O "desastre da dívida pública" é francamente exagerado, e muito lamento que a Direita Chula Nacional ande a tentar usar o assunto para lixar o país a ver se consegue mandar abaixo o Governo (lançando dúvidas sobre o OE, etc).
Sobre divida publica Portuguesa e de outros países, vede este senhor, por exemplo.
Sim, nós sabemos que os senhor é Pró-Socas, pró-iberista e pró-UE, mas não admito que acuse a direita, sendo que os partidos nacionalistas (que são o PPM e o PNR) são de direita e são os partidos a que me afecciono mais.
Argumentos caro cromwell, argumentos. Ataques (ou defesas)
ad-hominem valem muito pouco. Ainda para mais nem acertam na descrição.
Este governo, com os seus gastos de extravagancia para os seus deputados e com o absurdo plano de constriur o TGV e uma ponte (que são investimentos bilionários desnecessários), esta-se a lixar para o resto, enquanto aumentou a dívida pública de cerca 77% em 2009 para cerca de 87% neste ano. Situação preocupante, em que você simplesmente insulta outros em vez de insultar o verdadeiro causador da nossa situação em Portugal.
De acordo com a Com.Euro. Portugal mal passou dos 80% em 2010. Claro que ninguém gosta de ver a divida colectiva a aumentar, mas não vale a pena fazer disso um drama existencial. Os EUA vão nos 95%, a Bélgica nos 100%, o Japão para além disso. A França está no mesmo que nós, o que curiosamente é a média Europeia.
Mais, se comparar o crescimento da divida de países que reagiram à crise com despesa Pública (Portugal, França...) com aqueles que regiram com brutais planos de austeridade (Grécia, Irlanda...) verá que os segundos viram a divida pública aumentar de forma muito mais acentuada. A razão é simples, e embora vá contra as minhas convicções neo-lib, não vejo por onde o negar: A quebra de receita fiscal dos países que foram pela "austeridade" quebrou brutalmente, e teve de ser compensada com divida - e esta quebra revelou-se superior àquela dos países que usaram a divida para estimular directamente a economia.
Já agora, e para não ficar eu num "
ad-partidum" por explicar, a direita chula é aquela representada pelos Barões do PSD, que muito se queixam do Estado mas só sonham em usar o dito para distribuir negócios fáceis aos amigos. Produzir, nicles. Isto é visível nas propostas do Passos (que devia ser neo-lib, mas olha...) para a Constituição: destruir os serviços públicos para gerar negócio garantido à saúde privada, educação privada, televisão privada...
Quanto às suas propostas para a crise, não vou repetir o que o FoxTroop já disse, mas refiro o seguinte:
-Implementar medidas para diminuir o encerramento de fábricas e industrias, para evitar a diminuição da produção industrial e para evitar o aumento do desemprego;
Nope. Isso andamos a fazer à décadas. A pôr industrias condenadas ligadas "à maquina", não as deixando morrer quando já não têm a mínima hipótese de se tornarem competitivas (e quando continuam a ser geridas pelos mesmos que as levaram à quase-falência). Como resultado, o país está cheio de empresas-zombie, que nem geram riqueza nem morrem, mas ocupam espaço, trabalhadores, e capital, que fazem falta a quem quer começar novas empresas e novas industrias. Ajudem quem quer começar e quem quer crescer, não quem está condenado.
-E o mais importante: INVESTIR NA AGRICULTURA E NAS PESCAS! A agricultura e as pescas estão completamente abandonadas por este governo e isso diminui a nossa auto-suficiência alimentar, obrigando-nos a importar mais produtos alimentares.
O sector primário não vale um chavo. E a culpa é sua! E minha. E do Fox, e do Cavaco, e de todos os que não estão para pagar 2€ por papo-seco, 10€ por litro de leite e 50€ pelo kilo de sardinha. A rentabilidade do sector primário é mínima, na Agricultura porque ninguém paga bem, no mar porque já não há nada para pescar, e se não fossem os subsídios da União já só alguns sectores de luxo é que ainda aguentavam na Europa Ocidental (vinho, azeite especial de corrida, agricultura biológica especial de corrida, etc). Se fossemos espertos era nessa que estávamos a apostar - usar a terra para aquilo que tem muito valor acrescentado, deixar os outros países desperdiçar a deles com os cereais, a fruta, etc.