O que há a verificar neste navio é o que é que vai ser apresentado como "esquadras" de UAV, SAV, e AAV. Vão ser ROVs civis? Ogassas com uma câmara? Ou vão ser unidades militares.
As entrevistas do CEMA são sempre direcionadas para utilização dos drones nas três vertentes. Acho que é isso que ele quer referenciar como algo a aprender para a substituição das fragatas. Vamos ver.
Os UAVs, UUVs e USVs deverão ser essencialmente civis, eventualmente com adaptação para uso militar. Tecnicamente qualquer drone tem utilidade militar, como se tem visto em recentes conflitos, mas dificilmente se investirá forte em meios não-tripulados puramente militares.
O mais provável é serem Ogassa e/ou Tekever em versão VTOL, pequenos UAVs lançados por catapulta. Eventualmente um UAV sob a forma de helicóptero, como o Camcopter S100. Mas nada de muito mais complexo que isso. UUVs havia uns a ser testados pela Marinha há uns anos:
E também deverá incluir o resultado de um projecto PESCO para UUVs.
Cada vez mais na guerra de minas, vai passar-se a utilizar UUVs e USVs. E deverá ser esta a principal utilidade militar da sua incorporação em fragatas. Já os pequenos UAVs, aumentam a capacidade de vigilância do navio, mas fora isso, não muda grande coisa na sua capacidade de combate. Para isso é preciso algo mais complexo, que seja mais que um aviãozito com uma câmara. Um UAV capaz de lançar sonoboias, capaz de guiar mísseis anti-navio, capaz de lançar uns mísseis ligeiros, isso já é outra conversa.
Eu francamente não tenho nada contra o dito navio "multi-usos". Por mim se pudesse substituir todos os hidrográficos, criando algum folgo no orçamento da Marinha dedicado a manutenção de navios, já era uma vitória.