Há quem não entenda o conceito de emprego de um drone que lança granadas, nem tão pouco consegue distingui-lo de uma loitering munition.
Os drones que lançam granadas, servem para desenrascar. Têm muito mais eficácia quando a frente de combate é mais ou menos estática, e a sua utilização é muito contextual. Se tens uma força adversária a dirigir-se à tua posição, com vários veículos por exemplo, um drone que larga granadas é praticamente inútil.
Cada drone que lança granadas, exige um militar a operá-lo. Isto é um desperdício de recursos humanos para exércitos pequenos. Tal e qual com os FPV drones.
Faz sentido ser uma opção para as unidades de infantaria, regulares ou especiais, não faz sentido adquirir "milhares", e "cagar" no resto.
Loitering munitions, são outra coisa bastante diferente. Muitos modelos funcionam quase como mísseis de cruzeiro (Harop), noutros casos são muito mais compactos e portáteis, menor alcance e muito mais baratos (Switchblade 300). Se queremos evoluir o Elanus, fazia sentido ter ligações com quem já desenvolveu este tipo de sistemas, e nos pode ajudar no desenvolvimento do Elanus, mas também no desenvolvimento de LM de classes superiores, como o Harop.
Nós precisaríamos de pelo menos 3 tipos de LM - umas da classe do Switchblade 300 e 600, outras na classe do que se pretende com os Elanus/Mini Harpy/Mini Harop (~100km de alcance, mais velocidade), e outras na classe do Harpy/Harop (alcance superior a 100km, sensores mais avançados, melhor performance).
Como os drones não são apenas aéreos, no EP era preciso olhar para UGVs. A ideia de testar conceitos usando M-113 encostados, convertendo-os em viaturas não tripuladas, é bom.
Também era bom adquirirmos algo como o Milrem THeMIS, tanto nas variantes logísticas, como de combate. Não só são viaturas que já estão em serviço noutros exércitos, como a sua aquisição permitia criar doutrinas em torno deste tipo de meio.