Podem pelo menos acelerar o seu abate, e não fazer que os navios fiquem a putrificar anos e anos na base.
Na verdade não podem, ou não devem.
Entre as razões que explicam a continuação desses navios no activo está a possibilidade de lhes retirar peças para manter outros navios em funcionamento, caso seja economicamente viável. É verdade que cada vez parece menos provável ou viável, ou até necessário. Mas enquanto houver navios em operação, que utilizem peças que estão disponíveis - mesmo que os navios estejam neste estado - diz o bom senso que se deve manter o navio.
É claro que esta é apenas uma das razões, não é a única e poderá até nem ser a mais importante, mas que não deixa de ser um argumento válido, isso não deixa.
De facto desmantelar um navio também tem os seus custos, ainda que as fragatas e corvetas não utilizem grandes quantidades de amianto. O amianto tanto quanto sei é utilizado nos navios com propulsão a vapor, para manter o calor nos canos e garantir a pressão. Ora tanto as fragatas quanto as corvetas utilizam motores a Diesel.
Além disso trata-se de navios proporcionalmente muito pequenos, quando comparados com porta-aviões como o Clemenceau. O Foch ainda não foi desmantelado, e é um problema que os brasileiros ainda vão ter que resolver, mas sobre o qual ninguém quer falar.
Dizem que o navio foi descontaminado quando foi entregue ao Brasil...
Retiraram-lhe uns 5% do amianto, o resto continua lá e só pode ser retirado se o navio for todo desmontado.