Correcto, mas continuo a defender que o sistema actual para além das suas vantagens e desvantagens puxa muito mais pelo desenvolvimento tecnológico que o da economia planificada.
Já dei aqui razões de que pode não ser bem assim. Numa economia planificada ninguém tem que esperar pelo investimento privado nem pelas margens de lucro que justifiquem a produção.
Hum, mas segundo a minha lógica, e isto vai parecer muito consumista, mas....hoje em dia....se as pessoas precisam pagam, se pagam à mercado. Não parece assim à 1ª vista que o que tem mercado tem utilidade? Poupando talvez o desenvolvimento de tecnologias desnecessárias...experiencias desnecessárias?
Outro facto que já me esquecia é...a economia planificada não supera a economia de mercado como motor criador de emprego. Supondo que o estado não se limite a sobreproduzir para dar trabalho ao povo, mesmo fazendo alguma pesquisa, esta não consegue cobrir a pesquisa e o lançamento de novos produtos, novos processos, que uma economia de mercado poderia. Para além que tal como ocorreu com Salazar e a indústria nacional, o mais provável é que a "criação de novas industrias" passasse pela censura...ou talvez não. Na economia de mercado, está tudo em aberto....pessoas tem ideias, se realmente existe mercado lanca-se a ideia, se o mercado, isto é, as pessoas, se estas não atribuem utilidade ao produto...bem...o mercado trata de corrigir isso. No caso comunista, os bons e os maus projectos, em numero reduzido (provavelmente) seriam lançados ao público.
Anyway, existe desenvolvimento não rentável mesmo assim, feito pelas universidades, fundações, e outros institutos. Claro que a um nível mais reduzido, mas existe.
O estado deve fornecer saude apenas a quem não tem capacidade para os privados.
Isso não é uma economia mista porque partes do errado princípio de que a saude pode ser um negócio. Isso é artificial, "dar aos que não tem dinheiro para ir a uma clínica melhor"...repara, acabas no fundo por justificar as deficicências do sistema público com a concorrência.
Na minha opinião, a saude pública devia ser obrigatório, a saude privada devia ser proibida.
A saude não pode ser negócio? Abra os olhos, saia de casa....
Desculpe, mas nesta realidade em que o país se insere, esta é a minha opinião pessoal de como sarar em parte o problema do grande buraco que é a saude. A meu ver devesse tentar desenvolver o sector privado, mas como é obvio, monitorizando o mercado, assim, que somente quem não tenha capacidade de pagar, possa usar os serviços de saude do estado. Entretanto estes seriam reduzidos a unidades modernas e de alta-qualidade. E então? Já sei que a ideia da saude grátis é melhor, mas no caso português só faria afundar mais o país.
A nível da educação, sistema misto ainda, mas este deve manter instituições de ensino públicas livres de ensino, mas compartecipadas de uma forma coerente pelos alunos no caso do ensino superior.
Discordo, e aqui as razões são mais evidentes ainda. Mais dinheiro não pode pagar melhor educação porque senão as pessoas não estão em concorrência perfeita para ocupar os lugares qualificados de uma sociedade.
Neste caso e mais do que na saude, eu sou categoricamente a favor da proibição do sistema privado de saude e imposição de um sistema único, obrigatório e gratuito.
Ao fim de muito pensar, decidi que não tenho opinião muito delineada. Logo continuo a apoiar o sistema actual. Em qualquer dos casos a existencia de escolas profissionais em substituição do secundário podem ser profissionais. Anyway, no mundo de hoje, essa disparidade educacional pode vir a nível dos países...apostando num sistema único, podemos correr o risco de estarmos a meter nossos estudantes "coxos", com uma parte, senão os melhores, a preferir continuar os estudos noutros países. Portanto, penso que se deve aumentar a qualidade do ensino público, e manter o quadro actual...público e privado. Existem muitos factores a contribuir para a desigualdade no ensino, e não podemos fazer à maneira comunista que é ou isto ou sopas (no Gulag :? [/quote]
Hum..so mesmo para ser do contra, lamento-te dizer, mas no terceiro mundo o que se consome é produtos europeus, americanos, etc. Daí um pouco a justificação do fraco ou nulo desenvolvimento desses países. Senão procura na net textos a falar negativamente da PAC (Politica agrícola comum da UE). Anyway, mesmo que essa situação que referiste algum dia aconteça, o que vai fazer é desenvolver as economias desse 3o mundo, fazendo que produzam e consumam, aumentando o custo de trabalho lá, e eventualmente fazendo a balança das deslocalizações girar outra vez...para países que ainda estejam mais atrasados...
Pois, democracia directa ou qualquer reforma a actual seria necessário, a meu ver. Desde que seja para melhor..
Cumprimentos