O LPD tem sido das coisas mais trapalhonas e não é impossível que tenha sido de alguma forma atrasado por causa dos problemas referidos da aquisição fraudulenta de equipamentos.
Se a marinha for tão eficiente com o caso do LPD como com o caso dos submarinos U-209PN só entenderemos que diacho de navio o contribuinte vai pagar quando fizerem visitas públicas.
Inicialmente a preferência dos "Almirantes" era para um navio do tipo do Galicia, mas quando se pensou em adaptar sistemas de comando e controlo a um navio com aquelas caracteristicas, um pequeno hospital etc. notou-se que o Galicia ficava pequeno.
Os espanhóis têm dois deles, mas com configurações diferentes e além disso estão a construir um LHD.
Já se tem houvido uma quantidade de histórias, metade delas por confirmar, em que se afirma por exemplo que o Galicia pode transportar Leopard-2 mas que a estrutura do navio não foi feita para aguentar com veículos tão pesados.
Também já vi escrito que havia problemas com as dimensões internas do navio que não permitiam a utilização do Leopard-II de forma normal.
Desde há algum tempo que se têm ouvido comentários de vários lados, levando a crer que a ideia de um navio inspirado no Galicia se não foi abandonada, foi pelo menos modificada.
O próprio ministro da defesa (o actual) afirmou já que se ele fosse ministro quando se compraram os submarinos, a opção tinha sido por comprar o LPD primeiro e só depois os submarinos.
De qualquer forma, todo este atraso, talvez não seja mau de todo. A vantagem dos atrasos, é que temos tempo para ver os problemas dos outros e aprender com eles.
Há na marinha quem tenha feito rasgados elogios aos dois novos LHD's da França, porque há razões do ponto de vista táctico (já aqui discutidas) que explicam a grande vantagem de ter um navio de deck corrido, em vez de um LPD como os Roterdam/Galicia/Johan de Witt.
A notícia não é exactamente nova e permite concluir ou reforçar a ideia de que o LPD idêntico ao projecto holandês/espanhol, tem vindo a sofrer alteraões e modificações.
Já vimos até notícias de que a HDW tinha proposto a Portugal um navio de deck corrido, com capacidade para operar quatro helicópteros simultaneamente.
No entanto, infelizmente cada vez estou mais convencido de que as restrições monetárias acabarão ou por levar a um navio limitado, ou pura e simplesmente à continuação do adiamento. E não é por culpa da marinha...