Alguém sabe porque motivo quando há um SAR vai sempre um EH-101 e um C-295? Pelo que sei tem sido normal ultimamente mas desconheço se é pratica comum noutros Países.
É que o C-295 faz-me sentido para salvamentos mais complicados ou que seja preciso o EH-101 fazer várias piscinas e assim garante-se sempre um meio no local. Para noutras situações parece-me um exagero (mas tb não percebo nada), alguém me consegue elucidar?
Em Portugal sempre operaram assim, desde o Aviocar + Puma.
O avião como é mais rapido e tem mais autonomia vai fazer o reconhecimento, descobrir a localização exacta do navio (que depois transmite ao helicóptero), dar indicações ao navio de como estar preparado para a operação, assim mal o helicóptero chegue não é preciso o helicóptero esperar por nada.
No tempo do Aviocar + Puma, para aumentar o raio de acção do helicóptero (200 milhas náuticas se não me engano), nas operações SAR mais a oeste o Puma chegava a reabastecer de madrugada no aeroporto da ilha das Flores para o Puma ir ao maximo oeste possível logo pela manhãzinha, essa acção tinha que ser repetida no regresso e aproveitavam essa paragem nas Flores para transferir as vitimas para o Aviocar que como era mais rápido já estava nas Flores à espera, o resto da viagem para a ilha Terceira/Base das Lajes em Aviocar também era mais rapido que de Puma além que o Puma ainda tinha que abastecer para fazer ultimo troço da viagem para "casa".
Com o uso do EH101 que tem muito mais autonomia e capacidade SAR noturno, este tipo de operações "complexas" com paragens noutras ilhas para abastecer e transferência de vitimas de um meio para outro, julgo que acabaram, o EH101 faz tudo e directo.
Penso que o C295 é usado nas tarefas iniciais de reconhecimento e de dar indicações ao navio onde a operação SAR vai ocorrer, agora se isso acontece sempre ou só em situações que não se sabe bem a localização das vítimas desconheço, muitos países tem aviões SAR como o Canadá ou os EUA, penso que seja para operações similares.
Os aviões SAR também tem capacidade de largar para a água um Kit SAR para ajudar vitimas que já estejam na água e possam estar longe do alcance de um helicóptero, no acompanhamento a um helicóptero SAR estes aviões também servem de ajuda num "pior cenário" do helicóptero cair à água, o avião pode logo largar um kit SAR e despoletar uma operação SAR de apoio ao helicóptero com a localização precisa do helicóptero, em vez do helicóptero ir sozinho e ser um operador num centro de Comando que vai ficar sem comunicações com o helicóptero, vai andar a tentar estabelecer comunicações, ao fim de x tempo vai pedir a algum navio nas redondezas que se dirija à última localização conhecida do helicóptero a ver se detecta destroços ou vitimas na água, ia piorar muito as hipóteses de sobrevivência da tripulação do helicóptero.