História alternativa-Portugal

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cromwell

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História alternativa-Portugal
« em: Fevereiro 07, 2010, 05:59:36 pm »
E se D. Sebastião tivesse ganhado em Alcaçer Quibir?
E se os comunistas tivessem sucesso durante o PREC?
E se os regícidas tivessem falhado o assassinato do rei D. Carlos e do príncipe herdeiro?

Isto é algumas propostas para uma história alternativa de Portugal.
Criei este tópico para os caros foristas criarem e discutirem as suas histórias alternativas de Portugal.

Encotrei um livro escrito por uma brasileira, sobre uma história alternativa, sobre o que aconteceria se Colombo tivesse convencido D João II a ir para a Índia por Ocidente.

http://universofantastico.wordpress.com ... -os-incas/
"A Patria não caiu, a Pátria não cairá!"- Cromwell, membro do ForumDefesa
 

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Lusitano89

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #1 em: Fevereiro 07, 2010, 06:24:13 pm »
Citação de: "cromwell"
Encotrei um livro escrito por uma brasileira, sobre uma história alternativa, sobre o que aconteceria se Colombo tivesse convencido D João II a ir para a Índia por Ocidente.

LOL, O Colombo era um agente ao serviço de Portugal para levar Castela às falsas Indias, os portugueses muito antes do Colombo já sabiam o que havia para Ocidente, basta ver as expedições dos Corte-Real ...  c34x  :)
 

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TOMSK

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #2 em: Fevereiro 22, 2010, 02:23:08 am »
E se, como era plano de Afonso Albuquerque, as águas do rio Nilo tivessem sido desviadas?
E se, também de "obra" de Albuquerque, o corpo do profeta Maomé fosse raptado?

Que génio! :)
 

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Vicente de Lisboa

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #3 em: Fevereiro 22, 2010, 04:59:42 pm »
Anda por aí um livro chamado A Republica Nunca Existiu, com vários contos baseados no mesmo pressuposto:  D. Carlos não foi assassinado em 1908.

Está bem escrito, e tem várias ideias giras, se bem que sofre pelo simples facto do conceito de História Alternativa ser estranho à maioria dos autores, que por isso acabam por não desenvolver a efectiva história desse outro Portugal. O facto de todos assumirem que um Portugal monárquico seria necessariamente melhor também tira variedade ao livro. Anyway, se o virem, comprem na mesma!
 

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Carlos Rendel

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #4 em: Setembro 01, 2010, 08:44:39 pm »
Podemos especular com outras situações:


          a)      Portugal é derrotado em Aljubarrota;

          b)   Porugal não consegue resistir às invasões francesas;

          c)    Franco é derrotado na Guerra Civil;

          d)    O 25 de Novembro é ganho pela extrema esquerda.

  Qualquer destas perguntas é uma equação a tantas incógnitas,que nem me atrevo a pegar

  no assunto. Como exercício académico é interessante,deambular pelas inúmeras hipóteses

  lógicas, só que a História não é uma ciência exacta.                                               C.R.
CR
 

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João Vaz

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #5 em: Setembro 14, 2010, 06:26:52 pm »
Adenda:

- O infante D. Afonso, filho único de D. João II (o "Príncipe Perfeito"), não morreu após queda do cavalo em Santarém em 1491...
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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carlos duran

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #6 em: Outubro 19, 2010, 10:43:17 am »
Outras posibilidades:

¿Que houbese sucedido se no mes de Xaneiro de 1476 a raiña Isabel de Castel houbese aceitado a opinión do seu marido Fernando de Aragao de conceder a don Afonso V ,a cambio da paz e o trono de Castela, o reino de Galicia e as cidades de Toro e Çamora?, os galegos seríamos portugueses ainda que con nosa identidade propia ( sempre tivemos a categoría de reino desde o ano 910) posibelmente iso era o millor para nos e nosa cultura.

Que houbese sucedido se o fillo de Don Manuel I e dona Isabel de castela, filla dos reis católicos, non houbera morto aos dous anos en Granada, él era o herdeiro das coroas de Portugal, Castela e Aragao, ista na miña opinión foi a posibilidade que mais podía cambiar a histórica ibérica.

Que podía haber sucedido se o fillo do rei Fernando o Católico e a sua segunda muller Germana de Foix non houbera morto de meniño, él era o herdeiro da Coroa de Aragao, non houbera habido a Espanha como foi.

Tantas posibilidades poderían haber sido, e apaixoante mais o final as cousas foron como foron.

Un saudo a todos/as
Carlos, Galicia
A verdade nao ten patria
 

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papatango

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Re: História alternativa-Portugal
« Responder #7 em: Outubro 26, 2010, 12:38:18 am »
Se o infante D. Afonso não tivesse morrido, ele seria o provavel sucessor do trono de Castela e Leão e do trono de Aragão.
No entanto, tal possibilidade estaria sempre condenada ao fracasso.
Isabel a Católica morreu em 1504.
Fernando de Aragão, como rei de Aragão e ao mesmo tempo regente de Castela e Leão morreu em 1516.

O Principe D. Afonso teria 41 anos de idade e já seria viuvo, tendo-se quebrado o elo principal com a filha dos reis católicos. Fernando de Aragão teria tido 20 anos para garantir que não havia sucessão por aí.

A Coroa de Aragão e a sua nobreza e burguesia eram ferozmente contrários à influência portuguesa numa futura monarquia ibérica, porque ela moveria os interesses de uma potencial coroa ibérica do mediterrâneo para o atlântico. Os interesses da Coroa de Aragão estão no mediterrâneo e Fernando de Aragão nem quer ouvir falar do Atlântico.
Aliás, os conflitos de interesse entre castelhanos e aragoneses estiveram a ponto de acabar com a união dos Reis Católicos, que foi salva apenas por um avatar da História.
Os catalães/aragoneses eram profundamente odiados pelos castelhanos e os castelhanos tinham mais ódio aos catalães que aos portugueses.
Mas perante o colapso, os dois países aceitaram o imperador austríaco Carlos V como seu monarca.

Se houvesse uma possibilidade de um monarca português ser rei de Aragão, era mais provável que a nobreza e burguesias da Coroa de Aragão preferissem não fazer parte dessa realidade politica. Eles teriam provavelmente passado a ser um dos reinos de Carlos V e acabariam sob influência francesa.

Também é difícil prever que os castelhanos aceitassem durante muito tempo um monarca português.
Isso implicava um país dirigido para o atlântico, e daí uma redução de poder da nobreza e da burguesia castelhanas, que sempre tiveram uma mentalidade continental.

Isto aplica-se também à possibilidade de a rainha Juana ter sido rainha de Castela, o que colocaria o rei de Portugal no trono.
Neste caso, a questão de Aragão nunca se teria colocado, mas o problema dos conflitos de interesse acabariam sempre por vir ao de cima.

O que evitou os conflitos entre Castela e Aragão, foi o facto de se ter dividido as esferas de interesses dos dois reinos. Aragão controlava o mediterrâneo e Castela ficava com o exclusivo do comércio com as Américas. Só quando se formou a Espanha em 1700, é que pela primeira vez os aragoneses tiveram o direito a uma parte das Américas.

No caso de um hipotético reino de Portugal e Castela e Leão a divisão teria sido mais complicada, embora também pudesse ser feita.
Mas o dinheiro que a Coroa de Castela gastou para sustentar os exércitos de mercenários de Carlos V, não teria sido gasto. O dinheiro acabaria nos cofres da Coroa.
E o rei, não ia ficar numa cidade minúscula como Madrid (que só foi declarada sede da corte em 1561 e que em 1520 teria entre 30.000 a 40.000 habitantes), quando podia estabelecer a corte em Lisboa, que além disso era a sua terra. Castela nunca aceitaria um papel secundário.

A união estaria por isso votada ao fracasso.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...