Nós temos carências a todos os níveis, umas mais óbvias que outras. Não creio que riscar os CCs do Exército fosse mudar alguma coisa, apenas se perderia esta arma e o resto ficava na mesma.
Creio sim que perdendo os CCs, deixaria de haver argumentação a favor de IFVs de lagartas. A necessidade de ter um IFV moderno de lagartas advém da necessidade de ter um meio capaz de acompanhar os CCs (algo em que os M-113 estão limitados), não havendo CCs, das duas uma, ou mantinham apenas os M-113 até não dar mais, ou até os M-113 eram abatidos para poupar recursos, acabando-se os blindados de lagartas em Portugal, como fizeram os Belgas.
Esta é a minha leitura, sem CCs, nunca haverá IFV de lagartas para ninguém.
Quanto aos efectivos, alguém tem uma ideia de quantos militares, nomeadamente praças, são sub-aproveitados por exercerem funções em quartéis fantasma espalhados pelo país?
a arma da cavalaria em Portugal, não é composta somente por sub unidades de CC, também ainda vamos tendo alguns, poucos ERecs.
Os CC quando empenhados necessitam de ter uma infantaria de acompanhamento, de preferência embarcada em VBCI(L) e não em VBTP(L), como acontece actualmente, se essa infantaria não existir os CC pura e simplesmente não sobrevivem em qq TO, durante muito tempo sem o dito apoio.
Os ERecs possuem vantagens em relação aos ECC, e a mais importante é serem uma sub-unidade que possui a sua infantaria, que se bem que pouca, cerca de um pelotão, por vezes reforçado, permite proteger/apoiar com alguma eficácia, os pelotões de exploração e, no caso do ERec da Brigada dar apoio ao PelCC existente no Esquadrão.
Já a Infantaria, embarcada ou não em VBCI, ou VBTP, consegue sobreviver em qq TO, sem apoio dos CC durante muito mais tempo, que os CC's sem o apoio da arma da Infantaria.
Isto para concluir que pelo facto de um País, como por exemplo a Holanda, não possuir unidades de CC no seu inventário, apenas tem integrada num batalhão de Carros alemão, O
Panzerbataillon 414, uma companhia, não significa que não possa ter unidades de infantaria blindada, pois na realidade tem alguns vatalhoes, e, até há pouco tempo atrás alienou cerca de 45 CV90 á Estónia, que muito jeito davam a Portugal, mas isso são outros cinco tostões.
https://www.defensie.nl/onderwerpen/materieel/voertuigen/leopard-2a6-gevechtstankNo nosso caso seria muito mais útil, a BriMec possuir dois Bimec(L) completos em vez do seu actual estado operacional pois não tem nem CC suficientes para um GCC, nem um BiMec completo.
Se com os CC's não conseguiriamos o seu emprego fora das nossas fronteiras, em numero superior a um pelotão se tanto, já com os VBCI(L) tal emprego seria muito mais viável e em numero muito mais efectivo que um simples pelotão de CC´s.
https://www.army-technology.com/projects/cv90/Quanto ao aproveitamento das praças que não estão em funções operacionais, esse aproveitamento nunca seria suficiente, para suprir as enormes faltas de praças que grassam no Exército.
Se o ano passado o Exército tinha pouco mais de 6500 praças para um efectivo total de cerca de 13.000 elementos basta fazer as contas ás necessidades das três brigadas existentes, e tirar as conclusões.
as 3 brig são compostas, de acordo com os organogramas, por 19 batalhões, se cada batalhão para estar completo necessita de cerca de 450 praças, serão cerca de 350 nos batalhões de Forças especiais, basta somar e ver que como actual numero de praças não se conseguem colocar as três GU com efectivos completos, como tal só o Exército necessita de ter mais 5000/6000 praças e dispensar cerca de 800 oficiais e 1000 sargentos.
Abraços