Tecnologia Portuguesa

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #495 em: Agosto 12, 2011, 10:00:58 pm »
Projecto desenvolve tipo específico de vigilância inteligente


O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Investigação e Desenvolvimento em Lisboa, o Instituto Superior Técnico e o Instituto de Sistemas e Robótica estão a desenvolver um projecto que pretende automatizar parte do processo de controlo e manutenção operacional da rede de vigilância, permitindo a dedicação do supervisor humano apenas às intervenções mais críticas. A investigação, que iniciou em 2010 e será concluída em 2013, está a desenvolver e a implementar novas técnicas de planeamento e decisão que permitem a um sistema de vigilância inteligente lidar com ambientes dinâmicos e incertos, percepção limitada (devido a ângulos de visão limitados, oclusões, má luminosidade, etc.) e a gestão de múltiplos eventos relevantes.

O projecto intitulado ‘MAIS-S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ abordará ainda a inclusão de robôs móveis como elementos activos da rede de vigilância. Robôs móveis podem complementar as capacidades de detecção da rede, por exemplo deslocando-se a locais que a rede fixa não tem capacidade de cobrir com suficiente definição. Um robô móvel pode ainda servir como substituto de elementos da rede que falhem.

Em entrevista ao Ciência Hoje, Francisco Melo, professor auxiliar do IST e investigador do INESC-ID, explica que “um sistema de vigilância, de um ponto de vista muito geral, pode ser entendido como uma rede de sensores ligados entre si que monitorizam um determinado ambiente, tendo como objectivo detectar eventos que requeiram actuação humana”.

Para além da aplicação na segurança de instalações como bancos ou casinos, em que os sensores são tipicamente câmaras, “há outros domínios onde os sistemas de vigilância desempenham um papel fundamental”. Exemplos disso são os “sistemas de detecção de incêndios em edifícios, em que os sensores podem incluir detectores de fumo e medidores de temperatura; sistemas de monitorização de integridade estrutural em edifícios/pontes, cujo objectivo é detectar fadiga nos materiais, etc”, descreve Francisco Melo, um dos principais investigadores do projecto.

Capacidade de resposta

Um sistema de vigilância inteligente, em que alguns dos sensores são montados em robots, permite que parte do processo associado à gestão e controlo do sistema possa ser feito automaticamente. Assim, é possível “dar à própria rede alguma autonomia em algumas tarefas, nomeadamente de manutenção da própria rede”, explica o investigador.

“A utilização de redes de vigilância inteligentes poderá ter um impacto significativo na melhoria da capacidade de resposta/intervenção em situações de crise, sobretudo em aplicações não explicitamente relacionadas com segurança”, assinala.

“O objectivo do projecto, mais do que desenvolver um tipo específico de rede de vigilância inteligente, é estudar técnicas de automatização que possam ser utilizadas em cenários diversos daquele abordado no âmbito do projecto. Por exemplo, a inspecção de edifícios ou pontes é feita periodicamente, em alturas pré-determinadas, por inspectores humanos. O desenvolvimento de redes de vigilância inteligentes que possam ser utilizadas para monitorizar estas estruturas nos intervalos que decorrem entre inspecções humanas pode permitir a detecção precoce de situações que podem ameaçar a integridade das estruturas e prevenir situações de colapso potencialmente dispendiosas tanto em custos materiais como humanos”, acrescenta.

O ‘MAIS-S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ prevê ainda a implementação de um protótipo de rede inteligente nas instalações do Instituto de Sistemas e Robótica. Segundo Francisco Melo, “a instalação de um protótipo é fundamental para validar e testar num cenário minimamente real os frutos da investigação desenvolvida no âmbito do projecto. O facto de, no Instituto de Sistemas e Robótica, já existir uma rede com câmaras montadas facilita bastante o trabalho de implementação e teste do protótipo”.

Inovação científica

De um ponto de vista científico, a investigação aborda os problemas de escalabilidade dos sistemas de decisão multiagentes, permitindo a sua utilização em sistemas de grande dimensão. Aborda também questões de comunicação eficiente dentro da rede. Finalmente, inclui o desenvolvimento de novos algoritmos de visão por computador.

Como explica Francisco Melo, “o projecto está focado no desenvolvimento de modelos e técnicas automáticas/inteligentes de decisão em cenários multi-agente, isto é, cenários onde existem vários decisores que devem coordenar as suas acções de forma a atingirem um objectivo comum”. Segundo o cientista, “este tipo de modelos e técnicas têm assumido, nas últimas décadas, um papel fundamental na investigação em inteligência artificial e sistemas multiagente”.

Além da investigação formal em termos de modelos de decisão, as inovações na base da investigação incluem sensores móveis autónomos (que não necessitam de ser controlados manualmente), o que “deverá trazer uma flexibilidade significativa à rede, flexibilidade que não está presente na maioria dos sistemas de vigilância actuais”, afirma Francisco Melo.

O projecto ‘MAIS+S: Sistema Multiagente de Vigilância Inteligente’ é um dos 22 projectos de investigação desenvolvidos no âmbito do Programa Carnegie Mellon Portugal, que é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Ciência Hoje
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #496 em: Agosto 30, 2011, 06:05:24 pm »
Tecnologia portuguesa avaliada em estudo britânico


Uma tecnologia desenvolvida por investigadores portugueses, que alerta os profissionais de saúde para a ocorrência de baixa oxigenação fetal durante o parto, vai ser avaliada a partir de quinta-feira em hospitais do Reino Unido, num estudo de grandes dimensões.

“É um estudo que implica avaliar cerca de oito mil grávidas em trabalho de parto no Reino Unido, que pretende obter informação sobre a utilidade deste software, destes alertas, na utilização de rotina nas salas de trabalho de parto em todo o mundo. É uma avaliação decisiva para o sistema”, explicou hoje à Lusa Diogo Ayres de Campos, responsável pelo desenvolvimento do Omniview-SisPorto e investigador da FMUP.
A tecnologia foi desenvolvida por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) e do Instituto de Engenharia Biomédica (INEB). O projecto, que deverá prolongar-se por “um ano ou dois”, envolve grávidas em trabalho de parto nos St. George’s Hospital - University of London, University Hospital of Wales - Cardiff e Ninewells Hospital - University of Dundee.

O objectivo é realizar uma avaliação da eficácia desta tecnologia portuguesa que já está em utilização em vários hospitais nacionais e internacionais (Dinamarca, Holanda, Reino Unido, Suíça, França, Estónia e Israel).

O sistema, designado de Omniview-SisPorto, único a nível mundial, efectua uma análise computadorizada dos sinais fetais habitualmente monitorizados durante o trabalho de parto, detectando alterações associadas à baixa oxigenação fetal e avisando os profissionais de saúde através de alertas sonoros e visuais, emitidos em tempo real.

De uma forma aleatória, as grávidas participantes vão ser seleccionadas para serem acompanhadas - ou não - durante o parto, pelo sistema informático português. O estudo permitirá comparar os indicadores de saúde obtidos nos dois grupos, com o intuito de verificar se o número de incidentes causados por baixa oxigenação fetal é menor (e em que proporção) nas parturientes que usufruíram do OmniView SisPorto.
Estudos anteriores demonstraram que os alertas do sistema prevêem a totalidade das situações de baixa oxigenação fetal, com apenas seis por cento de falsos positivos. “Embora esses estudos tenham demonstrado que o OmniView-SisPorto é um sistema com elevada precisão, os resultados do trabalho científico que se iniciou agora no Reino Unido, quer pela metodologia usada quer pela sua dimensão, resultarão na evidência científica mais forte e conclusiva até à data”, frisou o especialista em Obstetrícia.

Ciência Hoje
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #497 em: Setembro 15, 2011, 07:40:58 pm »
Trabalho de Português em derivados de lagosta e algas mineralizadas para regenerar tecidos premiado
 

Rui Reis, investigador da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, foi galardoado com a principal distinção da Europa na área dos Biomateriais – o George Winter Award, atribuído pela European Society for Biomaterials (ESB) e que se destina a reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis para a investigação na área dos biomateriais.

Insistiu em salientar que "este prémio carreira" destaca, igualmente, "o contributo da restante equipa de investigação na área de regeneração de tecidos", com materiais naturais aplicados em células estaminais. Materiais naturais como amido de milho ou soja e quitina – um polímero equivalente ao colagénio que pode ser encontrado em derivados de camarões ou lagosta –, algas mineralizadas (verdes e em corais) são alguns dos biomateriais mais utilizados para a criação de osso e cartilagem, segundo explicou ao Ciência Hoje.

Os materiais de origem marinha são combinados e utilizados "como suporte de células estaminais para a regeneração, em cultura de células, no domínio de defeitos ósseos ou tecidos".

No entanto, os projectos deste cientista vão ‘de vento em popa’, já que conta já com mais de uma dezena de patentes registadas e “a investigação está cada vez mais próxima da aplicação clínica” – estando, entretanto, apenas a ser aplicada em pequenos e grandes animais. O trabalho de Rui Reis já saiu do laboratório e “está numa empresa que conta com capitais de risco e alguns investidores privados”.

Os materiais, em termos empresariais, ainda “não são comercializados para pacientes humanos”, por falta de regulações nacionais e europeias, mas “estarão disponíveis a outros laboratórios que os possam usar”, avançou ainda ao Ciência Hoje.

Com 44 anos, Rui Reis torna-se um dos galardoados mais jovens a receber esta distinção, já que “costuma ser atribuída a cientistas aposentados ou em vias disso”. O prémio será entregue, no próximo dia 7, durante a conferência anual de biomateriais da sociedade, em Dublin, na Irlanda, com a presença de mais de mil investigadores de todo o mundo.

Ciência Hoje
 

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Malagueta

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #498 em: Setembro 22, 2011, 09:43:07 am »
A Biopremier foi fundada no final de 2003, por Manuel Rodrigues e Mário Gadanho, naquele tempo investigadores em Universidades. O desafio a que se propuseram foi o de criar uma empresa de biotecnologia de âmbito internacional, especializada em novos testes de DNA. Os seus produtos seriam comercializados sob a forma de serviços ou de kits, para os sectores agro-alimentar, clínico e veterinário.

Nos dois anos seguintes, a empresa começou a prestar serviços especializados, principalmente para Universidades e Institutos em Portugal e na Europa, enquanto os promotores conciliavam o seu trabalho com a investigação realizada na Universidade.

Em 2006, a Biopremier obteve o Estatuto Nest e a homologação IAPMEI Inovação, dados pela Agência de Inovação e pelo IAPMEI, respectivamente. Durante esse mesmo ano, a empresa obteve o seu primeiro round de financiamento de capital de risco, juntando-se na sua estrutura accionista a InovCapital (ex-PME Capital) e o Biocant Ventures, tendo-se efectuado nos dois anos seguintes novos aumentos de capital social, realizados por todos os accionistas.

Consequência do investimento obtido em 2006, em 2007 a empresa construíu os seus novos Laboratórios, localizados no Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia (ICAT), sito na Faculdade de Ciências de Lisboa. Os Laboratórios foram desenhados de modo a permitir que os passos críticos da realização de um PCR, pudessem ser efectuados em diferentes laboratórios, com base num sistema de marcha em frente das amostras. Este projecto recebeu a aprovação de fundos PRIME, no âmbito do SIPIE.

Em 2008, a Biopremier recebeu a aprovação de 2 projectos QREN SI I&DT, um deles catalizando o início das actividades no sector clínico. Nesse mesmo ano, a empresa já prestava serviços para outros Laboratórios pertencendo a grupos multinacionais e para várias empresa alimentares.

Em 2009, a Biopremier finalizou novos testes para a autenticação de espécies alimentares, e conseguiu o seu primeiro cliente na área da distribuição a retalho (Minipreço, grupo Carrefour), mantendo-se essa colaboração até ao presente. Também em 2009, a empresa iniciou as primeiras colaborações com Hospitais e desenvolveu uma plataforma para avaliação da diversidade microbiana. A empresa, em colaboração com uma equipa multidisciplinar, concluiu o desenvolvimento de software, propriedade da Biopremier, que possibilitou um incremento extraordinário no desenho e avaliação teórica de moléculas de DNA, traduzindo-se em altas taxas de sucesso no desenho de moléculas, após experimentação práctica.

Durante 2010, a Biopremier iniciou o desenvolvimento dos primeiros dois kits de diagnóstico que chegarão ao mercado no início de 2013, direccionados para infecções respiratórias inferiores e gastrointestinais; e começou as primeiras actividades de investigação no campo da virologia clínica. Tal como desde 2007, a empresa continuou a crescer em termos de facturação e do número de clientes, nomeadamente outros Laboratórios, empresas de distribuição a retalho (Intermarché, Grupo Jerónimo Martins) e de processamento alimentar; mantendo em paralelo, um investimento constante em inovação e desenvolvimento de novos produtos.

Em Janeiro de 2011, a Biopremier obteve uma tripla Acreditação flexível, de acordo com a Norma 17025:2005, para 25 testes de Biologia Molecular, totalmente desenvolvidos internamente, alguns deles únicos na Europa. A Acreditação obtida pela Biopremier, é aplicável aos sectores Alimentar, Clínico, Veterinário e Ambiental, e tem um reconhecimento internacional. Deste modo, a Biopremier é o único Laboratório privado em Portugal com testes de Biologia Molecular acreditados para os sectores clínico e veterinário, e das poucas entidades acreditadas em Portugal, para esses mesmos sectores. Em 2011, a Biopremier fará os investimentos necessários para dar início à internacionalização da empresa, principalmente para o sector alimentar, aquele que se iniciou mais cedo e que tem neste momento um portfolio de análises mais alargado.

Durante 2011, a Biopremier iniciou o teste para a detecção de Dermatófitos, o primeiro essencialmente direccionado para o sector Veterinário.

Em Junho de 2011, a empresa conseguiu o interesse de novos investidores nacionais e internacionais, que compraram a posição da InovCapital na empresa, e permitiram um segundo round de financiamento. Também em Junho, a Biopremier foi galardoada com o Troféu Desafio 2011, dado pela revista económica Invest.

No Outono de 2011, a Biopremier será a primeira empresa de biotecnologia portuguesa a ser listada em Bolsa, nomeadamente no Open Market em Frankfurt, dando mais um passo significativo para o seu crescimento e reconhecimento internacional.
 

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miguelbud

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #499 em: Setembro 27, 2011, 10:24:11 am »
Investigadores portugueses criam pranchas de surf inovadoras

Construir pranchas de surf mais baratas e com custos de mão-de-obra reduzidos, com maior capacidade de personalização e com a possibilidade futura de se produzir espumas a partir de materiais biológicos, foi o objectivo de um projecto realizado por investigadores do Pólo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP) da Universidade do Minho (UMinho).
O assunto foi entregue no PIEP ao professor Fernando Moura Duarte e a Andreia Vilela, recém-licenciada em Engenharia de Polímeros na UMinho e o  resultado foi a descoberta de uma forma mundialmente inovadora para produzir o miolo das pranchas de surf, bodyboard e longboard.
“O objectivo era o fabrico independente, automatizado e com baixo custo unitário. A equipa de investigação caracterizou ainda os vários tipos de pranchas existentes, cujo comportamento é definido pelo compromisso entre densidade/rigidez e a facilidade com que o material flutua/desliza. Os peritos validaram também, pela primeira vez na Europa e talvez no mundo, um novo sistema para fazer espumas de pranchas de surf, baseado no difenilmetano diisocianato (MDI), um polímero mais amigo do ambiente e da saúde”, refere um comunicado da UMinho. A ordem para inovar partiu da jovem empresa Masterblank, de Alcobaça, que queria comercializar ‘blanks’ (o recheio das pranchas), na sequência do fecho da maior produtora mundial, a norte-americana Clark Foam. Os produtos são comercializados em vários continentes pela Masterblank, cuja gerente já venceu o Prémio Jovem Empreendedor do Ano.
Segundo Fernando Duarte, “os desafios tornam-se mais aliciantes quando têm aplicação prática, é a relação biunívoca universidade/indústria”. Com o conhecimento adquirido, a firma de Alcobaça alarga-se a outros mercados, nomeadamente a produção de espumas rígidas para isolamento térmico e acústico de edifícios, para frio industrial e para carroçarias isotérmicas. A empresa continua a ser a única fabricante de blanks no país e das raras na Europa.

http://www.mundoportugues.org/content/1 ... novadoras/
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #500 em: Setembro 30, 2011, 08:03:27 pm »
Português premiado por simulação de raios cósmicos


Um investigador do Instituto Superior Técnico (IST) venceu um prémio internacional com uma imagem de uma simulação numérica do fenómeno de aceleração dos raios cósmicos, foi hoje anunciado em Lisboa. Frederico Fiúza, do Instituto de Plasma e Fusão Nuclear do IST, disse que a aceleração dos raios cósmicos é um dos maiores mistérios da física por desvendar e o seu trabalho «um passo importante num longo caminho».

O estudo deste tipo de fenómenos naturais tem também por objectivo conseguir reproduzi-los em laboratório, de forma controlada, o que permitiria acelerar feixes de partículas com energias moderadas para aplicações médicas, nomeadamente para tratamento do cancro. O prémio que distinguiu o investigador de 27 anos foi atribuído na 22.ª Conferência Internacional de Simulação Numérica de Plasmas, realizada recentemente em New Jersey, nos Estados Unidos.

Frederico Fiúza disse não lhe ter sido ainda comunicado o valor do prémio desta edição, mas disse que deverá rondar os 500 dólares, a avaliar pelos anteriores, pelo que considera ser mais importante pelo prestígio do que pelo valor monetário.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #501 em: Outubro 09, 2011, 10:48:02 pm »
Empresa portuguesa vai para Sillicon Valey desenvolver 'uma espécie de Facebook"


A tecnológica portuguesa Opensoft fez as malas e rumou a Sillicon Valley (EUA) para desenvolver o projecto Spreadd, uma espécie de «Facebook» para empresas que localiza automaticamente trabalhadores por áreas de interesse potenciando a partilha de conhecimentos. A ideia do "Spreadd" surgiu há cerca de um ano, mas só há seis meses foi posta em prática dentro da Opensoft, apresentando semelhanças com a rede social "Facebook", ainda que com objectivos completamente diferentes.

«É uma base de dados que é alimentada com o que as pessoas fazem normalmente e as áreas em que costumam trabalhar e depois avisa automaticamente aqueles que também têm interesses idênticos», disse em entrevista à agência Lusa o presidente executivo da Opensoft, José Vilarinho.

Entre as semelhanças com a rede social mais famosa do mundo, destaca-se a possibilidade de comentar, fazer um 'like' ('gosto') ou partilhar qualquer tipo de ficheiro.

«O objectivo é juntar a informação de uma empresa e criar uma oportunidade de colaboração, partilha e interacção para permitir que empresas de alguma dimensão não percam produtividade por estarem dispersas» detalhou o coordenador do projecto Pedro Alves.

Em poucas palavras: «o 'Spreadd' é um produto desenvolvido para empresas que junta as pessoas certas, à volta das actividades certas, no momento certo», diz Pedro Alves.

A Opensoft dá como exemplo o caso de duas trabalhadoras da mesma empresa que desenvolvem projectos sobre energias renováveis, uma nos escritórios do Brasil, já com vários trabalhos na área, e outra em Portugal, pela primeira vez a escrever um documento sobre o assunto.

«Não seria interessante que a Sónia fosse informada de que a Alice está a trabalhar num documento relacionado com energias renováveis, na área em que ela é "expert"? Dessa forma, a Sónia podia iniciar uma interacção com a Alice e fornecer 'inputs' interessantes para o documento», exemplificou Pedro Alves.

Outro cenário que pode trazer ganhos de eficiência consideráveis é a detecção de dois colaboradores que estão a executar a mesma tarefa sem se aperceberem.

«Podem ser comerciais e estar ambos a escrever uma proposta para o mesmo cliente. Muito mais interessante seria "avisar" os colaboradores em causa que poderiam passar a trabalhar em conjunto ou decidir que só um deles deveria estar a executar a tarefa», acrescentou.

O caráter inovador e a sofisticação do produto levaram a incubadora tecnológica da Leadership Business Consulting, a GSI Accelerators (GSI – Global Strategic Innovations), a escolher o "Spreadd" para ir para Sillicon Valley, local mundial de excelência na investigação em informática e tecnologia, até ao final do ano.

«As nossas expectativas são as de que vamos voltar já com clientes e parceiros e com o produto em aceleração», disse José Vilarinho.

Com perspectivas de uma retracção de 20 por cento na procura em Portugal no final deste ano, a tecnológica portuguesa diz estar a apostar em caminhos diferentes, sobretudo na internacionalização.

«Os EUA são um mercado apetecível e Sillicon Valley pode ser o caminho ideal para o desenvolvimento do produto», reforçou. O projecto será aprofundado no 'Plug and Play Tech Center', centro vocacionado para o desenvolvimento de ideias e negócios.

Com 50 colaboradores e uma facturação de 3,3 milhões de euros em 2010, face a 4 milhões de euros em 2009, a Opensoft apenas espera «alguma retoma» da economia portuguesa em finais de 2012, pelo que mercados como Angola e Moçambique são outras apostas. Fundada em 2001, a Opensoft desenvolveu projectos como o Portal das Finanças.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #502 em: Outubro 29, 2011, 05:20:33 pm »
Empresa portuguesa apresenta dispositivo que evita úlceras em doentes acamados


A Tomorrow Options, 'spin-off' INESC TEC/FEUP, apresentou hoje, no Porto, um dispositivo microelectrónico que vai auxiliar as equipas de enfermagem a prevenir o aparecimento das úlceras de pressão em pacientes privados de movimentos. O MovinSense, colocado no peito do paciente acamado e privado da capacidade de se movimentar sozinho, regista a posição do paciente e comunica via wireless com as equipas de enfermagem, alertando-as sempre que é necessário reposicionar um paciente.

O objectivo é prevenir o aparecimento de úlceras de pressão, um tipo de ferida facilmente evitável e que, por isso, é consensualmente considerado um erro clínico, mas cujo tratamento é dispendioso, custando em média cerca de quatro por cento do orçamento de saúde de um país desenvolvido.

«Em Portugal não conseguimos obter dados mas, no Reino Unido, por exemplo, o sistema de saúde público gasta actualmente cerca de 3,1 biliões de libras, só com os custos directos de tratamentos», explicou Paulo Ferreira dos Santos, presidente da Tomorrow Options, uma pequena empresa nascida na Universidade do Porto, que integra 17 funcionários de oito nacionalidades diferentes.

Numa demonstração realizada no Serviço de Cuidados Intermédios no Hospital de S. João com alguns dos pacientes acamados, Paulo Ferreira dos Santos explicou que o MovinSense é o único equipamento do mercado que monitoriza o paciente e não a cama, além de exigir um menor investimento financeiro e ocupar menos espaço de armazenamento.

«Na prática evita a sobre-exposição da mesma área do corpo à pressão, mas permite também alertar o enfermeiro quando o doente está muito agitado», disse.

Dados disponibilizados pela empresa referem que um colchão anti-escaras e uma cama articulada eléctrica custam em média mais de mil euros e um colchão com sensores de pressão custa em média mais de 2 mil euros, por exemplo.

Monitorizar 10 pacientes com o MovinSense exige um esforço monetário de «cerca de 6500 euros», porque «o sistema só requer a compra de um aparelho emissor e de tantos aparelhos receptores quantos os pacientes a monitorizar». Cada aparelho tem um custo inferior a 500 euros e possui uma bateria com autonomia para mais de uma semana.

«O tratamento de uma única úlcera de grau 1 (mais simples) custa cerca de 1.050 euros, que é o equivalente ao investimento em dois dispositivos MovinSense», salientou.

Como tal, frisou o empresário, «o investimento no MovinSense fica amortizado logo que o aparecimento de uma úlcera é evitado».

O MovinSense está pronto a entrar no mercado, estando Tomorrow Options já a negociar a sua distribuição com empresas internacionais.

«A receptividade não tem sido boa, tem sido excelente em todo o lado. Temos interessados na Suécia, no Reino Unido, em Itália, nos EUA. Julgo que não temos em mais porque ainda não conseguimos mostrar o dispositivo em mais países», disse o responsável.

Em Portugal também «há interessados, mas existe alguma dificuldade em conseguir vender enquanto os prazos de pagamento dos hospitais forem estes».

«Temos que pagar a nossa estrutura e o sistema português, com pagamentos a 400 dias, não é de certeza para uma pequena empresa como a nossa, que não tem capacidade financeira para suportar esse custo, infelizmente», lamentou o empresário.

A Tomorrow Options submeteu uma patente com extensão internacional relativa à tecnologia e à sua aplicação.

«Enquanto os prazos de pagamento forem estes, Portugal está excluído, mas não por interesse dos médicos ou dos enfermeiros. Infelizmente não podemos ir mais além porque é impossível vender a um cliente que não paga», acrescentou.

Lusa
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #503 em: Dezembro 05, 2011, 10:38:33 pm »
Novo sistema de refrigeração que arrefece dez vezes mais rápido desenvolvido pela Universidade de Coimbra


Investigadores da Universidade de Coimbra desenvolveram uma tecnologia de refrigeração inovadora que permite arrefecer alimentos e bebidas dez vezes mais rápido do que os equipamentos tradicionais, como os frigoríficos.

O SuperCooling é um sistema de refrigeração rápido comparável ao aquecimento de produtos num microondas. O novo sistema de refrigeração, por vácuo, encontra-se ainda em protótipo mas os primeiros resultados são promissores para os investigadores, ao conseguirem arrefecer uma garrafa de água de 33 cl em três minutos, segundo uma nota hoje divulgada pela Universidade de Coimbra (UC).

A investigação foi iniciada há dois anos, em colaboração com a empresa Redutor, e está a ser desenvolvida por Cátia Augusto, sob orientação dos docentes Adélio Gaspar, José Joaquim Costa e José Baranda Ribeiro.

Em declarações à Lusa, Cátia Augusto afirmou que, embora "a tecnologia de base já seja estudada em termos científicos, para este fim (refrigeração rápida) é a primeira vez que está a ser usada" em Portugal.

"Neste momento, no nosso ambiente doméstico, temos um equipamento de aquecimento rápido -- o microondas -- e pretendíamos outro conceito, o do arrefecimento rápido", disse a investigadora, referindo que, num frigorífico convencional, uma garrafa de 33 cl "não arrefece em menos de 30 minutos".

A nova tecnologia, sublinha, poderá vir a ter um "forte impacto, não só no sector doméstico, mas também em vários sectores de mercado, nomeadamente na restauração e hotelaria", pela rapidez e poupança de energia que representa.

"Se falarmos em sectores como hotelaria, em que precisam de ter bebidas constantemente frescas, isto poderá ser uma grande mais valia, porque não precisam de ter tantos equipamentos, como os frigoríficos tradicionais, sempre a funcionar e, com isso, ter um consumo energético elevado", afirma Cátia Augusto.

A investigadora do Departamento de Engenharia Mecânica da UC destaca a versatilidade da tecnologia que, afirma, "poderá dar origem a uma nova geração de equipamentos ou ser acoplada nos actuais".

Os resultados obtidos até ao momento em laboratório permitem, acrescentou, ir além da refrigeração porque "revelaram também um grande potencial de aplicação em outros processos do quotidiano", nomeadamente na área da secagem.

Lusa
 

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miguelbud

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #504 em: Dezembro 11, 2011, 03:27:40 pm »
Nanocor começa a ser comercializada em dois anos

A vencedora do Concurso Nacional de Inovação BES permite uma poupança de cerca de 70% de água no tingimento de tecidos face aos corantes reactivos.

Tingir os tecidos com mais eficiência e menor custo. É esta a proposta de Jaime Rocha Gomes, professor da Universidade do Minho, que, em conjunto com a empresa Ecoticket, venceu o Concurso Nacional de Inovação BES de 2011, com o projecto Nanocor.

O Nanocor arrancou há cerca de um mês numa tinturaria em Portugal e ainda está numa fase-piloto. No entanto, "já existem amostras e está a ser desenvolvida uma máquina-piloto", avança Jaime Rocha Gomes ao Diário Económico. O professor acredita que os testes industriais ainda demoram algum tempo, mas que dentro de dois anos esta tecnologia estará pronta para entrar em comercialização. "Actualmente, estamos a testar a tecnologia nanocor numa tinturaria e esperamos avançar depois para o mundo, mas temos de bater à porta dos investidores. A internacionalização é o nosso objectivo", revela o mesmo responsável.

A tecnologia nanocor permite tingir fibras celulósicas, como o algodão, com a mesma qualidade dos corantes tradicionais. A utilização de nanopartículas coloridas, em vez dos nanopigmentos, traduz-se em melhorias nos parâmetros de cor, como a uniformidade, a intensidade e a solidez à lavagem. Além disso, tem vantagens em termos toxicológicos e ecológicos.

http://economico.sapo.pt/noticias/nanoc ... 33312.html
 

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nelson38899

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #505 em: Dezembro 13, 2011, 08:57:52 pm »
A partir do minuto 18, existem umas novidades interessantes.

http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=15928&e_id&c_id=7&dif=tv
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #506 em: Dezembro 13, 2011, 11:09:17 pm »
Tecnológicas portuguesas procuram o "sonho americano"


Cinco jovens empresas tecnológicas portuguesas, que se dedicam a segurança informática ou plataformas médicas nanotecnológicas, vão tentar o "sonho americano" em 2012, numa primeira abordagem ao mercado dos Estados Unidos e também abrindo caminho à internacionalização.

Dognaedis, Wizi, ObservIT, Feedzai e TreatU foram escolhidas para o projecto piloto "Empreendedorismo em Residência" da Universidade Carnegie Mellon (CMU), entre mais de 30 "start-up" portuguesas contactadas este ano em todo o país pelos empreendedores e professores universitários Barbara Carryer e Dave Mawhinney.

Premiada na semana passada no concurso BES Inovação, a Dognaedis é uma 'spin-off' da Universidade de Coimbra e da equipa de segurança informática do Instituto Pedro Nunes (CERT-IPN), tendo arrancado em Julho de 2010, que agora enfrenta "o grande desafio que é a internacionalização", segundo Mário Zenha-Rela.

"As nossas expectativas são conseguir mostrar que temos valor - e quem vence nos EUA vence no mundo - pelo que daí estaremos prontos para entrar noutros mercados internacionais", disse à Lusa o responsável da Dognaedis.

O "produto" é segurança de informação: a identificação preliminar de problemas, auditoria, consultoria e monitorização em permanência da infraestrutura de clientes.

As cinco empresas virão a Pittsburgh em Fevereiro para um evento onde poderão contactar potenciais clientes, parceiros e investidores.

Mais antiga é a Observit, de Bernardo Motta, que desenvolveu o único software de gestão de vídeo vocacionado para centros comerciais, a aposta inicial no mercado norte-americano.

"A nossa expectativa é em Pittsburgh concretizar um primeiro negócio nos EUA. Queremos vender a uma empresa gestora de shoppings um projecto-piloto de remodelação do CCTV, para darmos início ao nosso portefólio de projectos norte-americanos, condição para abordarmos potenciais parceiros e investidores", disse Motta.

João Januário, cuja Feedzai desenvolve software para processamento de grandes volumes de informação, tendo como clientes grandes empresas de "Utilities", telecomunicações ou banca, sublinha que "é muito difícil a uma 'start-up' portuguesa conseguir atrair a atenção de uma empresa europeia ou americana" e espera uma "incisiva abordagem ao mercado norte-americano".

"Teremos a oportunidade de fazer um `roadshow" para potenciais clientes, parceiros e investidores em auditório e em reuniões um a um. Existe um real envolvimento da CMU em reunir neste evento algumas empresas americanas que a FeedZai considera poderem ser futuros clientes ou parceiros", disse Januário à Lusa, cuja empresa tem como investidores a EDP Ventures, Espírito Santo Ventures ou Novabase Capital.

Fundada por três profissionais de desenvolvimento terapêutico, a TreatU desenvolveu uma plataforma para administração de medicamentos direccionada para doentes oncológicos, que reduz efeitos secundários adversos e custos de tratamento.

Com base em nanotecnologia, a TreatU encontrou como "maior obstáculo" em Portugal "a limitação do investimento de Venture Capitals e Business Angels na área de desenvolvimento farmacêutico", e procura investidores fora do país, "criando oportunidades de penetração no mercado global das terapias dirigidas em oncologia", disse à Lusa Vera Moura.

A primeira plataforma deve estar pronta para licenciamento à indústria farmacêutica em apenas 4 anos, "com um investimento de 4 a 5 milhões de euros e um retorno de até 5 vezes", adiantou.

A Wizi, de Paulo Dimas, nasceu no Instituto Superior Técnico, e em 8 anos ganhou o investimento do Fundo ISQ Capital e Inovcapital e desenvolveu três produtos baseados em tecnologia de geo-localização, dois deles já lançados pela Optimus e Vodafone.

O trabalho com a CMU tem sido na definição da estratégia de internacionalização e posicionamento no mercado norte-americano, o "mais competitivo do mundo neste domínio" e para o qual a empresa está agora "muito mais bem preparada para atacar".

"E pensar no mercado americano obriga-nos a ser os melhores e daí podemos conquistar o resto do mundo", diz Paulo Dimas.

Lusa
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #507 em: Dezembro 14, 2011, 08:03:44 pm »
Empresa Portuguesa lança LCDs capazes de detectar movimentos


Uma empresa de Leiria está a iniciar a comercialização de LCD transparentes espelhados, capazes de detectarem movimentos e o género da pessoa reflectida, disse à Lusa o director-geral da Sendae, Pedro Azevedo.

"Trata-se de um LCD que consegue criar um efeito holográfico e com grande potencial ao nível da interactividade", sublinhou aquele responsável, revelando que a empresa trabalha com a Universidade do Minho ao nível do 'software'.

Uma aposta passa pelo Reino Unido, que "é o maior mercado na área do digital fora de casa e está sedento deste tipo de produtos por causa das Olimpíadas de 2012 [em Londres]", realçou o director-geral da empresa.

Com o LCD transparente espelhado, mais vocacionado para aplicações comerciais, "será possível a pessoa ver-se ao espelho quando ensaia uma peça de roupa numa loja, enquanto o LCD lhe transmite informação sobre o produto ou acessórios", explicou Pedro Azevedo, que é um dos três fundadores da Sendae.

Isto é possível porque o LCD integra um 'software' que detecta movimentos e possui a capacidade de identificar o género da pessoa espelhada.

O empresário frisou que "os ecrãs transparentes espelhados podem assumir-se como uma ferramenta de comunicação, mas tanto empresas como escolas podem usar esta nova tecnologia, já que tem todo esse potencial interactivo".

Fundada em Leiria em Fevereiro deste ano, "centrada só na tecnologia do LCD transparente", a Sendae, segundo Pedro Azevedo, já conseguiu garantir preços para competir com fabricantes asiáticos.

"O valor base do LCD espelhado de 22 polegadas rondará os 930 euros e o de 46 polegadas os 2.115 euros", disse.

O LCD, que pode surgir na forma de um cubo ou de uma caixa, fixo numa parede ou num balcão, está a ser negociado, para além do Reino Unido, nos mercados russo, espanhol, norte-americano, francês, chileno e australiano, informou o director-geral da Sendae.

O investimento global, nesta fase, está estimado em 80 mil euros, segundo a empresa.

"A verba respeita sobretudo à parte da investigação, ao desenvolvimento do produto, à fase de testes e à fabricação de protótipos, mas também a acções de marketing e promoção interna e externa", explicou Pedro Azevedo, acrescentando que "O LCD é fruto de várias parcerias com fornecedores", mas montado na própria empresa.

"A carteira de clientes que for angariada irá posteriormente determinar o montante a investir no fabrico", precisou o responsável da Sendae que, para além dos três sócios, conta com mais cinco colaboradores.

Lusa
 

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #508 em: Dezembro 15, 2011, 01:30:54 pm »
Fibra de plástico lusa conquista mercado mundial

Na Maia nasceu há oito anos uma fibra de plástico que está a conquistar a indústria mundial. Trata-se de uma fibra mais leve do que água, que tem uma elevada resistência e possui ainda outra característica que tem contribuído muito para o seu sucesso: é 100 por cento reciclável.

A fibra de polipropileno tem várias aplicações na indústria automóvel, por exemplo em carros de corrida e em veículos militares, já que este plástico é ultraleve, sendo ao mesmo tempo resistente a balas e a granadas foguete.

"Vários carros militares utilizam este material para proteção antibalística", salientou José Gramaxo, Presidente do Grupo Euronete, em declarações à RTP.

A fibra de plástico tem um valor inferior em relação à fibra de carbono, material utilizado maioritariamente no setor industrial. Por outro lado, em relação à fibra de carbono, o material à base de polipropileno tem quase o dobro da resistência e pesa menos 70 por cento.

A fibra de polipropileno, que tem patente internacional registada há já oito anos e tem como principal cliente o mercado norte-americano, é uma aposta da empresa da Maia em investigação e desenvolvimento.

Para além da utilização do produto no setor antibalístico, as aplicações vão desde o setor automovel, painéis de publicidade,  barcos de desporto, materiais de construção e até produtos de consumo, como por exemplo capacetes.

Agora, a empresa está a estudar a aplicação deste material em novos mercados, como a aplicação em malas de viagens, o que está a tornar esta fibra um dos materiais mais inovadores do século XXI.
 

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Lusitano89

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Re: Tecnologia Portuguesa
« Responder #509 em: Janeiro 02, 2012, 08:53:07 pm »
Universidade do Minho estuda próteses «naturais e inteligentes» para amputados


A criação de próteses que se comportem com um membro original é o objetivo do projeto que está a ser desenvolvido, em robôs, por uma equipa da Universidade do Minho (UM), foi hoje anunciado. "Uma das aplicações futuras passa pela criação de próteses e membros artificiais mais naturais, contribuindo para a mobilidade, autonomia e reabilitação de pessoas com membros amputados", sublinha Cristina Peixoto Santos, professora da UM e coordenadora do projeto.

A inovação está em integrar controladores biológicos no modelo, conferindo aos robôs um padrão de movimento mais natural e menos robótico e uma capacidade de se adaptarem ao meio em que se movem.

O objetivo perseguido no trabalho "Locomoção Adaptativa e Inteligente" concentra-se na programação de robôs para que, de forma autónoma, tomem decisões, através de uma arquitetura, que reproduz o que se passa no sistema nervoso humano.

Neste projeto de investigação, que conta com a colaboração do Instituto Superior de Engenharia do Porto, desenvolve-se a arquitetura de controlo da locomoção de robôs quadrúpedes, que lhes permitirá lidarem com ambientes desconhecidos, sendo capazes de criar alternativas no seu percurso, perante diferentes tipos de terreno e obstáculos.

A aplicação deste trabalho parte dos modelos biológicos, procurando replicar a resposta do sistema nervoso a problemas de controlo.

"A originalidade do software de controlo reside na capacidade de aprendizagem, que permite que o robô assimile situações já experienciadas de forma a não repetir o mesmo erro", sublinha Cristina Santos. A investigação será depois transposta para os humanoides.

O projeto "Locomoção Adaptativa e Inteligente" é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o montante de 197 mil euros e tem conclusão prevista para 2013.

Lusa