão para colocar/retirar instrumentos ou laboratórios científicos na água, embarcações e carga até 30 toneladas. Como se pretende operar no Atlântico, pelo menos uma das gruas ou dos “A-frame” deverá ter um sistema de compensação de ondas, podendo também existir uma baía de desembarque submersível e sistema de guinchos para potenciar outras valências (tais como a recolha de plásticos). Deverá ainda ter em conta que existe o ROV Luso, e que seria potenciador da função poder operar em simultâneo o ROV Luso, o ROV DRILL e outros sistemas complementares existentes nas diversas instituições portuguesas que se dedicam a investigar e operar no Mar. Em situação de emergência ou de acidente ambiental, poderá ser dotado da capacidade de mitigar as consequências do acidente (derrames de petróleo ou outras substâncias químicas perigosas, “blooms” de macro plásticos ou “blooms” de algas ou “jellyfish”). Terá a capacidade de embarcar módulos de emergência médica para acudir a populações vítimas de desastre extremos. Em termos de operações de emergência deverá possuir a capacidade de dar suporte à recolha de lixo marinho (incluindo macro plásticos) e outros elementos nocivos ao meio, servindo de base ao lançamento de sistemas robóticos inovadores para a localização e recolha. Da mesma forma, deve possuir um centro de operações e comunicações de suporte aos meios navais no terreno e aos sistemas robóticos para as operações de busca e salvamento. A função de vigilância deverá endereçar as ações de uso ilegal do Oceano, tendo em conta os crimes económicos (como a pesca ilegal ou a recolha ilegal de informação sobre o Mar português), ambientais e sociais. Deverá ser a base de um conjunto de equipamentos que permita a realização da mais avançada investigação científica e tecnológica sobre o oceano, das mais eficazes operações de vigilância e monitorização.
Mais um meio civil....