Fusão entre PSP e GNR

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Pacifico

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fusão das forças de segurança
« Responder #15 em: Março 18, 2006, 01:18:50 am »
Viva!
Já aqui se disse muita coisa, mas ainda mais há para dizer.
Concordo plenamente com a junção de todas as organizações dedicadas à segurança dos cidadãos: PSP; GNR; PJ; Polícia Marítima; Serviços Prisionais, etc. Todos pertencentes à mesma Direcção Nacional e sob o mesmo estatuto civil. A Alemanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Noruega, Finlândia, Grécia, Inglaterra, Irlanda, Suiça e agora estes novos países do antigo bloco de leste, são todos países em que só há uma Polícia, que é civil.
Em Portugal, as polícias não prestam um bom serviço de segurança às populações. O povo paga bem, mas não é bem servido. Basta entrar num qualquer serviço da GNR ou da PSP, que são aqueles onde o povo em geral mais entra, para ver uma quantidade muito grande de "agentes" sentados atrás de uma secretária a fazer um serviço, que podia ser feito por qualquer cidadão civil. Na PSP ainda se vêm Sargentos (Subchefes) a patrulhar as ruas, mas na GNR, qualquer Sargento já não faz esse serviço, quanto mais um oficial. Os oficiais das forças de segurança têm motoristas (que são policias pagos pelo povo) a conduzir as viaturas onde estes senhores circulam!!!!!. Será que eles não têm carta de condução? Ou querem é mordomias? Ora aqui é que está o problema - mordomias. Já repararam que em cada cidade há três ou quatro edifícios cheios de administrativos, que custam uma fortuna em manutenção e outros gastos de funcionamento ( e 3 ou 4 comandantes, com 3 ou 4 carros e 3 ou 4 motoristas!!!!!). Já li aqui, que a PSP quer a junção das forças, porque tem poucos efectivos!!!!! Moro numa zona onde o posto da GNR à noite só tem um homem para tomar conta das instalações e atender o telefone!!!!!! Não me venham dizer que é mentira, porque moro mesmo em frente e sou amigo deles todos (são apenas 11 elementos!!!!!!!! para um concelho que tem de uma ponta à outra, mais de 50 Kms de extensão!!!! o meu irmão mora na cede de distrito, na mesma rua da polícia e o que me parece é que a polícia tem muitos mais efectivos, mas isso não importa nada ao caso, de nada vale dizer qual é a que tem mais gente.
Mas nada disto importa, o que importa é que num país tão pequeno, não faz sentido ter tantas forças de segurança. Isto é uma grande tachada para estes comandantes/chefes/oficiais todos, serão certamente estes senhores, que não querem perder as mordomias, é que passava a haver apenas um comandante em cada distrito em vez dos actuais 3 ou 4. Passando-se o mesmo com os segundos comandantes, etc.
O meu cunhado é sargento da GNR. Bem o ouço quanto à falta de meios, está sempre a dizer que a GNR não tem viaturas nem pessoal em número suficiente e que não compreende como é que podem estar em Lisboa cerca de 7 mil militares a comer e a dormir!!!! A ser pagos pelo povo para lhes garantir a segurança, mas que a única coisa que fazem é dar umas corridas de manhã e à tarde.  
Uma policia nacional única, de natureza civil (os militares para assegurar a defesa externa e os policias para garantirem a defesa dos cidadãos), com uma estrutura muito ligeira (tipo a esquadras americanas – que eu bem conheço, onde toda a gente trabalha para garantir a segurança dos cidadãos. Vivi lá durante 25 anos, conheci muitos polícias lá e posso-vos dizer que a mentalidade deles não tem nada a ver com a dos nossos. Lá até os tenentes andam na rua da fazer a segurança dos cidadãos e o capitão que é o comandante da esquadra, passa mais tempo na rua do lá dentro!!!!!!. O tratamento entre eles é de igualdade, aqui um soldado quase nem pode falar para um oficial – uma coisa estúpida, terceiro mundista).
O departamento de polícia tem uma SWAT com mais ou menos 15 elementos (dependendo do tamanho da cidade, mas é sempre um grupo pequeno), que trabalham como os outros na rua, sempre que não é necessária para fazer prisões difíceis. Lá também não há corpo de intervenção, todos os polícias fazem isso. Então, se lá funciona, porque é que em Portugal, que é um país pobre não faz uma coisa parecida se não igual????? Porque os tachos dos mandantes acabava e eles não querem, querem ter mainatos  às suas ordens. Também não compreendo porque é que os polícias não podem fazer greve, são funcionários civis como os médicos. Isto não é um país!!!!! Nem o que temos em Portugal são forças de segurança a sério. Estão mal equipadas, mal treinadas e muito mal pagas. Nos Stats um officer ganha três mil dólares logo no início de carreira e ao fim de vinte anos (a ganhar seis mil dólares) obtém a pensão!!!!!
Uma Polícia Nacional única, civil, sob a mesma Direcção Nacional (chefiada por um Juiz) e em cada capital de distrito, o chefe também devia ser juiz.
 

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Lightning

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« Responder #16 em: Março 18, 2006, 11:25:11 am »
Eu também me parece bem uma maior integração das forças de segurança, se os 3 ramos das forças armadas podem ser fundidos num único (espero bem que se concretize), as forças de segurança também o poderiam ser. Penso que o maior entrave a que isso se concretize é algumas forças serem de caracter civil (PSP, PJ, SEF) e outras são de caracter militar (Policia Marítima, GNR) (a Guarda Prisional não sei bem), penso que se pelo menos fundissem as forças civis num comando e as militares noutro já era um bom começo, passando a existir só duas forças em vez de serem "meia-duzia".
Tem aí pessoas que diziam que a GNR devia ficar por exemplo com os o CI da PSP e continuar com os seus Regimentos, penso que se isso acontece-se uma dessas forças teria de ser extinta porque, corrijam-me se estiver errado, o Corpo de Intervenção da PSP e o Regimento de Infantaria da GNR, tem exactamante a mesma função, são uma força anti-motim além da Guarda Prisional que também possui uma unidade do género para o caso de ocorrer motins nas prisões, logo aí são 3 forças a fazer o mesmo só que é em locais diferentes (Portugal hurbano, Portugal rural e prisões), também a nivel de forças de operações especiais nas forças policiais acontece o mesmo, existindo na PSP o Grupo de Operações Especiais (GOE), na GNR uma sub-unidade do Regimento de Infantaria é uma Companhia de Operações Especiais (COE) e  recentemente a PJ formou a "Unidade Tactica qualquer coisa" para ser autonoma das unidades da PSP e GNR em missões mais musculadas.
Não sei se seria melhor fundir este género de forças numa única ou se simplesmente extingiam-se duas dando à única existente o monopolio nacional nessa àrea mas percebo que seja mais económico ter só uma força anti-motim e só uma força de operações especiais em vez de 3 de cada.
 

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Cabeça de Martelo

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« Responder #17 em: Março 18, 2006, 12:44:19 pm »
Eu já li um artigo de um oficial da GNR ou da PSP (já não me lembro muito bem), e ele disse que tb defendia que não devia haver duas entidades distintas num pais tão pequeno.
No entanto ele dizia que neste momento não há condições para isso, já que a natureza das duas entidades são muito diferentes. Ele disse que não podia ser a GNR a engolir a PSP e vice-versa mas uma fusão por inteiro, de forma a haver espaço para unidades mais rubustas (estilo CI, RI, GOE, etc).
Não nos podemos esquecer de uma coisa os militares do RI da GNR já estiveram em Timor e no Iraque mostrando uma capacidade de intervenção em territórios externos que o CI ainda não mostrou. A COE do RI tb já esteve nesses mesmo TO e com bons resultados.
Qualquer fusão tem que garantir a manutenção de unidades capazes de intervir no exterior, unidades essas com uma natureza mais militar.
SEF e PJ são unidades muito diferentes em natureza e missão por isso nunca seriam incluidas nesta Policia unica.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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« Responder #18 em: Abril 09, 2006, 12:01:08 am »
O CI não tem so funções anti motim, o CI tambem patrulha zonas perigosas e faz tambem buscas domiciliarias como tambem participa em quase todas as grandes operações a PSP.

Não mete sentido nenhum fundir as duas forças porque uma tem caracter militar e outra civil, e como tal sucede cada uma deve ter  os seus proprios meios, digamos que o armamento e equipamente diverso deve ser igual para as duas forças, mas deve-se continuar a manter-se as distinção entre as duas forças.
Mas se porventura tivesse que haver uma junção de forças, a GNR deveria-se incorporar  na PSP hoje em dia as policias militares não metem sentido, e como já aqui se referiu mesmo que porventura houvesse manifestações por parte de agentes da PSP que levasse mesmo a uma paralização das pontes sobre o tejo, não devemos esquecer que nos inicios dos anos 90 houve um confronto entre o CI da PSP contra agentes da PSP em protesto o que foi muito lamentavel mas foi necessario e resultou na perfeição.
 

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NVF

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« Responder #19 em: Abril 09, 2006, 12:49:05 am »
OK, percebi. Nao faz sentido junta-las porque uma e' militar e outra e' civil, pelo que ha' que manter a distincao. Mas a juntar-se seria tudo combinado na PSP porque nao faz sentido ter uma policia de caracter militar. E' isso? Sou eu que estou a embrutecer, ou ha' algo neste raciocinio que nao bate bem?
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« Responder #20 em: Abril 09, 2006, 12:51:44 am »
Talvez em caso de invasão de Portugal por uma força superior possamos usar a GNR como força de guerrilha  :lol:

 Agora a falar a sério, a vertente militar da GNR pode ser útil em caso de combates sobre nosso terreno.

  Não é que a PSP não possa participar também em operações, mas, sendo a GNR uma força de cariz militar, penso que deverá ter um treino mais apropriado (ou talvez não..não sei) para acções militares.
 

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« Responder #21 em: Abril 09, 2006, 11:41:51 pm »
Sim é isso NVF  :wink: .

Mas agora ultimamente  comecei achar alguma utilidade na existencia da GNR, e o facto de estar a ser criado na GNR um corpo que actue em situações de protecção civil, como por exemplo, o treino que os militares estão a receber para os incendios florestais.
 

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NVF

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« Responder #22 em: Abril 10, 2006, 12:47:28 am »
Pois olhe, eu sempre achei a GNR necessaria. Dai achar que fazia sentido a GNR ficar com o exclusivo dos meios musculados (GOE, CI, RI, RC), as unidades especializadas (BF, BT, proteccao ambiental e a nova unidade de SAR/combate a incendios), ter tambem a funcao de policia militar — como acontece com os Carabinieri e a Gendarmerie — e dar apoio 'as FA nas missoes internacionais. O policiamento civil ficava exclusivamente a cargo da PSP.
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« Responder #23 em: Abril 11, 2006, 10:18:56 pm »
Tambem ha outras coisas que distinguem a PSP da GNR, por exemplo os militares da GNR não podem andar com arma depois do trabalho, mas os agentes da PSP podem.  

Não mete sentido passar as ditas unidades de elite so para a GNR uma vez que a PSP e uma Policia presente em todo o terreno nacional, não pode ter só como funções patrulhar as ruas, isso seria quase como transformar a PSP numa super policia municipal.

O NVF referiu os exemplos dos carabinieri e da gendarmerie, mas esqueceu-se de que em frança e em italia existe em ambos os paises uma unidade chamada Policia Nacional, que têm as mesmas unidades que os carabinieri e as gendarmerie só que tem um caracter civil.
Mas ate que ponto portugal um pais de cerca de 90.000km2 e de 10 milhões de habitantes precisa de duas forças distintas? e se as tem qual é a verdadeira necessiadde de as reestruturar? vamos é deixar as coisas como elas estão.  :P
 

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« Responder #24 em: Abril 11, 2006, 11:27:39 pm »
Bem, que eu saiba a GNR tambem e' uma forca presente em todo o territorio nacional, pelo que este argumento parece irrelevante. Alem disso, as unidades de elite de ambas as forcas estao, maioritariamente, localizadas em Lisboa — excepto as duas 'companhias' do CI no Porto e a companhia do Algarve.

Quanto a Franca e Italia, nao vejo porque tinha que mencionar as policias nacionais desses paises, quando referi somente a vertente de policia militar da Gendarmerie e dos Carabinieri.

Por Portugal ser um pais pequeno, e' que eu acho que nao faz sentido ter duas forcas que se sobrepoem em quase tudo, excepto no aspecto jurisdicional. Que sentido faz haver um GOE e um POE ambos situados em Lisboa? Que sentido faz haver um CI e um RI estacionados em Lisboa? Parece mais logico ter duas forcas que se complementem do que duas forcas que se sobreponham.

Just my two cents.

3520, voce ja'a parce espanhol, nao me diga que tem dificuldade em entender o que eu escrevo?  :)  Se for por causa dos acentos, peco desculpa mas o meu teclado nao os tem.
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Cabeça de Martelo

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« Responder #25 em: Abril 12, 2006, 09:50:44 am »
NVF o COE só actua na área de jurisdição da GNR, o GOE é a unidade antiterrorista nacional que, quando actua no nosso território, é em missões antiterroristas ou então em áreas de jurisdição da PSP, como tal estas unidades não se sobrepõem uma há outra, o mesmo acontece entre o CI e o RI.
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« Responder #26 em: Abril 12, 2006, 11:47:53 am »
O NVF referiu como exemplo as policiais militares desses dois paises, e eu como exemplo referi tabem as policiais civis desses dois paises, nada mais e só isso, acho que o senhor é que está a parecer espanhol  :lol: .  

Ambas as forças cobrem o terriotorio nacional, mas a PSP tem um cariz "citadino" e a GNR não, que sentido faz passare-se tudo pa GNR?
Ambas as forças têm as suas funções não se pode mudar tudo da PSP para a GNR, e ainda por cima o PSP neste momento tem mais efectivos que a GNR mas mesmo assim ainda há a falta deles.

E memso que se fizesse o que o senhor está a dizer, a GNR é que passaria a patrulhar as ditas cidades e a PSP ficaria remetida unica e exclusivamente ao meio rural?  sim porque não mete sentido ter uma força em larga escala nas cidades só com as funções de patrulhar.
 

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« Responder #27 em: Abril 12, 2006, 02:25:30 pm »
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« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 05:48:45 am por NotePad »
 

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NVF

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« Responder #28 em: Abril 12, 2006, 03:07:49 pm »
3520,

Voce so' pode ser espanhol, pa' :)  Nao me diga que lhe custava muito recuar uma pagina neste topico. Onde que voce me viu defender que passasse tudo para a GNR?

Citação de: "NVF"
Nunca mais se falou neste assunto por ai, em Portugal?

Devo dizer que concordo em parte. Nao faz sentido ter dois corpos de policia nacionais. Por outro lado, a GNR tem uma grande tradicao e e' uma forca militar.

O que acho que fazia algum sentido era unificar todas as forcas policiais 'normais', tipo esquadras ou postos, unidades de patrulha e de intervencao rapida sobre a bandeira da PSP.

Com a GNR ficavam todas as unidades ditas especiais. Da GNR: os actuais Regimentos de Infantaria e de Cavalaria, a BT e a Brigada Fiscal. Da PSP: o GOE, o CI e o Corpo de Seguranca Pessoal. E claro as unidades de inactivacao de explosivos de ambas as forcas.

Alem disso, no ambito de uma GNR mais musculada e especializada, podia criar-se uma unidade de Policia Militar — como na Gendarmerie e nos Carabinieri — que podia efectuar a seguranca 'as instalacoes militares e intervir no estrangeiro, 'a semelhaca do que aconteceu na missao do Iraque.


Cabeca de Martelo, o que voce diz ilustra perfeitamente o que eu disse anteriormente "... nao faz sentido ter duas forcas que se sobrepoem em quase tudo, excepto no aspecto jurisdicional". Sao dois comandos, duas estruturas de suporte e de administracao, localizadas na mesma cidade, mas que actuam em zonas geograficas distintas. Aonde esta' a racionalidade disto?
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Azraael

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« Responder #29 em: Abril 12, 2006, 03:10:32 pm »
Citação de: "NVF"
Sao dois comandos, duas estruturas de suporte e de administracao, localizadas na mesma cidade, mas que actuam em zonas geograficas distintas. Aonde esta' a racionalidade disto?


Racionalidade? O velho principio da maximizacao do tacho! (Quase tao inviolavel quanto o principio da maximizacao da Entropia! :twisted: )