o que temos hoje em dia em matéria de floresta é o pior dos mundos:
1) floresta em continuo - sem zonas de corta fogos
2) floresta não limpa - quantidades de material combustível colossal
3) floresta com muito eucalipto - árvore que arde facilmente e que deixa cair folhas em quantidade ideias para ajudar ao fogo
o que resulta daqui é uma massa combustível colossal que combinada com o vento forte é quase impossível combater...
sem limpeza, sem zonas corta fogos e com elevadas percentagens de eucalipto o desastre vai sempre existir e não há combate possível, senão esperar que o vendo abrande...
se ainda por cima temos uma protecção civil que nada percebe do assunto pior fica...
a ideia das Forças Armadas ajudarem é só por demagogia e populismo do governo - para dizer que faz coisas...
mas não significa fazer as coisas certas...
no caso de Monchique o plano de gestão da floresta está por aprovar à 7 meses!...
o aluguer de meios aéreos adicionais foi aprovado ontem...
e por aí fora...
é bom lembrar que no tempo da outra senhora os militares forma proibidos de combater fogos porque houve acidentes graves com muitos mortes em fogos...
e por isso digo - é melhor manter cada um na sua especialidade...
já a segurança contra roubos, no pós fogo parece-me uma boa ajuda...
cumprimentos
PS ...e isso de usar helicópteros e dromadairs em fogos grandes não serve de nada a não ser encher os bolsos de quem os aluga...ou o estado tem canadairs ou então anda a deitar dinheiro à rua...
Eu em relação aos militares sou dessa opinião, as forças armadas tem muita capacidade para ajudar mas não é a apagar fogos. Senão acabamos com mais um grupos não especialidade com a duplicação dos custos para manter esse grupo e nunca chegamos a ter nada de jeito.
Acho que as forças armadas devem contribuir com aquilo que tem já capacidade e valências, nomeadamente na logística e vigilância.
-> Apoio nas refeições (não são os hotéis que tem que andar a fazer comida)
-> Montar aquartelamentos para operacionais descansarem como deve ser e para os evacuados
-> Apoio no transporte de bens e pessoas para dentro e fora do teatro de operações
-> Vigilância da floresta
-> uso equipamento pesado para preparar corta-fogos de emergência com algumas horas de antecedência
-> Apoio ao nível das comunicações, ter equipas de emergência com comunicações alternativas para quando o siresp falha
-> apoio na evacuação de pessoas, bens e animais
-> Se for preciso apoio no fecho das estradas, pois foi algo que foi falado que a GNR não tinha capacidade de manter todas as rotas fechadas com agentes permanentemente no local
(...)
A coordenação da protecção civil tb ainda não percebi porque que os comandantes distritais e nacionais são eles planeio o ataque aos fogos, para tudo há uma especialização, e o combate aos fogos é totalmente diferente ao problema de inundações ou acidentes rodoviários. Acho que estes comandantes deviam existir estando no topo mas principalmente para interligar várias áreas de comando com pessoas a frente especializadas, normalmente temos 1,2 no máximo 3 grandes incêndios em simultâneo logo não era preciso ter uma estrutura destas distrital, podia haver uma equipa multidisciplinar nacional que tomava controlo apartir de certas dimensões