A TMN tem/tinha 2 ou 3 portateis da Insys para escolha, houve uma altura que só tinha mesmo portateis da Insys.
Sinceramente nunca na vida recomendaria um Insys a alguém. Tiveram foi muita sorte com isto do e-escolas.
motherboards (aqui não estou completamente certo disto) mas penso que também são cá feita
A nível de motherboards existem algumas empresas portuguesas que as desenvolvem, mas os casos que conheço é tudo trabalho de consultadoria para outras empresas (chegavam vir cá dezenas de técnicos chineses por ano só para acompanhar os trabalhos; e não é por acaso que em alguns ditos-
Silicon Valleys em Portugal existam logo ao lado hotéis) e a produção é sempre feita na China ou Taiwan.
Conclusão, os nossos computadores são tão chineses como os computadores feitos em qualquer outro país da Europa, se calhar até são menos chineses, porque até fechar a Quimonda eramos o unico país Europeu a produzir memórias (pelo menos era o que dizia a comunicação social na altura do fecho da quimonda). Por isso comprar computadores Portuguses é mesmo comprar computadores Portugueses e não chineses como afirmou.
Não fez muito sentido para mim.
É uma realidade que todas as empresas mandam construir os componentes na China. Afinal é impossível não fazer quando é só chegarmos a uma expo ver as especificações dos modelos, comparar os preços e mandar produzir. Dizer que um computador é português só porque é montado cá e a parte das caixas é produzida cá acho muito irrealista.
Antes de mais nada, qualquer trabalho que continue a sustentar a nossa indústria de moldes é muito bem vindo pois é uma indústria onde estamos muito avançados e devemos continuar a desenvolver essa indústria para que nos tornemos numa preferência para as empresas estrangeiras tal como elas preferem mandar fabricar componentes electrónicos na China.
Agora, em relação ao resto não vejo muita diferença entre uma empresa nacional e uma multinacional. Isto porque as empresas nacionais que "produzem"/montam este tipo de produtos cá a única coisa que muitas vezes fazem é comprar os projectos a uma empresa estrangeira (seja ela norte-americana, alemã, etc.) ir à "loja dos chineses" encomendar um milhão de componentes de acordo com o projecto e mandar fazer umas embalagens com a imagem do produto em português. E depois claro que há a parte do suporte dado por estas empresas, mas isso é já outro
post.
O motivo pelo que acho irrealista e até ridículo dizer que estes produtos são portugueses é que estas empresas não estão a ajudar em nada a criação de produtos deste género realmente nacionais. E atenção que não estou a falar do fabrico dos componentes (motherboards, placas, memórias, etc.) em terras lusas mas na criação dos projectos. É que em muitos casos estas empresas em vez de irem às universidades (e escolas profissionais até) buscar o pessoal com cabeça para desenvolver estes projectos vão simplesmente buscar mão-de-obra para colocar uma placa e passar para a próxima estação. Isto considero a mesma coisa que matar o
know-how que temos e também até certo ponto fazer com quem tenha capacidade de desenvolver projectos pegarem nas suas coisinhas e resolverem ir para a Inglaterra, França ou Espanha trabalhar. Se os chineses não utilizam engenheiros para montar computadores porque raio é que estamos nós?
Enquanto isto as empresas que temos que reconhecem que o nosso pessoal tem capacidade de criar este tipo de projectos estão a desenvolve-los para a China e as multinacionais estrangeiras -- depois não fiquem surpreendidos quando as empresas chinesas aparecem no mercado com um produto com a mesma qualidade que os ocidentais.
Talvez pensado bem nas coisas chegamos à conclusão que se comprarmos um computador
made in Portugal estaremos a comprar algo montado em Portugal, mas ao comprarmos algo de uma marca multinacional poderemos estar a comprar algo que chegou a ser desenvolvido por técnicos portugueses que fizeram muito mais que aparafusar uma placa, que olhando ao reconhecimento dado à indústria de moldes até pode ter componentes totalmente fabricados em Portugal.
Nós fazemos cá parte dos componentes e montamos tudo cá, de acordo com as exigencias dos consumidores Portugueses e de consumidores de outros países para onde possamos exportar, logo atrevo-me a dizer que são computadores Portugueses.
Nem sempre, ainda há por aí muita tralha que é basicamente montada no estrangeiro e a única que se faz quando chega cá é chapar com um autocolante, empacotar com um manual em português (do Brasil) e já está.
E já agora tinha a ideia que a JP Sá Couto tinha sido subcontratada para montar computadores para outras marcas multinacionais além de montar os seus próprios produtos.
Edu também não vejo necessidade nenhuma de o governo criar uma empresa nesta área, vejo é necessidade da indústria portuguesa se aliar e andar para a frente com um projecto (seja de desktop, portátil ou servidor) que seja desenvolvido (pensado, planeado e desenhado) em Portugal e que se tiver de se mandar fazer a produção dos componentes na China com a Intel e outras parecidas fazem então que o seja, desde que o projecto seja de raiz português e depois a montagem final se faça cá.
Cumprimentos,