O Reapetrechamento da Marinha

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1035 em: Janeiro 17, 2024, 10:58:21 am »
« Última modificação: Janeiro 17, 2024, 11:03:42 am por Cabeça de Martelo »
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 
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Cabeça de Martelo

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1036 em: Janeiro 17, 2024, 11:02:13 am »

PROGRAMA DA CAPACIDADE DE REABASTECIMENTO NO MAR

Foi desenvolvido na DN em 2023 a conclusão da Especificação Técnica de Construção para o Navio Reabastecedor de Esquadra com capacidades logísticas acrescidas. Este navio, detentor não apenas de capacidade de efetuar reabastecimento no mar de unidades navais com combustível, água e combustível de aéreos, possui amplas funções logísticas, de que se destacam o transporte de viaturas e seu desembarque com rampa RO-RO, o transporte de carga paletizada e de viaturas de assalto ligeiras num espaço multimissão reconfigurável, o transporte de até seis contentores de vinte pés, de duas lanchas, de carga geral e munições, e ainda de veículos não tripulados aéreos. O concurso público internacional para a construção dos navios que constituem esta capacidade será lançado em janeiro de 2024.

 :arrow: https://www.marinha.pt/conteudos_externos/Revista_Armada/PDF/2024/RA_591.pdf

7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1037 em: Janeiro 17, 2024, 05:32:38 pm »
Parece pequena demais. Isso dá para transportar um ST5?

Um taxi já da para ver que sim
 

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papatango

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1038 em: Janeiro 18, 2024, 09:20:12 am »
Eu gostaria de lembrar que os grandiosos planos navais, nomeadamente o plano naval de 1936, previam dezenas de submarinos e até vários cruzadores ligeiros armados com peças de seis polegadas. Praticamente nada disso se transformou em realidade. Desde os cruzadores ao navio de transporte de aviões, nada de nada.

Mas mesmo assim, existiram construções. Alguns contratorpedeiros (velocidade superior a 30 nós) e alguns avisos, que é o nome que se dá aum navio identico mas com motor para apenas 20 nós.

As construções existira. Mas isso não implica que os planos navais fossem ridiculamente imponentes.
Quando faço referência ao plano naval de 1936 e a estas ideias de navios crossovers e LPD's e não sei o que mais, é porque me parece ser mais do mesmo...





Sobre a embarcação...
Já aqui disse que numa comversa com alguém com um pouco mais de conhecimentos que eu, que os navios do tipo LST não poderiam ser utilizados em caso de conflito nas ilhas, mas mais que isso, mesmo os LPD não teriam vantagem, porque não adianta despejar as lanchas de desembarque com viaturas, que se dirigem às ilhas, porque quer nos açores quer na Madeira, praticamenta não há praias dignas desse nome e não possuem profundidade para criar uma testa de ponte.

Ou seja... Tomar uma das ilhas dos Açores é muito complicado e a única forma eficaz, no caso de alguma ser tomada, era a utilização de meios aéreos.
De qualquer forma a possibilidade de uma das ilhas cair em mãos adversárias é muito, muito remota.

De qualquer forma, isto aplica-se também para o auxilio em caso de desastres. Em algumas ilhas, se o principal porto for afetado, o apoio não pode ser efetuado de forma eficaz. De aqui que, eventualmente, pequenas embarcações de desembarque sejam mais eficazes que embarcações maiores...

Pessoalmente tenho as minhas dúvidas sobre isto...
A minha principal dúvida tem a ver com o fato de, com mau tempo (essa coisa que nunca acontece nos Açores) estas embarcações terem muita dificuldade em desembarcar o que quer que seja.
Por isso, é necessário testar, testar e testar, o que é extraordinariamente caro.

Parece ter havido uma opção por testar o mais barato. Compreende-se...
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1039 em: Janeiro 18, 2024, 11:35:02 am »
Nos Açores pelo menos estão lá os americanos
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1040 em: Janeiro 18, 2024, 11:49:14 am »
Na Marinha, em particular, parece não se levar nada a sério. Faço um parênteses para lembrar que a Ucrânia recebeu  sistemas Millenium, porque obviamente não têm lá os Homens do badochas, que safam tudo com uma .50.
Por isso ter um lancha destas a servir de espetáculo não passa do ridículo do costume.
Não está em causa a sua construção a ser usada em algum aspecto limitado, em complemento de algo, ali em Troia, a apanhar drones caídos na água se calhar: Mas o espetáculo que se faz à sua volta tendo em conta as reais necessidades. Faz lembrar a frase do NPO com complexidade de fragata. Estas serão lanchas com complexidade de .....nem faço ideia.

Ou aquele "coiso" drone de superfície com 5 nós de velocidade máxima e que até escreveram, que podia levar misseis.
Deixem isso para a Marvel
« Última modificação: Janeiro 18, 2024, 03:36:50 pm por Pescador »
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1041 em: Janeiro 18, 2024, 01:15:33 pm »


Neste tema eu sei apenas o que toda a gente aqui sabe.
Mas fiquei com a impressão de que, este tipo de projeto, é para fazer parte dos navios multi-usos, não é uma embarcação autónoma para andar a atravessar rios.
Destina-se a transportar cargas relativamente pequenas de um navio até um molhe ou praia. Eu tenho várias dúvidas sobre esta questão especificamente, porque navios que normalmente possuem fundo chato, ou quase, são extremamente dificeis de controlar em mar alto.

Mas aqui, estou apenas a especular por conta própria.
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1042 em: Janeiro 18, 2024, 03:08:26 pm »


Neste tema eu sei apenas o que toda a gente aqui sabe.
Mas fiquei com a impressão de que, este tipo de projeto, é para fazer parte dos navios multi-usos, não é uma embarcação autónoma para andar a atravessar rios.
Destina-se a transportar cargas relativamente pequenas de um navio até um molhe ou praia. Eu tenho várias dúvidas sobre esta questão especificamente, porque navios que normalmente possuem fundo chato, ou quase, são extremamente dificeis de controlar em mar alto.

Mas aqui, estou apenas a especular por conta própria.

Nas características dadas pela Marinha, os dois navios reabastecedores terão duas lanchas. A questão prende-se com o que são as lanchas que eles falam, se são semirrígidos ou se são lanchas de desembarque ou se é tudo acima (colocando uma ou a outra opção de acordo com a missão).
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1043 em: Janeiro 18, 2024, 07:16:26 pm »
Nos Açores pelo menos estão lá os americanos
Já nos mantivemos independentes sem eles 😉😂
João Pereira
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1044 em: Janeiro 19, 2024, 07:59:14 am »
Nos Açores pelo menos estão lá os americanos
Já nos mantivemos independentes sem eles 😉😂

Também não existiam ainda
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1045 em: Janeiro 22, 2024, 04:34:47 pm »
Nos Açores pelo menos estão lá os americanos
Já nos mantivemos independentes sem eles 😉😂

Também não existiam ainda
E não fizeram falta na mesma 😆
É só termos "vontade" própria 😉
João Pereira
 

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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1046 em: Janeiro 22, 2024, 04:41:11 pm »
Não tenho acesso à notícia completa, mas dá para perceber.
Espero que seja a confirmação e um bom exemplo de que obrigatoriamente passará por esta relação economia/aquisições militares o futuro do reequipamento das FA's.
Sempre que possível e viável, de alguma forma fazer sentir-se na vida quotidiana das populações o investimento.
Num país em que o Estado vive quase exclusivamente de impostos não há outra forma.
E por outro lado a população começa a sentir e aceitar melhor a importância fas FA's.
https://www.jn.pt/6396791083/novos-patrulhoes-atraem-1500-funcionarios-ao-estaleiro-de-viana/
João Pereira
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1047 em: Janeiro 22, 2024, 11:23:19 pm »
Nos Açores pelo menos estão lá os americanos
Já nos mantivemos independentes sem eles 😉😂

Também não existiam ainda
E não fizeram falta na mesma 😆
É só termos "vontade" própria 😉

É, arma-te em campeão, expulsa-os dos Açores, e tira Portugal da NATO. Passado uma década, espanhóis ou marroquinos (o que se adiantar primeiro) tomam a Madeira, e os Açores viram campo de batalha para várias potências tentarem dominar aquilo. E ainda alguém se lembra de reivindicações territoriais históricas em Portugal Continental. Bela independência!

Mas já sabemos, graças ao Lampuka, Portugal estaria preparadíssimo para se defender de qualquer ameaça. Até os americanos tinham medo de se aproximar dos Açores, tal o poderio militar tuguês.

Mas voltando ao mundo real...

Já aqui disse que numa comversa com alguém com um pouco mais de conhecimentos que eu, que os navios do tipo LST não poderiam ser utilizados em caso de conflito nas ilhas, mas mais que isso, mesmo os LPD não teriam vantagem, porque não adianta despejar as lanchas de desembarque com viaturas, que se dirigem às ilhas, porque quer nos açores quer na Madeira, praticamenta não há praias dignas desse nome e não possuem profundidade para criar uma testa de ponte.

Ou seja... Tomar uma das ilhas dos Açores é muito complicado e a única forma eficaz, no caso de alguma ser tomada, era a utilização de meios aéreos.
De qualquer forma a possibilidade de uma das ilhas cair em mãos adversárias é muito, muito remota.

De qualquer forma, isto aplica-se também para o auxilio em caso de desastres. Em algumas ilhas, se o principal porto for afetado, o apoio não pode ser efetuado de forma eficaz. De aqui que, eventualmente, pequenas embarcações de desembarque sejam mais eficazes que embarcações maiores...

Para termos real capacidade de retomar uma das nossas ilhas (ou arquipélago por inteiro, ou para apoiar outro país insular, como Cabo Verde ou São Tomé e Príncipe) era preciso muito mais do que "o navio ideal" para desembarques anfíbios e "assaltos" aéreos. Era preciso uma Marinha com real capacidade de combate (e não apenas um navio logístico todo xpto), um Exército com real capacidade de projecção e uma Força Aérea com real capacidade de operar os seus meios aéreos (nomeadamente F-16) longe das bases no continente.

Dado que retomar uma ilha/arquipélago depois de ter sido invadido por uma força militar credível e minimamente numerosa, é quase impossível para nós, dadas as nossas lacunas e falta de opções perante as variáveis que pudessem estar em causa (um inimigo com SHORAD, negava um assalto aéreo, um inimigo com baterias anti-navio móveis, negava a aproximação a meios navais, etc), precisamos sim de ter real capacidade de dissuasão e de protecção das ilhas.

E aqui, a única razão de termos o dito NAVPOL passa pela resposta a catástrofes. E se à primeira vista parece bem, um navio destes (LPD) é extremamente caro, e se é para ser um navio da protecção civil, existiriam opções bem mais baratas, e cujo orçamento nem precisava de sair da Defesa, já que a sua utilidade para as FA passa a ser quase nula.

Um navio tipo LPD ou LHD, para ganhar utilidade militar, precisa de escoltas competentes. A partir do momento em que se quer um LPD, a retórica de que "para a Marinha basta capacidade ASW" perde ainda mais força, sendo obrigatório investir na capacidade AAW e ASuW (nomeadamente ataque a alvos em terra, e não, uns Harpoonzinhos não chegam) se queremos usar este navio para realizar projecção de força.

Entretanto, convém perceber que os dois navios que a Marinha pensa adquirir, são 2 AOR e não LST, com alguma capacidade Ro-Ro e de desembarque com recurso a pequenas embarcações (se serão apenas RHIBs, se serão LCVP, se serão lanchas tipo CB-90, se serão as lanchas pequenas apresentadas aqui, não se sabe).
 
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1048 em: Janeiro 23, 2024, 01:33:21 am »
Segundo o teu ponto de vista, e de mais alguns, deveríamos então mendigar aos EUA para que nos aceitem como seu 51° estado.
Porque para nos defendermos a sós, aqui à volta, não estou a ver de quem... só se formos atacados por Cabo Verde ou assim.
E para nos garantir que nem nuestros hermanos ou outros o tentam, só mesmo eles.
Relativamente à vontade deles nos defenderem, na realidade não sei e por isso não vou discutir.
Mas que historicamente está provado que já tiveram planos para nos invadir...
Mas deixa lá, a afirmação era mesmo só para relembrar aos mais esquecidos que em tempos permanecemos orgulhosamente portugas quando o resto do país não o era. Apenas isso.
Abraço
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Re: O Reapetrechamento da Marinha
« Responder #1049 em: Janeiro 23, 2024, 08:05:43 am »
Segundo o teu ponto de vista, e de mais alguns, deveríamos então mendigar aos EUA para que nos aceitem como seu 51° estado.
Porque para nos defendermos a sós, aqui à volta, não estou a ver de quem... só se formos atacados por Cabo Verde ou assim.
E para nos garantir que nem nuestros hermanos ou outros o tentam, só mesmo eles.
Relativamente à vontade deles nos defenderem, na realidade não sei e por isso não vou discutir.
Mas que historicamente está provado que já tiveram planos para nos invadir...
Mas deixa lá, a afirmação era mesmo só para relembrar aos mais esquecidos que em tempos permanecemos orgulhosamente portugas quando o resto do país não o era. Apenas isso.
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Imagina uns fanáticos islâmicos tomarem o poder em Marrocos ou na Argélia

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