Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #45 em: Fevereiro 05, 2022, 05:15:50 pm »
Fechem as portas e entreguem a chave a Espanha

Se deixassem embarcar sempre um grupo do costume nos navios deles, havia quem quisesse
 
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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #46 em: Fevereiro 05, 2022, 05:39:50 pm »
Como um simples Civil vi a escolha do Almirante Gouveia e Melo como uma manobra populista. No fundo cavalgar a boa opinião publica (merecida) pelo trabalho realizado relativamente à vacinação.

A mim preocupa-me quando abro a noticia e logo no cabeçalho leio: "Eis o "plano estratégico" para os próximos três anos da Armada". Acho que isto é um problema global de Portugal (e não apenas da armada). Não existe plano estratégico a médio e longo prazo. Não existe uma visão de que Armada, de que forças armadas ou de que Portugal queremos daqui a 20, 30 ou 50 anos. Mas a julgar pelos campos de golfe secalhar até ha....

 

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Lightning

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #47 em: Fevereiro 05, 2022, 05:56:43 pm »
Há cinco possíveis "ameaças" que estão consideradas: as "disputas pelos espaços e pelas fronteiras marítimas, no quadro da extensão das plataformas continentais;

Aqui presumo "disputa" política, mas mesmo que haja algum desentendimento com Espanha ou talvez Marrocos, um NPO deve chegar para mostrar a bandeira.


Citar
um "ataque a Portugal ou a um país aliado (incluindo ciberataque)";

Um ataque a Portugal, militar, entra o artigo 5 da NATO, cyber, é possível, ai já temos que ter capacidades defensivas próprias nessa área.

Citar
as "ameaças à segurança marítima, como terrorismo, pirataria marítima, criminalidade organizada, proliferação de armamento, exploração ilegal de recursos, migração irregular, catástrofes naturais, pandemias e outros riscos sanitários";

Trabalho para a "Guarda Costeira" com NPOs.

Citar
a "fraca disposição dos jovens para a vida militar" e os "constrangimentos financeiros".

Nestes dois acho que a Marinha pouco ou nada pode fazer, é função do governo.

Citar
Quanto a novas fontes de financiamento, Gouveia e Melo destaca como prioridade "identificar programas de financiamento disponíveis, a nível nacional e internacional, designadamente ao nível de fundos europeus, que permitam viabilizar projetos e atividades da Marinha de natureza não exclusivamente militar", como forma de complementar o orçamento.

A Marinha a ver se a UE também lhes compra navios :mrgreen:.
 

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #48 em: Fevereiro 05, 2022, 06:26:56 pm »
Há cinco possíveis "ameaças" que estão consideradas: as "disputas pelos espaços e pelas fronteiras marítimas, no quadro da extensão das plataformas continentais;

Aqui presumo "disputa" política, mas mesmo que haja algum desentendimento com Espanha ou talvez Marrocos, um NPO deve chegar para mostrar a bandeira.


Citar
um "ataque a Portugal ou a um país aliado (incluindo ciberataque)";

Um ataque a Portugal, militar, entra o artigo 5 da NATO, cyber, é possível, ai já temos que ter capacidades defensivas próprias nessa área.

Citar
as "ameaças à segurança marítima, como terrorismo, pirataria marítima, criminalidade organizada, proliferação de armamento, exploração ilegal de recursos, migração irregular, catástrofes naturais, pandemias e outros riscos sanitários";

Trabalho para a "Guarda Costeira" com NPOs.

Citar
a "fraca disposição dos jovens para a vida militar" e os "constrangimentos financeiros".

Nestes dois acho que a Marinha pouco ou nada pode fazer, é função do governo.

Citar
Quanto a novas fontes de financiamento, Gouveia e Melo destaca como prioridade "identificar programas de financiamento disponíveis, a nível nacional e internacional, designadamente ao nível de fundos europeus, que permitam viabilizar projetos e atividades da Marinha de natureza não exclusivamente militar", como forma de complementar o orçamento.

A Marinha a ver se a UE também lhes compra navios :mrgreen:.


"ameaças à segurança marítima, como terrorismo, pirataria marítima, criminalidade organizada, proliferação de armamento, exploração ilegal de recursos, migração irregular, catástrofes naturais, pandemias e outros riscos sanitários"
"Trabalho para a "Guarda Costeira" com NPOs. "

Não como estão, em particular o Setúbal e o Sines há uns 3 ou mais anos
 

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dc

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #49 em: Fevereiro 05, 2022, 10:28:32 pm »
Ė um documento oficial e, está visto, público - havia de ser bonito se não tivesse uma forte referência ao "duplo uso"... e, tecnicamente, o que já temos (salvo os submarinos, que este CEMA não deve querer abdicar) é uma Guarda Costeira.  :mrgreen:

Se isto terminar com um par de boas fragatas, uns 3 "crossover" e um par de submarinos já não digo nada.

Também eu ficava contente se viessem mostrar um plano concreto, com o que a Marinha tem de ter até ao ano X. Não só um plano concreto, mas que tivesse lógica, e não o actual que é muito "logo se vê".

A festa que eu fazia, se o novo CEMA viesse com a ideia de "3 Crossover 139CF para substituir as 3 MEKO, que por terem capacidades anfíbias eliminam a necessidade de um NPL, a compra do Wave Ruler, e entrada no programa ASWF para mais 2 fragatas com uma terceira de opção". "Dada a urgência da substituição do Bérrio, tomou-se a opção pelo AOR inglês, que pode operar facilmente por mais 20 anos, e para compensar o facto de não se construir o AOR em Portugal, 2 dos 3 Crossover serão construídos em estaleiros portugueses, aproveitando verbas do PRR. Após a conclusão destes navios, prosseguir-se-à a construção das ASWF, a primeira nos estaleiros da Damen, e a segunda (e a terceira de opção) em Portugal, tirando máximo proveito do know-how ganho com a construção dos XO."

Depois acordei...

Citar
Pena a GNR não assumir oficialmente tudo que seja lanchas de deslocamento inferior a 200 toneladas e comprimento inferior a 35 metros, inclusive.

Pois, quando vêm falar de maximizar os recursos financeiros, mantendo a fiscalização costeira sob a alçada da Marinha, enquanto que a GNR conseguiria fazer o mesmo, com acesso a navios financiados pela UE... de facto faz pouco sentido ter esta responsabilidade na Marinha...
 

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NVF

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #50 em: Fevereiro 06, 2022, 05:26:49 am »
Como seria de esperar, o almirante da pica é um defensor dos direitos instalados — leia-se capitanias. Daí o ênfase na marinheca civil. Não só dá tacho a muita malta da academia — por onde ele também passou — mas também deve financiar muita piscina particular e outros luxos nas casas dos respectivos.

A guerra é para papalvos e navios de combate são uma maçada porque requerem muitas praças para operar e sugam muito dinheiro em operações e manutenção. Uns navios civis e mal armados têm menos impacto no orçamento e já dão para umas passeatas.
Talent de ne rien faire
 
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Lightning

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #51 em: Fevereiro 06, 2022, 08:22:36 pm »
Segundo o Nuno Rogeiro a revista da Armada tem um artigo do CEMA sobre este assunto.

É copy past de um artigo que saiu à pouco num jornal. NPOs com mais capacidades militares nomeadamente ASW, NPO porta-drones, drones para todos os feitios, drones submarinos, drones de superfície, drones voadores. Fragatas com capacidades diversas como transporte logístico e anfibio. Etc, etc.
« Última modificação: Fevereiro 06, 2022, 08:23:05 pm por Lightning »
 
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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #52 em: Fevereiro 06, 2022, 10:00:54 pm »
https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2022/RA_569.pdf

O artigo "holístico"...

Relativamente aos "crossover", não entendo aonde ele vai buscar:

Citar
"Pretendo encontrar soluções inovadoras que permitam criar um novo tipo de plataformas que venham a substituir as funções das fragatas, de navios logísticos e reabastecedores, proporcionando uma componente de superfície modernizada e logisticamente sustentável. A recente evolução tecnológica rumo à robotização da guerra e o avanço significativo das armas anti-navio (misseis de alta velocidade e torpedos de longo alcance) vieram alterar substancialmente o quadro vigente dos conflitos marítimos e colocar em causa o conceito tradicional das fragatas, como hoje as concebemos. No futuro, não muito longínquo, serão navios mistos, com capacidade anfíbia, autossuficientes, com uma robusta defesa próxima, portadores/transportadores de armas de longo alcance e de um núcleo variado de drones, continuando a ser dotadas de helicópteros orgânicos para missões de transporte de pessoal e armamento pesado"
« Última modificação: Fevereiro 06, 2022, 10:01:10 pm por typhonman »
 

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dc

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #53 em: Fevereiro 06, 2022, 10:28:11 pm »
O que me faz confusão, é a parte de "reabastecedores". Ele conta que se venham a substituir fragatas por navios "mistos" com capacidade de reabastecer outros navios, ou é suposto ser um conceito em separado? É que uma coisa é ter uma fragata com alguma capacidade logística, como os Crossover ou Absalon, outra é incluir aí capacidade para tudo e mais alguma coisa, incluindo reabastecimento... navios assim, teriam de ter mais de 200 metros.

Continuo a achar que devíamos olhar para a Marinha Dinamarquesa, que é talvez o caso mais semelhante ao nosso. 5 fragatas, 2 delas com alguma capacidade logística e as restantes 3 com mais capacidade de combate.
 
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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #54 em: Fevereiro 07, 2022, 01:04:57 pm »
Será que da mesma maneira que há crossover (Fragata com LPD), existe crossover (fragata com reabastecedor)? :mrgreen:

Os polacos tem um design de reabastecedor muito parecido com fragata.

 

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #55 em: Fevereiro 07, 2022, 01:52:10 pm »
Eu segui as indicações dadas pelo Almirante e procurei nos tipos de fragatas disponíveis e cheguei às Type 26.

É só 1B cada. Nada de mais.
 
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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #56 em: Fevereiro 07, 2022, 02:31:29 pm »
Eu já estou por tudo, venha qualquer m....

Como o mais certo é não vir nada... :bang:
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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dc

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #57 em: Fevereiro 07, 2022, 04:22:44 pm »
Será que da mesma maneira que há crossover (Fragata com LPD), existe crossover (fragata com reabastecedor)? :mrgreen:

Os polacos tem um design de reabastecedor muito parecido com fragata.



Na volta é essa a inspiração.
 

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MATRA

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #58 em: Fevereiro 07, 2022, 04:39:29 pm »
Será?
Citar
- An I-MAST 400 integrated mast by Thales. This is the mast currently fitted aboard the Holland-class OPV. The mast gathers almost all the sensors fitted aboard the ship: Surface search radar, IFF system, Optronic system, Radar ESM and communication antennas.
- Two fire control radars.
- Two Rheinmetall Millennium 35mm CIWS fitted forward (as main gun) and aft (above the helicopter hangar).
- Four decoy launchers.
- Four 12.7mm machine gun mounts.
The vessel may also be fitted with an optional containerized towed sonar.

The cargo holds capacity consists in:
- 11x 20 feet containers in 2 holds
- 8x armored vehicles (Rosomak) or trucks in 2 holds (which may be loaded via a stern ramp)
- 6x containers with explosive goods in 3 holds

Tank cargo capacities:
- Navy fuel: 1500 t
- Helicopter fuel: 50M t
- Fresh water: 200 t
The helicopter deck and hangar can accomodate a single 11 tons class helicopter
The Stealth Logistic Support Vessel's top speed is 20 knots, its endurance is 30 days at sea and range is 8,000 nautical miles at 15 knots. The propulsion system is CODELOD (COmbined Diesel ELectric Or Diesel): 2x 5000 kW for the main diesel engine and 2x 2500 kW for the electric propulsion, with two controlled pitch propellers.

The main missions of the vessel include:
» Support of naval fleet by replenishment at sea with liquids and solids;
» Helicopter operations (HIFR, VERTREP);
» Transport of explosive goods;
» Transport of vehicles;
» Humanitarian operations (eg. based on 20ft container medical facilities);
» Other auxiliary missions including patrol with use of containerized mission modules (based on 20ft container).
“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
G. Michael Hopf, Those Who Remain
 

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Re: Almirante Gouveia e Melo - A esperança da Marinha?
« Responder #59 em: Fevereiro 07, 2022, 06:26:43 pm »
Eu cada vez mais acho que este tópico e o zero naval, se podem combinar num só.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 
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