1580 e 1640 vostedes tamén foron Hispanoamérica
Cof, cof coff
É como se diz aqui no Brasil: "Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa."
Ou como dizemos em Portugal: Cada macaco no seu galho
Hispânicos até que seria adequado para classificar os Galegos, Castelhanos, Catalães, Bascos, e Portuguêses, se o termo "Hispânico" fosse aplicado exclusivamente para identificar os povos que vivem nesta peninsula. Teria um uso semelhante ao de nórdicos, ou escandinavos.
Evidentemente.
Esta é a análise mais logica. A Hispania, faria sentido se tivesse o sentido que hoje tem Escandinavia. Nenhum dos seus países constituintes domina o outro, e isto pesando embora o facto de terem moedas com cambios identicos, linguas com origens idênticas. Até têm uma companhia aérea (excepção para a Finlandia) chamada Scandinavian. Por estes lados temos uma Iberia. Mas se se chamasse Aerocastilla, era a mesma coisa.
Vai um universo de distancia entre a Iberia e a Scandinavian. O problema é que parece que os espanhois têm uma grande dificuldade em entender estas diferenças.
Que questões políticas é que são suscitadas por chamar "ibéricas" a pessoas que vivem na Península Ibérica?
O Dremanu refere-se ao facto de, as referências á peninsula, terem sido feitas poe povos mediterranicos, que chegaram á terra dos Iberos. Estes povos, habitavam as margens do mediterrâneo. Mas os Gregos, Fenicios e Cartaginenes, não penetraram grandemente no interior. Portanto, não consideraram a existência de povos com caracteristicas diferentes.
Os Celtiberos, resultam do contacto entre Iberos e Celtas, mas a verdade é que essas diferenças sempre foram evidentes.
Os povos Iberos, foram facilmente colonizados pelos Romanos. Ha escritos Romanos e Gregos (ver Estrabão) que referem que aqueles eram muito mais cultos que os outros. E nenhuma das cidades da Lusitania e da Gallaecia, foi ocupada sem luta.
(A História de Portugal de José Hermano Saraiva, descreve isto quando descreve as cidades estipendiarias e as cidades livres. As cidades livres são as que se renderam, e as estipendiarias eram as que pagavam estipendio. O estipendio era o imposto que tinham que pagar as cidades que lutaram e não se renderam.
Nas antigas Lusitania e Gallaecia, não havia uma unica cidade livre, eram todas Estipendiarias. Nenhuma se rendeu a Roma.
E depois, claro, vem Estrabão, na descrição dos povos da peninsula, falar nos Lusitanos, aos quais se refere como "A mais forte de todas as nações da peninsula ibérica", mas fala separadamente de Iberos, Celtas e Lusitanos.
A ideia de que os Iberos se juntaram com os Celtas e daí nasceu o Celtiberozinho, papá comum de todos nós, não passa de um "cuento", já se sabe de quem, para dar a ideia de uniformidade, onde ela nunca existiu.
O resultado, é que a ocidente, e especialmente em Portugal, foi-se reforçando o espirito de "resistência" e preservação da identidade. Ao longo dos séculos, muita coisa muda, mas a verdade é que as diferenças se foram tornando maiores.
No Brasil, mais uma vez essa diferença se tornou evidente. Mesmo a milhares de quilometros de distância, as diferenças esntre as sociedades ibéricas se vincaram.
Depois, há que dizer, que o Brasil tem uma componente Africana, especialmente no Nordeste que é evidente. Ela pode ser resultado do colonialismo e da escravatura, é verdade, mas não deixa de existir, e ao existir, é mais uma clara demonstração das diferenças entre o Brasil e o resto da America do Sul.
Para quem sobrarem duvidas, costumo lembrar os anos das ditaduras sul americanas (anos 60 e 70).
O Brasil, também teve ditaduras, como o Chile, a Argentina ou o Paraguai. No entanto, e embora eu não defenda os governos militares brasileiros, nem as torturas efectuadas, como a última recentemente divulgada, pergunto:
Há alguma comparação entre a violência das repressões militares no Brasil com a mesma violência nos restantes paises do cone sul ?
A resposta é evidente. Assim como em espanha houve uma violentissima guerra-civil, no fim dos anos trinta, na Argentina, no Chile e no Paraguai, houve violentas e sangrentas repressões nos anos 60 e 70.
Corre um mar de diferenças na fronteiras entre Portugal e Espanha, ou nas fronteiras entre o Brasil e os restantes países sul-americanos.
Cumprimentos