Substituição dos Lynx

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Lightning

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #345 em: Outubro 02, 2019, 06:21:41 pm »
apesar de quando foi proposto a compra dos lynx terem sido mencionados sete helis para as três VdG, porque terá sido ??

Inicialmente queriam embarcar 2 Lynx por Fragata, por isso se tivéssemos duas fragatas operacionais, precisariamos de 4 helicópteros operacionais, e 2 ou 3 em manutenção.

Mas nem sei se alguma vez aconteceu, o habitual é embarcar apenas um Lynx por Fragata.
« Última modificação: Outubro 02, 2019, 06:22:44 pm por Lightning »
 

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tenente

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #346 em: Outubro 02, 2019, 06:59:45 pm »
apesar de quando foi proposto a compra dos lynx terem sido mencionados sete helis para as três VdG, porque terá sido ??

Inicialmente queriam embarcar 2 Lynx por Fragata, por isso se tivéssemos duas fragatas operacionais, precisariamos de 4 helicópteros operacionais, e 2 ou 3 em manutenção.

Mas nem sei se alguma vez aconteceu, o habitual é embarcar apenas um Lynx por Fragata.

Penso, que só na operação Crocodilo a Marinha embarcou dois lynx numa fragata, na NRP Vasco da Gama, que enviou para a Guiné os NRP Bérrio e as corvetas, Honório Barreto e  João Coutinho, claro que não embarcaram nenhum meio aéreo.





Abraços
« Última modificação: Outubro 02, 2019, 07:03:19 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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Pedro Monteiro

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #347 em: Outubro 04, 2019, 04:45:49 am »
Mas nem sei se alguma vez aconteceu, o habitual é embarcar apenas um Lynx por Fragata.

Correcto, apenas embarcam dois em algumas missões NATO e situações reais de excepção como na Guiné em 1998 e Timor-Leste um pouco depois. Em entrevista em 2008, o então comandante da EHM apontou para o facto de nunca voarem os dois ao mesmo tempo quando embarcados: a ideia é evitar um duplo acidente caso numa aterragem mal sucedido do primeiro o convés de voo fique impedido para o segundo aterrar em segurança.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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tenente

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #348 em: Outubro 04, 2019, 05:29:27 am »
Mas nem sei se alguma vez aconteceu, o habitual é embarcar apenas um Lynx por Fragata.

Correcto, apenas embarcam dois em algumas missões NATO e situações reais de excepção como na Guiné em 1998 e Timor-Leste um pouco depois. Em entrevista em 2008, o então comandante da EHM apontou para o facto de nunca voarem os dois ao mesmo tempo quando embarcados: a ideia é evitar um duplo acidente caso numa aterragem mal sucedido do primeiro o convés de voo fique impedido para o segundo aterrar em segurança.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Na realidade temos explicações deveras interessantes, quando situações semelhantes acontecem/aconteceram com aeronaves que ficam irreparáveis ou muito danificadas, mas que o flight deck possa receber mais aeronaves e estão em espera uma ou mais, o que se faz e deitar borda fora a aeronave acidentada, para que a(s) restante(s) seja(m) recebida(s), mas enfim é deste tipo de inteligência, a de 2008, que necessitamos !!

Ou seria que, se calhar o que o Cmdt da EHM quereria dizer era que como só possuímos cinco helis…………..

Abraços
« Última modificação: Outubro 04, 2019, 05:32:09 am por tenente »
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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #349 em: Outubro 04, 2019, 01:36:48 pm »
A sua teoria passa pelo pressuposto que a aeronave não sobrevive ao acidente, e fica irreparável, mas o convés sim... É óbvio que nem sempre será assim e mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Na NATO há muitas fragatas de maior tonelagem desenhadas ou que embarcam apenas um helicóptero.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
« Última modificação: Outubro 04, 2019, 01:37:54 pm por Pedro Monteiro »
 

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asalves

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #350 em: Outubro 04, 2019, 02:37:16 pm »
Mas nem sei se alguma vez aconteceu, o habitual é embarcar apenas um Lynx por Fragata.

Correcto, apenas embarcam dois em algumas missões NATO e situações reais de excepção como na Guiné em 1998 e Timor-Leste um pouco depois. Em entrevista em 2008, o então comandante da EHM apontou para o facto de nunca voarem os dois ao mesmo tempo quando embarcados: a ideia é evitar um duplo acidente caso numa aterragem mal sucedido do primeiro o convés de voo fique impedido para o segundo aterrar em segurança.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Na realidade temos explicações deveras interessantes, quando situações semelhantes acontecem/aconteceram com aeronaves que ficam irreparáveis ou muito danificadas, mas que o flight deck possa receber mais aeronaves e estão em espera uma ou mais, o que se faz e deitar borda fora a aeronave acidentada, para que a(s) restante(s) seja(m) recebida(s), mas enfim é deste tipo de inteligência, a de 2008, que necessitamos !!

Ou seria que, se calhar o que o Cmdt da EHM quereria dizer era que como só possuímos cinco helis…………..

Abraços

Qualquer dia as fragatas deixam de sair do Alfeite, :mrgreen: pois podem sofrer danos com uma tempestade ou riscar o casco numa lata de coca-cola a boiar no Rio Tejo   :bang:
 
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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #351 em: Outubro 04, 2019, 03:55:09 pm »
A sua teoria passa pelo pressuposto que a aeronave não sobrevive ao acidente, e fica irreparável, mas o convés sim... É óbvio que nem sempre será assim e mais vale um pássaro na mão que dois a voar. Na NATO há muitas fragatas de maior tonelagem desenhadas ou que embarcam apenas um helicóptero.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Não é bem assim, o que eu digo é que se um dos helis está acidentado no helideck, sem possibilidade de o colocar no hangar para permitir a recepção do segundo heli, este sem alternativa para aterrar, então só há uma solução é deitar o primeiro borda fora e receber o segundo, permitindo deste modo, termos um heli pronto a voar, e um destruído, e não um acidentado no navio e o segundo destruído no mar.
Por outras palavras,  mais vale um pássaro a voar que um morto e o outro doente.

Abraços
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Pedro Monteiro

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #352 em: Outubro 04, 2019, 07:03:49 pm »
Para ser claro: quando as fragatas embarcam dois helicópteros - e com apenas as Meko em serviço isso era mais recorrente - eles não voam ao mesmo tempo. E não é por não haver dois.

Nenhuma Marinha - muito menos uma pequena como a nossa - arrisca tal situação. Nada garante que um navio do porte de uma fragata - um porta-aviões é algo diferente - estará em condições para receber o segundo depois de um acidente...  Mas isso é o que os profissionais da Marinha acham! Uns pobres "ignorantes"?

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
« Última modificação: Outubro 04, 2019, 07:43:57 pm por Pedro Monteiro »
 

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tenente

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #353 em: Outubro 04, 2019, 07:20:50 pm »
Para ser claro: quando as fragatas embarcam dois helicópteros - e com apenas as Meko em serviço isso era mais recorrente - eles não voam ao mesmo tempo. E não é por não haver dois.

Nenhuma Marinha - muito menos uma pequena como a nossa - a nossa arrisca tal situação. Nada garante que um navio do porte de uma fragata - um porta-aviões é algo diferente - estará em condições para receber o segundo depois de um acidente...  Mas isso é o que os profissionais da Marinha acham! Uns pobres "ignorantes"?

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

Um abraço,
Pedro Monteiro

Tem toda a razão sr Pedro Monteiro !

Cumprimentos
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Lightning

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #354 em: Outubro 04, 2019, 10:37:05 pm »
My 2 cents no assunto.

Temos tão poucos Lynx que a Marinha não se pode dar ao luxo de mandar um heli acidentado borda fora, assim se a Fragata só tiver com um heli, mesmo acidentado, é trazer para casa e ver se dá para voltar a pôr a voar.

Se a fragata tiver 2 helis, se estivessem os dois no ar, corria-se o perigo de perder ambos, o acidentado e o que ainda precisa de aterrar, se a Fragata só levar um é mais seguro para os aparelhos, o que ficou em Portugal está a salvo e o que ficou acidentado não precisa de ir borda fora.
 

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Lancero

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #355 em: Outubro 04, 2019, 11:47:42 pm »
Os próprios decks só têm uma grelha para o gancho dos gelos agarrar (atual que tem um centro vermelho que vale uma rodada de cerveja). Isso sozinho explica que a doutrina é operar apenas um heli
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Lightning

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #356 em: Outubro 05, 2019, 08:04:23 am »
Eu pensava que a capacidade de embarcar 2 Lynx nas fragatas teria a ver com a importância de guerra ASW no tempo da guerra fria, submarinos Russos no Atlântico, etc. Pois com 2 helis ao seu dispor o comandante do navio tem mais respostas, poderia enviar 2 helis para sítios diferentes, ou teria a possibilidade de revezar os aparelhos ainda no ar numa missão prolongada, por exemplo, mas se afinal a doutrina é nunca estarem os dois no ar em simultâneo, parece-me que não trás grande vantagem possuir o segundo aparelho, só se for como aparelho de reserva, caso o primeiro aterre com avaria ou algum dano...

Pensava eu, que bastaria alguma coordenação para um único deck dar para 2 Lynx, teria que ter tempo de receber e recolher ao hangar o primeiro Lynx antes do segundo aterrar, mas percebo que essas manobras aumentem muito o risco para o segundo Lynx, enquanto a placa de aterragem está ocupada, o segundo Lynx  se tiver uma emergência não tem hipótese.
« Última modificação: Outubro 05, 2019, 08:09:51 am por Lightning »
 

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Pedro Monteiro

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #357 em: Outubro 05, 2019, 01:46:18 pm »
Eu pensava que a capacidade de embarcar 2 Lynx nas fragatas teria a ver com a importância de guerra ASW no tempo da guerra fria, submarinos Russos no Atlântico, etc. Pois com 2 helis ao seu dispor o comandante do navio tem mais respostas, poderia enviar 2 helis para sítios diferentes, ou teria a possibilidade de revezar os aparelhos ainda no ar numa missão prolongada, por exemplo, mas se afinal a doutrina é nunca estarem os dois no ar em simultâneo, parece-me que não trás grande vantagem possuir o segundo aparelho, só se for como aparelho de reserva, caso o primeiro aterre com avaria ou algum dano...

Pensava eu, que bastaria alguma coordenação para um único deck dar para 2 Lynx, teria que ter tempo de receber e recolher ao hangar o primeiro Lynx antes do segundo aterrar, mas percebo que essas manobras aumentem muito o risco para o segundo Lynx, enquanto a placa de aterragem está ocupada, o segundo Lynx  se tiver uma emergência não tem hipótese.
Exacto, em tempos de paz não faz sentido realizar tais operações.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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PereiraMarques

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #358 em: Outubro 08, 2019, 09:57:26 am »
Despacho n.º 8943/2019 - Diário da República n.º 193/2019, Série II de 2019-10-08 125079535
Defesa Nacional - Gabinete do Ministro
Delegação de competências no Chefe do Estado-Maior da Armada Almirante António Maria Mendes Calado para assinatura do Protocolo de Cooperação Relativo ao Intercâmbio de Pilotos de Helicópteros Lynx MK95

https://dre.pt/web/guest/home/-/dre/125079535/details/maximized?serie=II&parte_filter=31&dreId=125079526
 
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Charlie Jaguar

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Re: Substituição dos Lynx
« Responder #359 em: Outubro 16, 2019, 05:13:59 pm »
Ainda a propósito dos nossos Super Lynx Mk.95: enquanto estive ausente do fórum tive oportunidade de chegar à fala com um grupo de spotters britânico que opera no sul de Inglaterra e vai diversas vezes fotografar a Yeovil. Segundo eles, nem sabiam que lá estavam os aparelhos da Marinha pois nunca foram vistos, dentro ou fora dos hangares das instalações da Leonardo. Só os Super Lynx brasileiros, argelinos, HH-101 italianos, Merlins noruegueses e Wildcats para diversos clientes, e assim a caminho dos dois anos e meio da ida da(s) primeira(s) célula(s) para Yeovil ainda não foi reentregue qualquer aparelho.

Ué, cadê eles então? :o :mrgreen: ::)





P.S. Se os nossos Mk.95A ficassem idênticos aos Mk.140 da Marinha Argelina já não era mauzito apesar de tudo...



« Última modificação: Outubro 16, 2019, 05:14:55 pm por Charlie Jaguar »
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
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