Economia do Brasil

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Lusitano89

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Re: Economia do Brasil
« Responder #30 em: Maio 09, 2012, 12:38:01 pm »
Produção de gás natural aumenta 7,7% num ano


O Brasil produziu em março 66 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, o que representa um aumento de 7,7 por cento relativamente ao mesmo mês de 2011, divulgou hoje a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Já se comparada com a produção de fevereiro deste ano, registou-se uma queda de 1,4 por cento. Segundo a ANP, a maior redução foi verificada no campo de Frade, no Rio de Janeiro, em função de um derrame de petróleo detetado no ano passado.

A paralisação também afetou a produção de petróleo, que alcançou 2,085 milhões de barris por dia em março, um crescimento de 0,1 por cento em relação ao mesmo mês de 2011 e uma queda de 5,4 por cento em comparação com fevereiro deste ano, segundo a ANP.

O panorama já havia sido adiantado na sexta-feira, com a divulgação dos resultados da Petrobrás, que representa 92,7 por cento da produção de petróleo e gás natural do Brasil.

O relatório da empresa apontou para uma redução de cinco por cento da produção de petróleo em março, em comparação com fevereiro, ao totalizar uma média de 1,993 milhões de barris por dia.

Além do derrame no campo de Frade, no qual a Petrobras é sócia minoritária, as paragens para manutenção nas plataformas P-51, no campo de Marlim Sul, P-57, no campo de Jubarte, e FPSO Brasil, no campo de Roncador, todos na Bacia de Campos, influenciaram no resultado, segundo a empresa.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #31 em: Maio 22, 2012, 12:34:30 pm »
Dilma Rousseff diz que Brasil está '300%' preparado para enfrentar crise


A presidente brasileira, Dilma Rousseff, afirmou ontem que o Brasil está «300 por cento» preparado para enfrentar a crise económica mundial, durante inauguração de uma obra em Laguna, Santa Catarina. «Perguntaram-me noutro dia se estávamos preparados para o que puder acontecer na Europa. Eu posso assegurar-vos, nós estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados», disse Rousseff.

A presidente frisou ainda que o país criou condições, como a reserva de dólares, para enfrentar os efeitos da crise internacional e que hoje o Brasil não «pega pneumonia» se o mundo «espirra».

Em declarações à imprensa, Rousseff referiu ainda que a «situação se tem deteriorado bastante» na Europa e que o governo brasileiro estimula o crescimento, enquanto o velho continente escolhe o caminho da recessão.

«Hoje damos mais uma demonstração de que o Brasil é diferente da Europa. A Europa está a enfrentar a crise com recessão, a ponto de alguns países terem taxas de desemprego que nem sequer concebemos. Metade dos jovens de lá está sem emprego. É um absurdo, é uma desesperança», disse a presidente, citada pela imprensa brasileira.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #32 em: Maio 24, 2012, 07:02:02 pm »
Repsol anuncia uma das maiores descobertas petrolíferas do ano na costa do Brasil


A empresa espanhola Repsol anunciou hoje que o seu novo bloco petrolífero, encontrado recentemente ao largo da costa do Brasil, foi «uma das maiores descobertas no mundo em 2012», com reservas de mais de 700 milhões de barris. O bloco petrolífero conta também com três milhões de metros cúbicos de gás, «que é equivalente a 545 milhões de barris de petróleo», disse a Repsol em comunicado.

«Esses números confirmam o alto potencial do bloco BM-C-33, na Bacia de Campos (na costa do Rio de Janeiro), onde se encontram as recentes descobertas dos poços Seat, Gávea e Pão de Açúcar», acrescentou a empresa espanhola.

O anúncio impulsionou os títulos da empresa na Bolsa de Madrid ao meio da manhã e as acções subiram 3,18 por cento, num mercado que subia a 1,16 por cento.

A Repsol, no âmbito da sua parceria com a chinesa Sinopec, participa com 35 por cento no consórcio que explora o bloco, juntamente com a norueguesa Statoil (35 por cento) e a Petrobras (30 por cento).

Esta descoberta confirma que «o mar brasileiro é uma das zonas de maior importância no crescimento em reservas de petróleo no mundo», segundo a Repsol.

O grupo espanhol considera o Brasil como uma das áreas mais importantes de sua estratégia e está bem estabelecido na costa brasileira, onde as descobertas de petróleo em águas profundas se multiplicaram nos últimos anos.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #33 em: Agosto 05, 2012, 02:40:58 pm »
Brasil vai capacitar mulheres para trabalhos masculinos


O Governo brasileiro aliou a onda de empregos em sectores como a construção civil e agronegócios à política para mulheres e decidiu investir dois milhões de reais (800 mil euros) na capacitação feminina para trabalhos normalmente dominados pelos homens.

"A definição das áreas procurou articular os desafios de políticas participativas para as mulheres às procuras de mão-de-obra do sector produtivo local", explicou à Lusa a secretária responsável pelo projeto, Tatau Godinho.

De acordo com a secretária, o programa foi desenhado em parceria com órgãos locais de desenvolvimento que ajudaram a selecionar as "vocações produtivas" de cada região, identificando também os sectores dispostos a oferecer oportunidades para mulheres.

"Essa disposição indica uma abertura cultural importante para o sucesso da iniciativa", ressaltou a responsável.

Realizado pela Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República, o projeto prevê a capacitação inicial de 400 mulheres para trabalhos em áreas como construção civil, metalurgia e agronegócio.

"São todos sectores tradicionalmente ocupados por homens. Não temos estatísticas precisas da participação das mulheres neles, mas é possível constatar, por observação, que esta é ínfima", observou.

O curso terá como foco principalmente as mulheres em situações sociais de maior vulnerabilidade, como aquelas que sofrem violência doméstica, ou as que são mães solteiras e chefes de família.

"Todas as mulheres de baixo rendimento que demonstrem interesse poderão candidatar-se. As possíveis exigências prévias serão apenas relacionadas com a escolaridade, em cursos que o requisito for indispensável", explicou.

A Secretaria de Políticas para Mulheres foi criada no primeiro ano de Governo do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, tendo como um dos objetivos o planeamento de políticas de género que atuem em consonância com as diversas esferas do Governo Federal.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #34 em: Outubro 04, 2012, 12:15:33 am »
Dilma Rousseff quer transformar Brasil num país de classe média


A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, afirmou ao jornal britânico Financial Times que quer diminuir a desigualdade social, ao mesmo tempo que pretende reforçar a classe média no país.
 
"Eu acho que seria um ganho importante, transformar o Brasil num país com uma população de classe média", afirmou Rousseff em entrevista hoje publicada.
 
A presidente brasileira também comentou as críticas norte-americanas sobre um alegado protecionismo aplicado pelo Brasil. Segundo Rousseff, as medidas adotadas são de legítima defesa diante da situação internacional, conforme já tinha defendido no discurso proferido na 67.ª assembleia geral da ONU, na semana passada.
 
"Nós queremos um país que produza, que crie conhecimento e o aplique aqui, queremos uma mão-de-obra preparada", disse a presidente.
 
De acordo com a publicação inglesa, Rousseff defendeu as concessões em infraestruturas, como aeroportos e portos, à iniciativa privada, e afirmou querer parceiros de "qualquer origem".
 
A presidente brasileira também se referiu à queda dos juros cobrados pelos bancos no Brasil e afirmou que o país "foi o último almoço grátis" do mundo para as instituições financeiras.
 
"Nós estamos a voltar a um patamar com níveis normais de lucro. Isso significa que alguns de nós terão de começar a procurar lucros adequados em atividades produtivas que são boas para o país", disse ao jornal.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #35 em: Novembro 27, 2012, 01:15:30 pm »
Brasil retomará ritmo de crescimento a partir de 2013


Os estímulos fiscais e monetários realizados pelo Governo brasileiro no último ano apresentarão resultados a partir de 2013, com uma retoma do crescimento de cerca de 4 por cento, prevê a OCDE. "Depois de um início decepcionante, a actividade parece ter ganhado impulso no segundo semestre de 2012, como resultado do estímulo fiscal, corte de impostos e efeitos atrasados da flexibilização da política monetária, tornando-se cada vez mais visíveis", avalia o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

Para 2012, a previsão é de que a economia brasileira apresente um crescimento de 1,2 por cento.

Entre as evidências para a retomada de um crescimento mais forte a partir de 2013, o estudo cita ainda índices de confiança e de vendas no comércio, bem como a taxa de inflação controlada, com um crescimento próximo do centro da meta, de 4,5 por cento ao ano.

"Índices de confiança e vendas no retalho sugerem que o aumento da procura doméstica vai salvar a actividade, apesar do fraco ambiente externo. A recuperação virá inicialmente dos sectores mais ligados às medidas recentes de incentivo, mas depressa será generalizada", estima o relatório.

Os investimentos previstos para a realização do Mundial de 2014 bem como os Jogos Olímpicos de 2016 também são apontados como um forte indicador de que o país conseguirá manter a economia aquecida, a despeito do cenário externo.

O relatório admite, no entanto, que o Brasil, assim como os demais países emergentes que compõem o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) estão a sentir os efeitos da crise na zona do euro, principalmente na redução do volume de exportações comummente destinado a este mercado.

A OCDE alerta ainda para a adopção de políticas de protecção à indústria no Brasil - como a recente ampliação da lista de excepção do Mercosul (Mercado Comum do Sul) - a ressaltar que a medida poderá ser prejudicial no longo prazo.

"O recente aumento de tarifas para 100 itens visa dar apoio temporário aos setores da indústria que passam por um período difícil, porém, na medida em que distorcem ajustes estruturais necessários na economia, podem dificultar, no longo prazo, a melhora da produtividade", refere a organização.

A análise prevê ainda que um esperado aumento no volume de exportações ocorrerá a partir do próximo ano, mas será praticamente anulado por igual subida nas importações, o que deverá resultar numa queda na conta corrente do país num futuro próximo.

"Projecta-se que o saldo da conta corrente caia um pouco, mas isso pode ser facilmente financiado por entradas de capital, incluindo investimento estrangeiro directo", conclui a organização.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #36 em: Dezembro 01, 2012, 06:45:27 pm »
Dilma investe todas as receitas do petróleo na Educação


A partir de agora, as taxas petrolíferas que os estados brasileiros produtores de petróleo recebiam passam a ser destinadas exclusivamente à educação em todos os estados do país.

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, tomou esta sexta-feira uma decisão histórica: para os novos contratos para exploração de petróleo brasileiro em terra e mar, a taxa ou compensação que recebiam todos os anos os estados produtores de petróleo, serão agora destinados exclusivamente para a educação.

Em 2011, a taxa foi de 13.000 milhões de reais (cerca de 4.600 milhões de euros), que poderá aumentar á medida que se vão explorando novos poços de petróleo.

O Ministro da Educação, Aloizio Mercandante, que juntamente com outros três ministros apresentou o novo projeto de lei presidencial em conferência de imprensa, acentuou o valor histórico da decisão do governo de Dilma Rousseff. "Não esxite futuro melhor para o país que investir na educação", disse.

Para o ministro, "só a educação fará do Brasil uma nação efetivamente desenvolvida, já que a educação é o fundamento de todo o desenvolvimento económico futuro".

O tema das taxas petrolíferas, que depende todos os anos da produção de crude, tem sido um verdadeiro quebra-cabeças para Dilma Rousseff, já que o Congresso há muito tempo, desde os governos do ex-presidente Lula da Silva, discute se as taxas se deviam dedicar exclusivamente aos estados produtores ou a todo o país em geral, uma vez que se trata de uma riqueza nacional.

Finalmente, o Congresso aprovou uma lei neste último sentido. A partir de agora, as taxas benificiarão todos os estados.

DN
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #37 em: Janeiro 07, 2013, 04:35:28 pm »
Incentivos «não impedem» menor produção automóvel no Brasil


A produção de veículos no Brasil em 2012 caiu 2% em relação ao ano anterior, para 3,342 milhões de unidades, mesmo após as medidas de incentivo adotadas pelo Governo para apoiar o setor automóvel, foi hoje anunciado.
   
Os dados, divulgados pela Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores no Brasil (Anfavea), apontam que houve uma queda significativa da produção em dezembro relativamente a novembro, de 14%.
 
O Governo brasileiro adotou, em 2012, isenções fiscais para estimular o consumo em alguns setores, como o automóvel. Uma das mais importantes foi a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, incluindo veículos, móveis e eletrodomésticos.
 
Os estímulos, apesar de não impedirem uma queda na produção, influenciaram nas vendas do mercado interno, que tiveram um volume recorde, de 3,8 milhões de unidades, 4,6% mais do que em 2011, de acordo com a Anfavea.
 
O crescimento da economia brasileira em 2012 deve ser divulgado oficialmente apenas em março, mas analistas financeiros consultados pelo Banco Central do país apontaram para um crescimento de apenas 0,98% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Boletim Focus publicado pela instituição.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #38 em: Janeiro 16, 2013, 09:23:43 pm »
Brasil estuda três novas linhas de comboio de alta velocidade


O Governo brasileiro pretende começar este ano estudos de viabilidade para projectar três novas linhas de comboio de alta velocidade, antes mesmo da primeira, que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, sair do papel. O presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, afirmou que a intenção é começar os estudos para as novas linhas no segundo semestre de 2013, em entrevista publicada hoje pelo Valor Económico.

As três novas ligações do chamado "trem-bala" seriam entre São Paulo e Curitiba (no estado do Paraná), São Paulo e Belo Horizonte (Minas Gerais) e São Paulo e Triângulo Mineiro (também em Minas Gerais).

Figueiredo afirmou que a intenção é conduzir ao mesmo tempo os estudos de viabilidade dos trechos, para indicar "se vale a pena" fazê-los.

O concurso para a escolha da empresa que vai operar o comboio entre as cidades de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro vai ocorrer em 19 de setembro, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres brasileira (ANTT).

O Governo brasileiro tenta pôr a concurso o primeiro comboio de alta velocidade desde o ano passado, sem sucesso. Em 2011, nenhuma empresa apresentou uma proposta.

O custo estimado do projecto é de 35,6 mil milhões de reais (13 mil milhões de euros).

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #39 em: Fevereiro 19, 2013, 07:25:51 pm »
Dilma diz que 22 milhões de brasileiros saíram da miséria


O governo brasileiro retirou da pobreza extrema 22 milhões de brasileiros em dois anos e vai retirar ainda 2,5 milhões, afirmou hoje a presidente Dilma Rousseff.

"Em breve deixará de haver brasileiros na miséria. Conseguimos de junho de 2011 até hoje, dia em que assino este novo programa social, retirar 22 milhões de brasileiros e de brasileiras da miséria", afirmou Rousseff numa cerimónia em Brasília em que anunciou um complemento ao programa social "Brasil sem miséria".

Este complemento vai beneficiar até 2014 2,5 milhões de pessoas que vivem na miséria.

Quando chegou ao poder, em janeiro de 2011, Dilma Rousseff comprometeu-se a pôr fim à pobreza extrema num país com 194 milhões de habitantes, sétima economia do mundo, mas com muitas desigualdades.

Os programas sociais como a "Bolsa família", uma iniciativa do antigo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2004-2010), "diminuíram bastante a miséria" no Brasil, mas em 2011 havia ainda 22 milhões de pessoas em situação de pobreza extrema", indicou a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.

O programa "Brasil sem miséria" visa garantir que todas as famílias inscritas em programas sociais do Governo têm um rendimento mínimo de 70 reais por mês, ou seja 1,25 dólar por dia.

Tereza Campello explicou que existem ainda 700 mil famílias (cerca de 2,5 milhões de pessoas) não inscritas em programas governamentais porque vivem em regiões remotas do país, como a Amazónia, ou na periferia das grandes cidades.

"O nosso objetivo é localizar estas pessoas até 2014", quando termina o mandato de Rousseff, explicou a ministra.

DN
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #40 em: Abril 12, 2013, 10:40:20 pm »
Brasil reforça investimento na produção de medicamentos


O governo brasileiro anunciou quinta-feira uma linha de crédito de 7.000 milhões de reais (2.703 milhões de euros) para incentivar a produção nacional de medicamentos. Os recursos procuram estimular a inovação nas empresas que produzem medicamentos biológicos, especialmente para o tratamento do cancro e artrite e nas linhas dedicadas ao desenvolvimento de produtos biotecnológicos.

A linha de crédito será gerida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social que libertará recursos de 5.000 milhões de reais (1.931 milhões de euros) e o próprio Ministério da Saúde que aplicará 2.000 milhões de reais (772 milhões de euros).

O Ministério da Saúde anunciou também oito acordos com laboratórios públicos e privados que prevêem a transferência de tecnologia estrangeira para a produção de equipamentos médicos e de cinco medicamentos para tratamentos da Sida, Alzheimer, aneurisma cerebral, malária que são actualmente importados pelo Sistema Único de Saúde.

Os equipamentos serão, contudo, utilizados no tratamento de um tipo de anemia e por pessoas com incapacidade auditiva.

Com a produção nacional, o Ministério da Saúde prevê poupar 354 milhões de reais (136,6 milhões de euros) e poderá ajudar, através do Serviço Público de Saúde, a 800.000 pessoas.

Com os oito novos acordos, o Brasil passa a deter 63 contratos do género com entidades públicas e privadas que representam uma poupança de 2.500 milhões de reais (965 milhões de euros) segundo dados da Agência Brasil.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #41 em: Julho 09, 2013, 08:45:53 pm »
Governo brasileiro falhou ao não explicar benefícios do Mundial


O actual governador do Rio Grande do Sul afirmou hoje que o Governo de Dilma Rousseff falhou politicamente por não ter explicado ao povo brasileiro os benefícios económicos que a organização do Mundial 2014 irá trazer ao país.

"O governo, que fez esses contratos e foi quem decidiu fazer essas obras, é responsável por não ter explicado suficientemente quais eram os objectivos e quais eram os benefícios (...) Tratou-se de uma falha de comunicação que na verdade é uma falha política", disse em declarações à agência Lusa Tarso Genro, antigo ministro da Justiça brasileiro e figura próxima da presidente brasileira.

"Primeiro a população perdeu acesso aos estádios, a entrada e caríssima, segundo foi incomodada e no seu quotidiano devido as obras e terceiro não tinha informação sobre os benefícios económicos", sustentou o governante, explicando que "tudo isso" trouxe de cima o descontentamento geral com as "desigualdades" que ainda existem no país e com as "graves falhas" nos sistemas de saúde e de transportes públicos, entre outros.

O actual governador do Rio Grande do Sul, que falava à Lusa à margem de uma conferência em Lisboa, considerou, contudo, que os recentes protestos populares no Brasil não foram "um primeiro grande teste à presidente Dilma Rousseff, mas sim ao projecto de desenvolvimento iniciado nos governos de Lula da Silva".

"Não foi um primeiro grande teste da presidente [Dilma Rousseff], acho que ela tem sido uma boa presidente e os níveis de confiança que o povo tem nela vão voltar. Foi o primeiro grande teste do projecto de desenvolvimento que foi articulado no país com o governo do presidente Lula da Silva e que hoje está sob escrutínio", acrescentou.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #42 em: Julho 11, 2013, 09:34:15 pm »
Médicos interessados em trabalhar no Brasil terão viagem paga e visto facilitado para familiares


Os médicos estrangeiros interessados em trabalhar no Brasil terão todos os custos de viagens pagos pelo governo brasileiro e visto facilitado também para os cônjuges e dependentes, informou hoje o ministro da Saúde brasileiro, Alexandre Padilha. "O Brasil vai arcar com os custos da viagem internacional desse médico, que receberá também um visto especial, com validade de três anos, renováveis por mais três, para ele e também para os cônjuges", explicou o ministro brasileiro em conferência à imprensa estrangeira no Rio de Janeiro.

Esta segunda-feira, o Governo brasileiro lançou um plano de investimentos para a área de saúde que abrange, entre outras medidas, um programa para atracão de médicos estrangeiros para zonas carentes no interior do país.

Actualmente, o Brasil possui uma relação de 1,8 médicos para cada 1.000 habitantes, enquanto que países como Portugal e Espanha possuem um índice próximo a quatro médicos por 1.000 habitantes.

Para tornar mais atraente a deslocação desses profissionais, o ministro afirma que serão dadas todas as facilidades de documentos, como vistos e carteira de trabalho, também para os cônjuges e filhos que acompanhem o médico.

"Os prefeitos dos municípios que participam do programa têm todo o interesse em aproveitar essa mão-de-obra também dos maridos e esposas que acompanharão esses médicos", ressaltou.

As inscrições para o programa foram abertas nesta quarta-feira e vão até o dia 25 de Julho, quando haverá uma primeira ronda de escolha.

A previsão, segundo o ministro brasileiro, é de que o programa, com ordenados na ordem dos 10 mil reais (3.400 euros), atraia tanto médicos jovens, recém-formados, como profissionais mais experientes, interessados em novos desafios ligados à realidade brasileira, como trabalhar na região Amazónica e com a população indígena.

"Essa chamada é para trabalhar na unidade de saúde básica, então esperamos a adesão principalmente de médicos generalistas e de família, mas os especialistas também se podem inscrever", explicou o ministro.

Os profissionais estrangeiros que decidam aderir ao programa estarão directamente vinculados a uma universidade pública brasileira, que ficará responsável por realizar um pequeno estágio, ao longo das três primeiras semanas.

No final, o médico receberá um certificado de especialista em Atenção Básica, emitido por uma universidade brasileira.

Ainda de acordo com Padilha, o governo já negocia o reconhecimento desse certificado com instituições de Espanha e Portugal, para que os profissionais recebam os créditos pelo trabalho nos seus países de origem.

O programa "Mais Médicos para o Brasil", anunciado esta semana pela presidente Dilma Rousseff, está aliado a um amplo programa que prevê também a ampliação nas vagas dos cursos de medicina, além de investimentos da ordem de 7,5 mil milhões de reais (2,5 mil milhões de euros) na construção e modernização de novas unidades de atendimento médico, até 2015.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #43 em: Agosto 12, 2013, 01:38:55 pm »
Brasil vai propor acordo comercial a Bruxelas separado do Mercosul


O Brasil está a ponderar apresentar uma proposta para um acordo comercial com a União Europeia para além daquele em negociação entre a Europa e outros quatro países da América Latina, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, António Patriota avançou que a intenção é apresentar a proposta no final deste mês, não revelando, no entanto, os contornos da tentativa de acordo comercial.

"Há condições objectivas para fazermos avanços no campo do acordo entre a Mercosul e a União Europeia, mas há também a ideia de que cada país pode avançar separadamente, a velocidades diferentes", disse.

De acordo com a análise do Financial Times, a intenção do Brasil está relacionada não só com o atraso no acordo entre a União Europeia e os cinco países do Mercosul (Brasil, Argentina, Venezuela, Paraguai e Uruguai), mas também com o próprio crescimento económico do Brasil, que para o ano perde o estatuto preferencial na relação económica com a União Europeia por ter sido reclassificado como um país de rendimento médio/elevado.

O Brasil, a quarta economia da América Latina, foi responsável, em 2011, por 37% do comércio entre a Europa e os países da América Latina, valendo cerca de 80 mil milhões de dólares (pouco mais de 60 mil milhões de euros), de acordo com os números da Comissão Europeia.

Os economistas e analistas contactados pelo Financial Times para comentarem a intenção aprovam a ideia, considerando que o Brasil corre o risco de ficar para trás por causa das demoradas negociações, que se arrastam desde há mais de uma década, e que um acordo com a Europa faz todo o sentido para o Brasil.

Um exemplo das dificuldades que o Brasil sente foi, aliás, expresso pelo presidente da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Brasileira, numa entrevista à Lusa em Junho, por ocasião da visita da presidente brasileira a Portugal.

O grande entrave ao aumento do fluxo comercial entre Portugal e Brasil é a falta de diálogo franco e aberto entre a União Europeia e o Mercosul, disse António Bustorff, salientando que os acordos bilaterais eram precisamente a solução.

Lusa
 

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Re: Economia do Brasil
« Responder #44 em: Agosto 13, 2013, 02:28:16 pm »
Brasil adia novamente concurso da primeira linha de alta velocidade


O Governo brasileiro anunciou hoje um novo adiamento, de pelo menos um ano, da licitação da primeira linha de comboio de alta velocidade do país, entre Rio de Janeiro e São Paulo. O presidente da empresa que organiza a operação, a Empresa de Planeamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, informou que a decisão foi tomada depois de conversar com os consórcios de Alemanha, Espanha e França.

Os franceses estavam dispostos a participar já na operação, mas os espanhóis pediram "mais tempo" e os alemães que fosse atrasada mais de um ano, especificou Figueiredo, durante uma conferência de imprensa.

Estava previsto que os consórcios interessados entregassem as suas propostas na próxima sexta-feira e o vencedor fosse anunciado em 19 de Setembro.

O ministro dos Transportes, César Borges, afirmou, na mesma ocasião, que o projecto "está de pé" e vai exigir um investimento equivalente a cerca de 13 mil milhões de euros.

Borges acrescentou que, apesar do novo adiamento, mantém-se a previsão para 2020 do início do funcionamento da linha férrea, que vai ter uma extensão de 511 quilómetros.

O comboio de alta velocidade, o primeiro do Brasil e da América Latina, vai unir Rio e São Paulo e terá um ramal para a cidade de Campinas, situada a cem quilómetros de São Paulo.

O projecto foi anunciado inicialmente em 2007, adiado por duas vezes para dar mais tempo aos potenciais interessados e licitado em Julho de 2011, mas então sem nenhuma empresa se apresentar, em resultado do que o Governo brasileiro reformulou o concurso, tendo-o dividido em duas fases.

A primeira etapa, a que foi adiada hoje, refere-se à operação da linha e à sua manutenção, enquanto a segunda, ainda sem data, vai ser escolhida a empresa que vai construir a infra-estrutura.

Lusa