Os pregadores da economia socialista

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Os pregadores da economia socialista
« em: Abril 03, 2010, 07:11:57 pm »
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Os pregadores da economia socialista

Avilez Figueiredo brinda-nos com mais uma pregação em defesa da economia socialista.

Interrogo-me como é que ele pode acreditar nas virtudes do Estado Grande Planeador, como é que ele ainda pode acreditar no Estado Grande Geometra?

"Existem caminhos para sair da crise, e gente que pensa neles há muito tempo. O Estado terá de concentrar energias nos incentivos correctos: eis quatro possibilidades"

Incentivos correctos?

Avilez Figueiredo acredita que a situação se assemelha à da resolução de um puzzle e que existe uma solução única e correcta à espera de ser encontrada... quase tenho inveja dessa ingenuidade porque desconfio que seria muito mais confortável encarar o mundo dessa perspectiva.

A nossa situação é a de uma wicked mess em que não há uma solução à espera de ser encontrada.

"UM: Dinheiro. Criar um contrato social de cinco anos com os portugueses, em que o dinheiro arrecadado por uma maior taxa fiscal, e novas privatizações (portanto mais dívida), serviria para financiar um novo caminho." (Moi ici: UM caminho? UM?! Só UM!!! Nesta sociedade em que até os velhinhos já andam tatuados basta UM caminho!!!! Como é que a Natureza, a VIDA, resolveu o seu problema? Com UMA espécie única? Ou com diversidade? Não existe UM caminho! Existem caminhos e ninguém pode prever que caminhos que resultem hoje não falhem amanhã... é muito arriscado pôr todos os ovos no mesmo cesto.)

"DOIS: Educação. Lançar..." (Moi ici: Mais educação para quê? Avilez Figueiredo tem de ler este texto: The Portuguese Brain Drain, e tem de ler o que James Galbraith escreve acerca deste tema.)

"TRÊS: Investigação. Criar uma equipa de investigação em mercados e oportunidades de negócio, sociedade financiada pelo Estado e pelas PME." (Moi ici: Chefiados por quem? Com que critérios de decisão? Com que critérios de breakthrough? Com que critérios de eficiência? E como matematizar o rasgo e a ousadia de arriscar? Com que critérios de emprego? Se a eficácia é cada vez mais importante que a eficiência como é que vão justificar apostar em algo?)

"O que aqui está escrito não é desejo. É acreditar que o papel do Estado consiste em lançar sobre o sistema incentivos correctos, que empurrem um país para uma direcção comum, sem com isso anular a criatividade e a autonomia." (Moi ici: IMHO o único incentivo correcto que o Estado pode dar é não complicar, é tornar mais fácil o emprendedorismo, é deixar que milhares de pequenos e grandes caminhos sejam definidos e palmilhados por pessoas concretas que arriscam o seu dinheiro e vivem os seus sonhos e não os de um qualquer burocrata bem intencionado. Como escreveu Jay Forrester, criador da dinâmica de sistemas, "people deeply involved in a system often know intuitively where to find leverage points, more often than not they push the change in the wrong direction.")

Há uma forma de resolver o nosso problema, é a implosão, a grande simplificação, quando o verdelhão já não aguenta mais suportar o cuco... e o mundo fica mais simples, livre e, pronto para recomeçar basta ler:

"Complex societies collapse because, when some stress comes, those societies have become too inflexible to respond. In retrospect, this can seem mystifying. Why didn’t these societies just re-tool in less complex ways? The answer Tainter gives is the simplest one: When societies fail to respond to reduced circumstances through orderly downsizing, it isn’t because they don’t want to, it’s because they can’t.

In such systems, there is no way to make things a little bit simpler – the whole edifice becomes a huge, interlocking system not readily amenable to change. Tainter doesn’t regard the sudden decoherence of these societies as either a tragedy or a mistake—”nder a situation of declining marginal returns collapse may be the most appropriate response”, to use his pitiless phrase. Furthermore, even when moderate adjustments could be made, they tend to be resisted, because any simplification discomfits elites.

When the value of complexity turns negative, a society plagued by an inability to react remains as complex as ever, right up to the moment where it becomes suddenly and dramatically simpler, which is to say right up to the moment of collapse. Collapse is simply the last remaining method of simplification."
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Este último parágrafo é libertador!!!
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O que não tem remédio, remediado está!!!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...