Ora então vamos lá ver, quando estás a operar um voo tem de se depositar um FPL, plano de voo, que contêm variadíssimos itens entre eles o aeroporto de destino e, muito importante, os alternantes, até dois e a uma distância mínima de 50 milhas do destino, por motivos meteos.
Das duas uma ou o FOB não era suficiente para regressar a LIS, ou alterou em voo um dos alternantes, por motivos operacionais da companhia, e daí ter aterrado na Terceira, ou houve mesmo emergência a bordo, só pode ser uma destas três hipoteses !
A história do artigo não é bem assim, um dos aviões sim declarou emergência por falta de combustível e a base permitiu logo a aterragem.
Mas os outros dois casos não houve declaração de emergência, os aviões divergiram da ilha de S.Miguel para a ilha Terceira mas, acredito eu, que nenhum desses 3 voos tivessem a Base das Lajes como alternante senão não seria necessário essa decisão subir até ao Comandante da Base, se estivesse no plano de voo, não haveria nenhum problema, já estaria tudo no "automático".
Não podem ter como alternantes bases aéreas ! As normas IATA/ICAO não o permitem.
Não sei ao certo os procedimentos necessários para mudar um alternante em pleno voo, nem o tempo que isso demora até a informação chegar à Base, talvez meta alguma burocracia ao barulho, o tempo que o voo de Toronto esteve à espera de autorização para aterrar poderia ser devido a isso?".
É rápido, o ATC do espaço aéreo, FIR, em questão trata disso num ápice em caso de emergência e divergir para outro Aeroporto, para uma base Aérea vai provocar imenso granel como estas situações provocaram. Há alguns anos um voo da IBE aterrou no Montijo pensando que estava na aproximação da 03 em LIS e foi o que foi para libertar a Aeronave e pax da Base !!!
O voo que nunca chegou a ter autorização para aterrar na Terceira, nunca declarou emergência, teve combustível suficiente para voltar para Lisboa, a alternante seria Lisboa? Quem é que autoriza a mudança de alternante? Isso é à vontade do comandante do avião? O aeroporto/base é obrigada a aceitar a alteração ou pode negar?
Provavelmente seria mas se era um Low Cost o mais provável era ser um aeródromo do arquipelago !
Em casos de força maior o ATC !
O Aeroporto tem de aceitar essa situação de voo a divergir nem pode, nem tem poder para negar a autorização da aterragem, já quanto ás bases Militares estas não são obrigadas, actualmente, a autorizar as aterragens de voos comerciais.
Quando uma companhia efectua voos do ponto A para o B, tem plena consciência das capacidades do equipamento empregue, os tipos dos acft utilizados.
sabe quais são os EET, das rotas em questão;
Das distâncias a que estão os alternantes para esses voos, que tem de ser AEROPORTOS CIVIS, NUNCA BASES MILITARES;
E, tempos de holding, para assim abastecer as aeronaves devidamente, e assim efectuar os voos com a maior normalidade possível.
Em casos de meteo abaixo dos mínimos de operação das aeronaves, os combustíveis a bordo, FOB, deverão permitir atingir o 1º e, ou o 2º alternante sem problemas.
Nestas situações reportadas, uma vez mais os políticos que intervieram revelaram uma ignorância atroz, quando pediram a demissão do CMDT da Base, muito bom sim senhor!
Cumprimentos