Saudações guerreiras
Caros compadres espanholes...
Voces podem me explicar como é que Bruxelas aprovou a vossa OPA da Gas Natural sobre a Endesa, e no quase exactamente igual da EDP e o gás da Galp Bruxelas rejeitou....
A minha opinião é que é 2 pesos 2 medidas....alguem consegue contrariar a minha ideia? É que a situação foi deveras igual!!!!
Eu também gostava de saber. Gostava de ser mosca e espreitar algumas coisas que só podem passar pela porta do cavalo. Só pode ser. A não ser que me escape alguma coisa. Como já tenho vindo a afirmar, o paranormal, ao que parece, não é um exclusivo de Portugal e suas instituições. Afinal ele também existe na UE. As regras assim o obrigam. Temos todos que compreender e pensar que não podemos ter tudo. Ou dão-nos dinheiro ou morremos á fome e não passamos de uns atrasos de vidas, como há 20 anos atrás. Como me alegra este impacto que Portugal consegue nas instituições europeias. Já apelei para que a independência económica fosse vendida a Espanha, aliás não é necessário ir mais longe, aqui no burgo o que não faltam são ratos no porão.
O que não consigo entender, porque razão nenhum dos espanhóis colocou nenhuma noticia sobre este assunto e que muita tinta irá fazer correr, caso o assunto não seja abafado no local de origem!! Segue-se abaixo o motivo deste comentário:
(atenção á data)Directores da CNE manipularam relatório OPA da Gas Natural, diz jornalTrês administradores da Comissão Nacional da Energia (CNE), regulador espanhol do sector, efectuaram «múltiplas alterações» no relatório elaborado por técnicos do organismo que avaliaram a OPA hostil da Gas Natural sobre a Endesa, denuncia o jornal El Mundo no dia em que o Tribunal da Concorrência vai reunir para decidir até 7 de Janeiro sobre a eventual aprovação preliminar da operação.
De acordo com o diário espanhol, os membros da CNE, entre os quais um amigo do chefe do Governo (Zapatero), outro do PSOE e um terceiro da Esquerda Republicana Catalã (ERC) terão, alegadamente, apagado parágrafos inteiros do relatório, nos quais se sublinhavam os efeitos nocivos que a OPA hostil poderia ter sobre o quadro de concorrência no sector.
Em cerca de 15 dias, escreve o El Mundo, onde eram referidos «graves problemas» e «obstrução» da livre concorrência, passou a ler-se uns meros «efeitos». Os responsáveis da CNE, nomeados pelo PSOE ou colocados na CNE por proposta da ERC introduziram várias alterações no referido relatório, não através de rasuras como pela «supressão de parágrafos inteiros» no documento de cerca de 400 páginas, nota o jornal.
O diário precisa mesmo, que, sobre as recomendações e conclusões do relatório, Luis Albentosa, Sebastián Ruscalleda e Jaime González, deram - cada um em sua parte - do documento contributos concretos para desvirtuar a análise técnica, originariamente «dura» para o desfecho da operação, mas que com as alterações entretanto introduzidas viabiliza a OPA, embora impondo algumas condições.
29-12-2005
Tenho a sensação que só o governo português é que gosta de contar carneirinhos. - O que se passa lá é lá com eles! (uma de várias possíveis respostas do sempre descontraído ministro da economia).
Ao que parece, há algo que joga a favor da Espanha para que o caso não fosse considerado para avaliação/fiscalização por parte da Comissão Europeia, por meros detalhes á luz das regras europeias (segundo os espanhóis uma das empresas não tinha dimensão suficiente para ser considerada pela comissão), pelo menos até agora. Penso que o caso, apesar daquilo que escrevi, ainda não encerrou a nível comunitário, julgo. Espero bem que não. Não me lembro dos pormenores em concreto. Eu ouvi na rádio e nunca consegui obter ou ler nenhuma notícia para ficar mais esclarecido sobre estes detalhes todos.
Esta questão é muito importante para ambos os lados por diferentes razões, mas ao que parece, os espanhóis, mais uma vez... anteciparam-se...
Pessoalmente, é de admitir que eles a fazer pela sua vidinha, jogam com todos os trunfos. Resta saber se jogam de acordo com a ética entre os dois países. Não sei se algum dia saberemos ao certo aquilo que se tem vindo a passar desde que os espanhóis conseguiram o seu primeiro e grande triunfo – depois de entrarem em Portugal em 1993 - com a compra dos 3 bancos - propriedade do então ainda vivo “Rockfeller” português (António Sommer Champalimaud falecido em 2004) - pelo Santander. Isto é, sabermos, sabemos, mas o que há aqui é muita coisa por esclarecer e feita nas costas de todos nós que não andamos na vida. Isto tudo em nome do interesse nacional. A ver vamos.
Coisa que infelizmente será muito difícil de nos livrarmo-nos. Gostava de saber se alguma vez, os idiotas e corruptos deste lado da fronteira alguma vez conseguiriam emprego principescamente remunerado em Espanha. Talvez só mesmo na organização dos “Sopranos”.
Andamos nós a sustentar a aturar estes ...
Cumprimentos