Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro

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Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« em: Agosto 12, 2019, 01:47:33 am »
1ª Brigada de Artilharia Antiaérea realizou a Operação Sagitta Primus II


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No dia 08 de agosto, no Campo de Instrução de Formosa – GO, foi realizado com o objetivo de coroar o período de adestramento da tropa, o maior desdobramento da Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro (EB).

Os seis Grupos de Artilharia Antiaérea (GAAAe), orgânicos da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea tendo o apoio de mais seis Baterias de Artilharia Antiaérea (Bia AAAe), orgânicas das Brigadas de Infantaria e Cavalaria, participaram de um exercício onde realizaram tiros com seus armamentos de dotação:

VBC Gepard 35mm;
Canhão Bofors 40 mm L70;
Míssil IGLA;
Sistema RADAR EDT Fila Bofors;
Sistema RADAR SABER M60; e
Míssil RBS 70 e o primeiro disparo em solo Sulamericano, do Míssil RBS 70NG.
Foram mais de 13000 km percorridos, mais de 15000 tiros disparados, mais de 100 vtr operacionais e de transporte de pessoal, cerca de 700 militares envolvidos; empregando Organizacoes Militares Vindas desde Santana de Livramento – RS até Manaus – AM; cortando o País de Guarujá até Brasília – DF.

O evento contou com a presença de várias autoridades civis e militares, destacando-se o Advogado Geral da União Luiz de Almeida Mendonça, o Comandante de Operações Terrestres General de Exército André Luiz Dias Freitas, o Comandante Militar do Sudeste General de Exército Marcos Antônio Amaro dos Santos e o Comandante de Operações Aeroespaciais Tenente Brigadeiro do Ar José Magno Resende de Araújo.

FONTE: https://www.defesa.tv.br/1a-brigada-de-artilharia-antiaerea-realizou-a-operacao-sagitta-primus-ii/











 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #1 em: Agosto 12, 2019, 01:51:12 am »














 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #2 em: Dezembro 05, 2019, 11:44:42 am »

Primeiro tiro operacional do RBS 70 NG
 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #3 em: Fevereiro 09, 2020, 08:39:12 pm »
 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #4 em: Fevereiro 09, 2020, 08:42:18 pm »
 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #6 em: Março 21, 2020, 06:52:46 pm »
Exército Brasileiro coloca RBS 70 na Amazônia


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O 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva, “Grupo Tenente Juventino da Fonseca” recebeu no início de março o sistema de defesa antiaérea RBS 70 da fabricante sueca Saab.

O tipo, um do mais modernos do mundo da sua categoria, faz parte do Programa Estratégico do Exército – Defesa Antiaérea (PEEDAAe) e atende às necessidades de defesa antiaérea à baixa altura. O míssil opera com um sistema de guiamento por feixe de raios laser e será empregado com base em informações recebidas em tempo real do radar SABER M60, com o tratamento das informações no Centro de Operações de Artilharia Antiaérea (COAAe), estruturas já existentes na unidade.


Com os novos postos de tiro, e somadas às capacidades dos mísseis Igla-S, o 12º GAAAe Sl amplia sua capacidade de realizar a defesa antiaérea em qualquer ponto do território nacional, com ênfase na Região Amazônica.

 :arrow:  https://tecnodefesa.com.br/exercito-brasileiro-coloca-rbs-70-na-amazonia/https://tecnodefesa.com.br/exercito-brasileiro-coloca-rbs-70-na-amazonia/
 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #7 em: Março 21, 2020, 07:01:41 pm »
Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no Exército Brasileiro


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Uma das maiores carências que o Exército Brasileiro enfrenta na atualidade é sua capacidade defesa antiaérea para vetores que operem de média altura, que podem ser aviões, helicópteros, misseis ou veículos aéreos não tripulados (VANT). O problema já foi identificado e algumas soluções já estão sendo estudadas. Conheça alguns caminhos que podem ser seguidos pela Força Terrestre nessa reportagem de Paulo Roberto Bastos Jr. e João Paulo Moralez. Fotos de Roberto Caiafa.

Na atual estrutura do Exército Brasileiro (EB), a defesa antiaérea está organizada de duas maneiras. A Força possui hoje seis Grupos de Artilharia Antiaérea (GAAAe) que são subordinados a 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe), essa criada em 1980 sediada no famoso Forte dos Andradas, em Guarujá (SP).

Os grupos, por definição, possuem a missão de realizar a defesa antiaérea de zonas de ação, de áreas e pontos sensíveis e de tropas, estacionadas ou em movimento. Seu espectro de responsabilidade inclui alvos que estejam voando a baixa altura, ou seja, a no máximo três mil metros, e a média altura, chegando a 15 mil metros. A partir daí, a responsabilidade de ação contra esses alvos seria da Força Aérea Brasileira (FAB).

Cada um dos grupos é equipado com canhões, ou as chamadas armas de tubo, e os mísseis de curto alcance portáteis, ou man-portable air-defense systems (MANPADS).

As armas de tubo são os canhões automáticos M985 Bofors L70 de 40mm comandados por diretoras de tiro EDT FILA, e alguns poucos canhões Automáticos Geminados Oerlikon C90 de 35mm comandados por Super Fledermaus 214UX-1, esses últimos em processo de desativação.


Para o segmento dos mísseis contra alvos voando a baixa altura faz parte do inventário do EB os sistemas teleguiados e com guiagem a laser RBS 70 Mk.2 e RBS 70NG da Saab Defence and Security. O sistema foi adquirido em 2014, sendo os primeiros RBS 70 Mk.2 empregados diretamente na proteção e segurança durante a Copa do Mundo. O escopo do contrato incluiu simuladores, sistemas de visão noturna, sobressalentes, ferramental, equipamentos de testes e treinamentos específicos através de cursos.

O RBS 70 tem alcance de 9 mil metros e com teto máximo de 5 mil metros de altura. Sua velocidade é de Mach 2 (cerca de 2.470 km/h) com guiagem por feixe laser, que impede que o míssil sofra qualquer tipo de interferência. Em testes realizados pelo Exército, em mais de uma ocasião, os acertos foram de 100%, embora a Saab divulgue que a média de acertos é de 94%. O remuniciamento é feito em até seis segundos e o sistema é leve e fácil de ser montado.

Em 2015 RBS 70 já estava operacional, sendo amplamente usado para a defesa do Rio de Janeiro durante os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016. No ano seguinte o EB fez mais um pedido para a Saab, com as encomendas sendo entregues em 2017 e 2018 e no contrato abrangendo camuflagem multiespectral.

Em 2019, o RBS 70 NG foi adquirido, ampliando um pouco mais essas capacidades. O sistema realiza o acompanhamento automático do alvo, resultando no aumento do alcance de utilização do míssil Mk.2 para 8 mil metros, podendo ser operado remotamente e cumprindo a missão de defesa antiaérea estática. Também pode ser empregado contra alvos terrestres com blindagem leve.


No inventário do EB constam ainda os mais antigos e menos modernos KBM 9K338 Igla-S (SA-24 Grinch, na nomenclatura da OTAN) guiados por calor e para o qual a Força possui ainda alguns poucos lançadores duplos 203-OPU Djiguit. Desenvolvido no auge da antiga União Soviética e tendo entrado em serviço em 1983, o tipo é o mais vendido da história em todo o planeta, sendo empregado em mais de 10 conflitos. O objetivo foi o de prover a antiga União Soviética de um sistema capaz, mais resistente às contra medidas e melhor capacidade de engajamento contra os alvos.

O Igla-S é a última geração dessa família que atinge quase Mach 2, chegando a 2.052 km/h, e podendo engajar alvos de 500 a 6 mil metros, com um teto máximo de 3 mil metros de altura, guiagem por sistema de infravermelho passivo em banda dupla. Seu peso final é de 19 kg, pronto para disparo.


Além dos GAAAe, o EB conta ainda com sete Baterias de Artilharia Antiaérea (Bia AAAe), que são orgânicas das Brigadas e que contam com apenas mísseis, com exceção das duas Baterias Antiaérea Autopropulsada (Bia AAAe Ap), que utilizam o blindado sobre lagartas VBC DAAe Gepard 1A2. A função das Bia AAAe é de realizar a defesa de acordo com a missão tática de sua Brigada da qual é subordinada, ou seja, em geral, a defesa de ponto e de deslocamentos, o que fazem que o armamento de baixa altura seja o mais indicado.



Recuperando e adquirindo capacidades

A defesa antiaérea é um segmento que tem recebido atenção do EB nos últimos anos, entretanto, muito ainda precisa ser feito. Os atuais armamentos de tubo para defesa antiaérea estão obsoletos e ultrapassados em sua maioria, com baixa disponibilidade devido à dificuldade de obtenção de peças de reposição no mercado.

Alguns passos já foram dados com a aquisição dos RBS 70 e RBS 70 NG, entretanto existe uma necessidade de serem adquiridos lotes numerosos do sistema sueco para substituir os Igla-S e para que as unidades de artilharia antiaérea tenham maior flexibilidade e capacidade de defesa de ponto.

Diante deste cenário e ciente da necessidade de aquisição de mais sistemas de mísseis de baixa altura, da modernização e substituição dos armamentos de tubo e da aquisição da capacidade de sistemas para combater alvos a média altura, o Programa Estratégico do Exército Defesa Antiaérea (Prg EE DAAe) foi estruturado e vai tratar inicialmente dos mísseis.

Segundo o próprio Departamento de Ciência e Tecnologia do EB (DCT), o objetivo é o de “reequipar as atuais Organizações Militares (OM) de Artilharia Antiaérea (AAAe) do EB adquirindo novos meios e modernizando os já existentes, desenvolvendo itens específicos da Indústria Nacional de Defesa, capacitando pessoal e implantando Suporte Logístico Integrado para os equipamentos incorporados durante cada etapa dos respectivos ciclos de vida”. Esso aspecto final é importante, por que busca a independência logística e operacional através do envolvimento da indústria nacional.


O Comando de Operações Terrestres (COTER) e a 1ª Bda AAAe, vem criando diversos seminários e reuniões de estudos buscando soluções para cobrir essa lacuna, ficando claramente demonstrado a necessidade de o EB de contar com pelo menos uma bateria com mísseis AAe de média altura para cada GAAAe, ou pelo menos para os que estão situados nas regiões mais críticas, como o 3º GAAAe de Caxias do Sul, devido a sua proximidade com a fronteira, e o 11º GAAAe, que está na Capital Federal e que defende o Grupo Astros (6º Grupo de Mísseis e Foguetes), a principal arma de persuasão do Exército atualmente.

 :arrow: https://tecnodefesa.com.br/parte-2-os-desafios-da-defesa-antiaerea-de-media-altura-no-exercito-brasileiro/
 
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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #8 em: Abril 02, 2020, 03:13:08 am »
Parte 2: Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no Exército Brasileiro


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São diversas as opções disponíveis no mercado e o EB já analisou algumas ou o está fazendo.

A Rússia é o país que mais tem feito esforços nesse segmento específico. Em 2013 foram iniciadas as negociações entre a agência estatal russa de exportação Rosoboronoexport e o Ministério da Defesa do Brasil para a aquisição de três baterias completas do KBP 96K6 Pantsir-S1, um sistema híbrido, dotado de canhões duplos 2A38M, de 30mm, e mísseis 57E6M-E, com alcance de até 30 mil metros e um teto de 18 mil metros. A ideia era de que cada Força recebesse uma bateria. Porém, para o Exército, o Pantsir-S1 não atendia os seus requisitos por completo, continuando-se os estudos e a busca por informações sobre outros sistemas, o que se mostrou uma atitude inteligente já que, no início de 2017, o programa, que era muito mais político do que técnico, foi abandonado pelo Governo Federal.

Uma das metas do Prg EE DAAe é fomentar a indústria nacional, inclusive para se conquistar independência logística e operacional. Mas é sabido que o desenvolvimento de um programa inteiramente nacional pode ser um passo muito grande nesse momento de dificuldades financeiras, técnicas e políticas e, mesmo assim, algumas empresas já se capacitaram, ou estão em vias disso, e começaram a apresentar soluções que podem compor uma solução híbrida.

A Bradar, do grupo Embraer Defesa & Segurança, já produz o radar de busca e vigilância de baixa altura SABER M60, desenvolvido pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e que hoje equipa os GAAAe e as Bia AAAe.

Agora está trabalhando, novamente em conjunto com o CTEx, no SABER M200, um radar multimissão de defesa antiaérea de média altura, tridimensional e de varredura eletrônica. O M200 faz a detecção e acompanhamento de diversas aeronaves simultaneamente, pode orientar mísseis, realizar missões de vigilância, meteorologia e aproximação, num raio de 200 quilômetros, ou seja, um equipamento nacional imprescindível para integrar qualquer sistema que possa vir a ser adotado.


Outra companhia que está mostrando interessantes respostas para sanar essa lacuna é a Avibras Indústria Aeroespacial S/A, que possui em seu portfólio o ASTROS 2020, reconhecido como um dos mais modernos sistemas de Artilharia para saturação de área do mundo.

Tendo sido exportado para diversos países, a Avibras ofereceu um modelo antiaéreo chamado de ASTROS AV-MMA. A primeira versão foi apresentada na LAAD 2013, em associação com a MBDA, usando o MICA VL. Na época, o Dassault Rafale era um dos três finalistas do programa FX-2 e aquele míssil fazia parte de seu sistema de armas. Logo após (2014), foi anunciado um novo desenvolvimento conjunto, novamente com a MBDA, utilizando o CAMM, tendo em vista a escolha desse sistema para equipar a Classe Tamandaré, demostrando a capacidade de integrar mísseis diferentes ao seu sistema.

Outras fabricantes do exterior também têm se feito presentes e as propostas da Diehl, MBDA, Saab e Rafael foram as que mais se destacaram.

A fabricante alemã Diehl BGT Defence desenvolveu o sistema IRIS-T SLM, que utiliza o míssil ar-ar de curto alcance IRIS-T (Infra Red Imaging System Tail/Thrust Vector-Controlled).

Tendo entrado em serviço em 2005, o programa é liderado pela Alemanha, responsável por 46% dos trabalhos de desenvolvimento, tendo a Itália por outros 19%, a Suécia por 18%, a Grécia por 13% e os restantes 4% divididos entre o Canadá (substituído depois pela Espanha) e a Noruega. O míssil é guiado por calor, possui vetoração de empuxo e foi desenvolvido para substituir o AIM-9 Sidewinder, é resistente em ambientes com elevada presença eletromagnética uma vez que o seu sensor utiliza dados de uma biblioteca interna, fazendo a análise de imagens, diferenciando uma contramedida eletrônica de um alvo real. É ainda da categoria fire and forget e com lock-on after launch, onde faz o engajamento depois de ter sido lançado, com manobrabilidade suportando 60g de carga e curvas com 60º por segundo e em quaisquer condições meteorológicas.


O IRIS-T é operado por 12 países e o Brasil será o próximo cliente com a chegada dos primeiros Gripen E prevista a partir de outubro de 2021 no 1º Grupo de Defesa Aérea em Anápolis (GO).

Aproveitando todas as suas características, a Diehl desenvolveu a variante antiaérea designada IRIS-T SL (Surface Launched) que pode atingir alvos até 25 mil metros e com um teto operacional de 16 mil metros e na versão ER esses valores são de 40 e 25 mil metros, respectivamente. Está equipado com GPS e navegação inercial, junto aos próprios sistemas de guiagem por infravermelho, sendo capaz de combater mísseis de cruzeiro e pequenos VANTs. Uma outra grande vantagem é a integração entre os modelos ar-ar e terra-ar, podendo, na sua versão short range air defence (defesa antiaérea de curto alcance, SHORAD), ser utilizado também por caças.

Alemanha, Itália, Suécia e Noruega já o operam. Os Estados Unidos demonstraram interesse e, neste caso, a Diehl pode estabelecer uma parceria com a Lockheed Martin e a Saab, que entraria com o radar Giraffe 4A Active Electronically Scanned Array (radar de varredura eletrônica ativa, AESA). Chamado de Falcon, utilizaria a versão ER para complementar o MIM-104 Patriot, de maior alcance, proporcionando uma defesa em camadas, uma capacidade perdida com a desativação do MIM-23 Hawk, em 1994.

Já a MBDA está oferecendo o CAMM (Common Anti-air Modular Missile). Seu conceito se baseia na utilização de um vetor que atenda as demandas de defesa antiaérea em solo (Sky Sabre) ou proteção de ponto para navios (Sea Ceptor), com elevada comunalidade entre as versões, o que significa uma redução dos custos de aquisição, operação e complexidade logística.

O Sea Ceptor, escolhido pela Marinha do Brasil para o programa Classe Tamandaré, pode engajar mísseis convencionais com elevado ângulo de ataque na trajetória final ou aqueles navegando a baixíssima altura, menos de 50 metros. Ou, ainda, ser utilizado contra navios de pequenas dimensões provendo capacidade superfície-superfície. Na Royal Navy, substituirá o já antigo e obsoleto Sea Wolf nas fragatas Type 23 e Type 26.


Na variante terrestre, o Sky Sabre atinge velocidade supersônica (Mach 3), é all-weather e com alcance que varia de 1 a 25 mil metros e altura de 10 mil metros, possibilitando a função de curta e média altura em um mesmo sistema. Em voo, o míssil pode receber, informações via datalink antes que o buscador de radar ativo retorne para a aproximação final.

O Exército Britânico começou a utilizá-lo em 2018, com uma composição de um TEL (Transporter Erector Launcher, ou veículo de transporte e lançador vertical), sobre um caminhão MAN SV HX60 8X8, com guindaste para autocarregamento, que pode transportar em até 12 mísseis, e um veículo radar, sobre o mesmo chassi, com o Saab Defence 3D Giraffe AMB. Substituiu os antigos Rapier.

O disparo inicial acontece por gás até que o míssil saia por completo da cápsula. Somente então o motor é acionado, o que resulta em economia do combustível ampliando o raio de ação. Por fim, está em desenvolvimento uma versão com 45 mil metros de alcance, denominada ER.

A Saab Defence and Security possui o RBS 23 BAMSE (Bofors Advanced Missile System Evaluation), equipado com os mísseis all-weather do tipo Automatic Command of the Line of Sight (Comando Automático da Linha de Visada, ACLOS), com alcance útil de 20 mil metros e teto de emprego de até 15 mil metros de altura, e é capaz de cobrir uma área de 2,1 mil km²; em termos de ameaças, pode atacar tanto alvos convencionais como aeronaves e helicópteros, até bombas guiadas, mísseis de cruzeiro, antirradiação e VANTs.


Suas baterias de tiro, possuem lançadores em carretas rebocáveis, que ficam prontas para serem empregadas em menos de 10 minutos e remuniciadas em menos de cinco. São orientadas por um centro de controle e vigilância operado por uma guarnição de um ou dois militares instalados num container blindado de 6,06m de comprimento, 2,43m de largura e 2,59m de altura e preparado para ambientes de guerra química, bacteriológica, radiológica e nuclear, que possui um radar de vigilância 3D Giraffe AMB, de varredura eletrônica na banda C e na frequência de 5.4-5.9GHz, cobrindo elevação de 70º com alcance de 20 mil metros de altitude.

Durante a Mostra da Base Industrial de Defesa (BID-Brasil) 2016, em Brasília (DF), a empresa apresentou ao EB o BAMSE SRSAM, totalmente móvel, baseado em caminhões Ashok Leyland HMV 8X8, onde uma bateria seria composta por um centro de controle e vigilância e até seis TELAR (Transporter Erector Launcher and Radar, ou veículo de transporte, lançador e radar), com seis lançadores cada, mais mísseis extras para remuniciamento, e radar de tiro doppler monopulso atuando na banda K, em 34-35Ghz de frequência.

De Israel, a Rafael Advanced Defense Systems conta com o SPYDER (Surface-to-air PYthon and DERby), projetado desde o início para ser operado por recrutas do seu Exército, ou seja, militares sem muita experiência.

O SPYDER possui lançadores para oito mísseis, que podem ser tanto o Python 5 guiado por infravermelho, quanto o Derby, de radar ativo, e que faz parte do inventário da FAB nos caças Northrop F-5EM/FM. Com velocidade de Mach 4 (4.939km/h) a bateria consiste num centro de comando e controle que pode receber informações de outros radares e ainda gerenciar outros centros que estejam a até uma distância de 100 quilômetros; seis unidades de tiro; e um veículo para ressuprimento.


O SPYDER MR usa o radar Elta EL/M 2106 ATAR 3D de varredura eletrônica e capaz de rastrear até 60 alvos simultaneamente, e o míssil faz o engajamento após ser lançado e uma das suas vantagens é a capacidade de ser integrado em variados caminhões. A Índia, por exemplo, emprega os caminhões Tatra T-816 6X6, o mesmo chassi dos veículos ASTROS 2020.

O Python 5 tem alcance de 15 mil metros e teto operacional de 9 mil metros, enquanto o Derby tem alcance de 35 mil metros e teto de até 16 mil metros de altura. O sistema pode ainda utilizar o novo I-Derby-ER, com um alcance consideravelmente maior.

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #9 em: Agosto 08, 2020, 10:57:48 pm »
Maior exercício de adestramento da Artilharia Antiaérea do Exército reúne 500 militares em Formosa (GO)


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Formosa (GO) – Entre os dias 3 e 7 de agosto, aconteceu, no Campo de Instrução de Formosa, interior de Goiás, a Operação Sagitta Primus III, o maior exercício de adestramento da Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro. A atividade foi coordenada pela 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª BdaAAAe), subordinada ao Comando Militar do Sudeste (CMSE), e reuniu cerca de 500 militares das unidades e subunidades dessa natureza, para a execução do tiro real com todo o armamento antiaéreo da Força.

Participaram da operação todos os Grupos de Artilharia Antiaérea, o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Artilharia Antiaérea e sete Baterias de Artilharia Antiaérea orgânicas de Brigadas de Infantaria e Cavalaria. O exercício foi composto de cinco etapas: preparação, concentração estratégica, escola de fogo de instrução, demonstração e desmobilização. O objetivo da atividade foi adestrar as organizações militares no emprego do armamento antiaéreo e atualizar suas capacidades.

Os tiros reais foram executados com os seguintes armamentos: canhão 40mm C70 BOFORS, blindado GEPARD, míssil portátil IGLA-S e míssil telecomandando RBS 70. Foi utilizado, ainda, um sistema de controle e alerta composto pelo radar SABER M-60, capaz de localizar aviões, helicópteros e aeronaves remotamente pilotadas com um alcance de até 60km, e pelo Centro de Operações de Artilharia Antiaérea, que tem a finalidade de controlar eletronicamente uma defesa antiaérea.

A demonstração do exercício foi realizada no dia 5 de agosto, com a presença de várias autoridades, como o General de Exército Claudio Coscia Moura, Chefe do Departamento de Engenharia e Construção; o General de Exército José Luiz Dias Freitas, Comandante de Operações Terrestres; o General de Exército Marcos Antonio Amaro dos Santos, Chefe do Estado-Maior do Exército; o General de Exército Laerte de Souza Santos, Comandante Logístico; o General de Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército; o General de Exército Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, Comandante Militar da Amazônia; o General de Exército Eduardo Antonio Fernandes, Comandante Militar do Sudeste; e o General de Brigada Antônio Ribeiro da Rocha Neto, Comandante da 1ª Bda AAAe.

Para o Comandante do CMSE, a Operação Sagitta Primus é muito importante, pois é o momento de averiguar o adestramento da tropa. “É aqui que nós testamos o que realizamos de modo simulado nas nossas unidades antiaéreas. É no terreno que conseguimos realmente verificar a eficácia do treinamento da tropa”. Já o Comandante da 1ª Bda AAAe destacou que "reunir as organizações militares de Artilharia Antiaérea de todo o Brasil para discutir doutrinas, verificar possíveis problemas e adestrar a tropa é uma oportunidade única de aprendizado real para todos os envolvidos”.

Fonte: CCOMSEx










 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #11 em: Novembro 03, 2020, 03:25:19 pm »
Forças Armadas concluem exercício Conjunto Escudo Antiaéreo


Mais de 500 militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estiveram envolvidos na execução operacional do exercício. O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), em Brasília (DF), foi responsável por acompanhar a evolução do treinamento das Unidades de Defesa Antiaérea do Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA).

Para a fiel execução do exercício, a Força Aérea Brasileira atuou como unidade inimiga atacando as zonas sensíveis a serem protegidas. Os grupos ostensivos foram alocados na Ala 2, em Anápolis, Goiás e na Ala 12, em Santa Cruz, Rio de Janeiro. Enquanto as unidades de defesa foram instaladas foram instaladas em Cristalina (GO), Ipameri (GO), Uberlândia (GO), Macaé (RJ), São João da Barra (RJ) e na base náutica Corveta Barroso, da Marinha.

O diretor do exercício, Major Brigadeiro do Ar Ricardo Cesar Mangrich afirmou que a decisão por concentrar a operação em dois pontos permitiu uma defesa mais intensificada, reduzindo fragilidades.

“Empregamos tudo que a Força Aérea, que a Marinha e o Exército têm justamente para fazermos uma defesa bastante densa, porque isso exige mais coordenação. É isso que queríamos e conseguimos provocar neste ano”, disse o Brigadeiro Mangrich.

Progressão para operações de médio alcance

Em paralelo ao exercício foram executadas simulações de defesa de médio alcance. O sistema mais abrangente é um projeto em análise do COMAE. A sua implantação irá permitir o avanço da capacidade de cobertura aérea de cerca de 7km para até 40 km e de 10 mil pés para até 50 mil pés.

Sala de Guerra do COMAE, onde foram executadas as ações de comando, controle e simulação

O ponto de simulação de defesa escolhido foi a região do Distrito Federal. O estudo busca identificar quais características serão indispensáveis nas futuras aquisições a fim de garantir a melhor defesa antiaérea de instalações, áreas e das próprias Forças.

11º e 12º Grupos de Artilharia Antiaérea em Cristalina, Goiás

Por Viviane Oliveira
Fotos: Coter Exército Brasileiro e Alexandre Manfrim (Ascom)
 :arrow:  https://www.gov.br/defesa/pt-br/assuntos/noticias/forcas-armadas-concluem-exercicio-conjunto-escudo-antiaereo
 

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Re: Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro
« Responder #12 em: Novembro 21, 2023, 06:15:12 pm »
Agora vai? Exército vai em busca de artilharia antiaérea