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Economia => Portugal => Tópico iniciado por: Miguel em Janeiro 12, 2010, 10:21:25 pm

Título: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 12, 2010, 10:21:25 pm
Boas, isto chegou ao ponto que nas salas de mercados internacionais, Portugal faz parte dos paises a evitar para investir.
Esses paises sao conhecidos pela sigla de PIGS ou seja Portugal,Irlanda,Grecia,Spain, ainda de lembrar paises governados desde decadas pelos socialistas ou esquerda:mrgreen:

Dubai quando abriu falencia, os outros Emirades pagaram por eles, este é o maior receio actualmento dos PIGS, porque todos sabem que nenhuma naçao na Europa vai pagar para salvar os PIGS.

Por isso que o Dolar voltou novamente a subir frente ao Euro.

Parabens aos politicos dos Engenheiros de Meia Tijela que levaram isto ao ponto a que chegou......

E que para pagar os subsidios de desemprego, reforma etc... e preciso pedir emprestado dinheiro a investidores? e quando ninguem vai querer emprestar dinheiro a Portugal ( uma especie de subprimeXpior) entao quero ver os responsaveis, perante o povo e a naçao. E a cara dos reformados que vao ter de voltar a trabalhar e os desempregados obrigados a deixar o Cafezinho do manuel.... :mrgreen:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: FoxTroop em Janeiro 12, 2010, 11:35:41 pm
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porque todos sabem que nenhuma naçao na Europa vai pagar para salvar os PIGS

Tomara a essas nações conseguirem safar-se a elas mesmo qunto mais salvar outras  :?   :?   :?

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E que para pagar os subsidios de desemprego, reforma etc... e preciso pedir emprestado dinheiro a investidores? e quando ninguem vai querer emprestar dinheiro a Portugal ( uma especie de subprimeXpior) entao quero ver os responsaveis, perante o povo e a naçao. E a cara dos reformados que vao ter de voltar a trabalhar e os desempregados obrigados a deixar o Cafezinho do manuel

Reformados voltarem a trabalhar?!!!! Onde?!!! Em quê?!!!!! Se nem sequer há trabalho para os que matam o tempo no "cafezinho de manuel". Sem esquecer que os do cafezinho quando se virem realmente apertados vão-se virar e aí é que isto "joga a palhaça". Porque eu, no lugar deles, não hesitaria em tomar as medidas que considerasse necessárias para garantir a minha sobrevivencia e a dos meus.

Meu caro, isso seria o fim do sistema de coisas tal como ele está e, quem tem a perder com isso são os "peixes grandes" porque na realidade, o zé que por aqui anda, perde o quê?!!! A única coisa que a vasta maioria dos zés tem é as ruas livres para passear. A casa é do banco, o carro é do banco, até o sofá onde todos os dias mete os bofes para ver a novela ou o Benfica é do banco, por isso adivinhe lá que é que tem a perder se chegarmos a esse ponto?
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Janeiro 14, 2010, 05:40:15 pm
http://www.reuters.com/article/idUSTRE60D43720100114 (http://www.reuters.com/article/idUSTRE60D43720100114)

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Analysts give 20 pct chance Greece will need bailout
Jonathan Cable
LONDON
Thu Jan 14, 2010 11:49am EST

LONDON (Reuters) - Analysts see a one in five chance that Greece will seek a financial bailout and say Ireland, Spain and Portugal are the economies most likely to suffer a similar setback in investor confidence, a Reuters poll found.

Greece fell into its first recession in 16 years in 2009 and is set to become the euro zone's most indebted member this year, with debt estimated at more than 120 percent of gross domestic product (GDP), despite plans to cut expenditure and hike taxes.

The country launched an ambitious three-year plan on Thursday to slash its budget deficit with defense and hospital spending curbs and pay freezes, designed to boost its credibility, but markets continued to punish Athens.

"Greece has a problem of credibility in terms of implementation of the plans. We have a history of very ambitious plans not implemented," said BNP Paribas analyst Luigi Speranza.

The plan to shrink the soaring budget deficit to 2.8 percent of GDP in 2012 did little to convince markets of Greece's ability to resolve a fiscal crisis that has prompted some economists to question its euro zone membership.

But ECB President Jean-Claude Trichet on Thursday dismissed the idea that Greece would leave the euro zone as 'absurd'.

The 16-nation bloc's economy returned to growth in the third quarter of last year, having shrunk for the previous five consecutive quarters in the worst downturn since the Second World War, but some of the member states which had prospered most from membership are still languishing in recession.

Greek Finance Minister George Papaconstantinou said last week during a visit by European Union and European Central Bank officials that there was no prospect of the country needing a bailout.

But analysts were less convinced.

Asked in the January 11-14 poll to assess the probability of Greece seeking a bailout this year, the median response from around 30 analysts was 20 percent, with the same likelihood that it would be necessary at some point in the next five years.

"It is very difficult for them to reach a consolidation in their balance on their own and I think they will need assistance because otherwise spreads (borrowing costs) will remain high and the deficit will then get even higher," said Uwe Duerkop at Landesbank Berlin.

RATINGS REVIEWS

Greece's fiscal woes have prompted downgrades from ratings agencies and raised the costs of Greek borrowing, with spreads between Greek and German bonds hitting an 8-month high in December.

Greek assets took a beating late last year after ratings agencies cut the country's debt rating, spooking investors who feared Greece would be unable to borrow in the bond market and might force the EU into a costly bailout, denting confidence in the value of the euro.

Greece is currently rated BBB+ by both Standard & Poor's and Fitch Ratings, and 16 of 27 analysts said Moody's Ratings Service would also downgrade its rating from A2 to a below-A rating by the end of the year.

The cost of insuring Greece's sovereign debt against default rose to a new record high after the stability plan was announced, as analysts said the fiscal targets looked ambitious and more details were needed.

Portugal, Spain and Ireland were voted the most likely amongst the 16-nation bloc to suffer a similar setback in investor confidence this year.

"Spain and Portugal are most vulnerable due to their fiscal outlook. For Ireland the outlook is also not particularly good but it is not as bad," said Giuseppe Maraffino at UniCredit MIB.

Ratings agencies have already put the three countries on a warning that any failure to curb their growing debts would result in a downgrade to their debt ratings.

Spain's budget deficit has risen sharply and the country is lagging the recovery that has begun elsewhere in Europe as its once booming tourism and construction industries flounder.

S&P warned Spain last month it risks a downgrade if the government does not act to curb the deficit, but Ireland has won some praise from the ratings agencies for beginning to address spending with three austerity budgets over the last 14 months.

Portugal meanwhile looks set to push ahead with spending despite pressure from the International Monetary Fund to cut outgoings and Moody's said on Monday it might downgrade the country's credit rating if it did not take credible measures to control its deficit.

(For money market and bond yield data from the poll)

(For related story see)

(Polling by Bangalore Polling Unit; Editing by Ruth Pitchford)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 14, 2010, 06:32:40 pm
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Le bloc des quatre pays jugés fragiles de la zone euro - Portugal, Irlande, Grèce, Espagne - fait l'objet de rumeurs croissantes sur les marchés. Plus que tout, les experts redoutent l'émergence en Europe d'un scénario "à la Dubaï".        
L'alarme monte en Europe
AFP
AFP

Après la fin du mirage Dubaï, la peur d'un retour de flamme de la crise financière concerne désormais les "PIGS". L'acronyme volontairement péjoratif attribué par des traders anglo-saxons à l'ensemble Portugal-Irlande-Grèce et Espagne ("Spain" en anglais) fait florès depuis quelques semaines sur les marchés et dans la presse britannique. Il n'est pas étranger à la nervosité des Bourses mondiales. A la faveur des communiqués des agences de notation révélant la fragilité des finances de plusieurs Etats.
 

Fortement endettés, touchés de plein fouet par la récession, un ou plusieurs de ces quatre pays pourraient être forcés de quitter la zone euro, selon certaines rumeurs de marché. Faux, rétorquent les économistes, qui notent que l'abandon de la monnaie unique serait au contraire synonyme de confusion et de perte de protection d'un véritable bouclier économique et monétaire. La véritable interrogation toucherait plutôt à l'impact d'une aggravation potentielle des difficultés des "PIGS" sur l'ensemble de la zone euro.

Incrivél que ainda nenhum jornalista ou politico nacional, fale sobre o estado da naçao!!!!

Nunca Portugal desde que existe como Naçao libre e independente esteve a beira da ruina total. Incrivel!!! E nao contem com a Espanha para salvar as finanças publicas...

Quem vai pagar as pensoes,subsidios,funcionarios publicos, quando vao abrir ao publico as verdadeiras contas publicas? E que todos os investidores vao fazer as malas???

Ainda vamos continuar a viver com o Euro2004, e o CR7 a fazer publicicade para o Armani, e as novelas?

Espetacular :snipersmile:  a democracia conseguiu fazer aquilo que nem o Estado Novo pensava!

Eis o Portugal do seculo XXI, decadente total
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: carlosribeiro em Janeiro 14, 2010, 09:50:49 pm
Nunca??? Tem a certeza que está a falar de Portugal?
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Janeiro 15, 2010, 10:25:41 am
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A ironia de Sócrates e as contas do BPI
João Vieira Pereira (http://www.expresso.pt (http://www.expresso.pt))
0:00 Quinta-feira, 14 de Jan de 2010

Ironia, diz José Sócrates. Ironia porque um banco decidiu fazer um estudo que prova que andámos no passado recente a gastar o que tínhamos, o que não tínhamos e o que nunca vamos ter (ver página 4). Já devemos o equivalente ao valor da riqueza produzida por ano em Portugal. Se nada for feito, dentro de 30 anos vamos estar a dever três vezes esse valor. O primeiro-ministro diz ironia, porque ao ter sido a banca a criar a crise internacional não tem autoridade moral para realizar tal estudo. Meu caro primeiro-ministro, a sua atitude já foi muito além de esconder a cabeça na areia e revela o seu profundo desconhecimento do estudo, da economia e da dimensão da tragédia que é a situação das finanças públicas.

As contas do BPI são complicadas, o resultado também. As conclusões do estudo sobre a sustentabilidade das contas públicas confirmam o que todos receavam: estamos endividados até ao pescoço.

Num cenário mais dramático, se nada for feito na contenção de despesa e/ou arrecadação de receita, em 2040 a nossa dívida pública vai ser de 300,3% do PIB. E mesmo no cenário mais benévolo chegávamos a 2040 com uma dívida pública de 115,5% (agora é de 100%). Estamos a falar de dívida pública consolidada, ou seja, o BPI juntou à dívida pública os compromissos assumidos pelas empresas do Estado, pelas concessões de serviço público, pelos municípios e pela Madeira e Açores. Até aqui não detecto ironia alguma.

O BPI e os seus colaboradores que fizeram o estudo não podem ser minimamente acusados da actual crise. No máximo, podem ser acusados de terem tido a audácia de revelar como, com um milhão aqui, um milhão ali, transformámos a economia portuguesa numa máquina de fabricar dívida.

Só para pagar concessões e dívidas das empresas do Estado vamos precisar de €1,7 mil milhões no próximo ano. Qualquer coisa como 6% da receita fiscal cobrada em 2009 ou o mesmo que toda a receita cobrada com o imposto de selo. E este é o valor mais baixo. Em 2013, este valor é €3 mil milhões, e em 2015 é de €3,4 mil milhões. Nada mau.

Aqui não há ironia, há, sim, a inevitabilidade de termos de pagar o que devemos. Andaram anos, este Governo e os anteriores, a fazer 'obra' projectando para o futuro o pagamento das mesmas. Andaram anos, este Governo e os anteriores, a enviar para empresas públicas o custo de tudo e mais alguma coisa que já não cabia no orçamento.

Isto tudo até podia ter funcionado, só que para isso a economia portuguesa tinha de crescer a um ritmo superior a 2,5%. Só que ironia das ironias, estamos muito longe disso.

Texto publicado na edição do Expresso de 09 de Janeiro de 2010

http://clix.expresso.pt/a-ironia-de-soc ... pi=f557158 (http://clix.expresso.pt/a-ironia-de-socrates-e-as-contas-do-bpi=f557158)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 15, 2010, 08:27:19 pm
Segunda Feira, começa ou acaba a festa!

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BRUXELLES (Reuters) - La patience des ministres des Finances de la zone euro est pratiquement à bout face à l'attitude de la Grèce, qui les a trompés à plusieurs reprises sur l'ampleur de ses déficits, et ils sont prêts, si nécessaire, à adopter des sanctions à l'encontre d'Athènes.

Les ministres des 16 pays de la zone doivent débattre lundi de la fiabilité des statistiques grecques, dont un rapport de la Commission a établi qu'elles avaient été délibérément faussées pendant des années pour des raisons politiques.

"Certains sont très en colère et il n'y aura donc pas beaucoup de bonne volonté autour de la table pour faire quoi que ce soit pour (les Grecs), à moins qu'eux-mêmes en fassent vraiment beaucoup", a dit une source impliquée dans la préparation de la réunion de l'Eurogroupe.

Le déficit budgétaire grec pour 2008 a été révisé à 7,7% du produit intérieur brut (PIB) contre 5,0% annoncé initialement et le gouvernement actuel, lors de sa prise de fonctions à l'automne, a dû multiplier par trois l'estimation pour 2009, la portant à 12,7% du PIB.

Cela a conduit à des révisions à la baisse des notes financières du pays et alimenté les spéculations sur un possible renflouement forcé des finances publiques grecques par le reste de la zone euro.

Mais l'Eurogroupe est loin d'être disposé à se résoudre à une telle extrémité.

"Nous restons fermement convaincus qu'un renflouement ne sera pas nécessaire. Mais s'il faut parler de renflouement, les gens réunis autour de la table ne sont pas vraiment prêts au suicide politique", a dit la source.

DÉFIANCE

"Les contribuables allemands ne seront pas très patients si l'on essaie de leur expliquer que leur argent va servir à renflouer un pays qui a constamment et consciemment publié de faux chiffres et enfreint à de multiples reprises les règles budgétaires de l'UE", a-t-elle ajouté.

"Les Grecs doivent donc savoir, non seulement que la patience se fait rare mais aussi qu'il y a dans ce débat certains paramètres démocratiques de base difficiles à contrôler."

Le gouvernement grec a annoncé jeudi qu'il ramènerait son déficit budgétaire à 2,8% du PIB en 2012, un objectif jugé très ambitieux par de nombreux économistes.

"La Commission est très positive concernant le ministre des Finances (George Papaconstantiniou), sa volonté de mettre en oeuvre des réformes. D'autres membres du gouvernement semblent d'un avis complètement différent. Evidemment, il fallait s'y attendre", a dit une deuxième source de la zone euro.

Athènes a formellement adressé son plan d'assainissement budgétaire vendredi à la Commission et celle-ci doit désormais l'étudier avant de rendre son avis. Certaines sources déclarent cependant déjà qu'il est difficile de faire confiance à un projet susceptible d'être fondé sur des chiffres eux-mêmes peu fiables.

"Comment peut-on discuter de ce nouveau plan si l'on n'est toujours pas sûr des statistiques qui sont derrière?", résume une troisième source de la zone euro impliquées dans les préparatifs de l'Eurogroupe.

"Cela pose problème à beaucoup de monde. Il faut d'abord être sûr des chiffres sur lesquels tout est fondé, puis débattre du plan", a-t-elle ajouté.

"ILS ONT TRICHÉ"

Et les dirigeants de la zone euro ne sont pas non plus certains que la Grèce tiendra ses engagements.

"Ils ont triché pour entrer dans la zone euro, triché pour sortir de la procédure de déficit excessif: ils ont un problème de crédibilité", a dit une quatrième source. "Dans le passé, ils ont très souvent dit exactement ce qu'ils disent aujourd'hui, et rien ne s'est passé."

L'Eurogroupe n'a donc pas l'intention de prendre pour argent comptant les promesses d'Athènes et a l'intention d'être très clair avec le gouvernement grec.

"La Grèce devra tenir ses promesses à 100%: 95%, ça ne suffira pas", a dit la troisième source.

"Il ne s'agit pas seulement de la Grèce. Il s'agit de la crédibilité de l'ensemble du Pacte de stabilité et de croissance", a-t-elle ajouté.

Une fois rendu l'avis de la Commission sur le plan grec, les ministres des 16 adresseront des recommandations à la Grèce lors de leur réunion de la mi-février. Athènes aura ensuite quatre mois pour adopter les mesures demandées.

Si, passé ce délai, la Commission juge que les recommandations n'ont pas été suivies, la Grèce pourrait être le premier pays de l'Union à subir effectivement des sanctions financières, qui pourraient passer par l'arrêt de certaines aides communautaires.

"Il y a la volonté implicite de créer un précédent", a dit la quatrième source. "La Grèce est une bonne occasion de le faire. Si elle ne répond pas à ces recommandations, l'étape suivante sera l'amende. Personne ne la défend."

Version française Marc Angrand
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Camuflage em Janeiro 15, 2010, 11:20:56 pm
Citação de: "Miguel"
Boas, isto chegou ao ponto que nas salas de mercados internacionais, Portugal faz parte dos paises a evitar para investir.
Esses paises sao conhecidos pela sigla de PIGS ou seja Portugal,Irlanda,Grecia,Spain, ainda de lembrar paises governados desde decadas pelos socialistas ou esquerda:mrgreen:

Não é Irlanda, mas sim Itália.

Ver: http://economico.sapo.pt/noticias/nos-e ... 78838.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nos-e-os-outros_78838.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: ShadIntel em Janeiro 15, 2010, 11:40:44 pm
Citação de: "Camuflage"
Citação de: "Miguel"
Boas, isto chegou ao ponto que nas salas de mercados internacionais, Portugal faz parte dos paises a evitar para investir.
Esses paises sao conhecidos pela sigla de PIGS ou seja Portugal,Irlanda,Grecia,Spain, ainda de lembrar paises governados desde decadas pelos socialistas ou esquerda:mrgreen:

Não é Irlanda, mas sim Itália.

Ver: http://economico.sapo.pt/noticias/nos-e ... 78838.html (http://economico.sapo.pt/noticias/nos-e-os-outros_78838.html)
Podem ser os dois, alguns analistas juntam a Irlanda aos outros 4, o que dá 'PIIGS'.

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Analysts have expressed particular concern over the PIIGS -- Portugal, Italy, Ireland, Greece and Spain.
:arrow: http://www.reuters.com/article/idUSLDE5BG1EF20091217 (http://www.reuters.com/article/idUSLDE5BG1EF20091217)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Luso em Janeiro 15, 2010, 11:52:44 pm
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: jmosimoes em Janeiro 17, 2010, 04:27:45 pm
Alguém duvida que desde o 25 alguém se anda a encher e aos amigos á conta do pais, senão vejamos quem têm sido os governos que temos tido PS, PSD ou coligações, veio imenso dinheiro da UE que serviu para quê nós zé povinho o que vemos além de autoestradas ?, onde está a  a modernização da agricultura, da industria da pesca, andámos  receber dinheiro para não produzir, foram transferidas quotas de produção de azeite para Itália e Espanha, tomate para Espanha, a beterraba com vista á produção de combustiveis a fábrica que temos não labora por falta de matéria prima, importamos tudo aquilo que comemos e não só.
Somos um pais pequeno de grandes visões,  vejamos quando foi o Europeu construimos estádios que agora só dão prejuizo a quem tem de os manter, agora TGV, aeroporto, 3ª travessia do Tejo,  continua-se a pensar em grande quem paga vamos ser todos nós mais os das gerações vindouras, os escândalos finanaceiras envolvendo os donos do pais(sim donos decidem o que querem quando querem fazem leis para não serem punidos e ajudam os amigos em futuras acções), as justiça parece feita á medida de alguns ou dos seus actos, agora como temos o casamento entre pessoas do mesmo sexo ouço dizer que somos um pais do 1º mundo ou dito evoluido, na minha opinião este pais já não é o cu da UE mas o penico onde cai toda a porcaria, onde a criminalidade tem um sentido de impunidade ao ponto de cidadãos estrangeiros residente se quererem ir embora.
Não vou dar muito tempo ou pôem não nisto ou o rectângulo vai precisar de ser formatado, com todas as consequências que dai possam vir.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Edu em Janeiro 17, 2010, 06:19:36 pm
Para mim o que se passou em Portugal e com os outros PIGS foi muito simples: a Europa, ou melhores os chefões da Europa (leia-se Alemanha, França e Grã-Bretanha) investiram em nós.
Isto é muito simples de compreender, os grandes da Europa queriam vender os seus productos de alto valor acrescentado, BMW's, Mercedes, Audis,  Citroens, Renaults, etc. Mas chegaram à brilhante conclusão é dificil vender este tipo de productos em paises onde não há estradas. Sem estradas os habitantes de um pais não veem grande utilidade em ter um 745d com jantes especiais que depois ficam todas cagadas na lama. Então os industriais chefes da Europa pensaram assim: "vamos dar dinheiro aos paises mais atrazaditos para eles construirem estradas, pontes, tuneis, viadutos, etc e assim esses paises passam a ser um mercado para os nossos productos de alto valor acrescentado. Com um bocadito de sorte eles nem sabem fazer as estradas nem as pontes nem os tuneis e ainda contractam as nossas empresas para os fazerem e o dinheiro fica cá na mesma." E assim se fez lá nos deram o dinheiro e nos todos contentes fomos logo construir as estradas, os tuneis e as pontes nas quais agora até fazemos corridas com os nossos carros alemães e franceses contrados a leasing ou a prestações e andamos todos contentes. Porque agora, para irmos a sitios onde antes demoravamos uma hora a chegar, conseguimos lá chegar em 20 min, nas nossas mega estradas e pontes e nos nossos supercarrões.
(Só há um problema, daqui a meia duzia de anos não vamos ter dinheiro nem para pagar as portagens das nossas mega estradas nem o combustivel dos nossos supercarrões, mas isso é irrelevante, porque o mais importante é ter o 745d com jantes especiais à porta para o vizinho ver.)
Mas a Europa não nos podia dar o dinheiro sem nada em troca, então diz-nos assim: "voces levam o dinheiro mas em troca deixam de pescar, plantar batatas, tomates, produzir azeite, vá, mas podem produzir beterraba e girasois". Pois porque a europa ao nos dar as estradas e os grandes maquinões não podia correr o risco de enfrentar concorencia desleal da nossa parte, com os nossos baixos salario. Com a fama que nos temos de desenrrasque ainda punhamos os BMWs e os Citroen a lavrar os campos e a pescar, depois ai é que a Europa não aguentava. Então corta-se logo o mal pela raiz, os Portugueses não produzem nada e está feito, pronto podem produzir algum leite, mas pouco!


Cumprimentos a todos  :wink:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 17, 2010, 06:50:44 pm
Quantos paises que estavam muito mais atrasados que Portugal antes da queda do Muro, estao agora a frente?

Slovenia, Republica Checa etc...( a Slovenia entrou na zona Euro :wink: )

A verdade é que somos governados por mafiosos, quem ignorar isso ou defender os actuais governos é porque é cumplice ou simplesmente burro, ponto final.

A salvaçao pode passar pela instauraçao de uma junta de salvaçao nacional, com um lider forte e carimastico apoiado por economistas,especialistas etc... enfim nada de doutores,engenheiros,professores, apenas em Portugal é que se utiliza esses nomes dos seculos passados, aonde todos queriam nomes senhorais.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 22, 2010, 09:17:38 pm
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L'événement est passé totalement inaperçu dans la presse française, et pourtant ce n'est pas rien. Le 19 janvier, la Banque centrale européenne (BCE) a publié, pour la première fois, une note d'analyse juridique sur les conséquences d'une rupture d'un Etat membre avec la monnaie unique.

Comme l'indique la BCE dans l'introduction de son document, « les développements récents ont, peut-être, accru le risque de sécession, et l'urgence de le considérer comme un scénario possible ».

En effet, si nous en sommes là aujourd'hui, c'est bien parce que plusieurs pays de la zone euro vont très mal. Il s'agit de la Grèce bien sûr, confrontée à un déficit supérieur à 12% du PIB et une dette en explosion (déjà 117% du PIB), mais aussi du Portugal, récemment « mis sous surveillance » par les agences de notation internationales, de l'Irlande, de l'Espagne et même de l'Italie.

L'édifice européiste est vermoulu
Ces pays sont l'illustration que l'euro n'a pas réussi, contrairement à ce qu'affirment les médias français, à protéger nos pays de la crise. Bien au contraire : c'est au sein de la zone euro que la récession est la plus forte du monde, c'est ici que les pays sont entrés en récession les premiers, et c'est ici que depuis 15 ans la croissance économique est la plus molle.

Les pays cités précédemment concentrent toutes les difficultés de la zone euro, en les amplifiant. Privés de leur arme monétaire face à la crise, et ne pouvant compter sur une BCE tenue d'agir selon une « moyenne européenne », ils se retrouvent presque totalement démunis, contraints d'observer sans réagir l'explosion du chômage, de leur dette et l'effondrement de leur économie.

C'est pour cette raison, parce que la crise a révélé les failles structurelles de la monnaie unique, que l'édifice européiste apparaît tel qu'il est en réalité : totalement vermoulu.

La note de la banque centrale de Francfort démontre que la dislocation de la zone euro n'est plus seulement virtuelle. Mais elle montre aussi combien l'idéologie est en Europe plus forte que les faits : ce document est un violent condensé de menaces contre les pays qui seraient tentés de retrouver leur liberté monétaire, qui nous laisse penser que la « solidarité européenne » dont se targuent les idéologues de l'UE fonctionne tant qu'on accepte de rester dans les clous du projet européiste.

Une « limitation permanente du droit des Etats »

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Comment la finance va massacrer Accor
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L'Europe muette face aux excès de Pékin
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Taxation des banques: Sarkozy parle, Obama agit

Si par malheur un ou plusieurs pays avaient la prétention de s'en écarter, ils devraient subir les foudres d'une superstructure bien décidée à défendre son pré-carré ! Ainsi, alors que rien dans les Traités européens ne le prévoient, la BCE précise que la sortie de la zone euro signifierait l'expulsion immédiate de l'Union européenne...

Elle affirme que « 50 ans de construction européenne » ont créé « un nouvel ordre juridique » qui transcende « le concept largement obsolète de souveraineté » et imposent une « limitation permanente du droit des Etats ».

Oui, vous avez bien lu, la Banque européenne avoue explicitement que le concept de souveraineté, fondement de nos démocraties depuis deux siècles, est « largement obsolète » et que les Etats doivent sans cesse restreindre leur droit (donc leur liberté, au détriment bien évidemment de la démocratie et du libre choix des peuples).

Ce contexte posé, la BCE rappelle qu'« aucun Etat ne peut espérer un traitement spécial ». La flexibilité est bonne pour les autres, notamment les salariés, mais sûrement pas pour l'Europe qui restera, on peut lui faire confiance, droite dans ses bottes...

Ce document est donc intéressant à deux points de vue : il prouve d'abord que l'euro est bien menacé (ce qui représente bien un "risque", comme on l'entend partout en France, mais d'abord pour les eurocrates qui prospèrent sur ce système...), et il montre le vrai visage de l'Union européenne : une machine de plus en plus ouvertement en rupture avec la démocratie et de plus en plus menaçante avec toutes les tentatives de "dissidence".

Extrait de Marianne 2 .

Cette note n'a pas été publiée au hasard. Elle vise à faire pression sur la Grèce, et les autres pays tentés par la restauration de leur marges de manœuvre monétaires. Il s'agit d'effrayer ces pays en les stigmatisant, et en faisant planer de lourdes menaces sur leur avenir.

L'objectif attendu est simple : ces pays devront se soumettre, conserver l'euro, couper à la hâche dans leurs dépenses, quitte à sacrifier l'emploi et le social.
La Grèce prévoit 22% de chômage cette année. Si on lui appliquait les méthodes de calcul américaines, ce taux avoisinerait les 30%...Mais tant qu'elle reste dans l'euro, tout va bien !
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Lusitano89 em Janeiro 23, 2010, 05:14:14 pm
Der Spiegel escreve que Portugal é «um dos maiores problemas da zona Euro»

O alemão Der Spiegel publica, este sábado, um artigo onde se alerta para o risco de Portugal estar a entrar num processo de «morte lenta», sendo considerado «um dos maiores problemas da zona Euro».

O artigo naquela revista refere ainda que Portugal corre o risco de ver agravada a sua «dignidade de crédito» pelas agências de rating, sublinhando a necessidade de produzir reformas que evitem uma «nova edição do desastre grego».

A possibilidade de «a crise grega» alastrar a outros países europeus enfraquecidos pela crise – como Portugal – é colocada. Mas nem só de crise vive o texto, que assinala ainda o «desassossego político» e os episódios de «corrupção» como o caso «Face Oculta».

Ainda assim, o Der Spiegel escreve que o primeiro-ministro português, José Sócrates, «não perdeu o optimismo».

in A Bola
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: SSK em Janeiro 23, 2010, 05:32:09 pm
Sorrir e acenar e tudo há-de passar...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Luso em Janeiro 23, 2010, 08:24:11 pm
Citação de: "SSK"
Sorrir e acenar e tudo há-de passar...

Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Janeiro 28, 2010, 08:09:04 pm
Prontos podemos dizer que estamos no fundo da Europa.

Citar
Les difficultés budgétaires des pays de la zone euro "semblent constituer le principal facteur" de la baisse de l'euro face au dollar, a estimé David Solin, de Foreign Exchange Analytics. "Les Allemands ne sont pas d'humeur à sauver la Grèce, et le Portugal et l'Espagne connaissent des problèmes similaires. Les gouvernements de ces pays de la zone euro qui ont des difficultés en raison de leurs déficits vont devoir prendre des mesures au plus tôt, et pour l'instant on n'a que des promesses".

Le Portugal s'est engagé, dans son projet de budget 2010, à réduire d'un point le déficit record de 9,3% du PIB atteint l'année dernière. Mais l'agence Moody's a averti jeudi qu'elle jugeait difficile pour le gouvernement d'atteindre ses objectifs "sans des coupes dans les dépenses ou des hausses d'impôts plus importantes que ce qui est actuellement prévu".
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: carlosribeiro em Janeiro 29, 2010, 12:58:37 am
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As agências de ‘rating’ são fiáveis?
Económico
29/01/10 00:04
As agências de 'rating' internacionais, empresas que avaliam a capacidade de um país ou empresa em cumprir os seus compromissos financeiros, já deram a sua nota à proposta de Orçamento do Estado para 2010: entre o insuficiente e o suficiente menos.

A Fitch, a Moody's e a S&P, que tantas vezes se enganaram no passado recente na análise à situação financeira de Estados e empresas, não são os ‘Deuses na Terra' e também erram. Como no caso português.

O Orçamento para 2010 é a proposta possível e que tenta responder à necessidade de apoiar a economia e os mais desfavorecidos e dar os primeiros sinais de redução do défice público apurado em 2009, o mais elevado dos últimos trinta anos, como sucedeu, aliás, em tantos e tantos países europeus.

O Governo precisa de fazer muito mais nos próximos anos para equilibrar as contas do Estado e incentivar, com as políticas correctas, a competitividade do país e o crescimento. Mas não era possível, não era sequer desejável, esperar muito mais deste orçamento. Como já se percebeu, as agências de 'rating' não quiserem esperar pelo plano do Governo para 2010/2013 para avaliar negativamente o país. E isso já está, obviamente, a sair caro a Portugal, porque aumentou o chamado risco-país, isto é, vamos todos pagar mais pelos empréstimos que o Estado, os bancos e as empresas contraem no exterior.

As agências de 'rating' existem e os Estados não podem deixar de as ter em conta, mas o ministro das Finanças português, Teixeira dos Santos, fez bem em reagir de forma violenta, e surpreendente, às primeiras e apressadas avaliações dessas sociedades internacionais. O ministro precisa de desmontar os argumentos dessas agências, em voz alta, e sem receios. E precisa, depois, de ser consequente e apresentar medidas que provem a crebilidade e a legitimidade que reclama para si pelo trabalho feito nos primeiros anos de Governo.
http://economico.sapo.pt/noticias/as-ag ... 80162.html (http://economico.sapo.pt/noticias/as-agencias-de-rating-sao-fiaveis_80162.html)
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OE2010: Teixeira dos Santos acusa agências de 'rating' de servirem interesses comerciais
28 de Janeiro de 2010, 15:31
Lisboa, 28 Jan (Lusa) - O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, pediu moderação às agências de 'rating', acusando-as de estarem ao serviço de interesses comerciais.

"Não podemos estar sujeitos muitas vezes àquilo que podem ser interesses de estratégia comercial de agências que procuram aumentar a sua quota de mercado", afirmou o ministro, durante um almoço-debate sobre o Orçamento do Estado para 2010, promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas (FAE).

Teixeira dos Santos frisou que "não se pode ignorar" que "muitos dos problemas" verificados nos últimos anos "tiveram a ver com erros de avaliação do risco, em parte, erros cometidos pelas agências de rating".

"É um bocadinho paradoxal que aqueles que há um ano clamavam pela nossa intervenção são aqueles que agora clamam que saiamos rapidamente de cena", acrescentou o ministro.

NM/CSJ

Lusa/Fim


As agências de rating, estão ao serviço das grandes economias e gerem-se pelos seus interesses.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: oultimoespiao em Janeiro 30, 2010, 01:25:39 am
Sendo Teieira dos Santos o pior ministro das financas da europa e tendo como chefe alguem que se formou a um Domingo por Fax...

No mundo ideal de Sócrates, o problema do rating resolvia-se assim:

1. Um telefonema de Sócrates para a RTP e seria marcado um Prós&Contras sobre o assunto. De um lado um representante do Bloco e outro do PCP que defenderiam a posição “é necessário criar vias alternativas ao capitalismo”. Do outro Pedro Adão e Silva, Ana Gomes e Perez Metelo defenderiam a tese “É necessário criar uma agência de rating pública”. Na terceira parte, um representante das agências de rating seria chamado a responder à pergunta: “As agências de rating falharam em 2008. Como se atrevem agora a criticar os governos?”. As agências de rating seriam arrasadas.

2. O ministro das finanças apareceria a atacar as agências de rating. As agências de rating seriam arrasadas. (espera, isso foi o que ele fez …)

3. Constâncio apareceria a prever um crescimento de 4% para 2011 e a dizer que os cenários das agências de rating não têm ponta por onde se lhe pegue. Constâncio aproveitaria para prever o défice de 2012 com precisão até à centésima. As agências de rating seriam arrasadas.

4. Depois de um telefonema para o amigo Joaquim, o DN publicaria um relatório da inspecção do trabalho lançando suspeitas sobre as práticas laborais das agências de rating. As agências de rating seriam arrasadas.

5. Vital Moreira escreveria um artigo a demonstrar a inconstitucionalidade das agências de rating. As agências de rating seriam arrasadas.

6. Após um Eixo do Mal inteiramente dedicado às agências de rating, a respectiva reputação fica de rastos. As agências de rating seriam arrasadas.

7. Um telefone a Armando Vara e o BCP apareceria a comprar dívida portuguesa e a recomendá-la aos seus clientes. Em alternativa, Vara arranjaria forma de comprar as agências de rating e de lhes substituir a direcção. As agências de rating seriam arrasadas
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: oultimoespiao em Janeiro 30, 2010, 01:30:18 am
As agências de rating são instituições que concentram informação e divulgam análise sobre países e empresas. É uma actividade que está protegida pelas mesmas leis que protegem a liberdade de expressão.

As agências de rating não definem o custo do crédito. Quem define o custo do crédito é o mercado. Cada agente no mercado pode jogar contra os ratings definidos pelas agências. Pode perder ou ganhar. Eu não emprestaria dinheiro ao Estado português a 4,5%. E vocês?

O governo não devia preocupar-se com a opinião das agências de rating. Devia preocupar-se com a opinião dos credores e potenciais credores da dívida portuguesa. É que esses atribuem mais credibilidades às agências de rating do que ao governo português.

Portugal nem sequer precisa de se preocupar com o mercado internacional de crédito ou com as agências de rating. Basta para isso que o orçamento tenha superavit todos os anos. Claro que quem tem défices de 8% sujeita-se à opinião que cidadãos estrangeiros possam ter sobre a credibilidade do Estado português.

Pedro Adão e Silva defendia ontem que estes serviços de rating deviam ser dados por uma autoridade pública idónea sob controlo do banco central europeu. Ou seja, dava jeito que os ratings fossem atribuídos, em regime de monopólio, por um burocrata sobre quem se pudesse fazer pressão política, como se faz actualmente com o BCE. O senso político deve prevalecer sobre o mercado neoliberal. Mas será que o mercado iria na conversa?



Bom mesmo era se os ratings de Portugal pudessem ser atribuídos pelo amigo Constâncio, ou até pelo governo. Ou se o governo pudesse decidir os ratings com um telefonema, tal como faz com as linhas editoriais das televisões e dos jornais. No fundo, a melhor análise de rating é o sistema implementado para a avaliação dos professores: muita burocracia que no fim se reduz à auto-avaliação.

Tudo isto revela uma sociedade pouco habituada a ser avaliada por autoridades externas e independentes. Uma sociedade que facilmente recorre a teorias da conspiração para desculpar as suas próprias debilidades. Uma classe política medíocre que reage mal a toda a opinião que não controle. Um desejo de controlo de tudo o que seja opinião independente. Uma incapacidade de viver para alem do “estou muito satisfeito comigo”.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Vicente de Lisboa em Janeiro 30, 2010, 12:03:47 pm
Ficava bem indicar que os dois anteriores textos são copy-pastados do blog Blasfémias (http://http).
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: oultimoespiao em Janeiro 30, 2010, 02:12:29 pm
yes... in blasfemias! Nao me diga que voce e o tal "piscoiso"?
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: casimir em Fevereiro 11, 2010, 04:10:10 pm
Fonte: http://www.solidariteetprogres.org/article6315.html (http://www.solidariteetprogres.org/article6315.html)

LaRouche avertit l’Europe : ne faites pas comme les Etats-Unis, sanctionnez les spéculateurs

10 février 2010 (Nouvelle Solidarité) - A la veille du Sommet extraordinaire de l’Union européenne, le 11 février, convoqué pour faire face à la crise financière exceptionnelle qui secoue l’ensemble de la zone Euro, l’économiste Lyndon LaRouche, dont les prévisions se sont avérées exactes, a mis les dirigeants européens en garde : « ne répétez pas l’erreur qu’ont faite les Etats-Unis en renflouant Wall Street. Si vous faites cela, vous aller couler l’Europe, qui est plus vulnérable même que les Etats-Unis. Ce sont les spéculateurs de haut vol, comme la Banco Santander d’Espagne, contrôlé depuis Londres, qui devront subir la sanction. Toute autre alternative ne ferait que reproduire en Europe une forme bien pire de la crise que celle que nous avons expérimentée aux Etats-Unis. »

Dans les heures qui ont précédé le Sommet européen de Bruxelles, des personnalités importantes ont lancé des appels publics en faveur de « dictatures » et même d’ « empires ». Selon le London Independent, le président européen Herman Van Rompuy aurait adressé une lettre aux participants du Sommet, contenant des annexes secrètes demandant que tous les Etats membres, et non seulement la Grèce, soient mis sous la tutelle supranationale de l’Union européenne. L’Independent cite une source européenne qui propose sans détour : « Ce dont nous avons besoin est le même type de mécanisme que nous venons d’imposer à la Grèce afin de surveiller les pays de la zone Euro. L’idée est de mettre toutes les économies européennes sous surveillance. Vous pouvez vous attendre à ce que des décisions importantes soient prises cette semaine. »

En même temps, Alberto Giovannini, un conseiller de l’Union européenne qui a dirigé le groupe de transition entre les monnaies nationales et l’Euro, est cité aujourd’hui dans le quotidien financier italien Il Sole 24 Ore, déclarant, sans aucune gêne, par rapport à cette situation, que « l’histoire nous apprend que les empires sont plus efficients et atteignent une plus grande prospérité parce que le modèle impérial, avec sa géographie étendue, est le plus réussi. »

Bien que beaucoup de l’attention se concentre, à tort, sur la situation de la Grèce, affirme LaRouche, l’épicentre de la crise européenne n’est pas la Grèce, mais l’Espagne, et le Banco Santander. Par exemple, bien que l’exposition totale des banques allemandes dans la zone euro soit de 540 milliards d’euros, l’exposition aux obligations de l’Etat grec n’est que de 43 milliards, c’est-à-dire 8% du total. L’Espagne, par contre, représente 240 milliards d’euros, c’est-à-dire 44% du total.

« L’Espagne est le problème » affirme LaRouche aujourd’hui, « et le cœur du problème est Santander. C’est un problème chronique et un problème auquel on ne peut pas remédier par un simple renflouement. Il faut effacer les créances d’institutions telles que Banco Santander (…) Les chiffres tronqués de Santander sur sa situation au Brésil, au Royaume Uni et en Espagne, montrent que cet établissement devrait accepter une dépréciation massive de ses avoirs douteux, parce qu’ils n’ont plus aucune valeur. On ne peut pas couler toute l’Europe pour sauver Santander et ses associés du cartel bancaire Inter-Alpha, dans lequel figurent ceux qui tiennent Santander, c’est-à-dire la Royal Bank of Scotland (RBS) sous contrôle de la famille royale britannique ».

« Les chiffres de tout le système du cartel Inter-Alpha dépendent des taux de pillage scandaleux imposés au Brésil qui ne pourront jamais être honorés. C’est pourquoi s’impose la dépréciation des avoirs de Santander et de ceux imbriqués dans le cartel Inter-Alpha ».

LaRouche, dont la compétence n’est plus à démontrer, a mis en garde : « Il faut reprendre le contrôle de la situation ; les choses échappent à tout contrôle. Le cas des Etats-Unis démontre que les renflouements ne marchent pas. Ce sont les spéculateurs de haut vol qui doivent mordre la poussière. Ne commettez pas la même erreur qu’on a faite aux Etats-Unis en renflouant Wall Street. L’Europe ne s’en remettrait pas. Ce sont les spéculateurs de haut vol qui doivent être sanctionnés. Cela ne résoudra pas le problème, mais c’est une façon de le gérer efficacement. »
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Fevereiro 11, 2010, 06:00:20 pm
Casimir, com todo o respeito a sua Fonte é um site de extrema esquerda ou socialista, é a mesma coisa, portanto nao faz sentido ler artigos escritos por idiotas que nem sabem, como funcionam os mercados financeiros.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Vicente de Lisboa em Fevereiro 11, 2010, 06:51:01 pm
By the way, ouviram que a conversa dos PIGS está de saída? Agora a moda é os STUPID - Spain,Turkey, Uk, Portugal, Ireland and Dubai.  :mrgreen:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: casimir em Fevereiro 12, 2010, 01:33:27 am
Citação de: "Miguel"
Casimir, com todo o respeito a sua Fonte é um site de extrema esquerda ou socialista, é a mesma coisa, portanto nao faz sentido ler artigos escritos por idiotas que nem sabem, como funcionam os mercados financeiros.


Perdeste uma boa oportunidade de calar-te. Não é um homem de esquerda mas de direita que desde o fim dos anos 90 dizia que o mundo dirigia-se para uma crise económica pior que a de 1929. Teve razão. Este homem está em prol de uma economia real e não virtual como a que temos atualmente.

P.S: Não faz atenção ao meu nickname não sou de esquerda mas apolítico e sobretudo Português com um espírito aberto, contrariamente à certo paranóicos que vêem comunistas e espanhóis por toda a parte.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: oultimoespiao em Fevereiro 12, 2010, 02:22:02 am
Ja estive em casas de putas por esse mundo fora mais bem geridas que Portugal!
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: old em Fevereiro 12, 2010, 09:43:09 am
Poco a poco se va despejando la situacion provocada por Grecia .


La situacion de Grecia esta muy alejada de la Espanhola , aunque no tanto de la Portuguesa

El plan de estabilidad del gobierno asegura las finanzas y prepara el camino para salir de la recesión.


Espanha paricipará en el rescate de Grecia.

http://www.elpais.cr/articulos.php?id=19199 (http://www.elpais.cr/articulos.php?id=19199)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Fevereiro 12, 2010, 12:41:26 pm
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*O EXEMPLO DA IRLANDA E O “CASO” PORTUGUÊS*



                                                      *  João José Brandão Ferreira*



           Confesso que tenho pelo povo irlandês muita simpatia. São celtas
“puros”, católicos devotos e simples, gente sociável e amiga, temperada por
um clima difícil e amalgamada por uma História algo injusta, onde um
colonialismo inglês, muito pouco cristão, deixou um travo amargo. Vem isto a
propósito da “crise financeira” – que é muito mais moral do que financeira -
que abala o mundo, sobretudo o mundo ocidental. Também a Irlanda, depois de
se ter alcandorado a um desenvolvimento recente muito elogiado, mas que se
verifica agora ter sido fictício, entrou em crise profunda. E tanto maior é
a crise quanto maior foi a ficção.

           Confrontados com os desatinos que estão a pôr os Estados à beira
da bancarrota e as nações na esquina de graves confrontos político-sociais,
o actual governo irlandês tomou a decisão - certamente uma entre muitas - de
cortar os vencimentos dos funcionários públicos em 10%. É certo que o
combate a esta crise de contornos globais implica um conjunto de medidas
complexas e complementares tanto de carácter nacional como internacional.
Mas não é isso que interessa analisar agora, o que interessa é dilucidar
este particular. O governo irlandês não se limitou a cortar os 10% ao
funcionalismo, também cortou 15% ao vencimento dos ministros e 20% ao do
primeiro-ministro. E assim é que está certo. Havendo uma hierarquia no
Estado, na sociedade, nas empresas e nas instituições, etc., quem tem mais
responsabilidades é que tem de dar o exemplo e a seguir tem que se revelar
competente a resolver os problemas, sem esquecer a justiça social com que o
faz, isto é, a divisão equitativa do esforço e da recompensa. Só assim é que
a população pode rever-se e acreditar na liderança que tem – e neste caso,
bem ou mal, elegeu -  e darem-se todos as mãos para saírem da(s) crise(s) em
que a roda da vida, ciclicamente as imerge. O que acabo de escrever, não é
demagogia, não são frases ocas, não são figuras de retórica. As pessoas
pensam assim e as coisas passam-se assim.

           Ora, em Portugal, tudo corre ao contrário do que  devia. Além de
esconder (mentir) miseravelmente e de uma forma continuada, as graves
realidades que afectam o Estado e a Nação (palavra maldita …), quando há um
aperto qualquer a que já se não pode fugir ou escamotear, os responsáveis
políticos que nos regem atiram, constantemente, o ónus da resolução dos
problemas – de que eles são os principais responsáveis! - para cima do
desgraçado do contribuinte, ou para as calendas da dívida pública. E nunca
dão o exemplo. Por isso é que a Presidência da República continua a custar
mais ao erário público do que a Casa Real Espanhola; o orçamento para a AR
não pára de aumentar; os 13(!) juízes do Tribunal Constitucional – que é um
tribunal de nomeação politica – usufruem de carros de luxo no valor estimado
de cerca de 700.000 euros que , aparentemente, podem utilizar para uso
pessoal – o que é excepção aos outros tribunais; a contribuição pública para
os Partidos Políticos – que estão a caminho de ser não “pilares
estruturantes da democracia”, mas os seus coveiros – é um sorvedouro, que
nunca ninguém perguntou ao povo se queria pagar (na Idade Média teriam que
se reunir Cortes para isso…); os gestores públicos continuam a usufruir de
honorários e prebendas, pornográficas enquanto a maioria das empresas
públicas acumula deficits exponenciais. A injustiça no pagamento de impostos
é aquilo que se sabe e o ridículo (e falta de vergonha na cara) já teria
morto o governador do Banco de Portugal quando se esfalfa a defender a
diminuição dos réditos do cidadão comum, quando ele ganha mais do que o seu
congénere estado-unidense, e nem sequer consegue controlar – ou dar conta! –
das vigarices que se têm passado no sistema financeiro português de que os
casos mais eloquentes não saiem das páginas dos jornais.

           Os bens nacionais têm sido saqueados, é o termo. E como não há
autoridade nem bons costumes, a corrupção passou a campear infrene,
ameaçando subverter o Estado e desqualificando-nos enquanto sociedade.

           Perante todo este cenário, que é real,e por todos intuído,com
diferentes graus de entendimento, alguém está à espera que a generalidade da
população acredite nos políticos, aceite de boa mente o que dizem, e queira
fazer sacrifícios para sair da crise? Só os tontos, mesmo.

          A população (embora não isenta de culpas) está entretida a
sobreviver e a acumular uma raiva – que ainda não é de morte, mas para lá
caminha – enorme, à classe política.

           Têm pomposamente chamado a este regabofe de “Democracia”, com
algum pão e muito circo à mistura.

           Tenham cuidado, pois não há pão que sempre dure e circo que não
se acabe.


*João José Brandão Ferreira*
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: PereiraMarques em Fevereiro 12, 2010, 02:47:40 pm
Curto e grosso...mas muito objectivo...e acima de tudo realista  :|
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Jorge Pereira em Fevereiro 12, 2010, 03:32:34 pm
Citação de: "old"
Poco a poco se va despejando la situacion provocada por Grecia .


La situacion de Grecia esta muy alejada de la Espanhola , aunque no tanto de la Portuguesa

El plan de estabilidad del gobierno asegura las finanzas y prepara el camino para salir de la recesión.


Espanha paricipará en el rescate de Grecia.

http://www.elpais.cr/articulos.php?id=19199 (http://www.elpais.cr/articulos.php?id=19199)

Errado.

1- Tirando a dívida, onde a diferença com a Espanha não é nada de especial, a situação espanhola é muito pior que a portuguesa. Como tal, mais parecida e próxima com a grega:


http://economico.sapo.pt/noticias/o-que ... 80834.html (http://economico.sapo.pt/noticias/o-que-separa-ou-nao-portugal-espanha-e-grecia_80834.html)


2- Não há nenhum resgate:


http://www.elmundo.es/mundodinero/2010/ ... 03587.html (http://www.elmundo.es/mundodinero/2010/02/11/economia/1265903587.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Fevereiro 12, 2010, 06:52:41 pm
O maior risco para o Euro é a Espanha.

Por esse motivo que salvaram a Grecia com contrapartidas, neste momento a Grecia esta  sob gerencia directa do BCE.

Ironico que o berço da democracia seja o fim da mesma democracia.  :mrgreen:

A Espanha é o maior desastre , todos os mercados estao com olhos virados. Portugal é apenas um problema menor  sem importancia para o resto dos europeus.

Espanha pode mesmo ser o fim da zona euro e a explosao da UE.

Estamos perante um drama pior que o fim da lehman brothers. "To big to fail", se a Espanha cair, sera o fim do mundo que conhecemos.

Claramente nesse caso a saida para Espanha passa pela uniao com Portugal, e parcerias com regimes "a la  Hugo Chavez".
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: oultimoespiao em Fevereiro 13, 2010, 05:06:39 am
A espanha so a bancos alemaes deve 1 triliao de euros, se nao conseguir pagar leva a economia alema em reboque
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: old em Fevereiro 13, 2010, 08:45:55 am
Citação de: "Miguel"
O maior risco para o Euro é a Espanha.

Por esse motivo que salvaram a Grecia com contrapartidas, neste momento a Grecia esta  sob gerencia directa do BCE.

Ironico que o berço da democracia seja o fim da mesma democracia.  :mrgreen:

A Espanha é o maior desastre , todos os mercados estao com olhos virados. Portugal é apenas um problema menor  sem importancia para o resto dos europeus.

Espanha pode mesmo ser o fim da zona euro e a explosao da UE.

Estamos perante um drama pior que o fim da lehman brothers. "To big to fail", se a Espanha cair, sera o fim do mundo que conhecemos.

Claramente nesse caso a saida para Espanha passa pela uniao com Portugal, e parcerias com regimes "a la  Hugo Chavez".


Eso es un chiste? jaja Quien dice eso? >Fuente de las declaraciones?

Hay que informarse mas, compañeros.

Despues del Terremoto Griego vuelve la calma y tanto el Financial Times como agencias como Moody’s y Fitch Ratings destacan la solvencia de España y reafirman la fortaleza de su economia, a pesar de la crisis. El plan de estabilidad presentado por el gobierno da sus frutos.

Aunque siendo sinceros hay que aclarar algo. El actual gobierno esta bastante desgastado y la oposición espera su momento para las elecciones, que posiblemente se adelanten. Muchos analistas piensan que hasta que no se celebren elecciones y se cambie de cliclo , no comenzara la recuperacion economica.

http://www.expansion.com/2010/02/10/inv ... 42132.html (http://www.expansion.com/2010/02/10/inversion/1265842132.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: casimir em Fevereiro 14, 2010, 02:21:25 am
Outro bom artigo, aprendemos que um avião carregado de droga aterrou na propriedade de Emilio Botin perto de Madrid.

Fonte: http://www.solidariteetprogres.org/article6332.html (http://www.solidariteetprogres.org/article6332.html)

"Banco Santander, la Monarchie anglaise et l’immobilier : drôle de tapas.

12 février 2010 (Nouvelle Solidarité) – La crise espagnole, tout le monde est d’accord, est d’une dimension incomparable à celle de la Grèce. Sur les 541 milliards d’euros d’exposition que les banques allemandes ont sur la zone euro, la part de la Grèce se limite à 8%. Le plus gros, 44%, c’est à dire 244 milliards d’euros, se trouve en Espagne. Les banques françaises dont l’exposition en Grèce est presque le double de celles de l’Allemagne, sont exposées à hauteur de 191 milliards d’euros en Espagne. Ce n’est pas rien !

La bulle espagnole est essentiellement immobilière, et Banco Santander lui est intimement lié. C’est Santander qui, avec l’anglais Grosvenor Property, a lancé en Espagne, les produits dérivés adossés à des créances immobilières. Et Grosvenor Property, c’est toute une histoire. La société appartient à l’homme le plus riche du Royaume-Uni, Gerald Grosvenor, qui est en même temps, 6ème Duc de Westminster, cousin de la Reine Elizabeth II et parrain du Prince William, l’héritier de la couronne.

Emilio Botin, PDG de Santander, et Gerald Grosvenor sont alliés en affaires, et ils partagent aussi le même goût pour la chasse, les grandes propriétés et le luxe.

Le New York Daily News du 12 mars 2008 rapporte que les deux hommes possèdent de grandes propriétés dans la région de Castilla/La Mancha au sud de Madrid. Là, dans cette propriété de 16 000 hectares, Grosvenor a l’habitude de recevoir les Royals et même d’organiser parfois les booms des héritiers de la couronne. La propriété de Botin n’est qu’à quelques kilomètres de la sienne et des drôles de choses s’y produisent. Le quotidien El Pais du 25 avril 2008 rapporte, par exemple, qu’un petit avion s’y est écrasé en essayant d’atterrir sur la piste de la propriété. La police a trouvé dans l’avion 200 kg de drogue (haschisch) provenant du Maroc. Le seul survivant de cette équipée, un homme qui attendait l’avion sur la piste d’atterrissage, a été arrêté, puis relâché, avant d’être envoyé à l’étranger où il a disparu. Le porte-parole de la famille a déclaré cependant que cet incident n’avait rien à voir avec la famille Botin.

Mais les avoirs de Santander ne se limitent pas à des propriétés immobilières. Depuis l’orage financier qui s’est déchaîné contre les pays du Club Med, Jose Manuel Campa, secrétaire d’Etat espagnol à l’Economie et aux Finances, est très occupé. Lors d’un récent voyage à Londres, il a dû s’expliquer devant un gratin de 150 financiers et décideurs économiques de la City, sur l’état de l’économie espagnole. Même chose à Paris, où il est passé le 9 février dernier. Dans une interview à Les Echos, il est présenté comme un « universitaire renommé » de l’IESE Business School. Ce que l’on ne dit c’est que jusqu’en 2009 lorsqu’il a été nommé sous-secrétaire d’Etat, Jose Manuel Campa occupait, en effet, la chaire de « Institutions financières et de la gouvernance d’entreprise », dans cette International Business School de l’Université de Navarre. Il faut savoir cependant qu’il s’ag
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: casimir em Março 05, 2010, 12:36:02 pm
Fonte: http://www.voltairenet.org/article164345.html (http://www.voltairenet.org/article164345.html)

A Alemanha teria lançado uma guerra de conquista no mar Mediterrâneo?

A chancelera alemã, Angela Merkel, teria lançado uma nova forma de guerra de conquista? É a pergunta que se põe ao enunciado das declarações de vários membros da sua coalição governamental.

Sabe-se que a Alemanha utilizou ao seu lucro as regras da União europeia para aumentar as suas exportações na zona euro em detrimento dos seus mais pequenos parceiros, principalmente a Grécia e Portugal. Esta atitude agressiva, combinada à problemas de gestão, já tem conduzido a Grécia à falência.

O deputado Frank Schäffler (FDP) indicou que em troca da ajuda alemã à manutenção da Grécia na zona euro e o saneamento das suas contas, Atenas deveria render alguns das suas ilhas desabitadas à Berlim.

O deputado Marco Wanderwitz (CDU) tem sublinhado que Atenas deveria pagar para qualquer ajuda alemã, que seja direto ou que transita pela União europeia. Ele por sua vez evoca a cessão de território como moeda de troca,

O semanário à grande tiragem "Bild Am Sonntag", evoca uma troca “o Nosso dinheiro contra Corfu”.

A Alemanha já tem restaurado a sua influência nos Balcãs participando ativamente às guerras de desmantelamento da Jugoslávia.

Na hipótese de uma cessão forçada pela Grécia de algumas das suas ilhas, permanece determinar se esta troca for compatível com o direito internacional e os tratados europeus. Em outros termos, a guerra financeira permita-lhe de realizar legalmente uma conquista territorial?
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 09, 2010, 01:00:08 pm

Ameaça de corte no “rating” um dia depois do PEC

Inserido em 09-03-2010 12:42



Um dia depois da apresentação do Programa de Estabilidade e Crescimento, surge uma ameaça de corte no “rating” atribuído à dívida de Portugal.

A agência norte-americana Fitch alerta para a eventualidade de um corte no “rating” se a consolidação das contas públicas for insuficiente.

A Fitch já tinha sido a primeira agência de notação financeira a reagir à proposta de Orçamento do Estado para 2010 no final de Janeiro. Na altura afirmou como provável o corte e, agora, recupera a ameaça.

Na análise do economista João Duque, trata-se de uma clara forma de pressão sobre o Governo português que até pode ter efeitos positivos: "É uma boa pressão, porque é de alguém que não está contra nós, mas que nos quer no caminho certo, através de uma reestruturação do que estamos a produzir e da forma como estamos a produzir", explica.  

O presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão acrescenta, no entanto, que esta ameaça é também reveladora da desconfiança na economia portuguesa.

"Como analista, vendo como eles [Fitch] nos vêem, os portugueses surjem como os que nunca cumprem as metas e derrapam normalmente, e portanto a probabilidade de não cumprir é maior", por isso considera normal que haja esta ameaça de baixar o "rating".

E esta manhã, o Primeiro-ministro está reunido com os parceiros sociais, justamente para apresentar o Programa de Estabilidade e Crescimento.

http://www.rr.pt/informacao_detalhe.asp ... &did=94738 (http://www.rr.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=1128&did=94738)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Março 09, 2010, 08:54:53 pm
Devem ser cortados projetos de despesas publica megalomanos como o TGV e OTAs etc...

De nada serve poupar, se fazem projetos faraonicos noutros lados.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Março 09, 2010, 09:53:22 pm
A Fitch avisou hoje a França que prepara-se igualmente a degradar os seus AAA :mrgreen:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 12, 2010, 12:28:55 pm
agora é que vão ser elas...

12-03-2010 11:41 - Ministro das Finanças alemão quebra tabu da expulsão do euro

O ministro das finanças alemão Wolfgang Schauble apelou à criação de um fundo de emergência europeu, para ajudar países da Zona Euro que se debatam com o défice público, num artigo em que também defendeu a criação de medidas penalizadoras para os países que violem repetidamente o limite do défice. "Em último recurso", um país deve "sair" do euro, disse.

Schauble defendeu em artigo publicado no "Financial Times", que o ministro alemão defendeu a criação de um fundo de empréstimo de emergência, para ajudar países que se debatam para combater o défice. No mesmo artigo quebrou o tabu em torno da questão da expulsão de um estado-membro da união monetária.

“Se um membro da Zona Euro se encontrar numa situação em que não consegue consolidar o seu orçamento ou restaurar a sua competitividade, este país deve, em último recurso, sair da união monetária”.

As condições dos empréstimos devem ter “um preço proibitivo para que a ajuda só seja procurada em caso de emergências que constituam uma ameaça à estabilidade financeira de toda a Zona Euro”.

O primeiro-ministro do Luxemburgo Jean-Claude Juncker, também defendeu a criação de um fundo de emergência para a Europa. “Falta-nos um instrumento que contrarie a especulação e o comportamento irracional, que possivelmente pode ameaçar a estabilidade da Zona-Euro”, disse o responsável numa entrevista citada pela Bloomberg.

Juncker que lidera o painel de ministros das Finanças europeus, acrescentou que criar um organismo semelhante ao Fundo Monetário Internacional demoraria demasiado tempo a ser criado, para ajudar a Grécia, no entanto não violaria as regras que proíbem o resgate de governos.

 

 

 

 
Jornal de Negócios - Hugo Paula

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=414609 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=414609)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 17, 2010, 04:11:09 pm
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Merkel defende que Zona Euro deve poder expulsar um país que não cumpra condições para manter moeda única

Hoje às 12:00

A chanceler alemã, Angela Merkel admitiu, esta quarta-feira, que um país europeu seja obrigado, em último recurso, a sair da Zona Euro se, «repetidamente, não cumprir as condições» necessárias para se manter na moeda única.
Esta posição da chefe do Governo alemão vem enfatizar as declarações do seu ministro das Finanças que, na semana passada, num artigo de opinião no Financial Times, defendeu a mesma ideia.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schauble, apelou para a saída da Zona Euro dos países que não consigam consolidar as finanças públicas ou reestruturar a economia.

«Se um país membro da Zona Euro, no limite, não conseguir consolidar o seu orçamento ou restaurar a sua competitividade, este país, deve, como solução de último recurso, sair da Zona Euro, embora mantendo-se como membro da União Europeia», escreve o ministro das Finanças, num artigo em que a situação das finanças públicas gregas é analisado.

«Encarar uma realidade desagradável pode ser a melhor opção em determinadas circunstâncias», afirma o responsável pelas finanças alemãs, sugerindo também que «um país cujas finanças estão em convulsão não deve participar em decisões relativas às finanças de outro membro» e que não cumprir os limites definidos por Bruxelas deve levar à «suspensão dos direitos de voto no Eurogrupo».

http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/ (http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Internacional/)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Camuflage em Março 17, 2010, 07:29:06 pm
Para nós seria excelente, podíamos voltar ao velho vicio da desvalorização da moeda e arrastar as botas por mais uns tempos.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: papatango em Março 18, 2010, 12:08:49 am
Citação de: "Camuflage"
Para nós seria excelente, podíamos voltar ao velho vicio da desvalorização da moeda e arrastar as botas por mais uns tempos.
Pois... Esse é o problema.
As pessoas não entendem (ou não querem entender) que não há nenhum problema com o Euro, o problema é a nossa incapacidade para gastar menos dinheiro que aquele que ganhamos.

Curiosamente, nos anos 30, Portugal estava a passar por uma tremenda crise financeira e propuseram-nos um emprestimo desde que a aplicação do dinheiro pudesse ser investigada. Ou seja, seria uma intervenção nos destinos do país.

O Salazar recusou o empréstimo, o país passou fome, mas recorreu a uma politica monetarista e recuperou a economia. Na verdade o país tem capacidade para recuperar, mas sacrificios faça-os o vizinho.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 18, 2010, 10:13:30 am
18-03-2010 09:52 - Cravinho: "Portas está a dar lições de esquerda a Sócrates"

João Cravinho não aprova a distribuição da factura de austeridade traçada pelo Governo no novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

Diz que o PS deu uma guinada “à direita” e abriu de tal forma o flanco que até Paulo Portas está “a dar lições de esquerda a Sócrates”. Só uma mudança na direcção do partido o pode repor no seu rumo tradicional, defende o antigo ministro das Obras Públicas de António Guterres.

No espaço de opinião que ocupa na RR às quartas-feiras à noite, João Cravinho diz que o Governo “caiu numa armadilha terrível com este PEC” porque “ deixou cair , sem salvaguarda, sem cuidado, bandeiras de esquerda que, aqui há dois meses, ainda afirmava e que eram parte integrante do seu programa com grande relevo”.

Cravinho defende que só “grandes alterações” na actual direcção do PS podem travar a deriva à direita para a qual o PS resvalou .

Para exemplificar essa deriva, refere o programa de privatizações, que prevê a venda das participações do Estado em 17 empresas (caso da EDP, Galp e dos CTT) e a concessão da exploração das linhas da CP, com o objectivo de gerar seis mil milhões de euros para abater a dívida pública que se aproxima a passos largos dos 90% do PIB nacional.

“Portas diz que certas privatizações só se podem fazer quando houver um regulador forte ou quando isso não criar situações monopolistas ainda mais grave. O Portas a dar lições de esquerda a Sócrates”, observa.

 
 
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Camuflage em Março 18, 2010, 11:55:59 pm
Citação de: "papatango"
Citação de: "Camuflage"
Para nós seria excelente, podíamos voltar ao velho vicio da desvalorização da moeda e arrastar as botas por mais uns tempos.
Pois... Esse é o problema.
As pessoas não entendem (ou não querem entender) que não há nenhum problema com o Euro, o problema é a nossa incapacidade para gastar menos dinheiro que aquele que ganhamos.

Curiosamente, nos anos 30, Portugal estava a passar por uma tremenda crise financeira e propuseram-nos um emprestimo desde que a aplicação do dinheiro pudesse ser investigada. Ou seja, seria uma intervenção nos destinos do país.

O Salazar recusou o empréstimo, o país passou fome, mas recorreu a uma politica monetarista e recuperou a economia. Na verdade o país tem capacidade para recuperar, mas sacrificios faça-os o vizinho.

Eu estava a ser irónico é claro.

Salazar recuperou a economia com um custo alto para a população, mas logo que veio a democracia, fizeram tudo para queimar todo o $, embora a guerra colonial também tivesse a sua cota parte de culpa, pois as guerras não são coisas baratas.
Hoje temos um PR que mete ao bolso 1 salário + a reforma e toda a gente acha normal, vamos passar a ter médicos no centro de saúde a fazer o mesmo, portanto ninguém quer saber disto para nada, o povo acredita que o $ é o governo que o faz nas maquinas e se não faz mais é porque não quer. lol
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 20, 2010, 11:06:24 am
e já agora falemos do rui pedro soares do PS que num ano meteu ao bolso 1,5 M€ , e dos outros boys do PS nomeados para tudo e mais alguma coisa...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 20, 2010, 11:40:18 am
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Troca
Mexida no PEC 'tira' 20 mil empregos numa semana

por RUDOLFO REBÊLO Hoje


Na primeira versão, Governo previa quebra de 5 mil empregos em 2010; agora diz 25 mil

Em menos de uma semana, o Governo alterou drasticamente as previsões para o emprego. A 8 de Março, na versão resumida do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), as Finanças entregaram aos parceiros sociais e aos partidos políticos previsões de uma quebra de 0,1% no emprego, a perda de qualquer coisa como cinco mil postos de trabalho no corrente ano. Uma semana depois, no dia 15, o Governo já inscrevia na versão final do documento -0,5%, ou seja a destruição de pelo menos 25 mil postos de trabalho. Contactado pelo DN, o Ministério das Finanças não explicou a discrepância dos números entre os dois documentos.

Apesar de multiplicar por cinco as perdas de postos de trabalho para este ano, Teixeira dos Santos, ministro das Finanças, não reviu em alta as estimativas para o desemprego. Tal como na primeira versão, admite apenas um aumento da taxa de desemprego para 9,8% este ano, contra 9,5% em 2009.E também não alterou os outros dados do cenário macro-económico, como a evolução do consumo das famílias... mesmo sabendo que muitas mais vão ficar sem trabalho.

Pelo segundo ano consecutivo, Portugal perde postos de trabalho e tão cedo não conseguirá recuperar os níveis de 2008. Teixeira dos Santos admite, no PEC, a perda de 128,7 mil postos de trabalho no ano passado, o que explica, em parte, o agravamento da taxa de desemprego. Este ano, o Programa a apresentar em Bruxelas - após a discussão no Parlamento a 25 deste mês - acrescenta a extinção de mais 25 mil postos de trabalho. Ou seja, em dois anos a economia perde 154 mil empregos. Entre 2011 e final de 2013, o Governo estima criar apenas 55 mil empregos. No próximo ano, prevê-se a criação de apenas cinco mil postos de trabalho e só em 2012 o mercado de emprego será capaz de absorver desempregados. Mas, entretanto, contas feitas, em cinco anos - desde 2009 até 2013 - perdem-se 100 mil postos de trabalho.

O Banco de Portugal apresenta perspectivas ainda mais pessimistas para este ano. Nas previsões de Inverno, o banco central estimava que o "emprego deverá contrair 1,3%" em 2010. Isto significa que saem do mercado do trabalho 66 mil pessoas este ano - para a reforma, emigração ou para o desemprego - e o número de postos de trabalho ficará bem abaixo dos cinco milhões. Se o banco dirigido por Vítor Constâncio tiver razão, então Portugal corre risco de perder quase 200 mil postos de trabalho em dois anos.

As razões para esta destruição maciça do factor trabalho está na reduzida dinâmica da economia, amplificada pela crise externa. Se a procura interna está afectada pelo elevado endividamento das famílias e empresas, as exportações estão esganadas pela crise internacional. Assim, entre 2010 e 2013 a produção final do País (PIB) cresce pouco mais de 1,1% em média anual. Com este crescimento anémico, a criação líquida de postos de trabalho só deverá ocorrer em 2011, segundo as previsões do PEC e do próprio Banco de Portugal.

Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), demonstram que o desemprego está a aumentar. A taxa média em 2009 situou-se em 9,5%, a mesma apresentada no PEC, mas no quarto trimestre já atingia 10,1% da população activa.

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/inter ... id=1523673 (http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1523673)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: casimir em Março 20, 2010, 12:04:48 pm
Fonte:

http://www.tdg.ch/geneve/actu/geneve-no ... en%E8ve%29 (http://www.tdg.ch/geneve/actu/geneve-nouveaux-papiers-europeens-2010-03-17?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:%20tdg/actu-geneve%20%28Tribune%20de%20Gen%E8ve%20-%20Flux%20RSS%20Gen%E8ve%29)

Mis à genoux par la crise, certains de nos voisins européens viennent tenter leur chance ici. Mais faute de décrocher un contrat de travail, ils se retrouvent sans statut légal.

Là-bas, Aria de Bach est sa musique phare. Ici, son guide n’est pas musical, mais religieux. C’est le prêtre de son quartier, les Avanchets, qui l’aide au quotidien. L’été dernier, Vania a abandonné sa flûte traversière et sa guitare pour venir à Genève, avec son fils de 4 ans sous le bras. Au Portugal, bien que propriétaire de son logement, Vania ne s’en sortait plus: de ses 650 euros mensuels (à peine 950 francs) de secrétaire dans une étude d’avocats, il ne lui restait plus que 145 francs une fois le crédit (440 francs) et la garderie (360 francs) payés. Du coup, elle a pris son courage à deux mains, son fiston – «Qui a parlé français en un rien de temps» – et deux valises.

Mais ici, ça ne s’est pas passé comme escompté. Cette musicienne – elle a fait le Conservatoire national de Lisbonne – n’a pourtant pas rechigné à la tâche. «Au bout de deux à trois mois, avec deux contrats de 15 jours chacun comme femme de chambre, je me suis rendu compte que je n’arrivais pas à joindre les deux bouts, notamment pour payer la nounou.» Après s’être serré la ceinture, Vania serre les dents et renvoie son fils Pedro chez ses grands-parents. «C’est mieux pour lui, en attendant.» Aujourd’hui, cela fait trois mois qu’elle n’a plus vu son fils. «Mais il vaut mieux tirer le diable par la queue ici plutôt que d’être sous le seuil de pauvreté là-bas», estime-t-elle.

Trois mois sans autorisation

Ressortissante de l’Union européenne (UE), Vania a le droit de rester ici trois mois, sans autorisation particulière. Mais passé ce délai, il lui faut justifier de moyens financiers suffisants pour obtenir un permis de séjour. Ce qui, en l’occurrence, n’a pas été le cas, faute d’avoir décroché un contrat de travail digne de ce nom.

A l’image de Vania, une nouvelle catégorie de personnes sans statut légal émerge. C’est le constat des milieux associatifs. Au Centre de contact Suisses-immigrés (CCSI), Laetitia Carreras, responsable de la permanence petite enfance, santé et genre, raconte: «Sur le terrain, nous sommes frappés de voir que des ressortissants de l’UE ou de l’AELE (ndlr: Association européenne de libre-échange), dont l’autorisation de séjour dépend d’un travail, mais qui, dans le contexte actuel, n’en trouvent pas, deviennent sans statut légal. Avec la dégradation du marché du travail en Suisse et à Genève, ces personnes vivent dans une très grande précarité.»

La faute à la crise

Pourquoi ces arrivées maintenant? En partie à cause de la crise. A cet égard, un chiffre est édifiant: le pays d’origine de Vania, le Portugal, bat tous les records en matière d’inégalités de revenus selon Eurostat, qui le classe en tête des cancres des Vingt-Sept. Mais hormis la crise, ce sont les béquilles sociales des pays d’origine qui sont mises en cause: «Ce constat interroge les politiques sociales de certains pays européens – notamment la durée et le montant des indemnités de chômage et/ou de l’aide sociale. Ainsi des Européens sont poussés à devenir sans statut légal ailleurs en Europe, car ils ne parviennent pas à survivre dans leur propre pays», analyse Laetitia Carreras.

L’humiliation

C’est le cas de l’Espagne, mise à genoux par la crise. Et de Sara, 20 ans, originaire de Valence, résidant à Genève depuis dix mois. Sans travail, et donc sans papiers. A l’origine de sa situation, la crise économique et financière dont son compagnon et père de sa fillette a fait les frais. Soudeur, il a été licencié par son entreprise, qui a mis la clé sous la porte. «Comme David parlait français, il a eu l’idée de venir ici.» David a trouvé du travail dans la restauration. Mais Sara tourne en rond dans la chambre qu’ils louent 800 francs par mois et vit dans l’angoisse. Elle raconte une de ses mésaventures genevoises: «Je n’ai pas eu le temps de prendre mon billet avant de monter dans le tram. Je pensais qu’on pouvait l’acheter à l’intérieur, comme en Espagne. J’ai eu une amende sauf que, sans permis de séjour ni argent sur moi, le contrôleur m’a accompagnée jusqu’au travail de David pour qu’il lui règle le montant de l’amende sur place. J’ai eu tellement honte!»

Permis humanitaire

Combien y a-t-il d’autres Vania et Sara? «Cela est extrêmement difficile à savoir, confie Michael Glauser, porte-parole à l’Office fédéral des migrations (ODM). Notre dernier rapport sur les personnes sans statut légal remonte à 2005.» Et de rappeler: «Dans des cas de ressortissants UE/AELE qui n’auraient pas de moyens de subsistance suffisants, l’ODM peut délivrer des permis de séjour humanitaires. Mais le cas ne s’est pas présenté.»

A l’Université de Genève, le spécialiste du sujet, Sandro Cattacin, directeur du département de sociologie, commente: «Ces personnes ne sont pas des sans-papiers au sens classique du terme. Car contrairement aux sans-papiers, notamment originaires d’Amérique latine, la situation de ces Européens est appelée à être temporaire. Il y a des éléments de retour en arrière. Car avant les accords de libre circulation, nos sans-papiers qui travaillaient au noir étaient Italiens, Espagnols ou Portugais. Etonnamment, on voulait une Europe de la mobilité des hautes qualifications, mais on assiste aussi à l’afflux de main-d’œuvre peu qualifiée. Cette nouvelle ambivalence est le prix du système.»
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Março 24, 2010, 10:23:25 am
Fitch degradou para "negative" a divida de Portugal
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 24, 2010, 12:49:48 pm
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Stock futures fall after Portugal's rating cut
Stock futures point to lower opening after ratings agency warns about Portugal's debt
ap


Stephen Bernard, AP Business Writer, On Wednesday March 24, 2010, 8:39 am

NEW YORK (AP) -- Stock futures are falling on renewed concerns about European debt problems after a major ratings agency slashed its view on Portugal.

A mixed report on durable goods orders is having little effect on trading Wednesday. The Commerce Department says orders for big-ticket manufactured goods rose 0.5 percent in February. Economists had forecast a rise of 0.7 percent.

Global markets are lower after Fitch Ratings said Portugal's recovery will be slower than other countries that use the euro, hurting Portugal's ability to repay its debt.

Dow Jones industrial average futures are down 32, or 0.3 percent, at 10,796. Standard & Poor's 500 index futures are down 4.20, or 0.4 percent, at 1,165.40, while Nasdaq 100 index futures are down 6.25, or 0.3 percent, at 1,956.00.

http://finance.yahoo.com/news/Stock-fut ... /print?x=0 (http://finance.yahoo.com/news/Stock-futures-fall-after-apf-2238792554.html/print?x=0)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Março 24, 2010, 05:00:52 pm
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Banca & Seguros
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quarta-feira, 24 de Março de 2010 | 16:01    
 
BES sofre a maior subida do risco da dívida no mundo

O custo de subscrever a protecção para um eventual incumprimento da dívida emitida pelo BES regista hoje a maior subida do mundo entre as empresas, depois de a Fitch ter descido o rating da dívida de longo prazo de Portugal.

Os Credit Default Swaps (CDS) sobre obrigações a cinco anos do Banco Espírito Santo (BES) subiam, pelas 12h30, 7,4% para 180,92 pontos, o maior aumento em termos mundiais no que toca à dívida de empresas, de acordo com os dados da CMA Vision.

Também os CDS sobre a dívida soberana portuguesa a cinco anos estão hoje a liderar a lista dos que mais sobem no mundo, registando [às 12h30] um agravamento de 5%, para 139,78 pontos, um patamar que ainda fica muito aquém dos valores máximos atingidos no início de Fevereiro.

A agência de notação financeira Fitch disse hoje que o sistema bancário português é "relativamente forte" e que a baixa volatilidade da inflação, crescimento e receitas orçamentais são aspectos positivos que se destacam, apesar da descida do rating português para AA-, contra a anterior classificação AA.

 "Os ratings de Portugal são apoiados por um sistema bancário relativamente forte, pela pertença à Zona Euro e por uma historicamente baixa volatilidade da inflação, crescimento e das receitas orçamentais, bem como um peso da dívida baixo", considerou a agência de classificação de risco.

Apesar dos elogios à banca portuguesa, as instituições financeiras nacionais cotadas em bolsa estão a ser fortemente penalizadas pela revisão em baixa do rating da dívida de longo prazo da República Portuguesa, cujo Outlook permaneceu negativo.

São os títulos da banca que estão a ditar a forte queda do índice de referência da Bolsa portuguesa, o PSI 20, que recuava 1,6% pelas 13h30.

O BES apresenta mesmo a maior queda da sessão, perdendo 3,2% para 3,887 euros, seguido pela descida de 2,9% para 0,799 euros do BCP e do recuo de 2,1% para 1,922 euros do Banco BPI.

Diário Digital / Lusa



http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_d ... ews=134071 (http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=21&id_news=134071)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Abril 07, 2010, 09:29:10 am
Publico umas linhas de um amigo.

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Democracia apertada
pela mania das grandezas

■ Falta-nos uma classe política culta e tecnicamente evoluída
                        
 Trinta e cinco anos de democracia, centenas de milhões de euros recebidos da Comunidade Económica Europeia, aumento considerável e inquestionável da quilometragem de auto estradas, mais pontes, novo metro na cidade do Porto e aumento da rede de metro em Lisboa, melhoramentos relevantes nas redes de saneamento básico e distribuição da energia eléctrica, novos hospitais, novas escolas, algumas reformas do ensino, dezenas de centros comerciais e grandes superfícies comerciais, dez novos campos de futebol, muitos eventos alguns de elevada importância no panorama internacional, algum crescimento da investigação científica, muitos mais licenciados mas sobretudo em cursos humanísticos e menos do que o desejado em cursos técnicos, quatro canais abertos de televisão, telenovelas como novo género da representação artística, mais de 5 milhões de portugueses a comunicar por telemóvel, perto de 700 mil desempregados, mais de milhão e meio de pobres foram algumas das coisas que o pós revolução do 25 de Abril nos ofereceu. E as obras nem sempre foram bem feitas e sem polémica em torno da sua execução tão-só por surgirem quase sempre erros técnicos e opções duvidosas. Também nos ofereceu uma liberdade de expressão muitas vezes ofendida e censurada.

   Também estas dezenas de anos em democracia serviram para nos deixar em estado e penúria, termos pobreza envergonhada, reformados a pagar IRS… Depois de meia dúzia de anos onde vivemos relativamente à larga, a gastar aquilo que tínhamos e o que não tínhamos, a avaliar pela actual situação da economia do País. Podia-se perguntar – mas afinal como se gastaram os dinheiros comunitários, onde estão as contas das ‘Expo 98’, do ‘Euro 2004’, das auto estradas, das pontes e, por exemplo das reparações e reconversão da rede viária… Ainda dos custos operativos de dezenas de Institutos Públicos e comparticipações nas empresas público-privadas. Como e com que critérios se têm gerido as finanças do País.
Mais uma vez são os que trabalham por conta de outrem e particularmente a classe média que pagará a crise e contribuirá para a descida do deficit. Mais uma vez ignoramos os muitos milhões de euros (estatística aponta para 10 mil milhões) que estão por cobrar pelo Estado e que dependem de resoluções judiciais.


Deveria ter sido o primeiro Ministro José Sócrates a anunciar ao País a verdadeira dimensão do desastre da economia nacional e não Teixeira dos Santos já em período de confrontação com os relatórios de analises feitas por instituições internacionais Para depois – sim - em silêncio tentar encontrar uma solução tão justa quanto possível, pelo menos no âmbito social. Não é admissível a ausência de reformas de fundo e corajosas atinjam ou não interesses instalados – o Governo vai afinal dirigir os destinos do País e, portanto, não há razão para receios de espécie alguma. Pode começar por arrumar a casa e acabar com o despesismo público injustificado – por exemplo auditar os municípios onde impera ainda algum feudalismo e se tomam decisões controversas e muitas vezes de fraco nível técnico. Devia-o ter feito nos últimos anos, antes de lhes aumentar as competências e as dotações financeiras que, apesar de tudo tem aumentado.
E é porventura entre as autarquias que o despesismo injustificado é maior – as Câmaras Municipais queixam-se todos os anos que as verbas do Orçamento de Estado acrescidas das receitas próprias não chegam para cobrir as despesas previstas. Basta ver que temos mais de 500 empresas municipais e automóveis recentemente adquiridos por algumas edilidades, mesmo as mais pequenas que não ultrapassam os 10 mil eleitores, tem presidentes que se deslocam em viaturas iguais ou superiores a de alguns ministros (BMW 525d), com valor de custo acima dos 55 mil euros… E isto para não falar de outros abusos de poder que determinam investimentos técnica e juridicamente inaceitáveis e mesmo ilegais.

Recordo que poucos políticos se manifestaram contra a construção de 10 estádios de futebol para a realização do “Euro 2004”, pagos quase exclusivamente pelo Estado e autarquias. Aliás alguns deles não servem para quase nada, as suas manutenções são suportadas por municípios e dramaticamente inferiores às receitas – vejamos os casos do Estádio de Aveiro, Leiria e Algarve.
Mais recentemente aparecem propostas para outros elefantes brancos que prometem consumir mais do que os lucros que possam vir a dar ao País – a construção da linha ferroviária para o TGV, um novo aeroporto e uma nova travessia do Tejo, tudo em nome do desenvolvimento económico. Aliás, no que se refere à linha TGV convém recordar que ainda não estão concluídos os melhoramentos na linha Porto – Lisboa que permitam uma normal circulação dos actuais comboios pendulares – “troços” existem em que não se ultrapassam os 60/80 Km/h quando se devia circular a uma velocidade entre os 190 e 210 km por hora. Também nunca ouvimos ninguém explicar que desenvolvimento trás ao País o TGV que é manifestamente um transporte transcontinental.
Trinta e cinco anos de democracia não nos podem trazer apenas meia liberdade de expressão e uma enorme manifestação de dualidade de critérios e irresponsabilidade nas decisões mais importantes para o futuro do País… Sem estratégia nenhuma sobre que sectores devemos ou não apostar e desenvolver.
Por exemplo, os noruegueses e suecos não necessitam de ter linhas TGV, milhares de quilómetros de auto-estradas, luxuosos estádios de futebol, “euros”, políticos e gestores públicos a deslocarem-se em carros de luxo, etc., para serem porventura as melhores e mais justas sociedades europeias, com os salários mais altos do velho continente… E no caso Norueguês nem tão pouco precisa de integrar a Comunidade Europeia.
Naturalmente à nossa pobre democracia faltam práticas fundamentais e uma classe dominante culta, tecnicamente evoluída e actualizada, desprendida de determinados bens materiais e, acima de tudo, educada e com vocação de serviço público. Não é possível fazer uma reforma da Administração Pública na sua base se as cúpulas não forem exemplares e capazes de bons exemplos… E para já, 35 anos não chegaram para nos tirar do subdesenvolvimento económico, político, social e cultural.

José Maria Pignatelli
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Abril 09, 2010, 01:25:08 pm
Até que enfim alguém mete o dedo na ferida!

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Entregar a supervisão a Constâncio "é dar dinamite a um pirómano"

Astrid Lulling, democrata-cristã luxemburguesa, questionou Constâncio sobre os casos BCP, BPP e BPN.

"Não admira que os portugueses estejam contentes que saia", afirmou Lulling, referindo-se ao Governador do Banco de Portugal, que está hoje no Parlamento e deve assumir, em Junho, o cargo de vice-presidente do Banco Central Europeu.

Perante os eurodeputados, Astrid Lulling, lembrando os casos BCP, BPP e BPN, afirmou que entregar a supervisão do BCE a Constâncio "é como dar dinamite a um pirómano".
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Camuflage em Abril 10, 2010, 12:42:26 pm
Eu só tenho pena que não haja transmissão em directo das reuniões no parlamento europeu..., deviam ser obrigatórias, para que os portugueses, pudessem ouvir as criticas que nos são feitas constantemente. Mas enfim, elegem-se pessoas de 5 em 5 anos, para algo que ninguém sabe muito bem. Alias sabem que vão ganhar um bom salário e fazer almoçaradas...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Lusitano89 em Abril 11, 2010, 02:25:34 am
A Idade das Trevas
António J. Branco

Historicamente, a Idade das Trevas refere-se ao período da história Grega, durante a ocupação dos Dórios, que vai do ano 1200 a.C. a 800 a.C.; cerca de quatrocentos anos de colapso do mundo ocidental de então, com destruições de cidades, fomes e suspensão da escrita.
É com alguma facilidade que associamos trevas a escuridão, desconhecimento, vazio, ausência e medo. De entre as escuridões mais conhecidos, merecem destaque, também, as “Trevas espessas durante três dias” que terão acontecido no Egipto quando o Deus dos Hebreus, decidiu castigar a teimosia do Faraó Ramsés II.

Mas, porque tais desgraças já aconteceram há alguns milhares de anos e quase ninguém se lembra destes e de outros sucessos medonhos, abordemos em forma resumida as trevas da idade contemporânea: a nossa escuridão, a nossa ausência de cultura, as nossas destruições pessoais e os nossos medos colectivos.

Novamente na Grécia, sem destruição de cidades nem ausência da escrita mas com a séria ameaça financeira das contas por pagar sem ter saldo disponível nem autorizado. Mais grave ainda, com os alemães à espreita de comprarem ilhas em saldo, sabe-se lá para quê e para quem. Disse o Segundo da Grécia que, “se não nos pomos a pau”, a seguir somos nós, os Portugueses heróis do mar e nobre povo.

Sem querer ser demasiado pessimista, julgo que vivemos em Portugal, já há alguns anos, numa idade das trevas – outros povos a viverão também, mas cada um com a sua, e tal já é suficiente que chegue!

As artes que puseram fim à Idade das Trevas – a original, a verdadeira – como os Poemas Homéricos (literatura, para nós); a introdução do alfabeto (o nosso desacordo ortográfico) e os primeiros Jogos Olímpicos (o nosso desporto), são hoje em dia profundamente maltratadas, adulteradas e impingidas como gato por lebre. A literatura há muito que deixou de ser essência, saber e conhecimento, para se tornar em moda, lucro e produto laboratorial. O acordo ortográfico, torna-se cada vez mais desacordo com uns a dizerem que sim e outros e dizerem que não, sem que, nem “os uns” nem os outros, consigam convencer-nos do bem da coisa. Pela minha parte, como tenho uma mente já um bocado “entrevada”, gosto muito do português à moda antiga, arcaica até – tivesse Dom Afonso reinado até agora e não teríamos o País em tão grande entrevação! Quanto ao desporto, está um bocadinho pior que a literatura e que o acordo ortográfico, com todos os poderosos sábios sapientes, a procurarem chegança de justiça conforme a abastança do poder.

Já nem Homero nos salvaria!

Não com as atitudes das mentes e das multidões que proliferam entre nós a uma velocidade género e número em muito superior à da multiplicação dos pães, dos peixes e das codornizes.

E a Alemanha volta a ser culpada; tal como em mil novecentos e catorze e em mil novecentos e trinta e nove. Desta vez sem o professor António para fazer bons negócios com Gregos e Troianos, que é como quem diz, com ingleses e germânicos. Aos gregos, cobiçam-lhes as ilhas, aos lusitanos, impingem-lhes os hotéis que obrigam a dormir ao relento criancinhas imberbes e imbecis, com paizinhos e mãezinhas, imbecis e imberbes, que os incentivam e apoiam no supremo sacrifico de passarem noites em barracas atarraxadas na via pública!

Desta vez, não é culpa dos Dórios!

Diário Digital
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 15, 2010, 05:52:22 pm
15-04-2010 16:41 -

"O próximo no radar é Portugal"

Peter Boone, investigador da London School of Economics (LSE) e Simon Johnson, antigo economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, advertem que Portugal é o “próximo no radar” dos mercados.

Num artigo de opinião conjunto, difundido pela agência Bloomberg, os dois economistas consideram que a economia portuguesa tem estado relativamente protegida pelo facto de os holofotes dos investidores terem estado centrados na Grécia.

Mas, sustentam, “ambos estão, em termos económicos, na vertigem da bancarrota, e ambos parecem mais arriscados do que a Argentina em 2001, quando sucumbiu ao incumprimento”, vendo-se incapaz de honrar os compromissos com os seus credores.

Um risco que, dizem, se estende, ainda que em menor medida, a Espanha e à Irlanda que tem enfrentado problemas crescentes de competitividade internacional, decorrentes de terem entrado no euro com taxas de câmbio "excessivamente elevadas", numa altura em que ainda tinham pela frente um longo caminho para por as finanças públicas em ordem.


 
Jornal de Negócios - Eva Gaspar


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Ex-economista chefe FMI (act.3)
"Portugal corre risco de falência económica"

Pedro Latoeiro  
15/04/10 16:25

"Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando", escreve Simon Johnson.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2001.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina falida de 2001.

"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001", lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.

Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios".

Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.

"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.

Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".

"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.
http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 86893.html (http://economico.sapo.pt/noticias/portugal-corre-risco-de-falencia-economica_86893.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: zeNice em Abril 15, 2010, 06:21:42 pm
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_PfCtQmE5Nc8%2FSH8__1ej1WI%2FAAAAAAAAADo%2FqQiVbO_LO10%2Fs320%2FMedinaCarreira.png&hash=a115052503d599e221f5f3da4a7cd4a2)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 15, 2010, 08:30:23 pm
Citação de: "zeNice"
(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F_PfCtQmE5Nc8%2FSH8__1ej1WI%2FAAAAAAAAADo%2FqQiVbO_LO10%2Fs320%2FMedinaCarreira.png&hash=a115052503d599e221f5f3da4a7cd4a2)


um malandro, um profeta da desgraça... se o trocas-te e o teixeira dos bancos já vieram garantir que estamos no paraíso  :roll:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 16, 2010, 10:15:33 am
o artigo original de que tanto se fala:
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April 15, 2010, 6:21 am
The Next Global Problem: Portugal
By PETER BOONE AND SIMON JOHNSON

Gonçalo Santos for The New York Times Prime Minister José Sócrates is trying to reassure world markets that he can bring down Portugal’s deficit.

10:17 a.m. | Updated
Today's Economist

Peter Boone is chairman of the charity Effective Intervention and a research associate at the Center for Economic Performance at the London School of Economics. He is also a principal in Salute Capital Management Ltd.  Simon Johnson, the former chief economist at the International Monetary Fund, is the co-author of  13 Bankers.

The bailout of Greece, while still not fully consummated, has brought an eerie calm in European financial markets.

It is, for sure, a huge bailout by historical standards.  With the planned addition of International Monetary Fund money, the Greeks will receive 18 percent of their gross domestic product in one year at preferential interest rates.  This equals 4,000 euros per person, and will be spent in roughly 11 months.

Despite this eye-popping sum, the bailout does nothing to resolve the many problems that persist.  Indeed, it probably makes the euro zone a much more dangerous place for the next few years.

Next on the radar will be Portugal.  This nation has largely missed the spotlight, if only because Greece spiraled downward. But both are economically on the verge of bankruptcy, and they each look far riskier than Argentina did back in 2001 when it succumbed to default.

Portugal spent too much over the last several years, building its debt up to 78 percent of G.D.P. at the end of 2009 (compared with Greece’s 114 percent of G.D.P. and Argentina’s 62 percent of G.D.P. at default).  The debt has been largely financed by foreigners, and as with Greece, the country has not paid interest outright, but instead refinances its interest payments each year by issuing new debt.  By 2012 Portugal’s debt-to-G.D.P. ratio should reach 108 percent of G.D.P. if the country meets its planned budget deficit targets.  At some point financial markets will simply refuse to finance this Ponzi game.

The main problem that Portugal faces, like Greece, Ireland and Spain, is that it is stuck with a highly overvalued exchange rate when it is in need of far-reaching fiscal adjustment.

For example, just to keep its debt stock constant and pay annual interest on debt at an optimistic 5 percent interest rate, the country would need to run a primary surplus of 5.4 percent of G.D.P. by 2012.  With a planned primary deficit of 5.2 percent of G.D.P. this year (i.e., a budget surplus, excluding interest payments), it needs roughly 10 percent of G.D.P. in fiscal tightening.

It is nearly impossible to do this in a fixed exchange-rate regime — i.e., the euro zone — without vast unemployment.  The government can expect several years of high unemployment and tough politics, even if it is to extract itself from this mess.

Neither Greek nor Portuguese political leaders are prepared to make the needed cuts.  The Greeks have announced minor budget changes, and are now holding out for their 45 billion euro package while implicitly threatening a messy default on the rest of Europe if they do not get what they want — and when they want it.

The Portuguese are not even discussing serious cuts.  In their 2010 budget, they plan a budget deficit of 8.3 percent of G.D.P., roughly equal to the 2009 budget deficit (9.4 percent).  They are waiting and hoping that they may grow out of this mess — but such growth could come only from an amazing global economic boom.

While these nations delay, the European Union with its bailout programs — assisted by Jean-Claude Trichet’s European Central Bank — provides financing.  The governments issue bonds; European commercial banks buy them and then deposit these at the European Central Bank as collateral for freshly printed money.  The bank has become the silent facilitator of profligate spending in the euro zone.

Last week the European Central Bank had a chance to dismantle this doom machine when the board of governors announced new rules for determining what debts could be used as collateral at the central bank.

Some anticipated the central bank might plan to tighten the rules gradually, thereby preventing the Greek government from issuing too many new bonds that could be financed at the bank.  But the bank did not do that.  In fact, the bank’s governors did the opposite:  they made it even easier for Greece, Portugal and any other nation to borrow in 2011 and beyond.  Indeed, under the new lax rules you need only to convince one rating agency (and we all know how easy that is) that your debt is not junk in order to get financing from the European Central Bank.

Today, despite the clear dangers and huge debts, all three rating agencies are surely scared to take the politically charged step of declaring that Greek debt is junk.  They are similarly afraid to touch Portugal.

So what next for Portugal?

Pity the serious Portuguese politician who argues that fiscal probity calls for early belt-tightening.  The European Union, the European Central Bank and the Greeks have all proven that the euro zone nations have no threshold for pain, and European Union money will be there for anyone who wants it.  The Portuguese politicians can do nothing but wait for the situation to get worse, and then demand their bailout package, too.  No doubt Greece will be back next year for more.  And the nations that “foolishly” already started their austerity, such as Ireland and Italy, must surely be wondering whether they too should take the less austere path.

There seems to be no logic in the system, but perhaps there is a logical outcome.

Europe will eventually grow tired of bailing out its weaker countries.  The Germans will probably pull that plug first.  The longer we wait to see fiscal probity established, at the European Central Bank and the European Union, and within each nation, the more debt will be built up, and the more dangerous the situation will get.

When the plug is finally pulled, at least one nation will end up in a painful default; unfortunately, the way we are heading, the problems could be even more widespread.

Update: An earlier version of this post had an incorrect number for Portugal’s planned budget deficit in 2010. It is 8.3 percent, not 9.3 percent.
http://economix.blogs.nytimes.com/2010/ ... gal&st=cse (http://economix.blogs.nytimes.com/2010/04/15/the-next-global-problem-portugal/?scp=2&sq=Portugal&st=cse)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: dc em Abril 16, 2010, 12:20:13 pm
Boas
Afinal nós temos um defice de cerca de 10/12% do PIB ou 78% :?:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: ShadIntel em Abril 16, 2010, 12:36:50 pm
Citação de: "dc"
Boas
Afinal nós temos um defice de cerca de 10/12% do PIB ou 78% :?:
Para simplificar a diferença entre défice e dívida:

O défice público de 2009 foi (oficialmente) de 9,4% do PIB. Ou seja a diferença entre as (fracas) receitas e as (excessivas) despesas do Estado nesse ano.

A dívida pública (acumulada ao longo dos anos com os défices sucessivos) é que era de mais ou menos 75% a 80% do PIB em 2009; mais próxima dos 90% e a caminhar para os 100% em 2010...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 21, 2010, 02:13:55 pm
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Must Germany bail out Portugal too?

Portugal, not Greece, poses the greater existential threat to Europe's monetary union.

By Ambrose Evans-Pritchard
Published: 7:13PM BST 18 Apr 2010

The long-drawn saga in Athens can perhaps be deemed a case apart. Greece lied. Its budget deficit was egregious at 16pc of GDP last year on a cash basis. It wasted its EMU windfall, the final chance to bring public debt back from the brink of a compound spiral.

You cannot blame the euro for this, although EMU undoubtedly created a risk-free illusion that lured both Athens and creditors deeper into the trap – and now prevents a solution. Nor would an orderly default under IMF guidance along Uruguayan lines necessarily imperil Europe's banks. The Bundesbank hints that letting Greece go would prove a healthier outcome for EMU in the long run, upholding discipline.

However, Portugal did not cheat (much) and did not start as an arch-debtor. It did mishandle the run-up to EMU in the 1990s, failing to offset a fall in interest rates from 16pc to 3pc with fiscal tightening. Boom-bust ensued. But that was a long time ago. Portugal has since settled down to a decade of sobriety. The reward never came.

Brussels admitted last week that Portugal's external accounts have switched from credit in the mid-1990s to a deficit of 109pc of GDP. This has been caused by the incentive structures of EMU itself. "The more broadened access to credit induced a significant reduction in the saving rate, while consumption kept growing faster than GDP. This development led to an increase in Portuguese indebtedness," it said.

The IMF's January report - worth examining for its horrifying charts - said "The large fiscal and external imbalances that arose from the boom in the run-up to adoption of the euro have not been unwound, resulting in the economy becoming heavily indebted and growing banking system vulnerabilities. The longer the imbalance persists, the greater the risk the adjustment will be sudden and disruptive." The IMF noted the "heavy reliance" of banks on foreign wholesale funding, equal to 40pc of total assets.

Lisbon reacts with outrage to Greek parallels. "Nonsense without any solid foundation, revealing ignorance," said finance minister Teixeira dos Santos. He was responding to remarks by New York Professor Nouriel Roubini that Portugal might be forced out of the euro, and by ex-IMF chief economist Simon Johnson that Portugal is on "the verge of bankruptcy".

Yes, Portugal's public debt will be 86pc of GDP this year against 124pc for Greece (EC estimates). That is small comfort. Giles Moec from Deutsche Bank said Portugal's private debt reached 239pc in 2008: Greece was 123pc. Total debt levels matter. The last two years have taught us that private excess lands on the taxpayer one way or another. For Portugal, the figure is now is in the danger zone above 300pc.

Mr Moec said Portugal has been blighted by entering EMU at an overvalued exchange rate: "Portuguese exporters have never been able to recover". The country has plugged the perma-gap with foreign loans. This cannot go on. The current account deficit is still running at 10pc of GDP, and the patience of global investors is snapping.

Euro enthusiasts are mystified at why Portugal's catch-up growth stalled in the 1990s. Productivity has been stuck at 64pc of the EU-15 level, refuting the cardinal assumption of EMU that North and South must converge over time.

This should be no surprise. A study of the Latin Monetary Union after 1865 by Kee-Hong Bae and Warren Bailey showed there was no convergence for half a century. Weak states cheated, inflating stealthily by dumping silver coins on others. The project was kept alive by French subsidies. That is what haunts Germany today.

Let me be clear, Portugal has not been reckless. It has been run better than Britain for the last eight years. Its banks did not go berserk. House prices have been well-behaved. Lisbon has been cutting public sector jobs for year after year. This can be overstated, of course. The IMF says Portugal still has EMU's most rigid labour markets. Social transfers have risen to 22pc of GDP from 18.5pc since 2005. Yet you cannot argue that Portugal is a basket case. It has hit a brick wall anyway.

Brussels is now telling Lisbon to cut yet deeper to reduce its budget deficit, 9.3pc of GDP last year. It is one thing to persuade a country to retrench after a boom, it is another when there has been no boom at all. Portugal must do this under a minority government. Socialist premier Jose Socrates survives on sufferance of conservatives, who are wobbling.

Portugal does not face an imminent funding crisis. If Europe's economy grows briskly, it may be enough to lift the country off the reefs. But one thing seems sure: Germany is not going to bail out any more countries, and the IMF is too small to cover.

http://www.telegraph.co.uk/finance/comm ... l-too.html (http://www.telegraph.co.uk/finance/comment/ambroseevans_pritchard/7604196/Must-Germany-bail-out-Portugal-too.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Get_It em Abril 21, 2010, 05:44:18 pm
Citação de: "Ambrose Evans-Pritchard"
Portugal has since settled down to a decade of sobriety.
Então deve ser por isso que nos damos ao luxo de ter salários tão altos para os nossos políticos.

Isto não vai ser um bail out para Portugal mas sim mais dinheiro para os políticos.

Cumprimentos,
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: AC em Abril 22, 2010, 01:35:04 am
Citação de: "ShadIntel"
A dívida pública (acumulada ao longo dos anos com os défices sucessivos) é que era de mais ou menos 75% a 80% do PIB em 2009; mais próxima dos 90% e a caminhar para os 100% em 2010...

Uma pequena/grande correcção:
A dívida pública portuguesa deverá ser de 86% PIB em 2010. Se a isto somarmos a divida das empresas públicas, chegamos a algo como 105 ou 110% do PIB.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 22, 2010, 02:30:46 pm
22-04-2010 14:17

Risco de Portugal entre o do Vietname e o do Líbano

O risco de incumprimento atribuído a Portugal pelos investidores no mercado de CDS está hoje a subir para 262 pontos base. O que nos coloca ao nível do Líbano e do Vietname.

No mercado de CDS (“credit-deafult swaps”) transaccionam-se seguros de crédito. Mais precisamente, na tabela em baixo, os seguros para risco de incumprimento nos pagamentos da dívida a cinco anos. Quanto mais elevado é um CDS, maior é pois o risco que os investidores consideram existir de um país deixar de cumprir os seus pagamentos (risco de “default”).

Nos últimos dias, os CDS de Portugal têm aumentado, bem como o próprio volume investido em CDS, o que pode também reflectir que se está a investir no risco português.

Hoje, como se vê na tabela abaixo, o custo dos CDS de Portugal está ao nível de países como o Vietname e o Líbano. A Grécia está pior que Portugal mas países como Roménia, Bulgária ou Croácia (para não falar na Irlanda) estão já melhor que o nosso País.

“A comparação é grosseira”; analisa Bruno Costa, “pois não reflecte a realidade orçamental desses países e a capacidade de pagar dívidas”, mas “reflecte a forma como os mercados estão a avaliar Portugal”.

Bruno Costa, operador da sala de mercados da GoBulling (do Banco Carregosa), sublinha que estes dados “mostram a desconfiança com que os investidores internacionais mas não só atribuem à capacidade de Portugal pagar as suas dívidas”. “Estamos a aproximar-nos dos níveis mais elevados de sempre em CDS, ainda que a história seja relativamente curta”, meia dúzia de anos.

Dados mais antigos há nas obrigações de tesouro, que também hoje estão ao nível mais elevado desde 1997. “As yields das obrigações do tesouro português a dez anos estão a aproximar-se muito dos 5%. As da Grécia ultrapassaram já os 8%”, acrescenta Bruno Costa.

E agora? Como se melhora ou piora a situação? “Depende da forma como Portugal decida restituir a confiança aos mercados internacionais”, responde o operador da sala de mercados da GoBulling. Ou seja, “de evolução do défice”.

(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.jornaldenegocios.pt%2Fimages%2F2010_04%2Fbloombergcds.bmp&hash=2b046905e635a1261652c3f891dd2d65)

 
Jornal de Negócios - Pedro Santos Guerreiro

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=421257 (http://www.jornaldenegocios.pt/index.php?template=SHOWNEWS&id=421257)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 26, 2010, 02:28:45 pm
26-04-2010 13:20 - Bolsa nacional cai perto de 2% com todas as cotadas em terreno negativo

O mercado accionista nacional continua a transaccionar em queda, numa altura em que todas as cotadas estão no vermelho. As dúvidas que permanecem em relação à implementação do plano de ajuda à Grécia impedem o índice nacional de seguir os ganhos dos principais índices europeus.

OPSI-20 recua 1,96% para os 7.652,07 pontos, com as 20 cotadas que o compõem em queda. Com este comportamento, o índice português acumula uma desvalorização de 10% desde o início do ano. Para além da bolsa nacional, também a grega segue em queda, com uma descida superior a 2%.

A penalizar as praças portuguesa e grega estão as incertezas que ainda se mantêm em relação à implementação do plano de ajuda à Grécia, por parte da Zona Euro e do Fundo Monetário Internacional (FMI), isto numa altura em que há a expectativa de que este plano possa enfrentar algumas dificuldades.

Por cá, Energias de Portugal (EDP) e a Portugal Telecom são as empresas que mais contribuem para este desempenho. A operadora desvaloriza 1,55% para negociar nos 8,122 euros. Um desempenho seguido pelos restantes títulos do sector das telecomunicações. A Sonaecom perde 1,59% para os 1,425 euros e a *Zon Multimédia* desce 2,01% para os 3,66 euros.

A eléctrica cai 2,62% para os 2,752 euros, apesar dos analistas terem considerado “positivos” os dados operacionais previsionais que a empresa apresentou durante o fim-de-semana. Também a EDP Renováveis acompanha esta tendência registando, aliás, a queda mais acentuada da sessão.

A empresa de energias verdes recua 4,12% para os 5,119 euros, no dia em que o Barclays Capital baixou a recomendação para as suas acções de “overweigth” para “equalweigth” e o preço-alvo de 7,60 para 6,50 euros.

No restante sector energético, a Galp Energia cede 1,61% para negociar nos 12,495 euros. A Sanford C. Bernstein estima um resultado líquido ajustado de 69 milhões de euros para a petrolífera, o que representa um crescimento de 57% face ao mesmo trimestre do ano anterior. A Redes Energéticas Nacionais (REN) cai 0,68% para os 2,793 euros.

No sector financeiro a tónica é também negativa, com o Banco Espírito Santo (BES) a liderar as perdas ao depreciar 2,16% para os 3,541 euros. O Banco Comercial Português (BCP) cede 1,98% para os 0,741 euros, na sessão em que o seu banco na Polónia apresentou resultados do primeiro trimestre que ficaram acima das previsões do mercado.

O BPI perde 1,76% para os 1,782 euros. O banco liderado por Fernando Ulrich divulgou, na passada sexta-feira, as contas relativas aos primeiros três meses do ano, com os lucros a atingirem os 45,1 milhões de euros, uma queda de 9,9% face ao mesmo período do ano passado. Os analistas contactados pela Reuters estimavam que os lucros totalizassem os 47,7 milhões de euros.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 27, 2010, 02:25:29 pm
27-04-2010 13:48 - "Spread" da dívida portuguesa supera os 250 pontos e juros atingem máximos de 2001

Os juros da dívida pública portuguesa estão em alta pelo 11º dia consecutivo, com o “spread” da “yield” a superar os 250 pontos face às obrigações alemãs, e a taxa de juro a atingir máximos de 2001.

O contágio da crise da Grécia a Portugal está a ter reflexos cada vez mais intensos no mercado, com os investidores a venderem a dívida portuguesa, atirando os juros para níveis máximos.

A “yield” das obrigações portuguesas a 10 anos sobe 32 pontos base para 5,511%, superando pela primeira vez a fasquia dos 5,5% desde Março de 2001. Ontem a taxa de rentabilidade superou os 5% pela primeira vez desde Julho de 2002.

Hoje a pressão sobre a dívida portuguesa voltou a intensificar-se, pois persistem dúvidas sobre a aprovação do pacote de ajuda à Grécia por parte da Alemanha.

O “spread” face às “bunds” alemãs voltou a alargar-se, tendo chegado a ascender aos 252 pontos base, mais do dobro registado no início do ano. No ano passado o “spread” médio rondou os 100 pontos base face às “bunds”.


Nos prazos mais curtos, os juros da dívida portuguesa estão também em forte alta. Sobem 55 pontos base nos prazos a dois anos para 4,510% e 46 pontos base nas obrigações a cinco anos (5,204%).

Um sinal que mostra que Portugal está hoje sob forte atenção dos mercados é o facto de ser a dívida portuguesa que está hoje a ser mais castigada.

Nas obrigações gregas a 10 anos a “yield” avança nove pontos base, nas espanholas a subida é de um ponto base e nas irlandesas o avanço é de 16 pontos base.

Oitavo país com maior risco de incumprimento

No mercado dos credit default swaps, o risco atribuído a Portugal está em recorde, com os investidores a classificarem Portugal como o oitavo país em risco de entrar em incumprimento, acima de países como o Líbano e a Guatemala.

A segunda notícia com maior destaque na agência Bloomberg dá conta que Portugal está sofrer o contágio da crise da Grécia e o início do texto mostra a situação débil da economia nacional. "O risco de Portugal começa a ser a nova Grécia. Com um endividamento [público e privado] superior e uma taxa de crescimento a 10 anos inferior face à Grécia, o país mais pobre da Europa Ocidental está a ser castigado pelos investidores com um aumento do 'spread' da sua dívida soberana".

A agência de notícias destaca que os investidores estão a classificar Portugal como o oitavo país do mundo com maior risco de incumprimento da sua dívida e demonstra quais as preocupações dos investidores.

"A razão pela qual estamos preocupados com Portugal não se deve ao elevado endividamento, tem mais a ver com o facto de a economia portuguesa realmente não crescer", comentou à Bloomberg Kenneth Wattret, economista-chefe do BNP Paribas para a Zona Euro.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 27, 2010, 04:26:27 pm
porreiro pá :!:

 
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Oficial
S&P baixa ‘rating' português para nível mais baixo de sempre

Pedro Latoeiro   e Rui Barroso
27/04/10 16:00

Tal como Económico antecipou em primeira mão, a S&P acaba de reduzir a notação da dívida portuguesa em dois níveis, de ‘A+' para ‘A-'.

Trata-se da pior classificação desde a primeira classificação da S&P para Portugal, em 1992, ainda no tempo do escudo, segundo dados da Bloomberg.

Tão negativo quanto isso é o aviso da agência de notação financeira de quer poderá voltar a cortar a classificação da dívida portuguesa se o défice e a dívida nacional derem sinais de descontrolo.

"O ‘downgrade' de dois níveis reflecte o nosso entendimento de que Portugal enfrenta riscos orçamentais acrescidos", justifica Kai Stukenbrock, da S&P, uma das mais poderosas agências de notação financeira.

A nova classificação da dívida portuguesa, de ‘A-' significa que Portugal é tido como segundo país mais arriscado pela zona euro, deixando de estar ao mesmo nível de Chipre, Itália e Eslováquia. Pior que Portugal só a Grécia, que tem um ‘rating' de ‘BBB+'.

O ‘rating' funciona como uma espécie de cartão de visita quando um Estado ou uma empresa procura financiamento nos mercados internacionais. Quando mais baixo for a classificação atribuída pelas agências, mais caro sairá a emissão de dívida.

http://economico.sapo.pt/noticias/sp-co ... 87975.html (http://economico.sapo.pt/noticias/sp-corta-rating-de-portugal-e-ameaca-com-novo-downgrade_87975.html)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 27, 2010, 05:41:20 pm
Não sei se os meus amigos estão cientes do que se está a passar, mas o sul da Europa, em especial a Grécia, Espanha e Portugal, estão a entrar numa espiral que pode acabar de forma trágica.

No caso português, a primeira coisa que urge fazer é qualquer coisa como esta:


Citação de: "João César das Neves"

Plano contingente



O longo sofrimento da Grécia às mãos dos mercados financeiros internacionais tem apaixonado o mundo. Portugal segue o episódio com especial interesse porque é universalmente reconhecido como o próximo na fila, a quem sucederão coisas semelhantes se continuar este caminho.

É preciso dizer que os mercados não são entes perversos nem sofrem de uma doentia "helenofobia". São pessoas que emprestaram muito dinheiro à Grécia e têm justos receios de perderem as suas poupanças. Os gregos esbanjaram milhões tolamente e, pior, não parecem capazes de controlar a sangria. É bom não inverter as coisas: a Grécia é o vilão, não a vítima. Também a relutância dos parceiros comunitários em ajudar é compreensível. Até porque os alemães sabem que se reformam em média dez anos depois dos gregos. Não é fácil ter pena de caloteiros preguiçosos que não se emendam. Somos os próximos da lista.

Também é bom lembrar que não se trata de uma doença incurável. Há seis meses, além da Grécia e Portugal, havia outro país europeu na mira dos mercados, aliás mais atacado. Bastou a Irlanda apresentar o seu violento Orçamento do Estado para 2010, com aquilo que governantes portugueses apelidaram de "medidas populistas", como a redução dos salários públicos incluindo do primeiro-ministro, e deixou de se falar dela. Quem mostra decisão e seriedade no tratamento das suas dívidas é reconhecido pelos credores.

Portugal provou o mesmo. O anúncio do acordo prévio entre Governo e oposição para aprovar o nosso Orçamento de 2010 levou os mercados a reagir favoravelmente, e os juros desceram. A posterior desilusão perante a ligeireza do documento estragou tudo. Nem a publicação do Programa de Estabilidade e Crescimento para 2010-2013, duro no futuro vago, eliminou as suspeitas. Permanecemos um país sob vigilância. E qualquer pessoas sensata compreende que assim seja.

Não é para já, mas paira sobre nós a sombra do calvário grego, com sucessivos apertos de austeridade, depois descredibilizados e reforçados. Existe uma maneira simples e barata de evitar tudo isto, aproveitando a margem de manobra que ainda temos. O Governo português devia apresentar já um forte plano de austeridade, mas contingente ao agravar da situação. Isto significa que agora, antecipadamente aos temores dos credores, era concebido e publicado um pequeno conjunto de medidas de forte aperto, para lá daquelas que constam no PEC 2010-2013. Aí estariam a subida de impostos e a descida de salários à irlandesa, que o PEC não quis incluir. Seria declarado que tal plano de emergência estaria imediatamente em execução logo que a situação o exigisse. Mas essa eventualidade não seria deixada indefinida e teria uma condição bem clara. Até poderia estar ligada à própria reacção dos mercados. Por exemplo, entraria em vigor assim que a taxa de juro da dívida portuguesa estivesse mais de uma semana 200 ou 300 pontos-base acima da alemã.

Deste modo se mostraria compromisso sério perante os credores sem, para já, sofrer restrições desnecessárias. Se a coisa fosse bem feita, a confiança dos mercados, gerada pelo próprio plano contigente, chegaria para evitar a eventualidade. Conseguir-se-ia assim a solidez irlandesa sem custos exagerados. Pode dizer-se que esta estratégia é aplicação de uma das mais geniais criações lusitanas na gestão de conflitos: o "agarrem-me senão eu bato-lhe". A frase tão original das nossas tabernas marca posição sem sofrer consequências, abrindo uma criativa terceira via em dilemas aparentemente fechados.

A ideia merece ser tentada, até por ter custos mínimos. Existe um grande obstáculo: não se vê ninguém no Governo com visão e coragem para se atrever a algo tão imaginativo. Pelo contrário, todos parecem apostados em descartar culpas, jogar pingue-pongue partidário, fingir que as antigas promessas não foram rompidas. No partido do poder só existe uma personalidade capaz de tal criatividade e originalidade, o eng. José Sócrates de 2005. Lembra-se dele, antes de o senhor primeiro-ministro o ter expulsado?

naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt


Isto terá de ser feito urgentemente, caso contrário, arriscamo-nos de que com este constante aumento das taxas de juros, o estado português, pura e simplesmente, deixe de ser capaz de pagar os seus compromissos da dívida externa. Se isso acontecer, por conseguinte, o estado não poderá obter mais financiamento para, por exemplo, pagar aos funcionários públicos e também pagar as prestações sociais. Num país onde seguramente mais de 5 milhões de pessoas dependem do estado, as consequências avizinham-se catastróficas!

A questão a meu ver, é que este governo não tem condições para impor sacrifícios e medidas draconianas a ninguém. Um governo com este primeiro-ministro cheio de “casos”, com os “Armandos Varas” e “Rui Pedro Soares” que não param de surgir em cada pedra onde se dá um pontapé, não tem hipótese alguma de tomar medidas de emergência.

Na minha opinião, neste momento, o Presidente da República deveria tomar o controlo total do país. Deveria chamar as pessoas mais qualificadas que entendesse para tentar atalhar esta situação crítica em que nos encontramos. Este governo faria um favor ao país se se demitisse e permitisse encontrar uma solução daquele género. Cada dia que passa é um dia perdido. A Grécia está prestes a “rebentar”. Ainda ontem se falava num buraco oculto de 185.000 milhões de euros. Se tivermos en conta que o resgate da EU e do FMI representam "só" 40.000 milhões de euros, estamos mesmo a ver que irá servir de pouco. E se quando a Grécia “rebentar” de vez nós ainda não tivermos desaparecido do radar das agências internacionais, o nosso fim vai estar quase garantido. O nosso e o da Espanha.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Abril 28, 2010, 09:42:12 pm
Incrivel ver  PSD apoiar o PS para salvar os "tachos"

Claro que se entramos em falencia o povo vai-se revoltar contra os politicos que os governaram durante 35 anos.

Desde os anos 80 que vivemos acima das possibilidades.

Acabamos com a agricultura com a pesca etc... Nao produzimos quase nada, importamos tudo e a credito.

Nao sei como isto vai acabar, mas sei como isto teve inicio.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Jorge Pereira em Abril 29, 2010, 09:52:38 am
Pergunto-me para quê o apoio de ontem do PSD ao governo? Para isto?

Compreendo a intenção do Pedro Passos Coelho de querer enviar um sinal de união e sintonia aos mercados, mas com estes indivíduos é tempo perdido.

O governo continua a brincar com a solvabilidade do país!


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Auto-estrada de 1429 milhões avança

O maior e o mais caro empreendimento rodoviário foi ontem formalizado entre o consórcio liderado pelo grupo Mota-Engil e 11 bancos. Processo segue para o Tribunal de Contas.

Processo segue para o Tribunal de Contas
Estradas de Portugal fechou ontem o contrato da subconcessão do Pinhal Interior

29.04.2010 - 07:49 Por Luísa Pinto

Em Janeiro, o Governo anunciou a intenção de adjudicar ao consórcio liderado pela Ascendi, do grupo Mota-Engil, a subconcessão Pinhal Interior - a maior e a mais cara de todo o pacote rodoviário da Estradas de Portugal. Ontem, foi formalizado o procedimento final que permite remeter o processo para o Tribunal de Contas.

A Estradas de Portugal, o consórcio liderado pela Ascendi, dez bancos comerciais e o próprio Banco Europeu de Investimentos celebraram o financial close - o acordo financeiro - e assinaram o contrato para a construção. Continuou, assim, a ser executado o programa de investimentos rodoviários que o Governo assumiu no Orçamento  de Estado, no mesmo dia em que o primeiro-ministro e o líder da oposição assumiram compromissos para cooperar de forma a que Portugal possa enfrentar a crise financeira.

Depois da formalização conseguida ontem, o processo pode agora ser remetido para o Tribunal de Contas, para ser analisado a nível de fiscalização prévia. Na altura da cerimónia de adjudicação provisória, que decorreu a 10 de Janeiro, o consórcio e a Estradas de Portugal afirmaram que iriam ter em conta todas as objecções que haviam sido levantadas pelo Tribunal de Contas aos seis contratos de subconcessão que lhe haviam sido remetidos. A Estradas de Portugal foi "obrigada" a reformular os contratos, tendo já recebido a viabilização de um deles, o da Douro Interior, também ela entregue a um consórcio do grupo Mota-Engil.

A subconcessão do Pinhal Interior é o maior empreendimento rodoviário cuja execução foi entregue à Estradas de Portugal, tanto em termos de investimento (1429 milhões de euros) como de extensão (567 quilómetros). O valor do contrato de construção é de 958 milhões de euros, tendo a Estradas de Portugal conseguido obter o financiamento máximo possível na candidatura que apresentou ao Banco Europeu de Investimentos. O acordo foi celebrado com o então vice-presidente do BEI, Carlos Costa, indicado como futuro governador do Banco do Portugal.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) desbloqueou no passado mês de Março uma verba de 345 milhões de euros para a construção e manutenção desta concessão, ganha pelo consórcio da Mota-Engil.

Segundo as informações divulgadas pela companhia, nomeadamente no relatório em que prestou contas do exercício de 2009, o grupo iria entrar neste empreendimento com capitais próprios na ordem dos 240 milhões de euros, garantindo o restante do financiamento na banca comercial. Com a Estradas de Portugal a garantir o empréstimo de 345 milhões do BEI, o consórcio diligenciou o empréstimo de mais de 800 milhões junto da banca privada. Da lista de instituições financeiras envolvidas no processo, divulgada pela Estradas de Portugal, estão quatro bancos nacionais (BES, Caixa Geral de Depósitos, BPI e Banif), um banco inglês (Barclays) e cinco bancos espanhóis (Caja Madrid, BBVA, Banco popular, Banesto e La Caixa).

Ao que o PÚBLICO conseguiu apurar, junto de várias fontes ligadas ao processo, o acordo com as entidades financiadoras foi concluído na semana passada, tendo a assinatura do contrato sido marcada para segunda-feira. Por indisponibilidade de agenda de um dos bancos, acabou por se realizar ontem.

Uma fonte do grupo Ascendi sublinhou como positivo o facto do contrato ter sido assinado já depois de as agências de notação financeira internacional terem baixado em dois níveis a análise de risco da dívida soberana do país, causando impactos dramáticos nos mercados financeiros, não só nacionais, como internacionais. A mesma fonte garantiu que a eclosão desta crise não trouxe nenhuma modificação às condições que haviam sido acordadas previamente.

Fonte (http://http)

Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 29, 2010, 07:29:21 pm
Citação de: "Miguel"
Incrivel ver  PSD apoiar o PS para salvar os "tachos"

Claro que se entramos em falencia o povo vai-se revoltar contra os politicos que os governaram durante 35 anos.

Desde os anos 80 que vivemos acima das possibilidades.

Acabamos com a agricultura com a pesca etc... Nao produzimos quase nada, importamos tudo e a credito.

Nao sei como isto vai acabar, mas sei como isto teve inicio.


Dúvido! Este povo é masoquista , quanto mais o roubam mais feliz fica.

Porreiro pá!
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Abril 30, 2010, 11:14:42 am
:toto:

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Aeroporto e TGV avançam
Contenção nas obras públicas sacrifica só meia auto-estrada
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30.04.2010 - 07:16 Por Luísa Pinto

O anúncio feito pelo ministro das Finanças de que o Governo pretende reavaliar os projectos de investimento em obras públicas resumiu-se à amputação de um troço de uma auto-estrada.

A novidade apresentada ontem pelo ministro das Obras Públicas, ao fim do dia, resume-se à (re)avaliação do caderno de encargos da auto-estrada do Centro, admitindo, o ministro que ela possa vir a resumir-se, nesta primeira fase, à construção do IP3, deixando cair a construção do IC2, entre Coimbra e Oliveira de Azeméis. "É um projecto benéfico, cujas receitas são seguramente superiores aos custos (...), mas, tendo em conta os objectivos mais gerais e as condições actualmente existentes, será objecto de reavaliação."

Este investimento foi o único que, assumidamente, e para já, vai ser reavaliado, mas o PÚBLICO confirmou que também a terceira travessia do Tejo (TTT), inserida na ligação em alta velocidade entre Lisboa e Poceirão, pode vir a perder o tabuleiro rodoviário que estava previsto. Para já, António Mendonça apenas confirma que já recebeu o relatório do júri que avaliou as propostas e que vai agora proceder à sua análise.

Confrontado pelos jornalistas sobre a possibilidade de a TTT vir a ser exclusivamente ferroviária, Mendonça limitou-se a lembrar que a decisão tomada pelo Governo, e que ainda não foi alterada, é a de que a TTT será mista.

Recorde-se que existiu um amplo debate público acerca da aplicação, ou não, de uma travessia rodoviária na ligação Chelas-Barreiro, algo que encarecia o projecto em mais 600 milhões de euros. O PÚBLICO sabe que, entretanto, e já depois das propostas entregues, foi pedido ao júri que, tecnicamente, voltasse a avaliar a possibilidade de avançar com o projecto de uma forma faseada, privilegiando a ferrovia. Mendonça reafirmou ainda a intenção de abriu o aeroporto de Alcochete em 2017 - o concurso público será lançado no Verão. Na próxima semana deverá assinar com o consórcio Elos a construção Poceirão-Caia e alta velocidade.

As posições do Governo foram criticadas de imediato pelos vários partidos da oposição. Ao princípio da noite, Jorge Costa, deputado social-democrata, acusou o Governo de "falar a duas vozes": após o Conselho de Ministros, Teixeira dos Santos explicou que as grandes obras públicas ainda não concessionadas serão alvo de reavaliação; e, ao final da tarde, António Mendonça "veio dizer que, na prática, tudo se mantém".

"É necessário clareza", notou Costa, acrescentando que o Governo "tem de decidir e deixar de se contradizer". O líder do CDS, Paulo Portas, foi mais longe ao defender que "este é o tempo, enquanto ainda há tempo, para repensar certo tipo de obras, cujo encargo financeiro é de tal ordem que vai significar um aumento do endividamento do país". "Estamos nos últimos momentos para o Governo parar, escutar, olhar e fazer contas", sugeriu.

O BE também defendeu a reavaliação das grandes obras públicas. O anúncio "é como se uma montanha parisse um rato, porque de facto não há novidades significativas em relação a uma necessária, indispensável, reorganização pública dos investimentos que o país, na situação económica e financeira que atravessa, de grande dificuldade, exigiria", declarou o deputado do BE Heitor de Sousa. Já o deputado do PCP Bruno Dias considerou que, "no essencial, as opções do Governo se mantêm, mas o PCP entende que o modelo de negócio previsto é uma má opção, porque conserva a perspectiva desastrosa das parcerias público-privadas".

A subconcessão da Auto-estradas do Centro estava numa fase bem mais atrasada do que a do Pinhal Interior (ver página 23), já que o primeiro concurso foi anulado a pedido do júri - porque a melhor proposta inicial, de 500 milhões de euros, mais do que duplicou, para 1100 milhões. Foi aberto, já depois das eleições legislativas, um novo concurso, e as propostas foram entregues no final de 2009. Nesta fase do concurso, as alterações não trazem encargos indemnizatórios para o concedente.

http://economia.publico.pt/Noticia/cont ... da_1434738 (http://economia.publico.pt/Noticia/contencao-nas-obras-publicas-sacrifica-so-meia-autoestrada_1434738)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Maio 05, 2010, 11:56:40 am
Notícias: Portugal a caminho do défice externo mais alto da Zona Euro. Se as novas previsões da Comissão Europeia se confirmarem, Portugal prepara-se para trocar de lugar com a Grécia e passar a ser, em 2011, o país da Zona Euro com maior défice externo.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: P44 em Maio 05, 2010, 02:47:56 pm
05-05-2010 14:27 - Moody"s: "Portugal não é a Grécia, mas ambos vão permanecer retraídos"

A Moody´s diz que a situação grega é “muito mais séria” do que a portuguesa, mas considera que ambas as economias vão atravessar um “longo período de retracção”, que será “inevitável” para corrigir os desequilíbrios financeiros internos.

A agência de “rating” – que chegou a condenar Portugal e Grécia à “morte lenta” num artigo que, em Janeiro, fez correr muita tinta – corrige agora consideravelmente o tom da comparação na nota de análise que acompanha o aviso de que a notação da dívida portuguesa poderá em breve baixar um ou dois níveis, da actual classificação de Aa2.

“Os desafios que Portugal enfrenta no crescimento, aliados aos amplos défices orçamentais, levaram os agentes dos mercados a comparar Portugal (e muitos outros países europeus) à Grécia. Embora a Moody’s acredite que a Grécia enfrenta dificuldades orçamentais muito mais sérias do que Portugal, antecipamos, ainda assim, um longo período de retracção, inevitável até que o país corrija os seus desequilíbrios financeiros internos”.

A agência norte-americana escreve ainda que, para além da sustentabilidade da dívida pública, irá ainda avaliar “outros factores da agenda de ajustamento estrutural”, em particular o que está a ser feito pelo Executivo para combater a fraca competitividade e a baixa taxa de poupança nacional que “estão na raiz do baixo crescimento”.

Para já, a Moody´s diz que continua a prever que Portugal cresça neste ano em termos reais mas a um ritmo “relativamente lento”.

“O problema do crescimento em Portugal está mais relacionado com a baixa produtividade do que com os elevados custos em si mesmos. A inexistência da opção de desvalorizar (a moeda) gera ventos adversos mais fortes – mas não impossíveis de suplantar – para a retoma económica”, afirmaAnthony Thomas, vice-presidente e analista sénior para o risco de soberanos da Moody’s.



 
Jornal de Negócios - Eva Gaspar
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 14, 2010, 12:19:45 pm
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Crise
Risco de Portugal agrava-se
Eudora Ribeiro  
14/05/10 09:08

   

As medidas de austeridade apresentadas ontem pelo Governo de Sócrates para reduzir o défice não parecem estar a aumentar a confiança dos investidores.

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No dia seguinte ao anúncio do novo pacote de medidas de austeridade, a percepção de risco em relação a Portugal não dá sinais de calmia.

Sinal disso é que o preço de ter um seguro contra o eventual incumprimento de Portugal está a subir. O valor dos 'credit-default swaps' (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos está a avançar 8,3 pontos para 208,33 mil euros.

Quer isto dizer que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida portuguesa, os investidores têm de pagar um seguro anual de 208,33 mil euros.

Também o 'spread' das obrigações do Tesouro portuguesas a 10 anos está a subir face ao valor de ontem, negociando agora nos 163,5 pontos base.

Os preços dos CDS gregos e espanhóis estão igualmente a subir, registando mesmo a primeira e segunda subidas mais expressivas em todo o mundo, respectivamente.

Os CDS gregos sobem 13,2 pontos para 549,18 mil euros, enquanto os espanhóis avançam 12 pontos para 162 pontos.

Nos mercados bolsistas, o sentimento também é negativo, reflexo dos receios dos investidores em relação à crise orçamental que os países europeus atravessam.

"Estou muito preocupado com a crise de dívida", comentou à Bloomberg Dariusz Kowalczyk, especialista do SJS Markets. "Tem de haver uma consolidação orçamental mais acentuada na maior parte dos países do euro que enfrentam problemas, o que significa que toda a região pode muito rapidamente entrar em recessão novamente", acrescentou.

 
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: carlosribeiro em Maio 14, 2010, 04:48:04 pm
As más aparecem sempre, para não passar ao lado!

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Portugal regista o maior crescimento em cadeia da UE
Económico com Lusa
12/05/10 10:30
Portugal registou o maior crescimento em cadeia da União Europeia no primeiro trimestre de 2010, ao registar um aumento de 1% quando comparado com o último trimestre de 2009, de acordo com os dados disponibilizados pelo Eurostat.

Em termos homólogos, Portugal surge também entre os países com mais crescimento, de 1,7%, apenas ultrapassado pela Eslováquia, que no primeiro trimestre de 2010 conseguiu um crescimento de 4,6% face aos primeiros três meses de 2009.
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Portugal cresce 1% no primeiro trimestre
Pedro Latoeiro
12/05/10 10:04
Os números do INE superaram as estimativas e confirmam que Portugal escapou a uma nova recessão. Portugal teve mesmo o melhor desempenho em toda a União Europeia.

Nos primeiros três meses do ano, a economia portuguesa cresceu 1% face ao último trimestre do ano passado, indica a estimativa rápida do INE.

No mesmo período, o PIB da zona euro avançou 0,2%. Entre os 27 estados-membros da UE, Portugal foi o que mais cresceu nos primeiros três meses de 2010.

Em termos homólogos (face a igual período de 2009), o PIB nacional avançou 1,7%. Melhor só no último trimestre de 2007, período em que a economia tinha progredido 1,8%.

"O aumento do PIB em termos homólogos no primeiro trimestre esteve parcialmente associado a um efeito de base (o PIB no primeiro trimestre de 2009 diminuiu 3,7%), verificando-se uma melhoria dos contributos da Procura Interna e da Procura Externa Líquida, mais intensa no primeiro caso", refere o INE.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 14, 2010, 05:01:57 pm
Epá ontem pus-me a pensar nesta história das percentagens, o que é crescer 1% ao ano?!

Fiz uma simples contas e obtive isto:

Se tiver 100€ e render 1% ao ano fico com 101€
Se tiver 1000€ e crescer 0,1% fico com 1001€

Conclusão cresceram em termos absolutos cresceram ambos 1€.

Ah, é este 1€ que vai ajudar a pagar o TêGêBê!
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: FoxTroop em Maio 14, 2010, 05:22:46 pm
http://www.chrismartenson.com/crashcourse (http://www.chrismartenson.com/crashcourse)

Isto é para aqueles que acreditam no Pai Natal, e no milagre de recuperação económica da nação pelo "pseudo-inginheiro" e seus "só-cretinos" adeptos e iniciados.

Só compreendendo a parede para onde vamos embater é que poderemos tomar as acções apropriadas. O resto é treta e a boa e velha manipulação de "acéfalos.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Jorge Pereira em Maio 14, 2010, 10:23:13 pm
Estamos a pagar a factura de um dos mais trágicos governos da democracia portuguesa. José Sócrates foi a mais funesta personagem política que poderia ter aparecido no panorama político em Portugal. Uma tragédia para este país. Os resultados aí estão!

Basta lembrar os piropos proferidos contra figuras como Medina Carreira, Ferreira Leite, João Duque, entre muitos outros, que alertaram do que aí vinha se não se mudasse o rumo. Da resposta do governo, do PS e de todos os seus acólitos todos se lembram. Os resultados aí estão!

Já nem vale a pena falar das mentiras constantes e como fazem de todos nós idiotas e mentecaptos quando são confrontados com essas mesmas mentiras.

Só o emaranhado oportunista, corrupto e ignorante em que se transformou grande parte desta sociedade, teimou em ocultar/ignorar a mais que evidente realidade. Os resultados aí estão!
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: carlosribeiro em Maio 15, 2010, 04:02:53 am
Que interessante, uma geração inteira de políticos incompetentes em praticamente todos os países da Europa, porque será???
Ó Luso, procura lá num dos teus livros de profecias se não aparece lá este acontecimento, desta envergadura, deve aparecer...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Luso em Maio 16, 2010, 07:17:13 pm
Citação de: "carlosribeiro"
Que interessante, uma geração inteira de políticos incompetentes em praticamente todos os países da Europa, porque será???
Ó Luso, procura lá num dos teus livros de profecias se não aparece lá este acontecimento, desta envergadura, deve aparecer...

Querido, deves pensar muito em mim... hummmm...
Diz-me, como me imaginas vestido?
Uhhh... baby...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: PereiraMarques em Maio 17, 2010, 01:37:36 am
Citação de: "Luso"
Querido, deves pensar muito em mim... hummmm...
Diz-me, como me imaginas vestido?
Uhhh... baby...

 :shock: (https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.forumdefesa.com%2Fforum%2Fimages%2Fsmilies%2Fanim_rofl2.gif&hash=bfb63a3406a1af503e289cc65d2abffd)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.forumdefesa.com%2Fforum%2Fimages%2Fsmilies%2Fanim_rofl2.gif&hash=bfb63a3406a1af503e289cc65d2abffd)(https://www.forumdefesa.com/forum/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.forumdefesa.com%2Fforum%2Fimages%2Fsmilies%2Fanim_rofl2.gif&hash=bfb63a3406a1af503e289cc65d2abffd)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: carlosribeiro em Maio 17, 2010, 03:25:16 am
Se penso.
Não digo, senão até ficavas corada.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Luso em Maio 17, 2010, 05:04:47 pm
Citação de: "carlosribeiro"
Se penso.
Não digo, senão até ficavas corada.

:wink:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 17, 2010, 05:17:28 pm
Citação de: "carlosribeiro"
As más aparecem sempre, para não passar ao lado!

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Portugal regista o maior crescimento em cadeia da UE
Económico com Lusa
12/05/10 10:30
Portugal registou o maior crescimento em cadeia da União Europeia no primeiro trimestre de 2010, ao registar um aumento de 1% quando comparado com o último trimestre de 2009, de acordo com os dados disponibilizados pelo Eurostat.

Em termos homólogos, Portugal surge também entre os países com mais crescimento, de 1,7%, apenas ultrapassado pela Eslováquia, que no primeiro trimestre de 2010 conseguiu um crescimento de 4,6% face aos primeiros três meses de 2009.
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Portugal cresce 1% no primeiro trimestre
Pedro Latoeiro
12/05/10 10:04
Os números do INE superaram as estimativas e confirmam que Portugal escapou a uma nova recessão. Portugal teve mesmo o melhor desempenho em toda a União Europeia.

Nos primeiros três meses do ano, a economia portuguesa cresceu 1% face ao último trimestre do ano passado, indica a estimativa rápida do INE.

No mesmo período, o PIB da zona euro avançou 0,2%. Entre os 27 estados-membros da UE, Portugal foi o que mais cresceu nos primeiros três meses de 2010.

Em termos homólogos (face a igual período de 2009), o PIB nacional avançou 1,7%. Melhor só no último trimestre de 2007, período em que a economia tinha progredido 1,8%.

"O aumento do PIB em termos homólogos no primeiro trimestre esteve parcialmente associado a um efeito de base (o PIB no primeiro trimestre de 2009 diminuiu 3,7%), verificando-se uma melhoria dos contributos da Procura Interna e da Procura Externa Líquida, mais intensa no primeiro caso", refere o INE.

Vamos lá deixar a imprensa nacional e passar à imprensa internacional
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Fresh EU data shows that total debt is 224pc of GDP in Greece, 272pc in Spain, 309pc in Ireland, and 331pc in Portugal, each with a heavy reliance on external finance that can dry up at any moment. They are all being forced to impose austerity measures, risking a slide into deeper slump and a potential debt-deflation trap.

Notícia completa aqui: http://uk.finance.yahoo.com/news/ecb-risks-its-reputation-and-a-german-backlash-over-mass-bond-purchases-tele-92a590fc80c7.html
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: FoxTroop em Maio 17, 2010, 06:10:15 pm
A noticia está correcta, mas..... Ninguem me tira da cabeça que isto não passa de fumos para esconder as duas reais bombas de divida mundiais. Os USA e logo a seguir, os bons e velhos "bifes". Aguardemos as cenas dos proximos episódios  :mrgreen:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Luso em Maio 17, 2010, 07:25:46 pm
Só quem nunca trabalhou com INE - ou qualquer outra instituição pública (central ou regional) é que consegue levar a sério o que eles dizem. Aposto que o Pereira marques concordará comigo.
Mas está bem, siga a marinha.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 17, 2010, 09:23:08 pm
Citação de: "FoxTroop"
A noticia está correcta, mas..... Ninguem me tira da cabeça que isto não passa de fumos para esconder as duas reais bombas de divida mundiais. Os USA e logo a seguir, os bons e velhos "bifes". Aguardemos as cenas dos proximos episódios  :mrgreen:

Uma maneira de dizer que alguém está mais doente que nós (mesmo não estando) é dizer constantemente a quem se poder:

Zé - "Epá já viste o Manel?"
Roscas - "O que tem, parece-me igual!"
Zé - "Não reparas-te que o gajo está todo amarelo e não tira os olhos do chão."
Roscas - "Já que falas nisso... por acaso até tem!"
Zé - "Eu disse-te!"

O Roscas vai-se embora e passa ao fundo o primo Jaquim,


Zé - "Epá oh Jaquim, tu tens reparado no Manel?"
...
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: PereiraMarques em Maio 18, 2010, 01:02:39 am
Citação de: "Luso"
Só quem nunca trabalhou com INE - ou qualquer outra instituição pública (central ou regional) é que consegue levar a sério o que eles dizem.

CCDR's? INAG? Também já tenho dado para esses peditórios...Quanto ao INE, eu até já nem discuto se têm ou não têm uma "agenda política", o f*dido é pedirem umas centenas de euros por uns dados da cáca que até já têm recolhidos e tratados :roll:
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 21, 2010, 01:05:18 pm
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O erro de José Sócrates e o tango de Passos Coelho
por Paulo Pinto Mascarenhas, Publicado em 21 de Maio de 2010  |  Actualizado há 16 horas
O drama do líder do PSD é que poderá ter de passar os próximos anos a pedir desculpa aos portugueses em nome de José Sócrates

Todo Errado? é o título do disco de Caetano Veloso e Jorge Mautner

Como a canção dos brasileiros Jorge Mautner e Caetano Veloso, a entrevista do primeiro- -ministro esta terça-feira à RTP deveria ter como título "Todo Errado". O erro de José Sócrates começa quando não assume as suas próprias responsabilidades na actual crise.

O secretário-geral do PS quase citou na íntegra o refrão de Mautner e Caetano: "Eu não peço desculpa e nem peço perdão. Não, não é minha culpa, essa minha obsessão." Ao contrário do presidente do PSD, com quem dança o tango da austeridade, o primeiro-ministro recusa-se a pedir desculpas.

A obsessão de Sócrates nunca teve a ver com o défice, tratado como um assunto menor, que nem sequer foi uma preocupação dos socialistas: durante os últimos anos estiveram convencidos e conseguiram convencer a maioria dos portugueses - contando para o efeito com o alto patrocínio presidencial de Jorge Sampaio em 2004 - de que havia vida para além do défice.

O grande problema dos portugueses é que José Sócrates parece estar realmente convencido do que diz. A entrevista à RTP foi de certo modo exemplar enquanto radiografia psicológica de um primeiro-ministro desligado da realidade do país. Durante 64 minutos, apenas pediu desculpa aos entrevistadores para os contradizer. De resto - e por junto -, o pacote de austeridade e o aumento dos impostos resultaram de "ataques especulativos à zona euro" e nunca da sua actuação enquanto chefe do governo.

Na narrativa mitómana de Sócrates, Portugal não se poderia recusar a salvar o projecto europeu - e só por isso teve de juntar umas medidas avulsas ao extraordinário Programa de Estabilidade e Crescimento que, aliás, toda a "Europa" tinha aplaudido de pé.

Rezam os manuais da especialidade que nestas circunstâncias não convém contrariar o doente, porque isso apenas contribuirá para agravar o seu estado de saúde. Não vale a pena lembrar que foi a mesmíssima Europa de Merkel, Sarkozy e Barroso que exigiu medidas suplementares para um PEC considerado insuficiente. Na leitura de Sócrates, é Portugal que pode salvar a "Europa" - e não o contrário. Do que o primeiro-ministro não se lembra, ou o que prefere esquecer, é que os "ataques especulativos" à zona euro só acontecem porque existem umas economias a sul, onde se inclui Portugal, que são alvos fáceis e apetecíveis pela sua fragilidade estrutural.

Pedro Passos Coelho deve estar arrependido por ter aceitado ser o par Sócrates neste baile surrealista. É verdade que são precisos dois para dançar o tango, como disse o primeiro-ministro em Espanha, mas convém que os bailarinos não passem a vida a pisar os pés um do outro.

O drama político do líder do PSD é que poderá ter de passar os próximos anos a pedir desculpa aos portugueses em nome de José Sócrates.

Grande repórter
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Cabecinhas em Maio 24, 2010, 10:00:56 am
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“Afinal eles tinham razão”

Nos últimos anos, três conhecidos economistas, não se cansaram de avisar que Portugal caminhava para o abismo.

A Revista Sábado, na sua última edição, pagina 82, num interessante exercício, recorda o que disseram Campos e Cunha, Medina Carreira e João César das Neves. Nesse exercício recorda o que a esse respeito disse Sócrates e constata o que aconteceu.

Ora veja:

Campos e Cunha, sobre a descida do IVA para 20% em Março 2008:
“O timming foi errado porque as contas públicas ainda estavam longe do equilíbrio”
Sócrates:
“Chegámos a 2008 com a situação orçamental segura e controlada.”
O que aconteceu:
O Défice de 2008 foi de 2,6% e em 2009 foi de 9,4%.

Medina Carreira, sobre a subida de 0,3% do PIB no segundo trimestre de 2009, disse:
“Provavelmente, o governo pagou mais a tempo e horas, há mais empréstimos às empresas, e isto teve reflexos. Mas não é a salvação da economia.”
Sócrates:
“É o princípio do fim da crise.”
O que aconteceu:
O PIB em 2009 encolheu 2,7% face a 2008.

João César das Neves, sobre a apresentação do PEC em Março de 2010:
“O Governo optou por algumas cosméticas. Há risco de vir a pagar-se caro, como na Grécia.”
Sócrates:
“Mantemos os valores do IVA e do IRC incutindo confiança. É desta forma que se defendem as empresas e a economia.”
O que aconteceu:
O Governo teve que subir o IVS, o IRC e o IRS.
fonte: http://umrumo.blogspot.com/2010/05/afinal-eles-tinham-razao.html
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Camuflage em Julho 09, 2010, 09:59:28 am
Irlanda sai da recessão com crescimento de 2,7% no 1º trimestre

A Irlanda saiu da recessão ao registar uma expansão de 2,7% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, indicou esta quarta-feira o Gabinete Central de Estatística (GSO) irlandês.

O PIB irlandês não registava uma variação positiva desde os últimos três meses de 2007.

A expansão da economia foi impulsionada pelas multinacionais radicadas no país, cujos lucros trimestrais aumentaram em dois mil milhões de euros.

in: http://www.netmadeira.com/noticias/econ ... -trimestre (http://www.netmadeira.com/noticias/economia/2010/6/30/irlanda-sai-da-recessao-com-crescimento-de-27-no-1-trimestre)
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Snowmeow em Julho 15, 2010, 02:29:12 pm
Posso não ser lá um grande especialista no assunto... Mas se tem um coisa que eu conheço muito bem é no poder da palavra (E, complementando, da Mídia).

Alguém se lembra de 1929? Quando houve o "crack" da Bolsa de Nova York?

O que provocou o "crack"? Boatos. Um economista falou pro outro que tal banco ia quebrar. Daí, outro economista colocou no jornal que segundo análises, tal banco ia quebrar. O que aconteceu? Milhares de pessoas tiraram seus investimentos de tal banco e, sem capital investido, tal banco quebrou, mesmo.

É mais ou menos isso que está a acontecer em Portugal.

"Analistas", "economistas", e outros "istas" de meia-pataca estão a promulgar notas de que os PIGS estão à beira da falência, portanto, é para não investir nesses países. Resultado em um futuro próximo? Sem investimento, esses países (Portugal incluso) não terão como pagar suas dívidas, e aí... Quebram! Como os bancos de NY em 1929!

Agora, eu pergunto aos colegas portugueses, quem tem interesse na quebra de Portugal? É algo a se pensar.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Vicente de Lisboa em Julho 15, 2010, 04:33:11 pm
Citação de: "Snowmeow"
Agora, eu pergunto aos colegas portugueses, quem tem interesse na quebra de Portugal? É algo a se pensar.
Absolutamente ninguém. Pelo menos ninguém com capacidade para controlar um banco que seja, quanto mais a economia Mundial.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Edu em Julho 16, 2010, 01:23:28 am
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Citação de: "Snowmeow"
Agora, eu pergunto aos colegas portugueses, quem tem interesse na quebra de Portugal? É algo a se pensar.
Absolutamente ninguém. Pelo menos ninguém com capacidade para controlar um banco que seja, quanto mais a economia Mundial.

Caro Vicente de Lisboa, tá a ser irónico, não?
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Vicente de Lisboa em Julho 16, 2010, 10:00:01 am
Citação de: "Edu"
Citação de: "Vicente de Lisboa"
Citação de: "Snowmeow"
Agora, eu pergunto aos colegas portugueses, quem tem interesse na quebra de Portugal? É algo a se pensar.
Absolutamente ninguém. Pelo menos ninguém com capacidade para controlar um banco que seja, quanto mais a economia Mundial.

Caro Vicente de Lisboa, tá a ser irónico, não?
De forma nenhuma.
Título: Re: PIGS e Portugal
Enviado por: Miguel em Julho 16, 2010, 06:54:49 pm
Portugal e os paises do sul da Europa viviam desde os anos 90s, como os novos ricos.

Com esta crise as pessoas vao ter de voltar ao essencial.

Antigamente nao havia tantos bancos nas aldeias, os campos eram utilizados.

Os Banksters (bancos gangsters) foram os culpados da maior crise économica, pois a de 1929 tive pouco efeitos nos paises como Portugal. Culpa da mundializaçao. Somos todos interdependentes.

No nosso caso a primeira das soluçoes é voltar a nacionalizar alguns bancos privados. Cortar em varias prestaçoes sociais. Reduzir o numero de funcionarios. Etc..Etc....

Temos de fazer o contrario que foi feito pelos politicos desde quase 40 anos...

Se uma familia tem 1000 euros de rendimento nao pode gastar 2000. O Estado é igual, é nisso o melhor ministro dass Finanças que tivemos foi Salazar

Agora podem chorar etc...mas esta e a futura geraçao que ainda vai nascer vai ter de pagar o preço da "Abrilada de 74". Foi a partir de 75 que sempre se aumentou o numero de funcionarios para nada produzir, impostos para pagar corrupçao etc.... uma vida inteira nao chegava para escrever todos os casos de roubo na naçao Portuguesa.


Assunto encerrado.