Brasil: Potência, mas sem influência

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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #150 em: Novembro 09, 2010, 05:39:43 pm »
Citação de: "papatango"
Os quadrinhos e as fotografiazinhas com que nos brinda, dão apenas colorido a uma meia verdade utilizada pelos comunistas brasileiros para eleger uma radical para a presidência da república.

Está a referir-se então, entre muitos outros, ao Banco Central do Brasil, ao Banco Nacional para o Desenvolvimento, à British Broadcasting Corporation, ao Fundo Monetário Internacional, à Marinha do Brasil, etc....   :roll:

"Radical"  :oops:

Este tem sido o tempêro básico do seu ideário. É todo um colorido histriónico com que PapaTango nos brinda, lá do fundo dos anos 70. Mas qual o verdadeiro significado? Apenas nos revelam o extremismo de quem os aponta. Um medo bizarro levado ao extremo de "caçar bruxas"... onde elas não existem.

Aliás, a esses qualificativos gratuitos e completamente desajustados, poder-se-iam recordar outras da mesma proveniência obsessiva: ele são "extremistas", "marxistas", "terroristas" e até "fascistas" (porque não, se vale tudo...?). E não apenas os políticos incómodos para mentes estreitas. Também quem se atreve ao pecado capital de escrever sobre eles e respectivas políticas.

O vazio de conteúdo neste tipo de pseudo-argumentação (martelar infantilidades como se estivesse no São João do Porto) é tão grande que neles caberiam a cordilheira dos Himalaias e mais alguma coisinha.

A incapacidade de reconhecer mérito a quem fez um bom trabalho é suficientemente reveladora do preconceito que inquina todo o argumentário repetido. Esse absurdo atinge o auge quando se invoca Marx numa sociedade onde a economia de mercado é rainha e a ascensão de uma nova classe média domina numa escala sem precedentes, assim como os investimentos estrangeiros alcançam novos horizontes. Isto, no 12.º ano de escolaridade, dava direito a reprovação no exame.

A sua indisposição crónica relativamente ao Lula prende-se com a impossibilidade - por muito que o tente forçar à pressão - de colocar uma etiqueta de Chavista na testa do ainda Presidente do Brasil. Isso é que deixa muita malta doida.

Vou apenas indicar para medalha de Frase do Ano/Prémio «Olhe Que Não» a seguinte sequência de pérolas de nonsense:

Citação de: "papatango"
As politicas de liberalização económica do governo FHC foram iniciadas nos anos 90 e os mercados esperaram para ver o que acontecia com o Lula em 2002.

Citação de: "papatango"
Sem o embasamento das politicas do FHC, em 2002 o Lula teria sido forçado a escolher um caminho DELE, em vez de continuar no caminho que já estava traçado.
Esse caminho, seria na melhor das hipóteses uma espécie de via estatizante como a que vimos na Venezuela de Chavez, como aliás muitos dentro do PT estavam à espera.

Nem o Paulo Coelho diria melhor.
 
I rest my case.

P.S. Mais um gráfico bonitinho.

"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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papatango

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #151 em: Novembro 09, 2010, 07:04:03 pm »
Citação de: "João Vaz"
Está a referir-se então, entre muitos outros, ao Banco Central do Brasil, ao Banco Nacional para o Desenvolvimento, à British Broadcasting Corporation, ao Fundo Monetário Internacional, à Marinha do Brasil, etc...

Ó senhor Vaz, deve ser mesmo raivinha …

Comunistas são os comunistas, não deveria haver grande dúvida sobre isso. Constituem a ala radical do Partido dos Trabalhadores, que é uma mistura de partido os verdes com o Bloco de esquerda, juntando uma costela do Partido Socialista por causa da grande tendência para o latrocinio que caracteriza o PT.


Citação de: "João Vaz"
Este tem sido o tempêro básico do seu ideário. É todo um colorido histriónico com que PapaTango nos brinda, lá do fundo dos anos 70. Mas qual o verdadeiro significado? Apenas nos revelam o extremismo de quem os aponta. Um medo bizarro levado ao extremo de "caçar bruxas"... onde elas não existem.

Ò homem, não seja Tono, que até começa a meter impressão.
Será que isso que tem dentro do crânio é assim tão pouco utilizado?

Pela enésima vez, tento explicar facilzinho para ver se você entende:


Quando Lula da Silva chegou ao poder em 2002, ele tinha a possibilidade de fazer o que o PT queria que fizesse:
Seguir uma politica de estatização e socialização da economia brasileira, seguindo a via Chavista.

Em 2002, Lula da Silva, decidiu não seguir a linha marxista que muitos julgavam que seguiria por influência dos radicais do PT.

Ao invés, Lula da Silva manteve a esmagadora maioria das politicas que tinham sido delineadas pelo seu antecessor, que tinham em vista aproveitar as potencialidades brasileiras aproveitando a globalização em favor do Brasil.

Lula percebeu, como Fernando Henrique e muitos outros, que as empresas brasileiras (habituadas a um mercado de grande dimensão) estavam em condições de competir internacionalmente e aceitou e implementou politicas económicas muito mais liberais.


Agora, passados oito anos, vemos elogios a Lula da Silva, como se as politicas fossem dele !

NÃO FORAM DELE !
ELE LIMITOU-SE A PROSSEGUIR UMA POLITICA JÁ DELINEADA !
A UNICA COISA QUE FEZ FOI COLOCAR A ASSINATURA DELE NAS MESMAS LEIS E SEGUIR EM FRENTE !


Você pode dizer que as Nações Unidas, a BBC, o George W Bush, O Dalai Lama ou o Império Klingon elogiaram o Lula por ele ter aceite - em 2002 - seguir politicas neo liberais.
O Lula tem o mérito de ter seguido essas politicas que eram contrárias ao seu programa

Mas não tem o mérito de as ter cozinhado, organizado e implementado de raiz. Quem o  fez foi o governo FHC, e por isso os comunistas ainda hoje o consideram o Diabo na terra.

Agora, passados oito anos de sucesso resultado de politicas neo-liberais no Brasil, que legitimidade têm os comunistas para vir dizer que os sucessos brasileiros são resultado das ideias da esquerda brasileira ?

Há apenas uma palavra para designar essas afirmações :
MENTIRA !

Citação de: "João Vaz"
O vazio de conteúdo neste tipo de pseudo-argumentação (martelar infantilidades como se estivesse no São João do Porto) é tão grande que neles caberiam a cordilheira dos Himalaias e mais alguma coisinha.
(...)
A incapacidade de reconhecer mérito a quem fez um bom trabalho é suficientemente reveladora do preconceito

 :roll:  :roll:
Não seja «Tono» !
Uma coisa é reconhecer que em 2002 o Lula decidiu-se por prosseguir uma politica neo liberal baseada nas politicas iniciadas pelo FHC (parcialmente até pelo Color e pelo Itamar), outra coisa é aceitar a MENTIRA de que as politicas seguidas depois de 2002  foram do  Lula e não do governo anterior.


A sua afirmação, é tão disparatada, como seria afirmar que a China se transformou no potentado economico que é hoje, porque o comunismo é uma coisa boa e uma ideologia de futuro.
A China comunista é rica, porque explora o neo-liberalismo económico a um ponto que chega ao deboche, não por ser um país comunista.
A China pode ser um sucesso, mas não é por causa do comunismo e da ditadura do Partido Comunista.


O Brasil teve sucesso durante o governo Lula, não por causa de politicas de esquerda de autoria do Lula, mas sim porque este se limitou a aproveitar o trabalho dificil que já estava feito antes e também por causa das características intrínsecas do país, dimensão, economia de escala, grande capacidade para produção agricola etc....


Estes são os factos, quando se tenta raciocinar de forma razoável e lógica, sem o já característico ranço da esquerda corrupta.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #152 em: Novembro 10, 2010, 12:45:43 pm »
Citar
:arrow: http://www.npr.org/blogs/money/2010/11/09/131192182/cotton?ft=1&f=93559255

Planet Money is making the most thoroughly explained t-shirt in the history of the universe. Last week, we nailed down the design. Today's task: Buying four bales of cotton.

You can buy cotton from all over the place — Uzbekistan, Australia, Mali. But I started with the U.S., the world's largest cotton exporter.

I visited Dahlin Hancock, a fourth generation cotton farmer in New Home, Texas. We talked about the cotton business, and he showed me around.

Then he started hammering on two points:

We should buy from him.
We should definitely not buy from Brazil.
Point number one is self-explanatory. As for point number two, here's what Dahlin had to say about Brazil:


They lash out at us … They keep coming to the table, coming to the court and always griping and always bitching and complaining.

In other words, the United States and Brazil are in the middle of a war over cotton. It's an emotional and quiet war complete with global retaliation and a $147 million bribe.  It all started with a man named Pedro Camargo.

Pedro is a Brazilian cattle farmer and former trade official. He has huge glasses and a gray bushy mustache. He says the U.S. is cheating.

 
U.S. cotton farmers, Pedro says, get subsidies from the U.S. government that add up to somewhere between $1.5 billion and $4 billion a year.

"We want to compete farmer against farmer," Pedro says. "Not Brazilian farmer and the American farmer with the help of the United States government."

He says the U.S. isn't following the World Trade Organization's rules of global trade — rules that the U.S., Brazil and 151 other countries have agreed to follow.

Pedro became secretary of trade in the Brazilian Agriculture Department in 2000; two years later, Brazil filed a case against the U.S. at the WTO.

Brazil won the case in 2004, but nothing changed. The U.S. kept the subsidies in place almost exactly as they had been.

The U.S. appealed, and the case made the rounds at the WTO for seven years. The U.S. kept losing its appeals, but the subsidies stayed in place. And there wasn't anything the WTO could do about it.

"The WTO has no legal authority to make any sovereign country do anything," says James Baucus, a former WTO judge. "It has no police force; it has no black helicopters."

But Brazil did have one option: Retaliation.

WTO rules let the winning country — in this case Brazil — tax imports from the losing country.

So Brazilian officials decided to threaten some powerful American industries with taxes, in an effort to recruit them into their battle against American cotton.

They made a list of 102 products and got in touch with powerful American business groups. They said the new import tax would apply within 30 days — unless the U.S. government sent a team to Brazil to negotiate the cotton issue.

It worked.

The list turned American wheat growers and shoe makers (among others) into Brazil's allies, and they pressured Washington to send a team to Brazil to try to work things out.

Here is where our story takes it last and final twist.

The American negotiators sat down in Brazil and immediately declared it impossible to get rid of the cotton subsidies right away. But the two sides came to an agreement.

The U.S. would pay Brazilian cotton farmers $147 million a year, and Brazil would drop the threat of retaliation.

To review: The United States was found to be illegally subsidizing U.S. cotton farmers. We are still subsidizing U.S. cotton farmers. Now we're paying Brazilian cotton farmers, too.


"Maybe it's a bribe," Camargo says. "For Brazilian farmers, it's a lot of money."

In the meantime, we still need four bales of cotton for our t-shirts.

We have an excellent mill in North Carolina that will turn our cotton into fabric And for the most part, American mills, thanks to a whole other set of U.S. trade policies, typically only buy U.S. cotton.

So in the end, the choice has already largely been made for us: We're buying U.S. cotton.

Besides, we've already paid for a big chunk of it with our taxes.
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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #153 em: Novembro 10, 2010, 01:19:52 pm »
PapaTono: o delírio continua... quantos são, quantos são? comunistas, esquerdistas, terroristas, maoístas, verdes, radicais livres e outros banhistas (espera lá...  :lol: vou mas é continuar a chamar-lhes nomes, para ver se colam)  :G-beer2:
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #154 em: Novembro 10, 2010, 04:02:50 pm »
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #155 em: Novembro 10, 2010, 04:57:16 pm »


Eu sei, as suas ideias neste tópico esgotaram-se há muito num catálogo diminuto de qualificativos primários (e à conta disso já se espetou ao comprido noutro tópico). Como diria Felipão Scolari: e o Troll sou eu...  :mrgreen: ).



Na verdade, este tema ainda só agora começou a ser desenvolvido. As "polémicas" fazem parte de qualquer debate, mas para manter a qualidade do mesmo é indispensável a dialéctica aristotélica. E dados reconhecidamente válidos. Não é pedir muito, pois não?  c34x
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papatango

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #156 em: Novembro 10, 2010, 07:42:32 pm »
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #157 em: Novembro 11, 2010, 05:01:56 pm »
Continua a rodar em seco, imaginando inimigos em toda a parte  c34x ].  

A primeira é o projecto da fábrica de antirretrovirais, com tecnologia doada pelo Brasil, e a segunda é o lançamento dos três primeiros pólos da Universidade Aberta do Brasil em África - em Maputo, Beira e Lichinga.  

Fontes diplomáticas informaram ainda à Lusa que Lula da Silva vai lançar também o programa Pró-Savana para o desenvolvimento da agricultura no Centro e no Norte de Moçambique.  

Durante a visita, o presidente brasileiro deverá discutir ainda com as autoridades moçambicanas a possibilidade de aumento de uma linha de crédito bilateral para exportação de produtos e serviços brasileiros, aberta em 2009, no valor de 300 milhões de dólares.
 (...)"

Angola Press

O Globo (Rio de Janeiro)


O Brasil apoia ou sustenta mais de 30 projectos através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) nas áreas da Saúde, Desporto, Agricultura, Educação e Ciência e Tecnologia. O governo brasileiro ampliou significativamente a sua presença no continente na área diplomática, com representações em 34 dos 534 países africanos.

A África é hoje a quarta maior parceira comercial do Brasil. O total de negócios passou de 5 bilhões de dólares em 2003 para 29 bilhões de dólares em 2009. Também cresceu o número de empresas brasileiras operando em África.


O jornal moçambicano O País destacou a visita de Lula com uma reportagem de capa intitulada “A visita de um amigo”.

vai conhecer o local onde está sendo instalada uma fábrica de medicamentos antirretrovirais construída na cidade da Matola, vizinha de Maputo, financiada pelo governo brasileiro. O projecto nasceu há sete anos, durante a primeira visita de Lula ao país.

A unidade industrial vai também produzir outros importantes medicamentos destinados ao Sistema Nacional de Saúde e à exportação. Será a primeira fábrica pública de medicamentos contra a SIDA em África. Até agora, o continente tem apenas pequenas fábricas privadas na África do Sul, no Quénia e em Uganda.

Ainda em Maputo, Lula vai orientar, no Instituto Nacional de Ensino à Distância, a aula inaugural do pólo da Universidade Aberta do Brasil. Trata-se de uma instituição de ensino à distância, baseada em São Paulo, que vai acolher até 9.000 estudantes.

De entre os projetos, constam ainda o de melhoramento agrícola nas áreas de reflorestamento de Machipanda - fronteira com o Zimbabwe -, entre outros.

Foi no governo de Lula que, em 2004, a companhia brasileira Vale do Rio Doce, agora Vale, entrou no país para efectuar um investimento na ordem de 1,3 bilhão de dólares na exploração de carvão mineral, na cidade de Moatize.

A Vale também estuda a possibilidade de produzir energia a partir de termoelétricas, num investimento na ordem de 2,3 bilhões de dólares. A mineradora, cujo diretor-presidente, Rogger Agnelli, é assessor internacional de Armando Guebuza, pretende ainda explorar fosfato na província de Nampula.

Um outro gigante brasileiro ganhou o concurso para construir o importante Aeroporto Internacional de Nacala. As obras, estimadas em 112 milhões de dólares, foram adjudicadas à empresa brasileira Odebrecht, que terá 23 meses para transformar a atual Base Aérea de Nacala em aeroporto internacional.

Fonte: O País (Maputo)

Tendo em conta infos do Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty, Brasília)

Tudo isto tentando não empregar terminologia estridente como "extremista", "terrorista", "comunista" ou qualquer outra tosta "mista". Conteúdo, meu caro, conteúdo  c34x
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papatango

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #158 em: Novembro 11, 2010, 11:31:12 pm »
Senhor Vaz. Calculo que vindo de quem vem, e conhecendo já a sua arrogância, desinteligência e acima de tudo precipitação, volto a lembrar-lhe que fiz o seguinte comentário na página 6 :
Citar
O Lula tem sucesso num país com um crescimento económico considerável, resultado da aplicação de leis laborais liberais.
O crescimento dos grandes grupos economicos e a exportação de matérias primas, apoiam um superavit comercial considerável.

Ou seja, eu nunca coloquei em causa o crescimento brasileiro. E NUNCA DISSE NADA QUE CONTRARIASSE ISSO.
Nunca disse que o crescimento não existia
Nunca disse que a influência não existia.

Eu afirmei que as politicas que levaram à actual situação, foram as politicas neoliberais que foram implementadas depois de 2002, quando o Lula prosseguiu grosso modo a politica do governo anterior.
Os comunistas mais radicais não aplicaram nenhuma política, porque aliás ficaram irritados com o próprio Lula. Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

São de sua autoria os disparates seguintes (que já são desgraçadamente seu apanágio), fazendo afirmações vazias de conteúdo, inventando e mentido de forma descarada, para depois contrapor respostas a afirmações que nunca foram proferidas. Esse truque é velho e típico daquilo que se costuma chamar de TROLL !

Deixe-se de raivinhas de dentes e deixe de se meter com as pessoas, que poderemos prosseguir normalmente.
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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #159 em: Novembro 12, 2010, 11:21:44 am »
Citação de: "papatango"
Essa mesma ala, veio aumentando o seu poder até 2010, altura em que consegue colocar a antiga terrorista Dilma no poder.

Disseste bem: ANTIGA. E a palavra "terrorista" está aí mal empregada, pois segundo eu me lembre, o terrorismo em questão na época era o terrorismo de estado praticado pela ditadura militar no Brasil à época.

E, definir a Dilma como "antiga terrorista", é como definir o Papa como "antigo oficial nazista". Ou seja, não faz o menor sentido, dado que "águas passadas não movem moinhos".

E por favor, peço encarecidamente que paremos com as rusgas e voltemos ao assunto do tópico.
"Não corte uma árvore no Inverno; pois sentirás falta dela no Verão." Jairo Navarro Dias
 

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #160 em: Novembro 17, 2010, 12:42:42 am »
Citar
Armas são decisivas para entrada em Conselho de Segurança da ONU, dizem analistas

O apoio dos EUA à pretensão da Índia a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) pode ser explicado, segundo especialistas, pelo arsenal de guerra de Nova Déli – que inclui pelo menos 60 ogivas nucleares e um Exército com mais de 1,3 milhão de combatentes.

O presidente Barack Obama oficializou o apoio à Índia na semana passada, durante visita ao país.

Pesou em sua decisão o fato de os indianos serem o maior contraponto militar à China no sul da Ásia. Mas o apoio não ocorreria se o país não contasse com armas nucleares, segundo um general da alta cúpula do Exército brasileiro, que pediu para não ser identificado.

Segundo estimativa do Sipri (Instituto Internacional de Pesquisas de Estocolmo), a Índia tem entre 60 e 80 armas nucleares.

Fora isso, possui um dos maiores Exércitos convencionais do mundo, além de grande quantidade de armas estratégicas, entre elas mais de 4.000 tanques pesados, 11 mil peças de artilharia, 660 caças e uma Marinha forte, cuja frota conta com um porta-aviões e um submarino de propulsão nuclear.

Em 2008, o país investiu na área militar mais de US$ 30 bilhões, o equivalente a 2,6% de seu PIB (Produto Interno Bruto). O Brasil investiu mais de US$ 23 bilhões, cerca de 1,5% do PIB no mesmo ano, segundo o Sipri.

Os EUA, maior potência militar do globo, gastou mais de US$ 610 bilhões (4,3%).

“Para ser membro permanente do Conselho de Segurança, o país tem que ser reconhecido como potência militar, o que não é o caso [do Brasil]“, afirma o pesquisador da Unicamp e coronel da reserva Geraldo Cavagnari.

Segundo o pesquisador, como o Conselho de Segurança é um órgão político (e não econômico), “independente do peso da economia de um país, ele terá que possuir armas para integrá-lo”.

Para ele, a diferença de tamanho das forças armadas da Índia e do Brasil não é fruto apenas de decisões políticas. A localização estratégica dos países pesa na balança.

Enquanto o Brasil fica em uma região considerada extremamente estável (América do Sul, Atlântico e Pacífico sul), a Índia tem uma população cinco vezes maior, situa-se em um possível teatro de guerras futuro e vive a possibilidade permanente de conflito com o Paquistão – outra força nuclear.

MISSÕES DE PAZ

Sem os recursos necessários para se tornar uma potência militar, o Brasil tenta obter prestígio internacional participando de missões de paz das Nações Unidas.

A maior delas hoje é a Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti), em que o Brasil mantém mais de 2.000 capacetes azuis.

Porém, os recursos escassos prejudicam até a participação nesse tipo de missão.

Em meados de agosto, o Itamaraty conseguiu, em negociação com a ONU, o comando da Força Tarefa Naval das Nações Unidas, que hoje atua na proteção da área costeira do Líbano.

Em troca, o Brasil deveria emprestar apenas um navio de sua esquadra de guerra. A negociação emperrou no Ministério da Defesa, que afirmou que não poderia prescindir de uma embarcação na defesa do litoral do país.

Hoje, negocia-se a ida de oficiais da Marinha para integrar a missão e, no ano que vem, o deslocamento de tropas terrestres.

Porém, mesmo quando a comparação é sobre missões de paz, a participação do Brasil é inferior à da Índia – que tem quatro vezes mais tropas a serviço da ONU.

Para Cavagnari, a participação em operações de paz é positiva para o Brasil, mas não o torna uma potência.

“O Brasil passa a ser um país confiável porque contribui com a paz mundial. Mas ter um papel significativo nas decisões mundiais é outra coisa”, disse.

Fonte: Folha Online
 

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #161 em: Novembro 17, 2010, 10:12:20 am »
Eu sempre fui critico em relação às missões no estrangeiro pelas Forças Armadas Brasileiras. São sempre poucos militares e missões todas elas escolhidas a dedo. 2000 militares para um país como o Brasil é irisório, Portugal que é uma formiguinha em relação ao Brasil mantém salvo erro perto de 700 militares em missões internacionais.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #162 em: Dezembro 21, 2010, 03:06:17 pm »
A Europa tem uma distorção da América Latina, certamente, oriunda de uma imprensa que apenas sabe falar mal e justifica tal oposição como ou liberdade de expressão da imprensa ou análise crítica dos fatos. De fatos o mundo está cheio; e, no Brasil, os fatos considerados “verdades absolutas” atolam o judiciário brasileiro por distorções e manifestações de opiniões pessoais com base em senso comum onde o respaldo acadêmico é deixado aos intelectuais cujo tempo não usufruem para o trabalho braçal. Portanto, quando se lê Brasil, não se lê tráfico de drogas, violência ou corrupção, ao contrário, tanto estes aspectos acontecem em nossa pátria, acontecem também em Portugal, Espanha, China, EUA, etc. mas não se deve levar à cunha como algo predominante em toda sociedade: é a chama ignorância popular em aceitar tudo o que se lê ou o que se vê.
 

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #163 em: Fevereiro 04, 2011, 06:27:31 pm »
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Brasileiras no Egito são resgatadas por um avião da FAP
Duas brasileiras que estavam no Egito durante os protestos dos últimos dias recorreram a um avião da Força Aérea de Portugal para deixar o país


http://www.aereo.jor.br/2011/02/04/brasileiras-no-egito-sao-resgatadas-por-um-aviao-da-fap/

Era muito difícil tentar coordenar as coisa com o nosso governo?!
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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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HaDeS

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #164 em: Junho 04, 2011, 07:17:42 am »
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China age para vetar o Brasil no Conselho de Segurança da ONU
A China, o mais poderoso país do Brics, grupo que o Brasil integra, ampliou ofensiva diplomática contra tentativas de ampliação do Conselho de Segurança das Nações Unidas, uma das reivindicações da política externa brasileira. O Valor  apurou que o governo chinês tenta agora torpedear um projeto de resolução que o G-4 – Brasil, Índia, Alemanha e Japão, todos candidatos a um assento permanente no Conselho de Segurança – planeja apresentar em breve à Assembleia Geral da ONU.

O projeto, que tem 71 apoios firmes, procura fazer com que a Assembleia sancione a necessidade de expandir as duas categorias de membros do Conselho de Segurança, os permanentes e os não permanentes. É uma tentativa de dar fôlego politico à discussão e obter o reconhecimento de que o mundo mudou e que as mudanças têm de ser incorporadas na estrutura das instituições de governança global.

O governo chinês mandou seus representantes advertirem as delegações diplomáticas africanas na sede da ONU, em Nova York, a não apoiarem nenhuma resolução por reforma do Conselho de Segurança. Para ter a certeza de que a mensagem foi bem recebida, Pequim também despachou emissários a capitais na África.

Nos círculos do G-8, dos países industrializados, fontes confirmaram também a existência de um telegrama diplomático atribuído à missão americana na ONU, que teria sido divulgado pelo Wikileaks, relatando antiga demanda da China para os Estados Unidos não levarem adiante uma reforma na organização.

No plano bilateral, Pequim tem dito ao Brasil que no momento adequado não vai complicar o pleito brasileiro. No entanto, o sentimento é de que os chineses fazem tudo para que esse momento nunca chegue.

A pressão chinesa visa bloquear a entrada do Japão e garantir para si a posição de único emergente com assento permanente no Conselho, o que lhe dá a aura de representante dos países em desenvolvimento. Se entram Brasil e Índia, os chineses tem reduzido seu poder.

A China não tem sido especialmente solidária com os países em desenvolvimento na cena multilateral. Na reforma das quotas para dar mais poder aos emergentes no Fundo Monetário Internacional, em 2010, Pequim não ajudou o Brasil a lutar por um resultado mais amplo e equilibrado. Agora, tampouco quer brigar por um representante emergente para dirigir o Fundo, preferindo apostar na conquista para um chinês do cargo de número dois.

FONTE: Jornal Valor