1940: O plano de Franco para invadir Portugal

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ricardonunes

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1940: O plano de Franco para invadir Portugal
« em: Novembro 08, 2008, 04:42:17 pm »
A Espanha teve um plano para conquistar Portugal no início da Segunda Guerra. A invasão, por terra, ar e mar, contaria com um exército de 250 mil homens e destinava-se a ocupar Lisboa e toda a costa.

José Pedro Castanheira

19:00 | Sexta-feira, 7 de Nov de 2008


Durante a Segunda Guerra Mundial, a Espanha preparou um plano para invadir Portugal.
A invasão, que se pretendia fulminante, seria efectuada por um exército de 250 mil homens, com o apoio da aviação e da marinha.
O objectivo era ocupar Lisboa e toda a costa portuguesa. Entregue ao generalíssimo Franco em Dezembro de 1940, o plano só agora foi revelado, pelo historiador espanhol Manuel Ros Agudo.

Leia mais na edição do Expresso em banca, ou clique aqui para ler na versão e-paper (pdf inteligente para assinantes, disponível a partir das 00h01 de sábado)

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Alguém já leu o artigo?????????

Estou curioso para saber o quais as novidades para "além" do artigo deste site   :arrow:

Área Militar
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #1 em: Novembro 08, 2008, 11:42:20 pm »
Atenção:

A Operação FELIX não está relacionada com os planos de Franco.

A Operação FELIX, determina quais as posições das forças alemãs na peninsula, e ordena a disposição do 39º Corpo de Exército, com a 3ª Div. SS «Totenkopf» destinada a Gibraltar, com forças de apoio, e designa a 16ª Div. Panzer como a unidade principal destinada a invadir Portugal, com o apoio de uma divisão de infantaria mecanizada a norte.

O plano de Franco é algo completamente diferente. Trata-se de um plano espanhol para a invasão.
Os espanhóis não tinham a capacidade dos alemães para efectuar um ataque blindado/mecanizado e embora tivessem em consideração a necessidade de rapidez, previam um avanço mais lento.

Podemos comparar a potencial invasão, como uma espécie de invasão da Albânia ou da Grécia pelos italianos em 1940.

A invasão espanhola foi igualmente considerada em 1939, logo a seguir ao fim da guerra civil, mas aí, por elementos mais extremistas que alegadamente pretendiam utilizar também as forças italianas que se encontravam em Espanha, para acabar o trabalho de unificar "La Patria Hispana".

Creio que também há algures no fórum um tópico sobre este tema e sobre as intenções dos falangistas, que pretendiam fazer algo como o Anschluss na Austria, absorvendo Portugal e tomando conta do Império português.

O plano era absurdo e os espanhóis não tinham como o levar a cabo.

Aqui tem muita importância a acção dos serviços secretos ingleses, ao subornar os militares espanhois.
Infelizmente também já ouvi das boas quando disse isto no forum e alguém me pediu enlaces...  :roll:
Agora existe uma obra publicada que explica como foi feita toda a operação e como foram feitos os pagamentos.

Os generais pintaram a Franco uma imagem negra das capacidades espanholas e explicaram a Franco que não podiam garantir a segurança do norte, da costa da Cantábria à Galiza e que era segura a perda das Canárias.

Franco, tinha claramente ideias de invadir Portugal, há cada vez menos dúvidas sobre isso. Aliás ele foi o autor de um plano pormenorizado para vencer os portugueses em 72 horas.

Já se o exército espanhol teria capacidades para o fazer é outra coisa.
Análises inglesas, citadas por investigadores portugueses afirmam que o exército espanhol conseguia ser mais ineficiente que o português. A fonte dos ingleses eram os próprios oficiais superiores espanhóis, que forneciam informação sobre as verdadeiras capacidades espanholas.
Mas a análise é de 1942, altura em que o exército português atinge um nível de motorização que em vários aspectos é superior ao espanhol, porque é fornecido pelos aliados.

Os camiões que a Alemanha fornecia, por exemplo, chegavam a Espanha (e a Portugal também) sem pneus, porque eles não tinham borracha suficiente.
Portugal tinha que pedir pneus aos ingleses para colocar nos camiões alemães. Os espanhóis não tinham as mesmas facilidades.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Jose M.

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« Responder #2 em: Novembro 09, 2008, 05:33:16 pm »
Los sobornos aliados hacia los generales españoles iban encaminados a que se mostraran contrarios a la entrada de España al lado de la Alemania nazi en la segunda guerra mundial. A los ingleses les preocupaba bastante más que Franco invadiera Gibraltar y pudiera cerrar el Mediterraneo así como que la costa norte de España sirviera para hostigar aún más a los convoyes provinientes de Estados Unidos,  que las invasiones a terceros países (ya había muchos países invadidos a lo largo y ancho del mundo)

Cuanto a la capacidad real de las fuerzas armadas de Franco, imagino que no debería ser tan despreciable cuando se permitió el lujo de hostigar y combatir entre otros a los franceses y estadounidenses que violaban territorio español. Máxime teniendo en cuenta la gran cantidad de combatientes experimentados que podía movilizar inmediatamente, incluídos batallones de castigo.

Por suerte para España, muchos de los generales españoles además de cobrar poco, despreciaban y odiaban a Franco.
 

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Jorge Pereira

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« Responder #3 em: Novembro 10, 2008, 05:34:23 pm »
A notícia, na íntegra, do Expresso:

Citar
Os planos de Franco para tomar Portugal


Em Dezembro de 1940, a Espanha de Franco preparou um exército de 250 mil homens para conquistar Lisboa

O historiador espanhol Manuel Ros Agudo revelou recentemente um plano de invasão militar de Portugal pela Espanha de Franco, no início da Segunda Guerra Mundial. O plano foi elaborado no contexto de uma quase certa guerra com a Inglaterra. Para tanto, Madrid tratou de preparar um ataque surpresa a Gibraltar, a que — segundo os estrategos espanhóis — Londres responderia pela ocupação das Canárias e por um desembarque em Portugal, visto como ‘testa de ponte’ da invasão da Península. O Estado-Maior militar de Franco preparou então uma vasta manobra de antecipação, que passaria pelo ataque a Gibraltar e por uma "invasão preventiva" de Portugal.

A invasão seria precedida de um ultimato, com um prazo praticamente impossível de cumprir e que o historiador calcula que seria de 24 a 48 horas. Os termos da invasão taxem pane do ‘Plano de Campanha nº 1(34)', um estudo de 120 páginas, elaborado pela Primeira Secção, de Operações, do Alto Estado-Maior (AEM) durante a segunda metade de 194O- O plano foi apresentado a Franco a 18 de Dezembro. O objectivo final da invasão, por terra, mar e ar, era "ocupar Lisboa e o resto da costa portuguesa". Em termos de efectivos do Exército, seriam mobilizadas dez divisões de infantaria e uma de cavalaria, quatro regimentos de carros de combate, oito grupos de reconhecimento e oito regimentos mistos de infantaria — num total de 250 mil homens. Ou seja: o dobro dos meios humanos de que Portugal poderia dispor. O desequilíbrio era tal que, ao máximo de cinco divisões que Portugal poderia organizar, a Espanha responderia, logo à partida, com 25 divisões. A Força Aérea, por seu turno, participaria com cinco grupos de bombardeamento e dois de caça, duas esquadrilhas de reconhecimento, quatro esquadrilhas de caças Fiat CR-32 e dois grupos de assalto. Para tanto, as autoridades de Madrid contavam com o apoio quer da Alemanha quer da Itália. A Marinha estaria reservada uma missão de menor relevo, já que se temia uma forte reacção da poderosíssima armada britânica, que não deixaria de apoiar Lisboa.

As forças espanholas seriam organizadas em dois  exércitos, que actuariam a norte e a sul do Tejo. O primeiro avançaria ao longo da linha Guarda, Celorico da Beira, Coimbra e Lisboa; o segundo, pela linha Eivas, Évora e Setúbal. O objectivo fixado pelo plano de operações era "ocupar rapidamente Lisboa e dividir o país em três partes, por forma a" facilitar a conquista de todo o território".

Sabe-se como a Segunda Guerra Mundial não confirmou os receios de Espanha, que, tal como Portugal, acabou por não entrar directamente no conflito. Assim, o referido plano foi arquivado, permanecendo em segredo durante 68 anos, até que o historiador Manuel Ros Agudo o revelou no livro 'La Gran Tentación' {ed. Styria). O autor explicou ao Expresso que "o plano da invasão é uma novidade absoluta, já que ficou guardado em segredo até hoje". Ros Agudo adiantou que há um exemplar do plano no arquivo do Estado-Maior da Defesa e outro no arquivo pessoal de Franco.

O autor diz não possuir dados que lhe permitam saber quais os planos políticos posteriores à invasão. Um episódio temporário ou uma absorção? Agudo transcreve uma conversa de Setem¬bro de 1940, em Berlim, na qual o ministro dos Assuntos Exterio¬res de Espanha, Serrano Súñer, disse ao homólogo alemão, Rib-bentrop, que, "ao olhar para o mapa da Europa, geograficamente falando Portugal não ti¬nha direito a existir". Agudo ad¬mite que "Madrid não via com maus olhos uma integração ibé¬rica de Portugal em Espanha".



JOSÉ PEDRO CASTANHEIRA (EXPRESSO 2008/11/09)

Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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legionario

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« Responder #4 em: Novembro 10, 2008, 07:29:53 pm »
Quais eram os efectivos militares de Portugal na altura ? Tinhamos essas 5 divisoes ?
 

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emarques

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« Responder #5 em: Novembro 10, 2008, 07:58:02 pm »
No papel, talvez.

Na prática, acho que dava para alinhar duas...
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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Miguel

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« Responder #6 em: Novembro 10, 2008, 09:51:19 pm »
Nao estavamos assim tao desarmados como parecia.

Tinhamos 3 Divisoes de 1° Linha ( 2 a norte do tejo e 1 a sul do tejo)

A primeira linha de defesa era constituida por 9 batalhoes de caçadores, perto da fronteira. Do Norte ao Sul de Portugal.

Inicialmente considera se ter a possibilidade de constituir 5 divisoes Infantaria ( uma por cada Regiao Militar)

Por falta de material organico, e para manter um contingente nos açores , foi reduzido para 3 divisoes de infantaria.

Tinhamos a capacidade para resistir a um embate dos Espanhois. Agora no caso de um apoio dos Alemaes a situaçao teria sido diferente.

Os Espanhois estavam esgotados pela guerra civil, e penso mesmo que Hitler devia ter avisado Franco para nao Invadir Portugal nem Gibraltar.
(no encontro de Hendaya)

Penso que Hitler considerava os Espanhois num nivel inferior aos Italianos, e os Italianos atrasaram os planos alemaes com as invasoes falhadas da Grecia e do Egypcio.

Havia tambem planos para uma resistencia total por parte de Portugal, e a Legiao Portuguesa tinha ai o seu papel de resistencia num equivalente superior ao actual CTOE, chegou a existir perto de 100 000 voluntarios.
(Esta era a 3 linha de defesa)

Indigna-me a paranoia de algums historiadores (PapaTango...) em afirmar em permanencia que Portugal é indenfendivél.


Off topic: apenas para ter uma ideia, nessa altura houve mesmo planos Portugueses para entrar em Olivença, portanto nao estavamos assim tao mal?
 

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legionario

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« Responder #7 em: Novembro 10, 2008, 11:00:19 pm »
Nessa altura  os Açores estavam ja fortificados ?
 

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papatango

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« Responder #8 em: Novembro 11, 2008, 03:04:36 pm »
Portugal não tinha sequer uma divisão em condições.
Os militares ironizaram na altura ao dizer que nem se podia chamar ao exército «gigante com pés de barro», porque ele não era gigante, e todo ele era feito de barro.

O país não tinha tanques e pior que isso não tinha armamento anti-tanque. As tropas tinham munições para apenas três dias de combates.

Os Açores nunca foram «fortificados» de uma forma que permitisse qualquer resistência real. A ocupação das ilhas demoraria umas 24 a 48 horas por parte de americanos ou britânicos.
A colocação de tropas nos Açores, permitiu a Portugal «fingir» alguma neutralidade. Na realidade, se os alemães tivessem entrado na Peninsula e tomado Gibraltar, Açores, Madeira e Canárias seriam tomados pelos ingleses.

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De qualquer forma, mais uma vez, é preciso distinguir este plano espanhol, do plano alemão conhecido como Operação Felix.

Friso isto, porque alguns participantes espanhóis, tentaram demonstrar que se tratava de um plano alemão, e que o Franco, qual santo de pau oco, até tinha rejeitado o plano.
Serrano Suñer, o principal dirigente hitleriano espanhol e cunhado do próprio Franco achava que Portugal não tinha o direito de existir.
Sobre isto, não deveria haver a mais pequena sombra de dúvida.

Estas são algumas das razões, que permitem estabelecer uma ligação directa entre a facção franquista e os nazis alemães.
O modelo de Franco para a Espanha não era o modelo do fascismo italiano, como tinha acontecido em Portugal com Salazar.

O golpe de 1926, a Ditadura Militar e a ascenção de Salazar dão-se depois da ascenção dos fascistas em Itália e antes da ascenção de Hitler ao poder.

Franco, é claramente influenciado não pela Itália mas sim pela Alemanha que tem como modelo. Para os nazistas espanhóis a Alemanha e especialmente o «Anschluss» aparecem como modelo a seguir para construir "La España Imperial".
O projecto da "España Imperial" e do Hispanismo, é um projecto imperial de origem cultural castelhana inicialmente inspirado no nazismo hitleriano.
Portugal está para a Grande Castela falangista, como a Áustria está para a Grande Alemanha.

A derrota da Alemanha, leva Franco a suavizar a ideia da Espanha Imperial e a substitui-la pelo conceito de "Hispanidad". É um conceito que não entra em conflito com os americanos e que permite a Franco ir lentamente limpando a sua imagem, para que finalmente seja reconhecido por Washington.

A ligação da Espanha de Franco à Alemanha Nazi era quase total e absoluta. Depois da II Guerra Mundial, este tipo de ligação e de ideais foi sendo ocultado, modificado, esquecido e convenientemente limpo dos livros de História.

A associação de Franco a Salazar também é uma invenção. Salazar e Franco odiavam-se mutuamente. Franco achava Salazar um professorzeco obscuro e frio. Salazar achava Franco um generaleco semi-analfabeto e arrogante.

Os dois regimes eram obrigados a conviver. Os portugueses sabendo perfeitamente que a marca genética do regime de Franco era a marca Imperial de uma elite espanhola que não suportava a existência de Portugal. Por seu lado os espanhóis eram obrigados a aceitar que o seu projecto tinha mais uma vez falhado, obrigados a suportar a existência de um Portugal que consideravam - como continuam a considerar hoje - um incómodo.


Outra mentira espanhola é a de que os planos de Franco para invadir Portugal eram secretos.
Como já alguém aqui referiu, esses planos são mais velhos que o andar para a frente. Eles só eram secretos para os espanhóis.
E temos como prova disso a facilidade com que participantes espanhóis nos chamaram a todos de malucos e nos pediram «enlaces» para uma coisa que achavam ser uma mentira.

Nada como o passar do tempo para mostrar que temos razão.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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legionario

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« Responder #9 em: Novembro 11, 2008, 04:16:04 pm »
Vc nao pode afirmar que a "Espana Imperial" e o Hispanismo sao inspirados pelos nazis. Isso é um absurdo. Os primeiros precedem os segundos...
 

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Miguel

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« Responder #10 em: Novembro 11, 2008, 04:24:07 pm »
Papatango

Voce ficou obsequado pela leitura de Jose Tello.

Se era verdade que tinhamos muniçoes para 3 dias, isso era em 1935, antes da reorganizaçao do Exercito.

E é falso dizer que nao tinhamos armamento anti tanque.

Alias no caso de uma invasao Espanhola, duvido que eles estariam em melhor situaçao que nos. Ainda por cima esgotados por um guerra civil.

As unicas tropas com quem eles podiam nos invadir devia ser com os Mouros e a Legion.
 

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Miguel

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« Responder #11 em: Novembro 11, 2008, 04:27:19 pm »
Vamos a ver, mesmo hoje sabem quanto armamento anti carro nos temos em Portugal?

Claro que eu sei mais ou menos, nao vou divulgar isso aqui na net.

Mas nao se preocupe que temos muniçoes suficientes para destruir os 200 LeoPardII das 3 Brigadas Mecanizadas Espanholas( a divisao brunete deixou de existir;;;)

PT: mesmo no seu site area militar existe algums erros, e chegei mesmo a falar consigo sobre esse assunto, e lamento nao terem sido corrigidos!
 

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papatango

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« Responder #12 em: Novembro 11, 2008, 04:41:34 pm »
O ideario da Espanha Imperial de Franco e da Falange é claramente de inspiração nazi.[1]
E aparece como resposta à implantação da República Espanhola e contra o regime de autonomias que a República se preparava para aprovar.

Franco levanta-se (ou alza-se como eles dizem) contra uma Espanha quese prepara para um processo de regionalização. A resposta foi a Espanha Imperial centralizada em Madrid, e necessáriamante de cariz cultural castelhano.

Castela, e a matriz castelhana, são desde há séculos apontadas como a solução para a diversidade cultural da Peninsula Ibérica.

É por isso que a Falange clama «Ahora a Portugal» logo que os exércitos nazista toma Madrid na primavera de 1939.

É por isso que o nazista Serrano Suñer, afirma perante Hitler, Goebbels ou Himmler, que Portugal não tem o direito de existir



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[1]
A inspiração era nazi/hitleriana, com uma diferença, que estava expressa na participação da Igreja Católica Espanhola nas actividades criminosas dos rebeldes.
Mas a igreja católica em Espanha, era pouco mais que um organismo terrorista, completamente manietado por bispos criminosos, que aprovaram os massacres efectuados pelos nazistas e abençoaram os crimes contra a humanidade cometidos pelos animais de Franco, entre os quais, por absurdo, estavam os crimes das tropas de vanguarda do terror nazista, os Tambores muçulmanos.

Esta aliança «pecaminosa e diabólica» entre o terror do Islão e o terror da inquisição espanhola, não é no entanto nada de extraordinário, conhecendo-se a sociedade espanhola, as suas contradições e as suas raízes muçulmanas, escoradas em muitos séculos de tradições islâmicas diluidas.

Uma curiosidade é que podemos estabelecer aqui um paralelo e podemos ver a vitória de Franco,  também como uma vitória da Espanha Islâmica, que de alguma forma lembrou a baixa idade média.
As tropas muçulmanas foram trazidas para a Europa por uma das facções visigodas em luta na peninsula.
Foi o que aconteceu em 711, quando os muçulmanos foram chamados para apoiar uma das facções visigodas, na guerra civil entre os apoiantes do rei Rooderick o do herdeiro legitimo do rei Witiza.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Miguel

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« Responder #13 em: Novembro 11, 2008, 04:46:44 pm »
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« Última modificação: Novembro 11, 2008, 04:51:30 pm por Miguel »
 

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papatango

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« Responder #14 em: Novembro 11, 2008, 04:48:52 pm »
Citar
Voce ficou obsequado pela leitura de Jose Tello.

Que livros você publicou para provar o contrário ?
Que investigações levou a cabo ?

Não é apenas o Tello que afirma isto ou mais ou menos isto. Várias publicações apontam no mesmo sentido e estudam a catástrofe do plano de rearmamento dos anos 30.

Telmo Faria, no seu «Debaixo de Fogo, Salazar e as Forças Armadas 1935-1941 apresenta teses que apontam no mesmo sentido».
Freire Antunes, quando fala dos meios que tinhamos para defender os Açores idem idem, aspas aspas...

Estamos a falar da situação em 1940 e a discutir uma questão histórica.

Já falei consigo da questão da falta de qualquer armamento anti-tanque lembra-se ?
Aparentemente havia planos para comprar canhões de 37mm aos franceses mas nem isso foi adquirido, porque com a guerra civil espanhola todo o plano de defesa se atrofiou.
Ninguém sabia muito bem o que havia de fazer e os atrasos somaram-se uns aos outros. A estrutura do exército era velha, caduca e a profusão de velhos generais e velhos oficiais era uma das razões da total ineficiencia da força.

E os batalhões de que você fala, não eram batalhões eram companhias reforçadas.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...