Coronavirus

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legionario

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Re: Coronavirus
« Responder #390 em: Março 26, 2020, 12:25:07 am »
O Viajante estava com muita vontade de se exprimir e então imaginou que o Legionario pensa isto e pensa aquilo e depois abriu a torneira e jorrou-lhe a escrita sem nexo.  Esta chateado com o seu cônjuge ?  deve ser do confinamento...isso passa.

Permita-me que lhe recorde que este topico é sobre o Coronavirus. Mas vou escrever alguma coisa,... sei que gosta de me ler e eu tambem gosto de o ler.

A UE, é para si a sua zona de conforto, paga-lhe as obras, da-lhe subsidios, ou vc pensa que assim é,... e sente-se em segurança, não é ? Ha muito pessoal que vive no engano e quando são confrontados com as duras realidades , tipo uma crise sanitaria, apercebem-se que finalmente tudo não passava de uma questão de dinheiro e que finalmente é cada um por si.

Não o vou contestar porque concordo com grande parte do que escreveu, até porque, para além do meu trabalho na Europa, tambem tenho uma empresa comercial na Guiné-Bissau e posso confirmar essa sua amargura porque a sinto na pele. No entanto, talvez por fraqueza minha, tenho uma grande simpatia  pelas populações da Guiné .  As elites deste pais são umas criaturas horrorosas, corruptos, insensiveis, caluniosos em relação a Portugal .  Vejo aqui , nas elites locais  , a origem do mal-estar que existe entre o ex-Ultramar e a ex-Metropole. Novas elites poderiam mudar as coisas, percebe-me ?  Não é raro um guineense dizer-me : "os tugas têm que voltar para aqui para governar a Guiné" ; ao que eu respondo :  "esquece, ja temos problemas que cheguem, isso não vai acontecer nunca". 

A CPLP pode ter um papel positivo a desempenhar. Uma das coisas que da peso a Portugal no Mundo é a distribuição da lingua portuguesa (bem falada ou mal falada) no Globo. Este capital deveria ser defendido.
 Graças à ação de muitos portugueses no terreno, Portugal é ainda muito querido por boa parte das populações.
Acredite : os pretos da Guiné (falo deste pais que conheço) não têm nada a ver com os Mamadou's Ba e outros "pretos perfumados" que em Portugal nos hostilizam abertamente.

Na realidade, penso que o seu problema é que vc tem medo de pretos .  Se quizer ensino-lhe algumas técnicas de aproximação para não ser mordido :)


« Última modificação: Março 26, 2020, 06:51:12 am por legionario »
 

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legionario

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Re: Coronavirus
« Responder #391 em: Março 26, 2020, 07:15:26 am »
Portugueses ameaçados e insultados em Angola após primeiros casos de Covid-19 no país

Uma lista com nomes, telefones e moradas de cidadãos provenientes de Portugal que chegam a Luanda está a ser divulgada nas redes sociais em Angola e há portugueses com medo de sair à rua por serem vistos como culpados pela introdução da doença no país.

Uma mulher de 50 anos foi agredida num supermercado em Luanda no sábado, dia em que foram conhecidos os dois primeiros casos de Covid-19 no país, por cidadãos angolanos que regressaram de Portugal. A vítima sofreu um traumatismo craniano e teve que receber assistência hospitalar. Proveniente de Santarém, a auxiliar de educação na Escola Portuguesa de Luanda estava em Angola desde janeiro, não sendo um dos casos que tinha que cumprir quarentena obrigatória. O caso foi denunciado ao JN por uma colega da vítima, professora na mesma escola, que prefere manter-se no anonimato e confessa medo em sair de casa por já ser constantemente insultada na rua."Vai-te embora (...), trouxeste a doença, vai para a tua casa". A docente considera que desde sábado que há um clima de grande animosidade contra os portugueses e culpa o governo por"pedir aos angolanos que denunciem aqueles que entram em Angola e não cumprem a quarentena obrigatória"."Momentos depois do anúncio dos primeiros infetados, a lista começou a ser partilhada nas redes sociais", lamenta. "Trouxeste a doença, vai para a tua casa" O desejo da docente é sair do país, onde está desde janeiro, e tinha voo marcado para o dia 28, mas foi cancelado. Já pediu repatriamento urgente à embaixada portuguesa e ainda não obteve resposta. Na escola, queixa-se de corte de ordenados desde outubro e o não pagamento do último salário, o que torna impossível o pagamento do valor dos voos existentes."Os voos que estão a ser autorizados a sair de Luanda rondam os 2300 euros o bilhete, exemplo do voo anunciado da Euroatlantick para repatriamento dos portugueses"."Foi ainda anunciado um voo da TAP na próxima quarta-feira, com preços a partir dos 1800 euros, o que para os professores com ordenado em atraso, é insustentável", afirma. Até encontrar uma solução, tem que continuar a dirigir-se diariamente à escola, onde não há aulas desde sexta-feira. O JN questionou a Cooperativa que gere a Escola Portuguesa de Luanda sobre os salários em atraso, mas até ao momento não obteve resposta. No mesmo sentido foi contactado o Ministério da Educação, do qual não obteve resposta até ao momento. Rogério Matos Consulte Mais informação: Jornal de Notícias


Onde chega a irracionalidade !
Muitos portugueses emigrantes tambem são ostracizados pelos seus conterraneos quando regressam à sua terra e tidos por responsaveis pela importação do virus.
Na tropa onde servi dizia-se que a guerra fazia nas nossas fileiras, mais "cornudos que mortos". Com o Covid 19 tambem vamos assistir a muitos danos laterais que se calhar vão fazer mais estragos do que a propria doença.
Vale-nos a nossa superioridade moral e ética que nos permite distinguir as coisas.
 

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Daniel

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Re: Coronavirus
« Responder #392 em: Março 26, 2020, 09:00:00 am »
Coronavírus: lançado grande ensaio clínico para testar quatro tratamentos
https://executivedigest.sapo.pt/coronavirus-lancado-grande-ensaio-clinico-para-testar-quatro-tratamentos/
Citar
O ensaio deve incluir 3.200 pacientes europeus em França, na Bélgica, nos Países Baixos, no Luxemburgo, no Reino Unido, na Alemanha e em Espanha, podendo chegar a outros países.

Um grande ensaio clínico foi lançado no domingo para testar quatro tratamentos experimentais contra o coronavírus em vários países europeus, noticia esta quarta-feira a agência de notícias francesa AFP.

O ensaio Discorevry deve incluir 3.200 pacientes europeus em França, na Bélgica, nos Países Baixos, no Luxemburgo, no Reino Unido, na Alemanha e em Espanha, podendo chegar a outros países.

Cada paciente recebe um dos quatro tratamentos escolhidos aleatoriamente por um computador. Não é o médico que decide. “Isto permite provar o teste”, explicou em conferência de imprensa Florence Ader, infecciologista no Hospital da Cruz Vermelha em Lyon, que lidera o projecto.

Em França, a experiência abrange 800 participantes. São apenas elegíveis pacientes hospitalizados nos serviços de doenças infecciosas e reanimação. Trata-se de doentes que apresentam sintomas respiratórios, nomeadamente pneumonia, e/ou que precisem de um suporte de oxigénio, precisou Ader.

O tratamento foi-lhes administrado rapidamente porque “um atraso no início do tratamento parece ser um factor importante nesta doença”, segundo a infecciologista. Quanto mais se avança na doença, menos a presença do vírus é importante. “Se queremos um efeito antiviral numa molécula, este deve ser administrado muito cedo”, acrescentou Bruno Lina, professor de biologia em Lyon.

Em causa está um antiviral projectado inicialmente para o vírus ébola, mas que tem “um alcance mais amplo”, porque “interage com outros vírus e é capaz de bloquear a reprodução deste novo coronavírus”, detalhou Bruno Lina. “Esperamos muito desta molécula”, porque “os primeiros resultados in vitro foram muito bons”, comentou.

Trata-se também de “reciclar” um medicamento contra o VIH, que consiste em “bloquear a reprodução do vírus”, de acordo com o virologista: “Percebemos que funciona no tubo de ensaio.”

Esta combinação foi já testada na China, mas com resultados mistos porque muitos doentes foram “incluídos muito tardiamente”, por vezes além do décimo dia da doença, referiu Lina.

O ensaio Discovery, lançado muito antes na evolução da covid-19, será complementar ao teste chinês.

Esta associação é considerada interessante, tendo em conta que a doença compreende duas fases: uma fase virológica, na qual se pensa que os antivirais “podem ter um efeito importante”, e uma fase com “síndrome inflamatória”, podendo provocar danos no sistema pulmonar e na qual se espera poder bloquear o processo inflamatório, explicou o especialista.

O quarto tratamento, primo da cloroquina, medicamento contra o paludismo que suscitou muitos debates, não está previsto para o início. Foi adicionado a pedido da Organização Mundial de Saúde e do Estado francês.

Em França, os primeiros tratamentos começaram no domingo no Hospital Bichat, em Paris, e no CHU, em Lyon. A selecção dos hospitais fez-se “em função da cartografia da epidemia” e o recrutamento dos 800 pacientes franceses será concluída “o mais rápido possível”.

Nos outros países, “caberá à capacidade de cada país desenvolver os respectivos ensaios”, indicou Ader.

A primeira avaliação clínica realizar-se-á ao 15.º dia de tratamento, e “nas semanas seguintes começará a haver resultados”, previu.

Assim que o ensaio demonstre “a superioridade de um dos quatro regimes de tratamento”, os investigadores tencionam sugerir aos reguladores em França e no mundo que o utilizem.

O tratamento poderá ser libertado “muito rapidamente”, tendo em conta que a população se encontra numa situação de “carência terapêutica”, sublinharam, apelando, no entanto, para “prudência” enquanto não se conhecerem os efeitos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 19 mil morreram. O vírus está, actualmente, presente em mais de 181 países e territórios.

O continente europeu, com mais de 226.000 infectados, é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos. Em Portugal, há 43 mortes e 2.995 infecções confirmadas.
 

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Daniel

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Re: Coronavirus
« Responder #393 em: Março 26, 2020, 09:25:09 am »
Vem aí uma “recessão profunda”. É esta a receita de Draghi para responder à crise
https://eco.sapo.pt/2020/03/26/vem-ai-uma-recessao-profunda-e-esta-a-receita-de-draghi-para-responder-a-crise/
Citar
Uma recessão profunda é inevitável”. O antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não tem dúvidas sobre o impacto que o surto de Covid-19 vai ter na economia global. Num artigo de opinião publicado no Financial Times (acesso livre), o italiano — que é visto como o salvador do euro — deixa conselhos a Estados, bancos e empresas para enfrentar a nova crise.“O desafio que enfrentamos é como agir com força e velocidade suficientes para prevenir que a recessão se transforme numa prolongada depressão, aprofundada por uma infinidade de falências que deixem danos irreversíveis”, alerta Draghi.

É preciso agir de forma abrangente e integrada porque “os custos da hesitação poderão ser irreversíveis“. É esta a receita de Mario Draghi para combater a crise económica gerada pelo coronavírus.

Governos, endividem-se para manter o emprego

Para o ex-banqueiro central, é “claro” que a resposta deve envolver um “significativo” aumento na dívida pública, considerando que os elevados níveis de endividamento público serão uma nova realidade. “A prioridade não pode ser apenas manter o rendimento básico de quem perca o emprego. Temos de proteger as pessoas de perderem os empregos“, defende.

Mas será que anda tudo a dormir Fonix, estas medidas de fechar tudo e confinar a pessoas em casa tem de terminar o mais rápido possível.
Criar 3 Hospitais exclusivamente para o Covid-19 norte, centro e sul, está comprovado que a maioria dos casos são ligeiros, algumas pessoas se não fizerem o teste nem saberão que tiveram
Covid-19 e anda-mos a brincar com isto, isolar sim, as pessoas consideradas de risco, idosos e pessoas com outros problemas de saúde.

Atrevo-me a dizer se isto continuar nos modos em que está actualmente, não vai haver dinheiro nem medidas economicas que salve esta CRISE.
Inclusive tem alguns expecialistas que dizem que cerca de 70% da população de cada país vai ser infetada pelo Covid-19, isto quer dizer que não podemos fuzir do problema causando outro ainda maior.

O caos social vai se instalar milhãos de pessoas vão perder os seus empregos, empresas irão a ruína, temos já um caso em Ovar, em que algumas empresas têm 150 milhões de mercadorias em armazém sem poder sair, exatamente devido ao cerco sanitário no Concelho, anda tudo a dormir e viva a CHINA.
« Última modificação: Março 26, 2020, 09:36:48 am por Daniel »
 

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Clausewitz

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Re: Coronavirus
« Responder #394 em: Março 26, 2020, 10:51:56 am »
Quando isto tudo passar teremos muitas lições aprendidas.

-A Proteção Civil deve ter um Hospital de Reserva proprio, construido seguindo normas de proteção NBQ, situado numa zona estratégica, guarnecido por pessoal médico e para-médico reservistas e reformados activos que serão chamados em caso de necessidade. Este Hospital sera a resposta avançada em caso de calamidade.
-O tão desejado navio polivalente com o seu Hospital embarcado, deve-se tornar uma realidade.
-Todas as unidades militares e policiais assim como todas as corporações de bombeiros, incluindo os BV, devem ter o seu pessoal treinado e equipado NBQ.
- A CP deve ter a capacidade de medicalizar um comboio, (um comboio Hospital), equipado e gerido pela Proteção Civil.
- No ambito da CPLP deveria existir uma Força de Proteção Civil de intervenção rapida .

Alguns outros exemplos a considerar:

- Preservar o laboratório militar e reforçar os seus meios;
- Ter planos de contingência para estes casos nas principais infraestruturas de transporte e previsão de meios para os executar;
- Manter reservas de equipamentos médicos de protecção individual e de outro material básico e de reagentes farmacêuticos.

Sobre a força da CPLP é que não entendi… Passa a vida a tentar desacreditar a União Europeia e vem falar de CPLP? O que é isso de CPLP, na prática, e que tipo de resposta teria neste cenário em concreto? Só se fosse para nós ajudarmos os outros por razões humanitárias, porque de resto, entre um Brasil transformado num verdadeiro manicómio a céu aberto e uma série de países que já têm dificuldade para fazer face às suas próprias carências básicas, incluindo um que é um verdadeiro Estado falhado, não sei bem o que poderia existir de concreto a nível de protecção civil neste cenário de pandemia.

Passo a vida a desacreditar a UE e agora tambem a OTAN.  Estas duas instituições, nesta altura de crise, deixam muito a desejar. A UE fabrica dinheiro, pelo menos serve para alguma coisa...mas  a solidariedade entre Estados membros, enfim...até nos confiscam o nosso material médico quando este transita pela terra deles. Quanto à OTAN, fiquei desapontado por ter recusado auxilio à Espanha, ou terei lido mal ?

A UE tem há muito tempo as costas bem largas para servir de desculpa e justificação para todo o tipo de problemas, vários dos quais são problemas ou decisões internas dos países ou questões mais amplas e globais. É o bode expiatório perfeito para políticos incompetentes e para gente manipuladora.

A realidade é que a solidariedade europeia nesta crise do corona vírus tem sido incomparavelmente maior e mais forte do que qualquer ajuda ou solidariedade de qualquer outro país do mundo. E é preciso ter em conta que isso acontece mesmo estando todos os países europeus a braços com uma brutal crise sanitária, sendo justamente os maiores os que têm sido mais gravemente atingidos.

Sobre o material médico, a verdade é que a UE ajudou a levantar as restrições de exportação que alguns países momentaneamente adoptaram para material de saúde para fazerem face às suas próprias insuficiências, mas claro, se quisermos podemos concentrar-nos em relatos pontuais de situações especificas e tentar generalizar e colar isso à UE enquanto instituição, essa fonte dos nossos males.
O mesmo em relação à ajuda, eu agradeço sinceramente a ajuda de terceiros mas não é um avião da Rússia ou da China num determinado Estado-membro que me fará dizer que esses países é que nos ajudam e a Europa não faz nada. Um avião com equipamento e um monte de jornalistas à chegada é uma coisa mais imediata e visível e por esses motivos também uma boa forma de propaganda – também faz parte do objectivo – mas eu nem sequer me atrevo a comparar isso com o que tem sido feito a nível europeu nas diferentes áreas, numa altura em que já se fala abertamente até de mutualização de dívidas.

Desacreditar a UE não significa desacreditar a CPLP.

- A GBR vê com grande interesse a Commonwealth e espera tirar dai muitas vantagens, sobretudo agora, que mandou a UE às urtigas.

- A França tem tambem grande interesse na Organisation Internationale de la Francophonie. Quer que lhe detalhe o mercado que a França tem em Africa ? Quer que lhe explique onde é a que a França vai buscar as suas matérias primas e onde e como coloca os seus produtos e serviços ? Se vc ja esteve num pais africano francofono, não precisa das minhas explicações.

- Portugal e a Lusofonia ??
Qual o nosso interesse ?  os paises da Lusofonia, principalmente os africanos e Timor têm algo que Portugal não tem : recursos, espaço, mercados. Portugal tem certamente algo para dar em troca...?

Ah esses delírios neo-coloniais… A CPLP já existe e nada nos impede de ter relações económicas com esses países e inclusive temos e não são poucas. E uma parte do peso e interesse que ainda vamos tendo junto desses países deve-se justamente ao facto de sermos membros da UE e do Euro.

Não me vou alongar muito sobre a França e o Reino Unido, mas só referir o óbvio: ambos os países têm um peso económico e político incomparavelmente superior ao nosso, o que faz com que também tenham uma expressão muito mais forte nas respectivas organizações do que nós alguma vez teríamos na CPLP. Sabe como são as negociações na CPLP? Como decorre o processo de tomada de decisão, em questões infinitamente mais simples do que na UE por exemplo? E sobre o Reino Unido vamos ver se a pulsão imperialista não resolvida não acabará por redundar num Reino Pouco Unido e numa situação de capacho dos Estados Unidos, ainda mais do que já são hoje.

A sua proposta é uma reedição do império colonial, ter acesso a recursos, espaço e uma espécie de mercados mais ou menos cativos, pouco sofisticados e com pouca concorrência. Se isto fosse assim já seria mau demais, esta foi justamente uma das razões para o nosso atraso económico e técnico e até para alguns vícios empresariais hoje designados por corrupção.
Só que na realidade isto nunca seria sequer assim. À pergunta “Portugal tem certamente algo para dar em troca...?” a resposta é nada mais do que já dá hoje. Aliás, fora da UE até seria bem menos na verdade. Até porque o principal que existe para dar em troca de recursos, espaço e mercados é dinheiro, guita, cheta, carcanhol ou coisas que dele necessitam. E desse não iríamos ter, sobretudo para concorrer com potências que estão atrás do mesmo, nos mesmos países, como a China, que tem capacidades astronómicas de financiamento e concede somas altíssimas aos países ou constrói infraestruturas imensas “sem cobrar nada”, ficando com o acesso a esses recursos e inundando os mercados com os seus produtos.

Tem-se vindo a reforçar a lógica de blocos e potências no mundo - China, Rússia, EUA como os principais - e não por acaso estes têm apostado muito na divisão da Europa e em alimentar esse tipo de ideias e movimentos. É o velho dividir para reinar, os países europeus divididos no mundo actual são quase todos uns paísecos sem expressão e completamente à mercê das intenções que os outros tenham.

Quanto a Portugal, mesmo com todas as insuficiências e problemas que a UE tenha, não tenho dúvidas que estar fora seria muito pior para nós em tudo e que o tipo de aproximação/substituição que parece propor acabaria por redundar em tornar-nos uma espécie de região autónoma do Brasil, uma plataforma para negociatas com países africanos, com uma economia a distanciar-se da modernização e uma corrupção aí sim galopante.

A criação de uma Força Lusofona de Proteção Civil seria um dos contributos maiores de Portugal para prestar auxilio a paises menos equipados da CPLP em caso de calamidade. O retorno sobre este investimento, em termos de imagem, seria enorme.

Portugal já ajuda na medida das suas possibilidades esses países sempre que têm catástrofes e nada impede que continue a fazê-lo ou até aumente, com ou sem arranjos na CPLP. E como medida de proteção para Portugal no contexto de uma pandemia – que foi como a apresentou – essa suposta força não teria de facto nenhum efeito prático muito provavelmente.
 
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Lightning

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Re: Coronavirus
« Responder #395 em: Março 26, 2020, 12:21:25 pm »
A UE consegue fazer, ou não fazer, o que os países permitem, se a UE não tem certas capacidades, é porque os países não querem.

E pertencermos à UE não impede em nada se sermos da CPLP ou esse organismo crescer, tal como também somos da NATO, da ONU, etc.

Até prefiro assim, não gosto que tenhamos todos os ovos no mesmo cesto.
 

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Re: Coronavirus
« Responder #396 em: Março 26, 2020, 03:09:15 pm »
O chamuças a censurar à grande

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Re: Coronavirus
« Responder #397 em: Março 26, 2020, 03:11:40 pm »
Mas a UE serve para alguma coisa? Ainda acreditam no capuchinho?

Ao menos que alguma coisa boa saia desta desgraça toda, o fim dessa fraude gigantesca.

Quando era para roubarem os estados do sul para salvar bancos alemães nem dormiam, agora nem piam.
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Re: Coronavirus
« Responder #398 em: Março 26, 2020, 06:53:20 pm »
E-Vent: Ventilador barato para o tratamento da COVID-19 criado pelo MIT (100 dólares!!!!)

A COVID-19 está a obrigar a criar esforços um pouco por tudo o mundo. Várias empresas, especialmente do segmento automóvel, já vieram revelar que estão a produzir ventiladores para ajudar no tratamento da COVID-19.

A novidade mais recente chega do Massachusetts Institute of Technolog (MIT) que criou um ventilador Open Source super barato.



Como já informamos, os ventiladores são equipamentos fundamentais no tratamento da COVID-19.  Segundo dados, os ventiladores podem rondar os 17 e 25 mil euros.

Tendo em conta o valor, o MIT anunciou que criou um ventilador Open Source barato com o nome E-Vent. Segundo o instituto, o equipamento aguarda apenas certificação por parte das entidades competentes.



O E-Vent é baseado num projeto iniciado há quase uma década, como parte do curso MIT Precision Machine Design. Ao contrário dos ventiladores mecânicos nos hospitais que são caríssimos, este é um ventilador manual que precisa de alguém para o operar.

Os alunos projetaram o dispositivo para uso em áreas rurais e países em desenvolvimento onde os ventiladores mecânicos não estavam disponíveis.



Quando os alunos do MIT criaram este projeto, há uma década, estimaram que o dispositivo custaria cerca de US $ 100 para ser produzido. Isso é consideravelmente mais baixo que o preço de ventiladores mecânicos que são tão escassos.

https://e-vent.mit.edu/

https://pplware.sapo.pt/informacao/e-vent-ventilador-barato-para-o-tratamento-da-covid-19-criado-pelo-mit/
« Última modificação: Março 26, 2020, 07:02:23 pm por Viajante »
 
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Re: Coronavirus
« Responder #399 em: Março 26, 2020, 08:12:25 pm »

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Re: Coronavirus
« Responder #400 em: Março 26, 2020, 08:35:10 pm »
Tenho tido sempre uma réstia de esperança de que os lideres europeus tomassem as medidas que teriam de ser tomadas. A nossa janela de tempo para lidar com isto antes que isto lide connosco está a ficar perigosamente fechada.
Depois do que se passou na terça, pensei que os governos iriam abrir os olhos e que a única maneira da UE passar isto seria remarem todos, mais ou menos alinhados, mas remarem.

Os italianos estão furiosos e com toda a razão que lhes assiste. E no meio disto tudo, os holandeses pensam que são uma casta superior. Bem fornicados estão que com toda a malta que realmente trabalha aqui (polacos, romenos, etc, etc) a regressarem aos seus países de origem, a produção está a ir pelo cano. As empresas do meu sector que o digam onde já andamos a retirar mão de obra de projectos "não prioritários" para a concentrar nos que têm de sair senão…….
 
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Re: Coronavirus
« Responder #401 em: Março 27, 2020, 01:16:11 am »
https://www.defencetalk.com/german-army-loses-6-million-masks-in-kenya-74929/

A German army shipment of six million face masks needed to protect against the novel coronavirus has vanished in Kenya, the defence ministry in Berlin confirmed Tuesday.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Coronavirus
« Responder #402 em: Março 27, 2020, 07:58:18 am »
Tenho tido sempre uma réstia de esperança de que os lideres europeus tomassem as medidas que teriam de ser tomadas. A nossa janela de tempo para lidar com isto antes que isto lide connosco está a ficar perigosamente fechada.
Depois do que se passou na terça, pensei que os governos iriam abrir os olhos e que a única maneira da UE passar isto seria remarem todos, mais ou menos alinhados, mas remarem.

Os italianos estão furiosos e com toda a razão que lhes assiste. E no meio disto tudo, os holandeses pensam que são uma casta superior. Bem fornicados estão que com toda a malta que realmente trabalha aqui (polacos, romenos, etc, etc) a regressarem aos seus países de origem, a produção está a ir pelo cano. As empresas do meu sector que o digam onde já andamos a retirar mão de obra de projectos "não prioritários" para a concentrar nos que têm de sair senão…….

A Itália foi ajudada pela China, Rússia e Cuba.

Da UE nada.

Os holandeses apostaram na imunidade de grupo, tal como o UK. E tal como estes , quando viram que ia dar m.... Já era tarde demais.
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« Responder #403 em: Março 27, 2020, 08:24:47 am »
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/antonio-costa-portugal-e-espanha-sao-exemplo-de-controlo

Mais uma vez a UE a demonstrar toda a sua inutilidade

Fazer como a Itália, e pedir ajuda a quem puder ajudar
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Re: Coronavirus
« Responder #404 em: Março 27, 2020, 08:30:20 am »
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