Saudações guerreiras.
Conforme foi declarado, a componente militar tem em vista atuar num cenário de apoio á paz. É lógico que se pode e deve sempre fazer muito mais. Por isso mesmo é que para mim se coloca a questão do terrorismo (disfarçado de conflitos étnicos de natureza religiosa, por ex.). As outras serão sempre válidas desde que todos entre si comunguem dos mesmos objetivos ou, na pior das hipóteses, mesmo que não haja um consenso, que isso, mesmo assim, não seja impedimento de se progredir em conjunto.
Julgo que a participação eventual de países não CPLP deve ser encarada como positiva e ainda por cima Marrocos por causa do Islão. Na minha opinião deve-se, contudo e em primeiro lugar, saber a posição ou que estatuto esses países devam ter. Por mim, o estatuto de observadores, para já, não é coisa para gerar atritos. A questão, lógico, é mais política que militar.
PapaTango, a posição do Brasil, para mim é a mais interessante. Se for tão fácil como escrevo estas palavras, o Brasil deverá ser o principal interessado na participação e envolvimento empenhado e sem pudores, neste tipo de iniciativas e outras que entretanto possam surgir. E sob todos os pontos de vista. Se eu fosse o Lula não exitava nem um milímetro e nem um segundo, em apoiar estas iniciativas.
De todos os países da NATO, qual foi o que mais apoiou a entrada dos países do ex-Pacto de Varsóvia e o mais rápido possível e porquê? Não sendo possível a entrada de imediato desses países, vejam só que estatuto tiveram e com que finalidade? Chamem-lhes burros, chamem!!! (Que tipo de afinidade teriam entre si?)
Devem-se dar passos (e que já estão a ser dados) na direção certa entre os membros desta pequena comunidade, não podem é ser tímidos, exitantes e com muita demora. Não nos podemos esquecer que para além do mundo cada vez mais competitivo, se as coisas forem bem conduzidas entre os membros da CPLP, não será de menosprezar um olhar invejoso e traiçoeiro de oportunistas de peso. Neste momento não vejo uma comunidade como a CPLP, mesmo sabendo dos problemas inerentes á mesma.
Outros poderão aproveitar aquilo que se está a construir e que por direito só pertencerão a esta comunidade, relativizando o valor e o potencial futuro que esta comunidade pode trazer aos seus membros, por isso mesmo, há que trabalhar com empenho.
No que diz respeito a Portugal, também tem mais a ganhar do que a perder em apoiar mais esta comunidade nas suas mais diversas vertentes e, á sua escala, claro, poderá seguir-se ao Brasil em relação áquilo que deixei destacado a vermelho.
As ex-colónias não mais precisam de pais. Precisam, sim de desenvolvimento. Não ficará bem a Portugal (e nunca concordaria com tal atitude) se alguma vez os tratássemos esses países como se se tratasse dos Açores ou Madeira. Por aquilo que sei nenhum deles imaginará ou terá como objetivo sequer, alguma vez, tornarem-se politicamente dependentes de Portugal.
Cumprimentos