Economia do Brasil

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #45 em: Agosto 31, 2013, 03:35:46 pm »
Médicos portugueses satisfeitos com ida para o Brasil


Os médicos portugueses que foram trabalhar no Brasil dizem-se satisfeitos com o tratamento recebido na chegada e com a primeira semana de curso e estão ansiosos para iniciar o trabalho nas cidades escolhidas.

"Toda a gente tem sido muito acolhedora, prestável e simpática. Foram-nos buscar ao aeroporto e todos os procedimentos foram feitos por eles, não tivemos de esperar", contou à Lusa a médica portuguesa Kátia Abrantes Miranda, de 61 anos.

Nascida no Congo, de pais portugueses, Kátia já trabalhou em diversos países além de Portugal, incluindo França, Inglaterra e Holanda, o último país onde esteve a morar.

Mesmo com toda a sua experiência, considera que está a aprender coisas novas no curso oferecido pelo Governo brasileiro durante as três primeiras semanas de estada, antes da escolha definitiva de cada profissional para as regiões onde irão passar a atender.

No curso, os médicos aprendem sobre doenças típicas do clima tropical e sobre a forma de funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS), para o qual irão trabalhar.

"Chamou-me a atenção sobretudo a forma como [o SUS] está bem organizado, com pessoas muito dedicadas, só faltam médicos", observou Kátia.

No seu caso, a opção de aderir ao programa Mais Médicos foi pessoal, para estar mais próxima do filho, casado com uma brasileira, e da neta, de sete anos, que está a viver em São Paulo.

As vagas oferecidas são, no entanto, para os municípios da periferia e interior e Kátia aceitou a opção sem nunca ter estado na cidade, que fica a 90 quilómetros da capital de São Paulo.

Ainda mais aventureiro é Miguel Soutim, médico português reformado, que, aos 70 anos, decidiu retomar o trabalho no Brasil, sem nunca ter estado antes naquele país.

"Em Portugal já me reformei e queria continuar a trabalhar", contou à Lusa, no Rio de Janeiro, onde está a receber o curso antes de ir para Blumenau, cidade do sul do Brasil onde escolheu ficar.

"Só tenho a dizer bem até agora. Nos últimos anos, fomos [Portugal] invadidos por brasileiros, por médicos e por doentes também, agora as coisas viraram ao contrário, mas as relações são boas na mesma", referiu.

Outra portuguesa, Maria Pereira, de 59 anos, também ressaltou a qualidade das aulas que os médicos estão a receber, mas disse saber que as verdadeiras dificuldades só aparecerão quando começarem a trabalhar.

"Os problemas vão surgir com o trabalho certamente, sei que não será nenhum paraíso", afirmou a médica portuguesa que, no entanto, está disposta a "fazer a diferença" para os mais carentes.

"O que me seduziu no programa foi mesmo a possibilidade de atuar em áreas com altas taxas de analfabetismo e de mortalidade infantil, de saber que posso fazer a diferença", disse entusiasmada.

Os três médicos ouvidos pela Lusa fazem parte da primeira leva de 17 portugueses que chegaram há uma semana ao Brasil para trabalhar no programa Mais Médicos, cuja intenção é atrair médicos estrangeiros para o interior do país.

Na mesma altura vieram outros 27 brasileiros formados em Portugal.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #46 em: Setembro 07, 2013, 07:47:15 pm »
Dilma diz existirem «problemas urgentes» para resolver


A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou na noite de sexta-feira, numa mensagem transmitida pela rádio e televisão por ocasião do Dia da Independência, que se assinala hoje, que existem "problemas urgentes" para resolver no país."O governo deve ter humildade e autocrítica para admitir que existe um Brasil com problemas urgentes a vencer e a população tem todo o direito de se indignar com o que existe de errado e cobrar mudanças", disse Rousseff, referindo-se às manifestações populares previstas para hoje por ocasião do 191.º aniversário da independência.

A Presidente brasileira salientou, no entanto, que também há "um Brasil de grandes resultados" ao apontar o crescimento económico do país no segundo trimestre, de 1,5 %.

"Não podemos aceitar que uma capa de pessimismo cubra tudo e ofusque o mais importante: o Brasil avançou como nunca nos últimos anos", constatou.

Rousseff defendeu a necessidade de se acelerar o "ciclo de mudanças" ao apontar que o "povo quer, o Brasil pode e o Governo está preparado para avançar" neste sentido.

"Apesar da delicada conjuntura internacional, a nossa economia continua firme e a superar desafios. Falharam mais uma vez os que apostavam num aumento do desemprego, inflação alta e crescimento negativo. O nosso tripé de sustentação continua a ser a garantia do emprego, a inflação contida e a retoma gradual do crescimento", acrescentou.

A Presidente prometeu a manutenção do "equilíbrio fiscal, estímulo ao investimento e ampliação do mercado interno", recordando que este ano o Brasil registou 900 mil novas vagas de emprego e mais de 4,5 milhões desde o início da sua governação.

A polémica contratação de médicos estrangeiros, a maioria cubanos, para o programa "Mais Médicos", foi abordada por Dilma Rousseff, que defendeu que a "chegada de médicos estrangeiros, que estão a ocupar somente os lugares que não interessam e não são preenchidos pelos brasileiros, não é uma decisão contra os médicos do país, mas a favor da saúde".

"O Brasil deve muito aos seus médicos, mas o país tem uma grande dívida também com a saúde pública", defendeu.

No seu discurso à nação, Rousseff destacou os "cinco pactos" propostos pelo Governo nos setores da saúde, educação, política fiscal, transportes públicos e reforma política como resposta à onda de protestos registada em junho no país e reconheceu que, apesar de o Brasil ter avançado em muitos campos, ainda é "um país com serviços públicos de baixa qualidade".

"Mais que nunca, o Brasil está a aprender que o mais importante não é termos problemas. O importante é termos as soluções, e mais soluções estão a caminho. Faremos novos leilões de portos, aeroportos, ferrovias e rodovias, que vão injetar bilhões na economia, gerando milhares de empregos. Vamos também leiloar, em outubro, um imenso campo de petróleo do pré-sal, o Campo de Libra", indicou.

Dilma apontou ainda que as riquezas do pré-sal devem revertidas a favor da educação.

Lusa
 

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Snowmeow

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Re: Economia do Brasil
« Responder #47 em: Outubro 06, 2013, 05:35:09 am »
Citação de: "Lusitano89"
Brasil adia novamente concurso da primeira linha de alta velocidade

Na minha humilde opinião, devia-se fazer maior investimento nas universidades, é delas que estão saindo soluções dignas de "primeiro mundo"


Não Desperdice, Por Favor! - Trem de Levitação Magnética brasileiro começa a ser construído


O trem de levitação magnética possui uma eficiência energética quase 20 vezes maior do que a de um ônibus a diesel. [Imagem: COPPE/UFRJ]

Levitação brasileira.
Dentro de um ano, os frequentadores do campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) poderão usar o primeiro trem que levita da América Latina.

Já começaram as obras da construção da estação de embarque do Maglev-Cobra, o trem de levitação magnética da Coppe/UFRJ, que ligará inicialmente os dois centros de tecnologia do campus.

A implantação do Maglev-Cobra é fruto de convênios firmados com o BNDES e com a FAPERJ (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), envolvendo investimentos de R$ 10,5 milhões.

Desenvolvido no Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe, sob a coordenação do professor Richard Stephan, o Maglev-Cobra terá capacidade para transportar até 30 passageiros em quatro módulos, que estão sendo construídos na Cidade Universitária pela empresa Holos.

"O Maglev-Cobra coloca o Brasil em lugar de destaque no desenvolvimento de tecnologias de levitação", afirma o professor Richard Stephan.

Segundo ele, a China e a Alemanha estão criando, no momento, protótipos em laboratório com essa tecnologia, mas o Brasil já está construindo uma linha operacional.

O veículo, que dispensa rodas, não emite ruído e nem gases de efeito estufa, entrará em operação em 2014, antes da Copa do Mundo, percorrendo um trajeto de 200 metros.
Supercondutores.

"O Maglev-Cobra coloca o Brasil em lugar de destaque no desenvolvimento de tecnologias de levitação." [Imagem: COPPE/UFRJ]

Além de sustentável, o veículo também é econômico. Suas obras de infraestrutura chegam a ser 70% mais baratas do que as obras do metrô subterrâneo, com muito menos impacto na vida da cidade.

A construção de um metrô no Rio de Janeiro tem o custo de R$ 100 milhões por quilômetro. Já o trem de levitação, calculam os pesquisadores, poderá ser implantado por cerca de R$ 33 milhões por quilômetro.

"Na área de transporte público, podemos dizer que o Maglev é um dos veículos mais limpos do mundo, em termos de emissões. Trata-se de uma solução para o transporte urbano, perfeitamente adaptável a qualquer tipo de topografia", ressalta Stephan.

O pioneirismo do Maglev-Cobra está na utilização da técnica de levitação com emprego de supercondutores e ímãs de terras raras.

Os supercondutores são refrigerados com nitrogênio líquido a uma temperatura de -196ºC. Um protótipo funcional utilizado hoje no laboratório de testes desliza por um trilho de 12 metros, com 8 passageiros.

Movido a energia elétrica, o Maglev possui baixo consumo de energia, cerca de 25 kJ/pkm (unidade que mede a quantidade de energia gasta para transportar cada passageiro por um quilômetro).

Fonte:http://geniosdobrasil.blogspot.com.br/2013/05/nao-desperdice-por-favor-trem-de.html
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #48 em: Outubro 07, 2013, 05:53:05 pm »
Brasil precisa de médicos portugueses


O vice-presidente do Brasil, Michel Temer, reiterou hoje em Lisboa que o seu país precisa de médicos estrangeiros, "especialmente portugueses", e de outros profissionais qualificados, admitindo que haja ainda condições para receber emigrantes menos qualificados. "Toda e qualquer actividade nacional demanda pessoas qualificadas de Portugal", disse o vice-presidente, em entrevista à agência Lusa.

O responsável, que efectua hoje uma visita a Portugal, sublinhou que a prioridade continua a ser a saúde, nomeadamente o programa "Mais Médicos", que já recebeu 17 médicos portugueses e deverá receber mais quatro este mês.

"Foram para o Brasil ainda um número pequeno de médicos portugueses, que naturalmente são muito bem recebidos", disse, sublinhando que a intenção é atrair clínicos portugueses quando exista excesso em Portugal.

"Eu verifico que os médicos que estão a ir são médicos aposentados, que já encerraram actividade aqui em Portugal", afirmou.

No entanto, o número dois de Dilma Rousseff deixou o apelo a outros profissionais qualificados em Portugal: "Aqueles que puderem dirigir-se ao Brasil, assim como no passado foram bem recebidos, agora serão também muito aplaudidos".

Embora admita que o país precisa sobretudo de mão-de-obra qualificada, Michel Temer não fechou a porta a outras profissões: "O Brasil, que é um país que cresce enormemente na construção civil e em outras áreas, pode receber também uma mão-de-obra menos qualificada".

O programa "Mais Médicos", que provocou a contestação da classe médica brasileira, foi lançado como uma das respostas da Presidente Dilma Rousseff à onda de protestos populares que atingiram o país inteiro em Junho.

Numa primeira fase, chegaram ao Brasil 682 médicos estrangeiros, incluindo 17 portugueses, e na segunda etapa deverão chegar outros 149, incluindo quatro portugueses.

Uma sondagem recente demonstra que 73,9% dos brasileiros apoia a decisão do Governo em contratar médicos no exterior para ajudar resolver o problema de falta de condições da saúde pública.

Dados oficiais indicam que o Brasil tem uma taxa de 1,8 médicos por mil habitantes, uma taxa considerada baixa pela Organização Mundial de Saúde.

A emigração de Portugal para o Brasil tem vindo a aumentar nos últimos anos, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações, que no seu último relatório identifica esta rota como um dos grandes corredores migratórios.

Segundo o documento, intitulado "Bem-estar e desenvolvimento dos migrantes" e divulgado no mês passado, um total de 2.247 portugueses receberam um visto de trabalho no Brasil em 2012, contra 708 em 2009.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #49 em: Outubro 21, 2013, 09:33:44 pm »
Brasil faz primeiro leilão para exploração de petróleo em regime de partilha


O Governo brasileiro realiza hoje o primeiro leilão para exploração de petróleo sob o novo regime de partilha, oferecendo uma das áreas do pré-sal de maior potencial do país, sob fortes medidas de segurança para enfrentar eventuais protestos. O leilão suscitou protestos de grupos sociais e dos trabalhadores da petrolífera brasileira que consideram tratar-se da privatização dos recursos naturais.

Por isso, segundo o Ministério da Defesa, vão estar cerca de 1.000 soldados e várias centenas de polícias em redor do hotel onde decorrerá o leilão, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

A área a ser leiloada é identificada como prospecto de Libra, e está localizada em águas profundas, na Bacia de Santos, no litoral sudeste do Brasil, com uma reserva estimada entre 8 e 12 mil milhões de barris recuperáveis, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo do Brasil (ANP), que é responsável pelo leilão.

O termo "pré-sal" designa uma formação de rochas sedimentares de mais de 100 milhões de anos, encontradas a uma profundidade de cerca de 6.000 metros abaixo do nível do mar, o que requer alta tecnologia para perfuração e produção.

A previsão é de que o contrato a ser assinado entre a empresa vencedora e a União, pessoa jurídica que representa todos os estados brasileiros, seja de cerca de 15 mil milhões de reais (2,9 mil milhões de euros).

O valor é pago como um "bónus" pelo direito à exploração da área, uma vez que o grau de previsibilidade do retorno do investimento é muito grande.

O novo regime de partilha prevê que parte da produção física do petróleo produzido pertencerá ao Estado brasileiro.

Vencerá o leilão o consórcio que oferecer a maior percentagem de óleo excedente, a começar pelo mínimo de 41,65 por cento da produção.

A nova regra prevê ainda que a petrolífera brasileira Petrobras seja, necessariamente, a operadora do consórcio vencedor com, no mínimo, 30 por cento de participação, seja qual for a empresa vencedora.

De acordo com a ANP, registaram-se onze empresas para participar no leilão, incluindo a Petrogal Brasil, formada por 70 por cento de capital da Galp e 30 por cento da chinesa Sinopec.

Lusa
 

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #50 em: Dezembro 03, 2014, 07:07:15 pm »
Desenvolvimento do Brasil assemelha-se ao «voo da galinha», diz investigador


O desenvolvimento do Brasil tem altos e baixos contínuos, realçou hoje, numa conferência em Lisboa, o investigador Alfredo Valladão, recorrendo à imagem do «voo da galinha».

Na sua intervenção, o professor da Escola de Relações Internacionais de Paris justificou o recurso à imagem do "voo da galinha" - que chegou mesmo a imitar em palco - para frisar que o Brasil continua demasiado dependente da venda de matérias-primas e presa a obstáculos à competitividade externa.

Alfredo Valladão intervinha na 1.ª Conferência de Lisboa, dedicada ao desenvolvimento global, que decorre hoje e na quinta-feira, na Fundação Calouste Gulbenkian,
Reconhecendo que se têm verificado "grandes progressos" no gigante lusófono, o professor rejeitou que o protecionismo seja visto como "um dogma", pois pode ser vantajoso ou não, dependendo do momento.

Porém, sublinhou que, para se desenvolver, o Brasil precisa de adotar uma série de reformas, que vão "mexer no bolso de muita gente". Ora, lembrou, as elites nunca querem "largar o osso". O que não é uma realidade apenas no Brasil, mas também noutros países emergentes, como China e Índia, onde "os poderes locais são tão fortes que ninguém quer adotar reformas".

Em tudo o resto, "não há uma estratégia de grupo" entre as potências emergentes. Trata-se de "um grupo muito heterogéneo" e "conservador", que "não quer mudar o sistema", mas apenas "mais voz e mais direito de veto sobre decisões gerais". Os chamados BRIC -- Brasil, Rússia, Índia e China -- "apenas descobriram que quem não está na mesa, está no menu", mas ainda não perceberam que quem se senta à mesa "tem de fazer contas".

E, por isso, a única estratégia que têm partilhado é "alavancar o protagonismo internacional de cada membro [do grupo dos BRIC], mas sem uma visão coletiva", repetiu.
Embora "a coisa esteja avançando", Valladão considera que ainda existe no Brasil "uma mentalidade de Casa-Grande & Senzala [obra do sociólogo brasileiro Gilberto Freyre]", querendo com isso dizer "uma ideia autárquica de economia que é muito difícil mudar".

O professor brasileiro sustentou ainda que "o próprio conceito de desenvolvimento" está a tornar-se "obsoleto", não fazendo "mais sentido num mundo globalizado".
As apostas do futuro devem -- apontou -- passar por sistemas jurídicos "previsíveis e estáveis", inovação, liberdade de movimento e de capitais, sociedades que aceitem "uma maior competição interna", criação de polos de excelência na educação.

Sublinhando que haverá sempre pessimistas e otimistas, o professor concluiu, distinguindo: "O pessimista acha que tem razão mas sofre o tempo inteiro, o otimista acha que tem razão e só sofre no fim".

Lusa
 

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NVF

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Re: Economia do Brasil
« Responder #51 em: Junho 06, 2015, 09:26:54 pm »
Comércio exterior registra queda de 18% no ano


http://economia.estadao.com.br/noticias ... no,1700993
Talent de ne rien faire
 

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mafets

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Re: Economia do Brasil
« Responder #52 em: Junho 09, 2015, 10:45:50 am »
http://www.jornalopcao.com.br/reportagens/2015-sera-o-ano-dos-reajustes-para-economia-brasileira-entenda-o-porque-7027/
Citar
Marcos Nunes Carreiro

Grande parte dos em­presários e economistas tem chegado a uma conclusão comum: 2015 não será um bom ano para a e­conomia brasileira. Os motivos são muitos e todos estão ligados aos equívocos cometidos pelo governo federal, resultados da “nova matriz econômica” — co­mo ficou conhecida a política econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Devido a isso, o próximo governo, sendo Dilma ou não (só outubro dirá), precisará fazer fortes reajustes para que o Brasil não sofra com uma grande crise.

Para os próximos anos, as projeções da Focus são: 1,8% (2015), 2,5% (2016), 3% (2017) e 2,8% (2018). Assim, é possível ver que o ano que vem sofrerá com condições piores que as vividas atualmente. Por quê? Podemos analisar, por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre deste ano: o crescimento foi de 0,2% em comparação com o trimestre anterior. Não foi um bom resultado, visto que ficou clara não apenas a retração do consumo das famílias (0,1%), como a queda de 0,8% da indústria, além do negativo desempenho dos investimentos (-2,1%).

Para o segundo trimestre deste ano, as previsões também não são animadoras, devido ao cenário pessimista demonstrado pelo setor de serviços, em função do comércio e de serviços da informação. Fora isso, a indústria também deve recuar ainda mais, em virtude da indústria de transformação (que transforma matéria-prima em produto final) e da construção civil, que sofre, entre outros motivos, com a desaceleração do crédito imobiliário. O índice de confiança da indústria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que recuou em maio 5,1% em relação ao mês anterior reforça esse cenário. Os índices da situação atual e das expectativas também caíram (5,1% e 5%, respectivamente).

A inflação

O cenário geral apresentado acima é, sem sombras de dúvidas, preocupante. Sobretudo quando colocamos em análise um dos principais problemas no Brasil atualmente: a inflação. Marcel Grillo Balassiano, economista do setor de economia aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, lembra que a inflação fechou 2013 em 5,9%, bem acima da meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional de 4,5% e acima também da “meta informal” do Banco Central (BC), que foi de 5,84%. Em maio, a inflação (em 12 meses) foi de 6,4%, e, segundo o último relatório Focus, deve encerrar o ano em 6,5%, no topo do intervalo de tolerância.

A inflação não é o único problema

E a falta de confiança no Banco Central, consequentemente, desconfiança do mercado brasileiro, cria um ambiente impróprio para investimentos, que devem fechar o ano no negativo, em função, entre outros fatores, da queda de confiança dos empresários. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que o índice de confiança empresarial caiu 4,9% em maio, em comparação com o mês anterior. Esse foi o maior recuo desde o final de 2008. Os índices da situação atual, das expectativas também caíram: 3,9%, 4,9% e 3,3%, respectivamente.

E a falta de confiança faz, consequentemente, com que a taxa de investimentos seja menor. Isto é, sem investimentos, sem melhorias. Em comparação com outros países da América Latina, por exemplo, o Brasil está muito abaixo quando o assunto são investimentos. Em 2013, a taxa de investimentos foi de aproximadamente 18% do PIB. Em contrapartida, o mundo investiu 24,5%, os países emergentes 32,2% e a América Latina 21,3%. Países como Chile (24%), Colômbia (24,2%), México (22,2%) e Peru (27,6%), têm níveis bastante superiores aos brasileiros.A política protecionista do governo — classificada como “nacional-desenvolvimentismo” por Nathan Blanche — gera efeitos negativos, já que torna as empresas menos competitivas e eficientes, além de provocar distorções na economia e gastos públicos desnecessários. A título de esclarecimento, temos os seguintes dados: os gastos do governo brasileiro, em relação ao PIB, ficam na casa dos 19%, enquanto os investimentos estão em 1,3%.

Segundo Nathan Blanche, o Brasil é muito fechado, o que considera um erro ideológico da presidente Dilma. “Um problema para o Brasil é ser um país fechado. É o nacional-desenvolvimentismo. Ou seja, proteger a indústria e o trabalhador nacionais. Isso tudo é um grito para o atraso. Para se ter uma ideia, o nível de abertura do Brasil é de 21%, enquanto em países como o Peru é de 44%. No Chile é 57%. Na Colômbia é 32%. No México é 63%. O problema da presidente é estar equivocada em sua ideologia”, diz.

Esse protecionismo cria situações como um superávit de US$ 105 bilhões — comercial (2,5 bilhões), minério de ferro (32 bilhões) e agronegócio (74,4 bilhões). Em contrapartida, o restante está no negativo, inclusive a própria indústria que o governo quer proteger. O petróleo, por exemplo, ficou em US$ -23,7 bilhões.
Agência de classificação de risco rebaixa nota do Brasil

No ano passado, a agência de clas­si­ficação de risco Moody’s rebaixou a pers­pectiva do rating soberano do Brasil de po­sitiva para estável. De acordo com o e­conomista Marcel Balassiano, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), isso se aconteceu devido aos seguintes fatores:

1) elevada e crescente dívida bruta do setor público; 2) o crescimento baixo e prolongado, incluindo-se as projeções; 3) queda da taxa de investimento; 4) a piora na qualidade dos relatórios das contas públicas (a chamada “contabilidade criativa”, isto é, manobras contábeis para esconder a expansão da despesa pública, do déficit e da dívida governamental, ou o uso frequente de receitas não recorrentes); e 5) os recorrentes empréstimos do Tesouro aos bancos públicos.

Em abril deste ano, a agência S&P re­baixou o rating da dívida de longo prazo em moeda estrangeira de BBB para BBB-. Se­gundo o economista, para a agência, esse rebaixamento foi fruto da condução da política fiscal (com a chamada “con­ta­bi­lidade criativa”); expectativa de baixo crescimento nos próximos anos; dificuldade de cumprimento da meta primária de 2014; e piora das contas externas. Ou seja, diante da deterioração das contas fiscais, baixa credibilidade da política econômica, di­fi­culdade que o governo terá para melhorar os números neste ano, por ser ano eleitoral, e diante do baixo crescimento da economia, a agência tomou essa atitude.Dilma não seguiu passos de Lula na área econômica

Por que o crescimento econômico durante o governo Lula foi de 4% e o de Dilma Rous­seff, 1,9%, muito abaixo dos 2,3% do período FHC? Não é Dilma um fruto de Lula? Na área econômica, não. Dilma é mais ideológica que Lula — como já mostrado, ela está mais ligada ao protecionismo típico da política “nacional desenvolvimentista”.

Mas também é preciso dizer que a presidente não contou com uma conjuntura tão favorável para a economia brasileira quanto a que Lula experimentou no começo dos anos 2000. Aquele foi um período em que houve um aumento tanto dos produtos manufaturados quanto dos primários, pois a China estava crescendo a taxas extraordinárias. O mundo, em geral, estava bem. Além disso, foi um período em que houve o maior efeito de dinâmica do mercado interno.
Para quem não percebe e diz que não existe crise no Brasil... :roll:



Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Vitor Santos

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Re: FAB - Força Aérea Brasileira
« Responder #53 em: Junho 30, 2015, 06:44:51 pm »
Programa Espacial Brasileiro e a transferência de tecnologias



Concebido com o objetivo de colocar em órbita satélites brasileiros de pequeno porte, o programa do Veículo Lançador de Satélites (VLS), desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), tem trazido diversos benefícios para a indústria brasileira, representando autonomia e geração de recursos para o País.

“Os resultados indiretos desse desenvolvimento já possibilitaram conquistas tecnológicas aplicadas na exploração de petróleo, equipamentos automotivos e gerenciamento de sistemas de produção, entre outros”, explicou o tenente-coronel José Duarte, chefe da Divisão de Sistemas Espaciais do IAE.

Desenvolvido graças a mais de 25 anos de experiência acumulada pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e a indústria nacional, o VLS-1 tem o objetivo de lançar um satélite de 200 Kg a 750 Km na órbita equatorial.

“O VLS-1 colocará o Brasil no seleto rol dos países capazes de projetar, fabricar, lançar, controlar, estabilizar e entregar uma carga útil em órbita terrestre. Além disso, o projeto permite elaborar tecnologias críticas, capacitando e garantindo autonomia para a indústria brasileira”, disse o tenente-coronel Duarte.



A seguir ,um panorama das principais tecnologias transferidas para a indústria brasileira pelo Programa Espacial Brasileiro:

Exploração de petróleo

Os conceitos de estruturas otimizadas em materiais compostos, desenvolvidos no IAE, vêm sendo aplicados de maneira crescente pela Petrobras para exploração de petróleo em águas profundas, no qual a redução de peso é um fator de importância vital para equipamentos embarcados nas plataformas offshore.

Ventiladores industriais

As técnicas desenvolvidas para a produção de cascas finas estruturais permitiram a total nacionalização de diversos tipos de ventiladores industriais, equipamentos que até 1985 eram importados. Atualmente, com mais de 300 unidades operando em indústrias nacionais, o país começa a exportar o produto, ingressando num mercado avaliado em milhões de dólares.

Rotores de turbinas eólicas



Os conhecimentos de estruturas aeroelásticas, aliados aos processos de laminação a vácuo de compostos aeroespaciais, permitiram o ingresso do Brasil no mercado mundial de rotores para turbinas eólicas. Uma das mais limpas e modernas formas de geração elétrica, a energia eólica vem apresentando crescimento vertiginoso em todo o mundo. Após certificação internacional da qualidade de seus produtos, a indústria brasileira ingressou nesse mercado com turbinas operando em diversas usinas no Brasil e no exterior.

Sistemas de ventilação

As técnicas de cálculo de aerodinâmica permitiram a fabricação de sistemas especiais de ventilação de alto desempenho e baixo ruído, que hoje equipam as mais novas estações de metrô de São Paulo, com expressivas melhorias em relação aos sistemas importados da Europa.

Sistemas de flutuação

A metodologia de cálculo empregada para estruturas espaciais vem sendo aplicada nos sistemas de flutuação do robô-protótipo empregado pela Petrobras em operações especiais a grande profundidade, e também nos sistemas de geração de empuxo na extração de óleo. Protótipos desses equipamentos já foram aprovados para uso nos campos de produção da Petrobras nas costas do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Usinas de álcool



Avançadas técnicas de cálculo estrutural e os conhecimentos de mecânica de fadiga permitiram a análise detalhada, revisão de projeto e alterações em componentes críticos de usinas paulistas de produção de álcool, visando eliminar perdas de produtividade durante as fases de moagem de cana-de-açúcar.

Indústria automotiva



A metodologia de projeto e análise de componentes do programa espacial está sendo usada na modernização dos veículos nacionais. São exemplos: novos tanques de combustível de ônibus da Mercedes-Benz; vasos de pressão para estocagem de gás natural dos ônibus urbanos que começam a rodar nas grandes cidades brasileiras; laminados anti-chama para o metrô do Distrito Federal; entre outros.

Desenvolvimento de produtos

Os conceitos de engenharia de sistemas utilizados nos sofisticados equipamentos de apoio aos lançamentos de foguetes, como é o caso do Banco de Controle de Lançamento do VLS, feito pelo IAE e empresas brasileiras, está sendo empregado em verificações informatizadas de produtos, contribuindo para o aumento da qualidade e produtividade das empresas. Um exemplo é o conjunto de sistemas de testes eletrônicos desenvolvido para a General Motors do Brasil.

Controle e gerenciamento de processos

Os elevados padrões de controle de processos requeridos pelo programa espacial vêm propiciando a implantação em outros segmentos de controle e gerenciamento de processos especiais, facilitando, ou mesmo automatizando, a tomada de decisões. O sistema também assegura economia de recursos por meio da racionalização de estações de supervisão e gerenciamento de distribuição de energia, de telecomunicações e de fluxos de veículos. Um exemplo significativo é a implantação de postos de pedágio informatizados em São Paulo.

O programa espacial também obteve conquistas no desenvolvimento de produtos como o aço de alta resistência, o propelente sólido para motores de foguetes e materiais compostos estruturais e termoestruturais. Outro projeto importante é o Sistema Inercial Aeroespacial (SIA), considerado tecnologia crítica, já que possui alto custo de aquisição.

Fonte:  http://tecnodefesa.com.br/programa-espa ... cnologias/
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #54 em: Julho 01, 2015, 10:57:41 am »
http://www.brasilpost.com.br/2015/06/24/marisa-renner-ca-demitem_n_7655856.html
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A crise no mercado de trabalho começa a bater nas portas das maiores varejistas do país. Depois de a Via Varejo anunciar ontem que demitiu 3.000 funcionários do Ponto Frio e das Casas Bahia nas últimas semanas, chegou a vez de o segmento de moda e vestuário entrar na onda das demissões.

De acordo com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo, o aumento do desemprego é reflexo da retração econômica e da queda nas vendas no varejo.

Reportagem desta quarta-feira do jornal Valor Econômico mostra que, em São Paulo, Renner, Marisa, C&A e Riachuelo, as quatro maiores varejistas de moda do país, fecharam 1.200 postos de trabalho de janeiro até 15 de junho.

"O número de homologações é 45% maior que as demissões efetuadas no mesmo período de 2014, quando as empresas demitiram 818 pessoas", informou o sindicato.

Procuradas pelo jornal, Riachuelo e Renner não responderam ao pedido de entrevista. A C&A informou em comunicado que "oscilações no quadro de funcionários podem acontecer em função das exigências de mercado".

A empresa também informou que vai manter seu plano de expansão de longo prazo no Brasil. Já a Marisa informou que realizou uma adequação no quadro de colaboradores para o cenário deste ano.


Cumprimentos
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Re: Economia do Brasil
« Responder #55 em: Julho 29, 2015, 10:54:59 am »
http://www.naval.com.br/blog/2015/07/28/a-crise-na-industria-naval/
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A mágica do Estado que tudo pode, movido a voluntarismo e “vontade política”, está se desfazendo. Um dos últimos setores atingidos pela frieza dos fatos foi o da indústria naval – justamente aquele que deveria simbolizar a pujança nacional dentro do projeto desenvolvimentista estatal impulsionado pelos governos petistas.

Cerca de 14 mil trabalhadores foram demitidos no setor somente neste ano, segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval). Conforme mostra reportagem do Estado, vive-se uma crise semelhante à enfrentada pela indústria naval nos anos 80, quando faltavam financiamentos e competitividade.

Trabalhadores experientes no setor ouvidos pelo jornal atestam, no entanto, que a situação atual é ainda pior do que aquela enfrentada na chamada “década perdida”. Naquela época, dizem eles, ainda era possível encontrar emprego, mesmo com dificuldades. Hoje, não – os estaleiros ou estão demitindo em massa para conseguir atravessar a crise ou estão simplesmente fechando as portas.

O saldo entre demissões e contratações no setor entre janeiro e junho deste ano foi negativo em 2.404 empregos, ante um saldo positivo de 740 no mesmo período de 2014. Um ano antes, em 2013, a indústria naval havia registrado um saldo positivo de cerca de 5 mil vagas no primeiro semestre, um desempenho condizente com todo o enorme investimento estatal feito no setor.

Tal investimento foi tratado como estratégico pelos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff – e, como toda má ideia, esta também não veio desacompanhada. O desejado impulso à indústria naval foi dado não apenas com aporte de vultosos recursos públicos, o que já seria em si discutível, mas também com a malsinada imposição de que as empresas participantes dessem preferência a conteúdo nacional em seus empreendimentos.

Cálculos de dirigentes do setor apontam majoração de 15% nos preços de plataformas, navios e sondas de perfuração por conta dessa exigência. A esses erros se acrescentou ainda outro – o de obrigar a Petrobrás, estatal convertida em instrumento de política industrial, a privilegiar a indústria naval nacional ao fazer suas compras.

O incentivo à indústria naval era obviamente defensável, mas desde que feito com prudência e racionalidade. Como foi um mero impulso nacionalisteiro, a realidade logo se impôs. A falta de competitividade das empresas, o encarecimento da produção graças à política de conteúdo nacional e a dependência extrema de dinheiro público foram uma combinação fatal para as pretensões do governo petista. “É uma situação previsível. Houve tempo para as empresas se estruturarem, melhorarem o desempenho e buscarem competitividade. O dever de casa não foi feito e já se sabia que a ideia de basear a indústria permanentemente em benefícios estatais era errada”, comentou Floriano Carlos Martins, professor de Engenharia Oceânica da Coppe/Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Em maio passado, na ânsia de criar a tal “agenda positiva” para superar a crise de seu governo, Dilma foi ao Estaleiro Atlântico Sul, no Porto de Suape (PE), para inaugurar o navio petroleiro André Rebouças. “Diziam que a gente não era capaz” de lançar o navio, exultou a presidente no palanque. Um mês depois, o estaleiro anunciou a demissão de 330 funcionários, elevando o total de dispensas no ano a cerca de 2 mil.

O resultado da teimosia estatista de Dilma é que, agora, o que restou da indústria naval não está preparado para enfrentar as enormes dificuldades resultantes da crise da Petrobrás, obrigada a rever seus investimentos em razão de erros administrativos e do escândalo de corrupção, e também para suportar os efeitos do ajuste fiscal, que, entre outras coisas, cortou os investimentos do Ministério da Defesa em navios de guerra que deveriam ser construídos aqui.

Antes festejados por Dilma como a prova do “renascimento” da indústria naval brasileira, há estaleiros que hoje não têm condições sequer de pagar as indenizações trabalhistas aos milhares de demitidos.

FONTE: Estadão
Muita "sede ao pote"... :roll:


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Re: Economia do Brasil
« Responder #56 em: Julho 30, 2015, 09:16:10 am »
As 10 economias com pior desempenho em 2015
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Uma série de economistas entrevistados pela Bloomberg comunicaram as suas previsões de que países terão um menor crescimento económico em 2015.

Segundo as previsões feitas por economistas entrevistados pela Bloomberg, a Ucrânia concluirá o ano de 2015 como sendo o país com o pior desempenho em termos de crescimento mundial.

O país da Europa de Leste atingido pelo conflito verá o seu produto interno bruto contrair no quarto trimestre por 4% desde a mesma altura em 2014, a pior das 47 economias inquiridas pela Bloomberg desde abril a junho. Esta pouca sorte vai ser partilhada pelo país vizinho Rússia, onde o PIB vai diminuir 3,5% no final do ano principalmente devido a sanções internacionais e rendimentos mais reduzidos provenientes do petróleo.

Algumas partes da América Latina também vão ficar em dificuldades na véspera de 2016. Em relação ao Brasil e à Argentina, ambos a sofrer com a crescente inflação e o desemprego, os dados do inquérito mostram que irão ver contrações de 1,6% e 1,5% em relação ao ano anterior. O Brasil foi o país que teve a maior queda entre as 28 economias incluídas no inquérito da Bloomberg de Janeiro. Nessa altura, era esperado que o poder económico da América do Sul crescesse 1% este ano.

A Suíça, ainda a vacilar por causa da decisão tomada em janeiro pelo Banco Nacional Suíço de acabar com a taxa de nivelamento do franco em relação ao euro, ficou em 5º lugar na lista dos PIBs mais desfavoráveis, prevendo-se que conseguisse registar algum crescimento de 0,1%. No caso da Grécia, à medida que a sua crise financeira vai prendendo a atenção internacional, a sua posição no 8º lugar pode ser precária; os economistas previram em abril que o país iria crescer 0,9% no final de 2015.

A completar a lista dos 10 piores estão a Croácia, a Sérvia, a Itália e o Cazaquistão. Atualmente espera-se que o Cazaquistão, cujo principal parceiro comercial é a Rússia, cresça 1,2%, tendo descido em relação aos 3,6% que os economistas previram há três meses atrás.

No outro lado da escala, o Vietname junta-se às economias emergentes da Índia e da China no grupo das três economias com o crescimento mais rápido registado no final do ano.

As previsões atuais representam a média feita em função do inquérito realizado a cada país em junho exceto no caso da Croácia e da Grécia, em que se utilizou o inquérito de abril, e da Sérvia, em que se utilizou o inquérito de maio. Os dados referentes ao início de 2015 vêm dos inquéritos realizados aos países em janeiro, exceto no caso da Ucrânia e do Cazaquistão, em que se utilizou o inquérito de março, e do Vietname, em que se utilizou o de dezembro. O estudo reuniu o total de 47 economias.

 

https://insider.pro/pt/article/35149/?utm_content=35149&utm_medium=cpc&utm_source=facebook&utm_campaign=webclicks_pt_finance2

Não é apenas sobre o Brasil, mas também fala no Brasil. Este ano prevê-se que a economia Brasileira tenha a terceira pior prestação mundial com uma recessão de 1.6%.
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #57 em: Julho 30, 2015, 11:46:46 am »
http://www.naval.com.br/blog/2015/07/29/apogeu-e-queda-de-santos-exibem-retrato-de-uma-quase-superpotencia/
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(SÃO PAULO) – O Porto em Santos sempre foi conhecido como o portão de acesso do Brasil para o mundo. Agora, é também uma janela que mostra o que deu errado na maior economia da América Latina.

As exportações por Santos despencaram com a desaceleração da demanda da China. Empresas que apostaram nas vantagens do desenvolvimento de gigantescas descobertas de petróleo passaram a recuar depois que a Petrobras informou que cortará um terço dos investimentos. E os preços dos imóveis estão em queda, pois edifícios inteiros permanecem vazios.

Em nenhum lugar, talvez, as promessas não cumpridas de uma quase superpotência como o Brasil são mais evidentes do que em Santos, cidade do porto mais movimentado da América Latina. A cerca de uma hora de São Paulo, Santos se beneficiou com a dupla bênção do superciclo de commodities e a onda de investimentos estatais que isso gerou. Agora, o porto sente o duplo golpe do escândalo de corrupção na Petrobras e da pior recessão do Brasil em 25 anos.

“Existe uma frustração muito grande pois Santos, assim como o Brasil, perdeu sua oportunidade e os anos dourados ficaram para trás”, disse Karla Simionato, coordenadora do curso de Ciências Econômicas da Universidade Católica de Santos.

Apenas uma das três torres que a Petrobras planejava construir para um novo complexo de escritórios de 25.000 metros quadrados em Santos teve a obra concluída e as outras duas estão suspensas. Negócios locais que migraram para a região industrial, elevando os preços das propriedades devido à previsão da chegada de 6.000 funcionários, agora estão fechando ou nunca sequer abriram as portas.

Remorso dos compradores

“Muitos proprietários compraram terrenos para restaurantes e se arrependem”, disse Paulo Latrova, presidente de uma associação de donos de lojas de Santos. “Em todo lugar onde colocou os pés, a Petrobras levou progresso e investimento. Não há nada acontecendo aqui”.

A Petrobras não respondeu aos pedidos de comentário e o gabinete da Prefeitura de Santos preferiu não comentar.

Nos tempos em que o apetite da China por commodities parecia interminável e a Petrobras era a queridinha dos investidores globais, empresas como a Saipem, uma unidade da Eni SpA, e a Iesa Óleo Gás SA anunciaram planos para estabelecer operações em Santos ou nas proximidades. Localizada na intersecção entre as maiores descobertas de petróleo da história do Brasil em uma área offshore conhecida como pré-sal e o principal reduto agrícola do país, Santos teve suas exportações quase duplicadas em um período de seis anos, com um pico de US$ 5,93 bilhões em 2012, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil.

Os tempos mudaram. As receitas com os embarques caíram 20 por cento nos primeiros seis meses de 2015 após diminuírem 25 por cento no ano passado, mostram os dados. O desemprego em Santos subiu para 12,2 por cento em maio, mais de 2 pontos porcentuais a mais do que quatro anos antes, segundo a Universidade Santa Cecília. E a queda na demanda por grandes espaços de escritórios reduziu os preços em 3 por cento de dezembro para cá, Segundo levantamentyo feito por Robert Zarif, consultor econômico que monitora o mercado local.

Neymar, Pelé

“Podemos culpar dois fatores pela situação de Santos: os efeitos da redução nos investimentos da Petrobras e a recessão econômica”, disse Carlos Eduardo Lima, presidente da comissão de Obras Públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. “É uma fotografia perfeita da desaceleração econômica do Brasil”.

Mais conhecida como a cidade onde a estrela do futebol Neymar Júnior foi revelada e onde a lenda do esporte Pelé passou a maior parte de sua carreira, Santos é uma das cidades mais antigas do Brasil. Fundada em 1546, seu centro é alinhado com ruas de paralelepípedos e edifícios coloniais.

A três quadras da torre da Petrobras existe outro projeto de edifício de escritórios, este terminado, mas praticamente desocupado. Quando iniciou a fundação do projeto, em 2010, a Cyrela Brazil Realty SA declarou que Santos era “o centro de excelentes oportunidades”.

‘Ainda piores’

O ex-time de Neymar, o Santos FC, era um grande argumento de venda à época. Na ocasião, o Santos FC estava no caminho para se tornar campeão da Copa Libertadores, o que ocorreu um ano depois. Agora, corre o risco de ser rebaixado na primeira divisão do Campeonato Brasileiro.

Hoje, apenas três dos 212 escritórios do edifício foram alugados. A Cyrela informou, em resposta por e-mail a perguntas, que vendeu todas as unidades e que o aluguel é responsabilidade dos proprietários.

“Quando compramos espaço para escritórios, nós tínhamos o atrativo da Petrobras e do pré-sal”, disse Edson Delgado Boschilia, administrador da empresa imobiliária Infinity Holding. “Desde abril ninguém procurou alugar um escritório da gente. E se você não tem locatários interessados, as chances de vender são ainda piores”.

FONTE: www.infomoney.com.br


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Re: Economia do Brasil
« Responder #58 em: Setembro 17, 2015, 11:51:37 am »
http://www.forte.jor.br/2015/09/16/por-que-a-economia-brasileira-foi-para-o-buraco/
Citar
Até poucos anos atrás havia grande otimismo em relação à economia brasileira. Chegamos a crescer 7,6% em 2010. Os salários cresciam, o desemprego ia para zero, a pobreza e a desigualdade caiam. A ascensão da classe C era festejada com a ampliação do consumo. De repente tudo mudou: a economia entrou em recessão em meados de 2014. As previsões para os próximos anos, coletadas junto ao mercado pelo Banco Central, são sombrias: uma recessão de 2% esse ano e crescimento zero em 2016.

E mesmo quando a luz no final do túnel aparecer, o que se espera são medíocres taxas de crescimento do PIB de, no máximo, 2% ao ano. A taxa de desemprego calculada pelo IBGE não para de subir, passando de 4,3% em dezembro de 2014 para 7,5% em julho de 2015. Os dados sobre o déficit e a dívida do Governo Federal só mostram deterioração: festejados programas de governo, como o Fies e o Pronatec, tiveram que ser encolhidos por falta de dinheiro. A inflação disparou. Alguns governos estaduais não conseguem sequer pagar o funcionalismo, e estão parcelando os contracheques. Afinal, o que aconteceu para que caíssemos do nirvana para o buraco tão rapidamente?

A crise econômica atual tem causas antigas, que remontam ao início do atual período democrático (iniciado em 1985), bem como causas recentes, ligadas a uma política econômica equivocada e inconsistente, adotada por volta de 2005/2006 e aprofundada a partir de 2011.

Leia o artigo completo clicando aqui.


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Re: Economia do Brasil
« Responder #59 em: Setembro 30, 2015, 03:23:55 pm »
http://www.aereo.jor.br/2015/09/30/aviacao-comercial-brasileira-tera-pior-deficit-de-sua-historia/
Citar
A aviação comercial brasileira deve ter o pior déficit de sua história no encerramento deste ano. O prejuízo deve ser superior a R$ 7,3 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O valor é equivalente à soma dos resultados líquidos negativos registrados em três anos consecutivos pelo transporte aéreo (2011 a 2013), ou R$ 7,4 bilhões, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Segundo a Abear, o déficit está sendo impulsionado pela alta do dólar e pelo aumento de custos de 24% previsto para este ano, enquanto a receita deve crescer bem menos, ou 3,7%.

“Esse cenário coloca em risco uma década de conquistas, pois saltamos de um patamar de 30 milhões para 100 milhões de passageiros”, avaliou o presidente da associação, Eduardo Sanovicz. “Com o câmbio nesse valor, não é admissível trabalhar com custos muito acima da média mundial, como é o caso do combustível”, completou, ainda lembrando que, até agosto, a cotação do dólar acumula valorização de 55% na comparação anual. “Cerca de 60% dos custos da aviação são dolarizados.”

Para 2016, as projeções também indicam déficit de caixa. O valor deve ser de até R$ 12,2 bilhões, caso a cotação do dólar fique em torno de R$ 4,44. Se a moeda americana for cotada na casa dos R$ 3,88, as perdas poderão se situar em R$ 11,4 bilhões.

Sanovicz ainda afirmou que o cenário precisa ser enfrentado com maturidade, caso contrário os passageiros voltarão ao transporte rodoviário. “A Abear apresentou, na semana passada, seis propostas para enfrentar a atual situação econômico-financeira ao ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha. Nesta quinta-feira, será a vez do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.”

Entre tais medidas, de acordo com a Abear, está o alinhamento do preço do querosene de aviação (QAV) com o mercado internacional, a eliminação da incidência do ICMS sobre o combustível, um “waiver” das tarifas aeroportuárias e de navegação com financiamento via Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e a revisão da regulação das Condições Gerais do Transporte Aéreo, entre outros temas.

“Não estamos propondo a isenção de subsídios. Nossas contas nós assumimos. O que a gente não pode mais é trabalhar em um cenário no qual os insumos que recaem sobre as empresas tenham preços tão díspares em comparação com o mercado internacional”, afirmou Sanovicz.

FONTE: www.panrotas.com.br


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