Africa - G5 Sahel

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Lusitano89

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #45 em: Setembro 03, 2023, 03:43:32 pm »
 

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Lusitano89

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #46 em: Fevereiro 27, 2024, 08:19:37 pm »
Família italiana libertada após quase dois anos em cativeiro no Mali


 

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Lusitano89

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #47 em: Fevereiro 29, 2024, 06:27:57 pm »
Guerras Secretas Reveladas: Guerra no Deserto do Mali


 

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LM

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #48 em: Março 26, 2024, 12:56:03 pm »
O Sahel e a África Ocidental: os perigos e as ameaças na proximidade da Europa (e de Portugal)

Com as guerras na Ucrânia e no Médio Oriente em curso, com praticamente todo o foco ocidental aí colocado, há desenvolvimentos em África, nomeadamente no Sahel e África Ocidental, onde incluímos o Golfo da Guiné (GdG), que têm de ser estrategicamente monitorizadas e que vão exigir respostas rápidas. Isto porque o fenómeno jihadista radical se tem implantado e desenvolvido de forma brutal na região. África sofre com a presença ativa de grupos jihadistas salafistas em todas as sub-regiões que compõem o continente.

A Al Qaeda (AQ) e o Estado Islâmico (EI), os dois principais atores que lideram o jihadismo global atualmente, estão presentes na região, competindo entre si, mas ao mesmo tempo reforçando sua presença e o seu modelo de atuação, onde constituem ameaças sérias aos Estados, e às várias organizações sub-regionais, que continuam a tentar desenhar respostas a esta ameaça, cada vez mais perigosa e letal, mas sem grande sucesso no terreno. Contudo, a situação mais descontrolada é mesmo o Sahel e alguns países do Golfo da Guiné, tais como o Benim, o Togo e a Nigéria.

Existem, na região, quatro grandes grupos terroristas jihadistas. A Jama’at Nusrat al-Islam wa al-Muslimeen (JNIM), que significa “o grupo de apoio ao Islão e aos muçulmanos”, é uma organização chapéu de vários grupos alinhados com a Al-Qaeda e está presente no Mali, no Níger e no Burkina Faso. O Estado Islâmico no Grande Sara (ISGS) é o braço regional do EI, que começou a surgir em 2015-2016. Tem estado ativo no Níger, no norte do Mali, bem como no Burkina Faso e tem uma relação de tensão/competição com a JNIM. O Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP), originalmente um derivado da organização nigeriana Boko Haram, está ativo principalmente na Região do Lago Chade. Semelhante ao ISGS, constitui uma província oficial do EI, embora a hierarquia entre o ISGS e o ISWAP não seja clara. O ISWAP, ao contrário do Boko Haram, é conhecido pela sua capacidade de substituir o Estado na prestação de serviços públicos básicos, administra e cobra impostos, de forma muito sistemática, sobre os territórios que controla. E, por fim, o nosso conhecido Hezbollah que é, simultaneamente, um partido político xiita libanês e uma organização terrorista, com uma estrutura paramilitar bem equipada e muito ativa no Médio Oriente. Está presente na África Ocidental através de diásporas libanesas e outras diásporas economicamente poderosas. O Hezbollah, como organização terrorista, é muito menos ativo na África Ocidental do que no Médio Oriente, mas mantém redes de financiamento e lavagem de dinheiro conectadas ao comércio de ouro, drogas e diamantes na região, em países como Guiné, Costa do Marfim ou Serra Leoa.

As relações entre as redes terroristas e de crime organizado transnacional, na África Ocidental, no Sahel e no GdG, apresentam um dos desafios de segurança mais significativos na atualidade. Estas redes comprometem a governação e o Estado de Direito e cooperam, a vários níveis, numa complexa rede de interesses mutuamente benéficos, altamente disruptiva da segurança e estabilidade da região. A estas redes junta-se a pirataria marítima no GdG, com sério impacto na segurança marítima na região e onde os proveitos desta atividade ilícita contribuem para o crime organizado e para financiar o terrorismo.

Por conseguinte, o combate a esta tríade, relacional e operacional, deve envolver a recuperação do controlo territorial dos grupos terroristas pelos Estados, garantir as capacidades para assegurar a segurança marítima do GdG, bem como o reforço das estruturas de governança dos Estados e das organizações regionais e sub-regionais. Estes objetivos devem ser atingidos de forma coerente e integrada, com o apoio dos Estados Unidos, da UE e dos países europeus e outros, em mecanismos de cooperação multidimensional, bilateral ou multilateral, com os países e as organizações da região.
Outra questão, que tem comprometido seriamente a luta contra o terrorismo, tem sido a competição geopolítica global, com impacto em África, nomeadamente a que envolve a Rússia contra o Ocidente, em especial contra a França, e mais recentemente, os EUA. A dinâmica da geopolítica russa referente à África subsariana tem conduzido a acordos bilaterais com diversos países, que têm levado à rotura das relações bilaterais entre quase todos os países da África da francofonia e a França, país que assegurava muito do combate contra o movimento jihadista radical, nomeadamente através do G5 - Sahel e das Operações Barkane e Takuba, sendo estas últimas operações contraterroristas lideradas pela França, sendo a Takuba multinacional e envolvendo países europeus, entre os quais Portugal. Em simultâneo, há serias preocupações com a sequência de golpes de Estado em diversos países do Sahel e da África Ocidental, com suspeitas, fundadas, de que a Rússia tenha patrocinado estas mudanças de poder. E este modus operandi russo tem sido especialmente assertivo no Sahel, nomeadamente no Mali, no Níger e no Burkina Faso, onde os golpes de Estado levaram à saída das forças francesas e algumas internacionais, dando espaço à progressão do terrorismo. As operações contraterroristas levadas a efeito pelos países do Sahel e pela Rússia, fruto de provocarem elevadas baixas entre as populações civis, têm contribuído mais para dar força aos terroristas do que para contê-los.

O ISGS começou a ressurgir na área da tripla fronteira do Burkina Faso, Mali e Níger, após a retirada das forças francesas em 2021, tendo duplicado as suas áreas de atuação entre 2022 e 2023. Existem informações que poderá estar para ser criado um califado na região, com o controlo duma extensa área e das suas populações, estabelecendo-se como um centro de treino para combatentes estrangeiros do norte da África e da Europa, o que aumenta exponencialmente o risco de ameaça transnacional deste grupo.

O Sahel, a África Ocidental e o Golfo da Guiné, apesar de terem tido uma importância geoestratégica secundária para a União Europeia, tem estado a cair na órbita da Rússia, o que deverá constituir uma preocupação estratégica fundamental na contenção global deste país, como ameaça à segurança e estabilidade do continente europeu. Os riscos da criação dum Califado no Sahel, como centro exportador de terrorismo transnacional para a Europa, a que se aliam os riscos dum incremento das migrações ilegais para o nosso continente, fruto duma disrupção da capacidade de as populações locais sobreviverem numa zona de elevada conflitualidade, mais a insegurança marítima no GdG, centro de gravidade estratégico da construção duma maior autonomia energética da Europa, tem de levar os europeus a verem esta situação como muito séria.

O risco de termos, no nosso flanco sul próximo, uma situação pior que a da Síria/Iraque ou do Afeganistão no passado, em termos de terrorismo e fluxos migratórios, é deveras preocupante, mas real. Está bem mais perto de Portugal e virá, com certeza, a exigir uma partilha, de forma adequada, do trabalho estratégico europeu e aliado, entre os flancos Leste e o Sul, para se garantir a segurança desta nossa Europa e das suas áreas contíguas.

Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 
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Lightning

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #49 em: Março 27, 2024, 06:56:00 pm »
Ainda não tinha muito associado as duas situações, mas agora fiquei com uma melhor ideia do porquê da França ser dos paises europeus mais "agressivos" contra a Rússia na invasão da Ucrânia.

É que a Rússia está a expulsar a França da sua área de influencia em África, por isso já está a haver uma rivalidade Rússia vs França mas nesta região do mundo. E não é apenas ter "influencia" nos governos, é que por exemplo o Niger é dos principais fornecedores de uranio à França e o Mali de ouro. E ter estas matérias primas a cair nas mãos da Rússia, ou de grupos terroristas que andam ali pelo Sahel, é perigoso do ponto de vista da França.

« Última modificação: Março 27, 2024, 07:06:36 pm por Lightning »
 

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #50 em: Março 27, 2024, 08:08:55 pm »
Penso que a França acordou tarde... vamos ver.
Quanto a essa "agressividade" também pode ser vista como uma forma de pressionar os EUA que agora têm "gaguejado" um pouco no apoio quando inicialmente eram eles os líderes nas decisões.
A França disponibiliza-se a ir para o terreno quando outros nem os apoios mantêm. Macron está a jogar alto...
Relativamente a África já tinha por aqui referido que a Europa está a ser completamente ultrapassada na influência que detinha nesse continente, até por razões históricas.
A economia europeia vai certamente ressentir-se de mais este golpe e terá de procurar alternativas.
E atenção, não é só a Rússia que está a ocupar este espaço. A China e os EUA também estão.
João Pereira
 

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Lampuka

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #51 em: Março 28, 2024, 03:23:04 pm »
O Senegal aparenta ser a próxima saída de cena dos franceses.
Depois das eleições já há as primeiras "escaramuças" nos discursos...
João Pereira
 

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legionario

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #52 em: Março 29, 2024, 09:58:23 am »
A França, ou seja, a UE,  está efetivamente a perder terreno em África face à Rússia. O Africa Corps (sucessor da Wagner) é uma das pontas visiveis da politica africana da Rússia...e nós (nós europeus e nós portugueses) não temos uma força equivalente para fazer peso no outro prato da balança. Nem uns miseraveis Super-Tucano  :)

Tarde ou cedo Portugal também vai ter que voltar a África, se calhar depois dos outros como em 1916, mas não temos por onde nos livrar. Felizmente para nós que existe um bom relacionamento entre os diversos países da CPLP e quero acreditar que estes estarão sempre ao lado de Portugal, penso sobretudo em Cabo Verde e em São Tomé e Principe, países com quem Portugal já tem um relacionamento previligiado em matéria de segurança.

Eu sei que nós, como gente civilizada e animada de grandes valores humanistas, sentiremos umas comichões na hora de enviar às urtigas alguns dos nossos mais preciosos principios éticos mas, meus amigos, acreditem-me, poderemos conhecer momentos em que só uma coisa conta.

« Última modificação: Março 29, 2024, 10:04:18 am por legionario »
 

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #53 em: Março 29, 2024, 10:28:06 am »
São Tomé tem a particularidade de ser rico em petróleo e ao mesmo tempo ter uma grande proximidade geográfica e política com a Guiné Equatorial. 
E aí a balança ainda não decidiu definitivamente para que lado cair.
Os russos parecem estar a ganhar terreno, mas a China e a Turquia não desarmam.
Não esquecendo que os franceses e americanos são quem detêm ainda o controlo de parte dos campos de petróleo e gás.
Uma das "damas" oficiais da Guiné Equatorial é são-tomense e existem protocolos de colaboração no que diz respeito à exploração das reservas de hidrocarbonetos, saúde, transportes... assim que poderá existir o efeito de "arrasto".
Portugal, como sempre, neste campo (e não só) anda a dormir. Dois países CPLP e nós... zero.
João Pereira
 

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FoxTroop

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #54 em: Março 29, 2024, 10:43:59 am »
Andamos a dormir? Não sei se é deliberado, em nome de outros "interesses". Agora que espanta brasileiros e angolanos, alem de outros, andarmos preocupados com coisas que nada nos dizem quando o nosso futuro como nação está noutro espaço, espanta. E, informalmente, na conversa de almoço, expressam esse espanto.
 
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legionario

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #55 em: Março 29, 2024, 10:48:40 am »
Eu quando referi São Tomé e Cabo Verde estava a pensar nestes países como plataformas destinadas a servir uma eventual projeção de forças, também como base de lançamento de operações ... de vigilância marítima, p.ex.

 

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #56 em: Março 29, 2024, 12:25:42 pm »
Tudo o que envolva as antigas colónias não se alinha com a visão Woke que se pretende implementar no País.

Mas não tenho duvidas que muitos países quando virem e sentirem o que realmente é estar sob influencia de paises como russia ou china, irão morder a lingua relativamente a Portugal....
 

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Lampuka

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #57 em: Março 29, 2024, 03:20:26 pm »
Caro PTWolf,
a questão do que se vai passar relativamente aos outros não é problema nosso.
A questão central , que andamos nós a fazer até agora?
Papéis menores e sem interesse, principalmente económico, na maioria desses países?
Fazer de conta que ajudamos muito quando na realidade ajudamos apenas algumas elites corruptas iguais às nossas?
Vou dar-lhe um exemplo de um país onde tenho interesses directos, a Guiné Equatorial.
Como se admite, tendo sido um país admitido (e bem) na CPLP, ter uma "embaixada" só de nome porque nem um visto consegue emitir? Ter estado largos meses sem embaixador? Ter de recorrer à embaixada espanhola para tudo o que tenha a ver com esse tipo de documentação?
As pessoas que querem deslocar-se à Europa ficam boquiabertas quando afinal têm de recorrer aos espanhóis para cá poderem vir.
E qualquer português que lá viva e necessite tratar de algum documento ou fazer um passaporte tem de ir, no mínimo, a São Tomé...
Enquanto andamos cá a discutir de forma hipócrita se eles devem ou não fazer parte da CPLP, paneleirices que ficam bem nos dias de hoje, mas não pagam contas, outros vão ocupando e aproveitando as oportunidades nas diversas áreas como petróleo e gás, agricultura, comunicações, comércio e distribuição...
À nossa "esperteza" agradecem os espanhóis, italianos, americanos, chineses, turcos, cada vez menos os franceses...
Outra situação que me faz rir é quando aqui vejo o pessoal "ofendido" pelo "brasileirismo" da língua portuguesa.
Conheço pessoas a tentar aprender a nossa língua há anos, e contactada a embaixada, respostas zero.
Pois bem, os brasileiros na sua embaixada já começaram a ministrar cursos de português de vários graus e certificados, ocupando mais uma vez um espaço que deveria ter sido nosso. Depois queixamo-nos...
Como diz e bem o Fox, andamos longe do que deveríamos e não há maneira de perceber isso.
Só quem lá vai e verifica os potenciais entende quão estúpidos somos. Mas não conseguimos ter jogo de cintura suficiente para estar em dois lados ao mesmo tempo.
Quanto a defender alguma coisa ou projectar forças, mais um exemplo do falhanço completo da nossa política externa. Tirando uns exercícios para inglês ver e despesas, nada de palpável conseguimos. Da nossa miséria damos umas migalhas  e orgulhamo-nos disso. Outros vendem equipamento, navios, aviões...
Naquela zona meios como os NPO, para já, são mais do que suficientes.
Até as Argos...
E potenciais compradores também existiam.  Mas esquece isso...
João Pereira
 
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CruzSilva

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #58 em: Março 29, 2024, 04:20:57 pm »
Tudo o que envolva as antigas colónias não se alinha com a visão Woke que se pretende implementar no País.

Mas não tenho duvidas que muitos países quando virem e sentirem o que realmente é estar sob influencia de paises como russia ou china, irão morder a lingua relativamente a Portugal....
Não vejo a correlação e considero-me uma pessoa bem anti-woke.
"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis criam homens fracos - homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis criam homens fortes."
 

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MMaria

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Re: Africa - G5 Sahel
« Responder #59 em: Março 29, 2024, 07:09:38 pm »
...
Outra situação que me faz rir é quando aqui vejo o pessoal "ofendido" pelo "brasileirismo" da língua portuguesa.
Conheço pessoas a tentar aprender a nossa língua há anos, e contactada a embaixada, respostas zero.
Pois bem, os brasileiros na sua embaixada já começaram a ministrar cursos de português de vários graus e certificados, ocupando mais uma vez um espaço que deveria ter sido nosso. Depois queixamo-nos...
Como diz e bem o Fox, andamos longe do que deveríamos e não há maneira de perceber isso.
...

Eu sei que vão me esculachar por meter o nariz na discussão, como fazem com frequência: "Quem te chamou aqui? O que é que isso tem a ver com o G5 Sahel?", pois realmente se trata de um país africano um pouquinho mais ao Sul. Mas que se dane (olha que frequento outros fóruns e em nenhum deles percebi como o pessoal se esforça tanto para uma pessoa se sentir mal-vinda como acontece nesse espaço, até penso que cá deveria haver um filtro no registro para bloquear estrangeiros [ou pelo menos de certos países]).

É que bem a propósito postei a pouco no tópico da geostratégia do Brasil uma nota da Marinha (do Brasil) que por acaso comenta sobre a difusão da língua.

...
De acordo com o Adido na Namíbia, Capitão de Mar e Guerra Rogério Machado, a profundidade da influência brasileira pode ser constatada pelo fato de que a maioria dos postos de comando da Marinha namibiana são, atualmente, ocupados por Oficiais formados no Brasil, o que faz a língua portuguesa ser amplamente utilizada na Força.

“O próprio Comandante da Marinha da Namíbia e seu Deputy (segundo no comando) foram formados nos bancos escolares da MB e são fluentes no nosso idioma"...


Sds!
« Última modificação: Março 29, 2024, 07:38:04 pm por MMaria »
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