Fui muito recentemente forçado a assistir uma dessas conferências. Sobre estratégia regional...
Basicamente, em Portugal a estratégia é nada menos que um debitar de lugares comuns, generalidades e vacuidades inatacáveis, que dizem ser opções, do género;
"Promover a habitação acessível", "promover a inclusão", a "justiça territorial", "defender a melhoria de qualidade de vida dos séniores", de preferência sem engasgar, com discurso gongórico e de forma incessante e acompanhado com imagens lindas de sorridentes pessoas nórdicas e gráficos com muitas cores e setinhas, e depois, como se tem poder, assistir às intervenções dos "parabéns pelo bom trabalho" de outros que tal, e que também chefiam outros serviços do Estado. E que, quando inquiridos sobre questões da vida real, operacionalidade e "operatividade" se limitam a dizer que "é verdade, que isso está a ser estudado", e que a estratégia apresentada "serve para lançar o debate" e "recolher contribuições". Os de topo, que ganham que se fartam e têm mordomias de sobra, vivem para exibir diante dos seus pares esta arte de bem parecer que se pensa "largo".
Os problemas, esses, não os interessa porque as tentativas de os resolver iriam logo demonstrar as nulidades que são.
O poder deve ser dado a pessoas tarimbadas e não aos profissionais da palheta. Enquanto isso não acontecer...