Esta viatura é diferente dos MRAP.
Quanto aos números, é necessário ter viaturas paradas uma vez que quando umas estão a ser reparadas as outras estão prontas. É necessário ter viaturas paradas uma vez que existem missões e quando estas estão empregues é necessário ter cá viaturas para treinar. É necessário ter viaturas paradas porque é preciso ter uma reserva em caso de conflito. Etc etc
Se o número é excessivou ou não, não faço ideia, agora que 160 viaturas não parece nada excessivo não.
Basta colocar 20 em cada BIPARA, mais 20 nos Comandos, 10 no OEs, já estamos a falar de 90.Se pensarmos em 30 na BRIg MEC e 30 na BRIG INT. Já só sobram 10 viaturas!!!!! Se calhar as 160 começam é a ser poucas...
A viatura que refere até é, por acaso, base de um MRAP, o M-ATV da Oshkosh, que combina uma cabina desenhada pela Plasan com o JLTV propriamente dito.
Num aspecto estou de acordo consigo – de tudo o que tenho lido ultimamente sobre as várias opções existentes no mercado, e se de facto, o que se pretende é comprar o maior número possível de viaturas base para, a partir daí, as equipar à medida das necessidades, o JLTV parece-me uma das melhores opções possíveis.
Quanto aos números…. Quando me interroguei sobre para que é que querem cento e sessenta e tal viaturas, não estou a discutir o número ou a dizer que é exagerado. O que estou a questionar é se vamos ter real capacidade para as manter todas a funcionar. É sempre a eterna questão dos Euros…. E se dúvidas houver, basta ver o que é que se tem passado com alguns dos sistemas de armas que o País adquiriu nos últimos anos. Daí que a minha questão vá mais no sentido de perguntar se não seria muito mais sensato comprar menos, equipar mais viaturas com a blindagem e armamento que se entenda conveniente, e manter as ditas a funcionar sem grandes contratempos.
No caso de uma viatura como o JLTV, até acho que deviam mas era comprar 400 e não 160, e distribuí-las por todos os ramos, arrumando de vez no depósito os HMMV, Condor, Chaimite (e até muitas Pick Ups e outras coisas que tais), e ficar com um único modelo base a operar em todas as Forças Armadas. Mas entre aquilo que desejamos e a realidade vai uma enorme diferença…. Diferença que se torna ainda mais avassaladora quando vemos o que se passa com vários sistemas de armas quando chega a hora de ter que abrir os cordões à bolsa para os manter.
Já agora, o preço unitário que indica (cerca de 210 mil Euros a unidade), é para a viatura base, sem blindagens, certo? Porque os preços que vejo por aí referidos andam geralmente mais perto do meio milhão de dólares a unidade (presumo que este último seja o preço para a viatura já com um determinado nível de blindagem incorporado).
De qualquer forma, concordo consigo – seria uma excelente escolha.
Penso que a Brigada Mecanizada não irá receber estas viaturas, a BrigRR irá receber grande parte, deixando à BrigInt alguns exemplares.
Sempre ouvi dizer que a totalidade das viaturas se destinava à Brigada de Reacção Rápida. Mas como o programa das Pandur ficou como ficou, já não digo nada….
Se considerarmos 40 a 50 viaturas nos dois BiPara e no BCMDS já temos distribuídas 120 a 150 viaturas.
Quanto ás ‘características’ creio que a aposta é a mesma do programa Pandur, optar por viaturas base para permitir adquirir em quantidade, mas ao mesmo tempo suficientemente flexíveis para poder proceder a melhoramentos.
Novamente, e quanto à questão do número, não tenho dúvidas de que 160 ou 170 viaturas rapidamente terão destino e que nem sequer chegam para as reais necessidades. Vamos é ver daqui a dez anos quantas é que se conseguem manter permanentemente operacionais.
E já agora, andamos há mais de 15 anos a empenhar os nossos (20?) HMMV em não sei quantos teatros de operação, e servem todo o Exército em geral. Pese o facto das ditas viaturas serem manifestamente insuficientes em número, e de apresentarem algumas deficiências (por exemplo, ao nível da capacidade de protecção das torres), as mesmas têm sido muito usadas, bem usadas, e partilhadas por todas as forças que delas têm necessitado.