Brasil: Potência, mas sem influência

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reij

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #120 em: Novembro 02, 2010, 09:30:11 pm »
"Ó amigo Reij,então dizer certas verdades é ser ignorante?
nem queira saber o que pensa a maioria dos Portugueses acerca dos Brasileiros que estão aqui!
Atenção que refiro-me aos Brasileiros que vivem cá.
Conheço aqui um ou outro que é gente boa mas a esmagadora maioria não presta."

infelismente eles estão perdendo tempo ai em portugal, não demora caso sua situação economica deteriore, provavelmente é o que vai acontecer voçês portuguerses começarão a fazer como os espanhois que jogam a culpa de estarem na merda nos emigrantes, portugal por estar numa situação infinitamente pior que a espanha(que ja é lastimavel), diria com um pe e meio na cova, não é atrativo para ninguem, eles deveriam retornar infelismente pelos laços que se criam amizades, vizinhos e tals, familias,  continuam e so partirão quando a situação ficar insustentavel, porem de novo falo, o futuro de portugal é negro deveriam todos voltar pois pra portugal a maioria das pessoas que foram embora nos anos 90 e inicio do seculo XXi eram muito qualificadas, so isso, quanto ao cidadão papatango ja demonstrei a realidade se ele quer acreditar no informe, blz vivo no bradil posso falar como é se não quer acreditar problema dele, não posso fazer mais nada, apenas considera-lo ignorante, alias como tenho repetido.

enquanto ele pensa isso estamos cada dia melhor e ele e provavelmente toda a região onde vive cada dia pior, se estar em situação dificil for como a maioria dos brasileiros vive hoje(na opinião do moço) então estamos muito bem obrigado......
ele leu em algum lugar, e tirou suas conclusões nos vivemos no brasil não precisamos tirar conclusões baseada em algum texto, e não vemos em lugar nenhum o que ele disse, por isso, continuaremos nessa situação dificil :mrgreen:

o vidinha dificil que temos no brasil acho que vamos para portugal que é o paraiso na terra
 

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papatango

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #121 em: Novembro 02, 2010, 09:48:40 pm »
Citação de: "Xico Xavier"
Ó amigo Reij,então dizer certas verdades é ser ignorante?
nem queira saber o que pensa a maioria dos Portugueses acerca dos Brasileiros que estão aqui!
Atenção que refiro-me aos Brasileiros que vivem cá.
Conheço aqui um ou outro que é gente boa mas a esmagadora maioria não presta.

Não tenho ideia de que a maioria dos brasileiros sejam gente que «não presta». Não entendo sequer o que é uma pessoa que não presta. Existem pessoas de todos os lados que têm habitos que entram em conflito com os nossos, mas não temos o direito de achar que são gente que não presta.
Isso levaria muitas interpretações que sinceramente nem sequer entendo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Thiago Barbosa

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #122 em: Novembro 03, 2010, 01:07:38 am »
Faça a idéia de Brasil que quiser, Papatango. Tô cagando e andando. Se para você é mais agradável pensar dessa forma. Agora, se Portugal saísse da Zona do Euro, para onde iria sua arrogância e o valor da sua moeda, claro? rs
Sem mais.
Sds.
 

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Thiago Barbosa

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #123 em: Novembro 03, 2010, 01:09:16 am »
E sobre imigração Xico Xavier, acho que há mais portugueses no Brasil do que brasileiros em Portugal. Não sei sobre números, mas...
 

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Thiago Barbosa

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #124 em: Novembro 03, 2010, 01:21:18 am »
Saindo um pouco do assunto, olhem o que eu achei. É engraçado:

Portugueses pobres no Brasil

Esses pequenos proprietários rurais pobres, rudes, originários do norte de Portugal, da região do Minho, contribuíram para a formação da imagem negativa e preconceituosa do imigrante português, estigmatizando-os como pessoas intelectualmente pouco qualificadas.

Na segunda metade do século XIX já aparecem os primeiros livros de anedotas, fazendo críticas sutis à herança colonial. O anedotário deve ser entendido como o lado mais popular do debate entre políticos e intelectuais do país que se preocupavam, sobretudo, em definir e afirmar a identidade nacional. Nesse contexto, as anedotas expressavam a rejeição do povo brasileiro ao seu passado colonial.

Os imigrantes pobres são retratados por um escritor da década de 1820, Raimundo da Cunha Mattos. Diz ele que o português pobre, ao desembarcar nos portos brasileiros, vestia polaina de saragoça, (...) e calção, colete de baetão encarnado com seus corações e meia (...) geralmente desembarcavam dos navios com um pau às costas, duas réstia de cebolas, e outras tantas de alhos... e ... uma trouxinha de pano de linho debaixo do braço. Eram minhotos que, para sobreviver, dormiam na rua e procuravam ajuda de instituições de caridade.
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #125 em: Novembro 03, 2010, 11:58:12 am »
Eu acho que o pessoal tem que parar de usar a bílis antes de escrever no fórum.

Thiago o PT não é anti-Brasil, muito pelo contrário, se leres o que ele escreve sobre os políticos Portugueses, verás que não difere do que ele diz sobre os Brasileiros. Ele não gosta é de "bermelhos", comunas e comedores de criancinhas (também conhecidos por Socialistas cá em Portugal).

O que ele e muitos colegas cá do fórum (incluindo eu) não gostam é de planos despesistas como o dito programa social de Bolsa família.

É também verdade que enquanto Portugal e a Europa andam devagar e com sinais claros de fragilidades internas, o Brasil cresce a bom ritmo, mas não é verdade que se viva melhor no Brasil do que em Portugal. Isso é garantido e é facilmente comprovavel usando a estatística. O rendimento per capita, a segurança, saúde, etc; todos estes elementos são superiores em Portugal. Isso é um facto.

Li o artigo que colocou sobre os emigrantes Portugueses que foram para aí à tantos anos e ao contrário de se calhar muitos Portugueses aqui no fórum não fiquei ofendido, pelo contrário fiquei ao mesmo tempo triste e orgulhoso. Triste por ver como houve tantos Portugueses a terem que emigrar para ganharem o seu pão, orgulhoso por saber que muitos deles triunfaram e as gerações posteriores são exemplos de integração na sociedade Brasileira e sucesso no mundo académico e laboral.

Em Portugal houve duas vagas de emigração muito diferentes, uma feita por técnicos especializados e superiores e outra pelos que estavam a fugir à fome (tal como os Portugueses que foram para aí até aos anos 50). Posso dizer-te que uma das coisas que mais detesto são as telenovelas, e posso dizer-te que Portugal é o 4º maior produtor dessas ditas "obras". Isso foi conseguido em parte graças aos técnicos Brasileiros que vieram para aqui trabalhar. Lembro-me de uma TAP que é gerida por um Brasileiro, lembro-me dos dentistas Brasileiros...

A segunda vaga é de pessoas sem qualquer tipo de qualificações académicas, pobres e que mal têm para comer. Na escola de condução onde tirei a carta havia imensos Brasileiros já com os seus 30 anos para cima que não tinham carta de condução e que graças ao que ganhavam cá, já dava para esse "luxo", vi muitos Brasileiros a comprarem pela primeira vez um carro (a imagem estereotipada do emigrante Brasileiro é de um tipo com um Fiat Punto a cair aos bocados com um ou mais telemóveis/celulares no Português além-mar topo de gama).

Nisto tudo o que tenho a dizer é:

1-   Espero que o Brasil chegue ao top 5 no PIB mundial;
2-   Espero que os Brasileiros vejam a sua qualidade de vida melhorada, já que nesse aspecto ainda há muito para fazer;
3-   Espero que as relações entre Portugal e o Brasil se fortifiquem ainda mais e que haja uma maior cooperação a todos os níveis (a CPLP pode ser uma boa opção se os governos dos dois países investirem realmente na comunidade)
4-   Espero que os Brasileiros olhem para além da piada fácil acerca dos Portugueses e que a designação  PIG é uma invenção Britânica e esse país não tem moral para chamar nomes a ninguém.
5-   Espero que os Portugueses olhem para além da piada fácil acerca dos Brasileiros e que percebam foi um país como Portugal que criou a maior potência económica da América dos Sul. Há que ter orgulho nisso.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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reij

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #126 em: Novembro 03, 2010, 02:04:33 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Eu acho que o pessoal tem que parar de usar a bílis antes de escrever no fórum.

Thiago o PT não é anti-Brasil, muito pelo contrário, se leres o que ele escreve sobre os políticos Portugueses, verás que não difere do que ele diz sobre os Brasileiros. Ele não gosta é de "bermelhos", comunas e comedores de criancinhas (também conhecidos por Socialistas cá em Portugal).

O que ele e muitos colegas cá do fórum (incluindo eu) não gostam é de planos despesistas como o dito programa social de Bolsa família.

É também verdade que enquanto Portugal e a Europa andam devagar e com sinais claros de fragilidades internas, o Brasil cresce a bom ritmo, mas não é verdade que se viva melhor no Brasil do que em Portugal. Isso é garantido e é facilmente comprovavel usando a estatística. O rendimento per capita, a segurança, saúde, etc; todos estes elementos são superiores em Portugal. Isso é um facto.

Li o artigo que colocou sobre os emigrantes Portugueses que foram para aí à tantos anos e ao contrário de se calhar muitos Portugueses aqui no fórum não fiquei ofendido, pelo contrário fiquei ao mesmo tempo triste e orgulhoso. Triste por ver como houve tantos Portugueses a terem que emigrar para ganharem o seu pão, orgulhoso por saber que muitos deles triunfaram e as gerações posteriores são exemplos de integração na sociedade Brasileira e sucesso no mundo académico e laboral.

Em Portugal houve duas vagas de emigração muito diferentes, uma feita por técnicos especializados e superiores e outra pelos que estavam a fugir à fome (tal como os Portugueses que foram para aí até aos anos 50). Posso dizer-te que uma das coisas que mais detesto são as telenovelas, e posso dizer-te que Portugal é o 4º maior produtor dessas ditas "obras". Isso foi conseguido em parte graças aos técnicos Brasileiros que vieram para aqui trabalhar. Lembro-me de uma TAP que é gerida por um Brasileiro, lembro-me dos dentistas Brasileiros...

A segunda vaga é de pessoas sem qualquer tipo de qualificações académicas, pobres e que mal têm para comer. Na escola de condução onde tirei a carta havia imensos Brasileiros já com os seus 30 anos para cima que não tinham carta de condução e que graças ao que ganhavam cá, já dava para esse "luxo", vi muitos Brasileiros a comprarem pela primeira vez um carro (a imagem estereotipada do emigrante Brasileiro é de um tipo com um Fiat Punto a cair aos bocados com um ou mais telemóveis/celulares no Português além-mar topo de gama).

Nisto tudo o que tenho a dizer é:

1-   Espero que o Brasil chegue ao top 5 no PIB mundial;
2-   Espero que os Brasileiros vejam a sua qualidade de vida melhorada, já que nesse aspecto ainda há muito para fazer;
3-   Espero que as relações entre Portugal e o Brasil se fortifiquem ainda mais e que haja uma maior cooperação a todos os níveis (a CPLP pode ser uma boa opção se os governos dos dois países investirem realmente na comunidade)
4-   Espero que os Brasileiros olhem para além da piada fácil acerca dos Portugueses e que a designação  PIG é uma invenção Britânica e esse país não tem moral para chamar nomes a ninguém.
5-   Espero que os Portugueses olhem para além da piada fácil acerca dos Brasileiros e que percebam foi um país como Portugal que criou a maior potência económica da América dos Sul. Há que ter orgulho nisso.

cabeça como sempre vc é muito diplomatico e isso é bom, na realidade nem um brasileiro, disse que o nivel de vida no brasil é melhor que o portugues(por enquanto ainda não :lol: ), mais tambem ninguem, pode inventar mentirar e comparar o brasil a nações da africa subsaariana, isto não podemos nem devemos aceitar, tamanha calunia, outra coisa esses planos gastadores(que voçês não gostam) como vc diz tem ajudado em duas questões, primeiro tem ajudado a diminuir a evasão escolar, seguindo tem diminuido as desigualdades pois não são simplesmente um plano social são um pacote completo de obras sociais pro brasil tem sido fantastico não, pelas quantias mais sim pelos resultados, obtidos, não é atoa que são imitados em muitas partes do mundo e recebem premios constantemente, alem de ajudar a formar uma geração de novos brasileiros muito mais escolarizados, que os atuais e isso não tem preço pois indiretamente é mais um investimento em educação, e investir em educação é investir no futuro, pois para se manter nesses projetos os filhos tem que ter no minimo 80% de presença e notas copnsideradas boas.

traduzindo diferente do que o papa..... falou estamos no caminho certo, o que me irrotou é que ele apenas leu em algum lugar e ja tirou conclusões ridiculas como ele proprio, sem procurar conhecer a realidade
 

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Thiago Barbosa

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #127 em: Novembro 03, 2010, 04:21:26 pm »
Eu jamais diria que a qualidade de vida dos brasileiros é maior que a dos portugueses, não tem cabimento. E sobre o texto que coloquei foi mesmo para atingir alguns portugueses que pensam ser o que não são. O Brasil tem muitos problemas sociais, mas muitos se esquecem que a forma de pensar portuguesa(brasileira também, óbvio) contribuiu e muito para isso, como quando os escravos foram abolidos, ao invés de dar-lhes oportunidades de empregos e etc, o Brasil promoveu vários projetos para incentivar a imigração européia no país, para ''clarear'' a população. Quando aquele senhor que postou pouco antes de mim diz que conhece poucos brasileiros que ''prestam'', também está falando dos portugueses já que a base da cultura do brasileiro é herdada do povo de Portugal, queira ele ou não. Quando não são descendentes de portugueses, são povos ''educados'' e influenciados por portugueses durante os séculos onde o Brasil ainda era apenas uma colônia de Portugal. Você, Cabeça de Martelo, parece ser um cara mais ''sóbrio''... Mas como é a opinião pública portuguesa sobre os brasileiros? Eu gostaria de admirar mais Portugal, porque de uma forma ou de outra somos um povo só, mas certas pessoas, certos comentários, certas formas de pensar mexem demais com o orgulho do meu país e se o clima quase sempre for hostil, sempre haverão conflitos verbais. Já fui a muitos países da Europa mas ainda não tive vontade de visitar Portugal, sempre há a impressão de que nenhum brasileiro é bem vindo nesse país.  :?
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #128 em: Novembro 03, 2010, 04:37:49 pm »
A generalidade dos Portugueses pensa que o Brasil é um sitio porreiro para se ir passar férias, que os vossos politicos são corruptos até ao tutano (em tudo semelhante aos nossos), que o Lulla é um grnade senhor e quem nos dera a nós termos um PR/PM de igual calibre, que as mulheres são mais fáceis, que os homens são mais "sacanas", que o turista Brasileiro (o verdadeiro) é rico e como tal deve ser tratado com respeito, que o Brasil é neste momento uma solução de recurso muito interessante para alguns sectores da sociedade, que os jogadores de futebol são bons, etc.

Eu nunca vi tanto interesse nas eleições de um outro país excepto quando é nos EUA como foi agora no Brasil. Nas noticias só se falou de duas coisas, o orçamento de estado e das eleições no Brasil. Por alguma razão há este interesse...
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Cabeça de Martelo

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7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Thiago Barbosa

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #130 em: Novembro 03, 2010, 05:16:45 pm »
Um ótimo artigo! Só uma correção, o PIB de São Paulo não é de 60% em relação ao nacional, é de 32% apenas.
 

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papatango

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #131 em: Novembro 04, 2010, 12:14:29 am »
LOL

Eu não gosto é de bandidos e de gente desonesta.

Nem sequer é a ideologia de per si que me irrita, é a mentira, a tentativa de enganar, a tentativa premeditada de obstruir a verdade.
Devo confessar que a falta de estudo também me chateia, mas mesmo aí, só quando se explica algo a alguém e esse alguém, demonstra não ter argumentação mas ainda assim insiste no erro...

Infelizmente é relativamente comum.  :shock:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #132 em: Novembro 04, 2010, 08:55:12 am »
PT deixa lá os "socialistas" em paz... :twisted:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #133 em: Novembro 04, 2010, 11:10:08 am »
Parte II, Volume 1

Pequenas enormidades à parte, bons motivos de riso e de apegos simbólicos aos orgulhos nacionais, com pontas de nostalgia e esquizofrenia geo-temporal (de fazer empalidecer o psicoterapeuto mais veterano)... regressemos ao diagnóstico em progresso do gigante.
 

 
1) Na semana passada, o Lula recebeu três enormes presentes de aniversário: novo bloco de petróleo no Nordeste, na Bacia de Sergipe-Alagoas, de qualidade semelhante ao encontrado nas águas profundas da Bacia de Campos.
 
A jazida situada a 2.341 metros de profunidade e a 58 km da costa do estado de Sergipe será explorada por um consórcio 100% nacional liderado pela PETROBRAS e constitui-se como a primeira campanha de exploração desta magnitude no nordeste brasileiro.
 
(nota 1) a): a PETROBRAS anunciou quase em simultâneo nova descoberta de petróleo em Angola, a segunda neste mês no bloco 15/06, operado pela ENI (35%), em parceria com a Sonangol (15%), SSI Fifteen Limited (20%), Total (15%), Falcon Oil (5%), STATOIL Angola Block 15/06 Award SA (5%) e o gigante estatal brasileiro (com 5%), sendo que as avaliações iniciais indicam existência de petróleo de alta qualidade, com potencial de extracção aproximado a 7 mil barris diários)
Estadão
 
E olha só quem está na foto também:

 
Um português, pois está claro. O Ferreira de Oiveira (que nos evoca o lendário Oliveira da Figueira nas aventuras de Tintim)da GALP. Pela primeira vez, a GALP Energia está a produzir petróleo como operadora de um projecto onshore.
 
2) Lula despede-se com 83% de popularidade (mais do que isto, só nos regimes megalómanos africanos e soviéticos) e obra feita de fazer inveja a muito "ocidental"...
 
...garantindo 3) a eleição da primeira mulher presidente do Brasil, com o voto de confiança da maioria dos brasileiros. Curiosamente, uma mineira filha de emigrantes, tal como Kubitschek (o presidente que concebeu Brasília e relançou o desenvolvimento industrial do Brasil), o que só augura algo de bom.
 
Há mais algumas migalhas para nós na Lusitânia, enquanto a inteligência não chegar a São Bento.
No desenvolvimento e uso de energias renováveis, por ex., que reuniu na semana passada em Lisboa no Global Clean Energy Forum especialistas e CEOs do sector, e diversos representantes de governos.
O Director de biodiesel da Petrobras Biocombustíveis confirmou que o etanol já representa cerca de 53% do consumo de combustíveis no Brasil, e referiu o acordo entre PETROBRAS e GALP Energia para produção de biocombustível na refinaria de Sines, esse elefante branco. Sempre é algum negociozito fraternal. A malta agradece.
E ainda na realização de Cursos especializados de "Geologia e Petróleo" no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que entrará na sua segunda edição já na próxima semana, em resultado
do Protocolo Universidade e a PETROBRAS (representando o Consórcio BR/GALP/PARTEX).
 
Lembremos que ainda no mês de Setembro passado, as exportações portuguesas para o gigante sul-americano alcançaram novo recorde: 60,4 milhões de dólares, com potencial para crescerem muito mais.
Nos primeiros nove meses de 2010 atingimos os 397,5 milhões de dólares, quase 53% acima do verificado em igual período de 2009. Sendo que 32% as nossas grandiosas exportações consistem apenas no tradicional azeite e bacalhau...  c34x  
Há dois anos, o presidente Lula anunciou a encomenda de 146 barcos de apoio pela PETROBRAS. Desses, 13 já foram licitados e outros 24 estão em fase de disputa. Esses 146 não levam em conta a procura acrescida gerada pelo Pré-Sal – pois os estudos foram realizados antes da confirmação desta descoberta. Por isso, corre o rumor de que a PETROBRAS pensa na necessidade de triplicar o número total de 146, numa previsão que ronda as 438 unidades. Ao preço médio de 50 milhões de dólares, poderá atingir-se a marca de 22 bilhões de dólares em encomendas.
Comparativamente, em 1997 havia apenas 44 navios brasileiros. Hoje, são 130.  
As vultuosas encomendas para os próximos anos respondem também a outra exigência: a frota está envelhecida e necessita substituição.
Finalmente, assinale-se que a Associação Brasileira das Empresas de Apoio Marítimo é composta por 23 empresas nacionais, muitas com capital parcial ou até totalmente estrangeiro, pois a legislação concede pleno direito de actuação a empresa brasileira de capital estrangeiro, desde que encomende unidades no Brasil e use recursos marítimos locais. Ou seja, algo muito parecido com o que a Coroa de Portugal implementou desde o final do séc. XV e durante o séc. XVI, na época onde existia uma estratégia marítima.
 
A TRANSPETRO, subsidiária da PETROBRAS que cuida da frota de navios da companhia petrolífera, vai contratar 2.500 profissionais de Marinha Mercante nos próximos quatro anos (actualmente, a TRANSPETRO possui 52 embarcações, com cerca de 2.200 profissionais em operação. Dois petroleiros já foram incorporados à frota). Esta mão-de-obra trabalhará nos 49 novos navios encomendados pela empresa, praticamente duplicando a sua frota. em que se incluem sete petroleiros de grande porte, construídos no [urlhttp://www.estaleiromaua.ind.br/]Estaleiro Mauá[/url], no Rio de Janeiro.
 
O primeiro navio, o petroleiro “João Cândido” de 274 metros de comprimento com capacidade para um milhão de barris de petróleo (metade da produção diária nacional), destinado ao transporte de longo curso, foi lançado em Maio no Porto do Suape (Pernambuco).

Estaleiro Atlântico Sul, em Pernambuco - onde foi construído o Primeiro navio do Promef - Programa de Modernização e Expansão da Frota, da TRANSPETRO
Graças ao Programa de Modernização e Expansão da Frota da TRANSPETRO (Promef) no Estaleiro ATLANTICO SUL (EAS), no Porto de Suape, em Pernambuco, o navio do tipo Suezmax constitui um marco histórico para a indústria naval brasileira. Trata-se do primeiro navio de grande porte construído no Brasil a ser entregue à PETROBRAS em 13 anos. A última havia sido encomendada em 1987 e levou 10 anos para ser concluída.
 
Outro lançamento histórico foi o navio-plataforma “Cidade de Angra dos Reis” da PETROBRAS que será responsável pelo início da prospecção definitiva de petróleo do primeiro dos 9 poços descobertos na camada do pré-sal no Campo de Tupi, na Bacia de Santos (São Paulo).
 

O navio-plataforma com capacidade para produzir até 100 mil barris/dia e processar até cinco milhões de metros cúbicos de gás. Trata-se da primeira unidade programada para produzir em escala comercial no pré-sal da Bacia de Santos. A unidade produzirá petróleo leve de alto valor comercial e dará início ao sistema de produção definitivo de Tupi, recolhendo informações técnicas fundamentais para o desenvolvimento das grandes jazidas de petróleo descobertas nos últimos anos naquela bacia sedimentar.
 
1.2. Novos estaleiros

a) O Estado de Pernambuco ganhou dois novos estaleiros no Complexo Portuário de Suape, acolhendo a implantação das unidades, de origem portuguesa (MPG Shipyards) e coreana (STX Europe). O investimento conjunto atinge os 490 milhões de dólares.
Segundo as empresas, os estaleiros devem gerar um total de cerca de 5.200 postos de trabalho directos. O estaleiro português, MPG Shipyards - extensão da empresa portuguesa de estruturas metálicas Manuel Pires Guerreiro (MPG) sediada em Setúbal -, vai investir 140 milhões de dólares numa unidade produtora de módulos off-shore, equipamentos para navios e projetos eólicos.
O protocolo de intenções foi assinado em Março passado com o governo pernambucano. O projecto da empresa portuguesaMPG Shipyards passa pela ocupação de uma área de 33,5 hectares no "cluster" naval do Complexo Portuário de Suape com a criação de 1200 empregos directos com a expectativa de outros 6 mil indirectos. A receita para o investimento português reside nos incentivos fiscais e no considerável aumento da procura de navios.
 

Somados ao Estaleiro ATLÂNTICO SUL que já está implantado em Suape e é o maior do hemisfério sul (1,8 bilhões de dólares / 5 mil empregos), e aos já anunciados Alusa/Galvão (495 milhões de dólares / 3 mil empregos), Construcap (120 milhões de dólares / 7 mil empregos) e Schahin-Tomé (180 milhões de dólares / 1,7 mil empregos) já são seis Estaleiros, num total de 3 bilhões de dólares em investimentos, resultando na criação de mais de 20 mil empregos directos e entre 60 e 80 mil empregos indirectos. Estes números levarão Pernambuco a assumir a liderança da indústria naval brasileira em menos de 10 anos.



b) Num investimento de 3,75 bilhões de dólares, a PETROBRAS deu luz verde à empresa Engevix, de São Paulo, para iniciar a construção de 8 cascos de plataformas para a estatal no porto de Rio Grande. Deve gerar 7 mil empregos nos próximos 5 anos no fabrico das plataformas tipo FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading), instaladas sobre cascos de navios. A construção do primeiro casco deve começar em 2012, e o último ficará pronto em 2017. As embarcações serão usadas na exploração de petróleo da camada do pré-sal. Excelente notícia para a cidade, que também deve ser sede da montagem das plataformas P-55 (semi-submersível) e P-63 (FPSO).
 

c) o estaleiro RIO NAVE (RJ) venceu a licitação aberta pela TRANSPETRO para construção de 5 navios, incluídos na segunda fase do Programa de Expansão e Modernização da Frota (Promef). O investimento será de 268,5 milhões de dólares e vai gerar 2.500 postos de emprego directos.
Além destes postos de trabalho, a construção dos navios também vai gerar a criação de mil vagas adicionais. De acordo com a empresa, estes trabalhadores serão necessário para a modernização do estaleiro, que funciona numa área do extinto estaleiro Caneco, no Caju, zona portuária do Rio de Janeiro.
 

d) Desenvolvimento Empresarial no Sector Marítimo/Naval
Um exemplo, entre muitos, do desenvolvimento da indústria naval nacional: a MPE Projetos Especiais S.A., principal empresa do grupo MPE, prepara um investimento de 200 milhões de Reais em 5 anos na construção/instalação de uma nova unidade industrial no Rio de Janeiro vocacionada para reparação e manutenção de plataformas e produção de módulos de plataformas, em resposta à procura adicional de navios e logística naval propiciada pelas descobertas do pré-sal.  
 
Os produtos e serviços prioritários provenientes das mais diversas áreas: instrumentos, mecânica, tubagens, equipamentos onshore e subsea, equipamentos de protecção individual, construção e manutenção naval, instalações e montagens industriais, manutenção industrial.

As oito FPSOs (navio-plataforma para produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás) estão em construção no Brasil com exigências de, no mínimo, 70% de conteúdo local. Juntamente com a ordem de encomenda de 28 plataformas de perfuração marítima com licitação em curso, produziu-se um aumento exponencial das necessidades logísticas em guinchos de amarração, âncoras, guindastes, motores auxiliares, turbo-geradores, guindastes marítimos, etc.,

Precisamente para atender o aumento de procura em aprestos e máquinas, as micro e pequenas empresas têm agora uma grande oportunidade vender seus produtos para a PETROBRAS. A petrolífera, que actualmente tem apenas 30% de seu fornecimento proveniente do mercado interno, pretende ampliar o montante para 60%. Segundo estudo da ONIP (Organização Nacional da Indústria do Petróleo), elaborado pela consultoria internacional Booz & Company, nos próximos 10 anos deverão ser investidos em toda a cadeia de petróleo e gás natural 400 bilhões de dólares.
 
O Secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo já apontou a falta de fornecedores nacionais, pois atcualmente mais de 50% do fornecimento dessa cadeia logística provém do Estado. Essa margem irá ser ampliada suprida, subcontratando os seus serviços à PETROBRAS como fornecedores indirectos da gigante estatal, permitindo simultaneamente melhorar os processos de produção. Isto é conseguido através da da agência paulista de fomento Nossa Caixa Desenvolvimento, que dispõe de importantes linhas de crédito (com juros a 0,96% ao mês). Por outro lado, os investimentos no Estado, cada vez mais procurados (só no último ano o Estado encaixou 2,7 bilhões de Reais), são intermediados e captados pela Investe São Paulo - Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade com empresas interessadas,

... (ver "post" seguinte)
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576
 

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João Vaz

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Re: Brasil: Potência, mas sem influência
« Responder #134 em: Novembro 04, 2010, 11:14:44 am »
1.2.1.Dois novos Super-Portos Marítimos no Estado do Rio de Janeiro.
 
Projecto do novo Porto Marítimo do Açu (RJ)



O Complexo do Super-Porto do Açu, recém-aprovado Distrito Industrial de São João da Barra, situa-se no litoral norte do Rio de Janeiro. Com o apoio do Banco Nacional para o Desenvolvimento, configura o maior investimento do Brasil em infraestrutura portuária e tornar-se-á na mais recente e mais ampla Plataforma Logística.
 
O novo estaleiro em São João da Barra - a cargo da OSX, empresa do setor de equipamentos e serviços para a indústria de petróleo e gás pertencente ao grupo EBX do empresário multi-milionário brasileiro Eike Batista - abrange uma área de 320 hectares no futuro Complexo Industrial do Superporto do Açu, em construção no município fluminense de São João da Barra. servirá de centro logístico para as regiões mais desenvolvidas do Centro-Oeste e Sudeste.
Este terminal portuário privativo de uso misto providenciará a construção de equipamentos navais e apoio à indústria do Petróleo e do Gás devido à proximidade da bacia de Campos, assim como da produção siderúrgica.  
A capacidade de produção anual do estaleiro no Açu tem a previsão de, aproximadamente, 180.000 toneladas de chapas de aço e 220.000 toneladas de montagem. O cais projectado, ultrapassa os 3.500 metros de extensão com capacidade para receber navios Capesize com capacidade de até 220.000 toneladas e contará com dez berços de amarração, para minério de ferro, movimentação de petróleo, carvão e produtos siderúrgicos, escória e granito.                
     
Como complemento, o superporto terá um Complexo Industrial contíguo com 90.000 metros quadrados para instalação de diversos tipos de indústrias, siderúrgicas, termoeléctrica, cimenteiras, pólo metalo-mecânico, unidades de processamento de minério e tratamento de petróleo, além de área para armazenamento e movimentação de produtos. Disponibilizará ainda um conjunto de serviços complementares prestados por empresas especializadas em expedição, integração intermodal, armazenagem e unidade alfandegária. concentrando todos os serviços necessários à produção e escoamento de seus produtos às empresas instaladas no Complexo Industrial. Empresas essa que ainda deverão beneficiar de incentivos fiscais, à imagem de outros pólos navais no país. O empreendimento tem previsto o início de operações em 2012.

O pequeno irmão será o Superporto Sudeste, um terminal privativo de uso misto localizado no município de Itaguaí, na Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, com localização privilegiada entre as jazidas de minério do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais) e o mar, vocacionado essencialmente para embarque de minério de ferro.
Dispõe de integração com as linhas de caminho de ferro e futuras ligações rodoviárias do Rio de Janeiro, possuirá uma retroárea de 52,1 hectares, com grande capacidade para armazenamento 50 milhões de toneladas por ano (mtpa) e manuseamento de minério de ferro. O potencial de expansão poderá elevar a capacidade para 100 mtpa.
O Superporto Sudeste tem início de operações previsto para o final de 2011, início de 2012.

1.2.2. Novo Estaleiro/Base Naval da Marinha em Itaguaí (RJ)






(ver "posts" anteriores)
 
2.1. Fundo Social do Pré-Sal
Como complemento ao bem sucedido programa do Bolsa-Família e das política de desenvolvimento social e regional em áreas de combate à pobreza, educação, saúde, cultura, ciência e tecnologia e ambiental, o Senado aprovou este ano a criação do Fundo Social do Pré-sal, vinculado à Presidência da República, constituindo-se em regime de partilha e distribuição dos 'royalties' sobre a receita da comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos (bem como os resultados de aplicações financeiras sobre suas disponibilidades) a todos os estados e municípios, estabelecendo que a união compensará os estados produtores - Rio de Janeiro e Espírito Santo - pela perda de recursos. destinando 50% dos recursos do fundo social para a educação pública superior e básica. Estabeleceu-se que, a partir desta fatia, 80% dos recursos precisam ser aplicados na educação básica.



Ponto da situação naval

Estágio de encomendasDos 49 navios do Promef, 46 foram licitados, com 38 já contratados. Os últimos três navios estão em fase final de licitação.
Planeado e construído em função das encomendas do Promef, o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Suape, Pernambuco, montará 22 navios para a TRANSPETRO.

Encomendas contratadas:
● Dez navios Suezmax (160.000 Toneladas de Porte Bruto-TPB) – EAS (PE) – US$ 1,2 bilhão
● Cinco navios Aframax (110.000 TPB) – EAS (PE) – US$ 693 milhões
● Quatro navios Panamax (73.000 TPB) – EISA (RJ) – US$ 468 milhões
● Quatro navios de produtos (48.000 TPB) – Mauá (RJ) – US$ 277 milhões
● Quatro navios aliviadores Suezmax DP (com posicionamento dinâmico) (160.00 TPB) – EAS (PE) – US$ 746 milhões
● Três navios aliviadores Aframax DP (com posicionamento dinâmico) (110.000 TPB) – EAS (PE) – US$ 477 milhões
● Três navios de bunker (óleo combustível marítimo) – Superpesa (RJ) – US$ 46 milhões
● Cinco navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo – 30 mil TPB – Estaleiro Rio Nave (RJ) – US$ 268 milhões

Encomendas com o resultado definido, à espera da assinatura dos contratos:
● Oito navios gaseiros (quatro de 7.000 m³, dois de 12.000 m³ e dois de 4.000 m³), para transporte de gás liquefeito de petróleo – Estaleiro Promar Ceará (CE) – US$ 536 milhões

Encomendas em fase final de licitação:
● Três navios de Produtos, para transporte de derivados de petróleo
Competitividade – A necessidade de modernizar e aumentar a sua frota de navios – para atingir a meta de atender a Petrobras em 100%, na cabotagem, e 50%, no longo curso – levou a Transpetro a estruturar um programa capaz de contribuir para a consolidação de uma indústria naval moderna e internacionalmente competitiva.
O programa foi desenvolvido com base em três premissas essenciais:
* construir os navios no Brasil,
* alcançar um nível mínimo de nacionalização (65% na primeira fase, 70% na segunda)
* oferecer condições para os estaleiros nacionais conquistarem, após a curva de aprendizado, competitividade em nível global
Fonte

Isto tudo no segundo ano da pior crise internacional desde a década de 1930.

Por aqui, no fundo do poço, continuamos a ver navios e a criticar o resto do Mundo. Mundo esse que nunca tem razão, apenas a culpa de todos os nossos males. Nada de novo.

Prosseguimos, portanto, orgulhosamente no bom caminho.  c34x
"E se os antigos portugueses, e ainda os modernos, não foram tão pouco afeiçoados à escritura como são, não se perderiam tantas antiguidades entre nós (...), nem houvera tão profundo esquecimento de muitas coisas".
Pero de Magalhães de Gândavo, História da Província Santa Cruz, 1576