Que fiasco que foi o jogo de Portugal, porra, não poderia ser pior do que foi
Não há nada mau que não possa ser pior.
Jogar com o coração, é a pior coisa que se pode fazer.
Os jogos de futebol jogam-se com os pés e com a cabeça.
O problema das seleções nacionais de Portugal, em alguns casos, é demasiado coração e pouca cabeçae poucos pés.
Não há equipas de segunda categoria numa fase final de um campeonato da Europa, que é um campeonato do mundo sem o Brasil e a Argentina.
Os jogadores sofreram um bocado a pressão psicológica, e esse sempre foi um problema. Sempre que vamos jogar a pensar que jogamos contra uma equipa de “2ª categoria” normalmente damo-nos mal. Só conseguimos jogar bem, contra equipas que tememos.
O Nuno Gomes ontem disse numa conferência de imprensa que “Nenhum jogador pensava que aquele resultado fosse possível”
Menosprezar um adversário é meio caminho andado. O seleccionador da Grécia, entendeu isso muito bem.
Depois dos jogos, todos podemos dizer que a equipa devia ser outra. Se o Brasil não tivesse sido campeão do mundo, ainda hoje se lamentaría que o Brasil não ganhou porque o “Filipão” não selecionou o Romario.
A bola é redonda, e há onze jogadores de cada lado. Esquecer isso, e entrar em triunfalismos idiotas.
Nós temos muito bons jogadores e uma boa selecção, mas não temos a melhor equipa do mundo.
O resto são conversas e o nosso tradicional nacionalismo bolorento (referido noutro topico) que cria espectativas exageradas e depois fica deprimido quando as coisas correm mal.
Eu por mim continuo a acreditar que a selecção ainda pode passar esta fase. Não por nenhum sentido de patriotismo lusitano, mas apenas porque não tendo a melhor seleção do mundo, temos muito bons jogadores, que se jogarem com a cabeça e com os pés, podem ganhar os próximos dois jogos.
Cumprimentos
PT:
Acho que vc confundiu o que eu quiz dizer. Acredito ser essencial que se jogue com coração, com garra, com espírito de luta, de querer conquistar a taça e de ser campeão, porque de que serve ter muita técnica, e grandes planos tácticos, e estratégias de jogo, se na hora H, não aguentam a pressão e falham? Não confunda ter controle emocional, que seria "jogar com pés e cabeça", com ignorar-se o poder das emoções, para motivar, e dar ânimo às ações dos seres humanos. Para não se deixar dominar pelo medo, que cria todos os nervos, é preciso ter coração, acreditar na capacidade de triunfar, porque senão já se entra em campo a perder. Os nossos jogadores são fracos psicológicamente, não têm estofo mental para serem campeões, porque para se ser campeão tem que se estar disposto a lutar pelo título, e jogar com garra, com ânsia, com sede de vitória, com coração, senão não vai.
Que razão tinham os nossos jogadores para entrarem nervosos em campo? Nenhuma! Estam a jogar em casa, com o público por detrás deles, que mais eles querem como factor motivante para se agarrarem à bola e trabalharem para ganhar o jogo. Ainda por cima todos eles sabem jogar, não são nenhuns coxos, e ganham dinheiro aos milhões para o fazerem. Sim do outro lado está um adversário, e se o ritmo do jogo começa a favorecer o adversário é aí que jogadores não se podem deixar se sentirem derrotados, ou sem esperança de inverter o ritmo a favor deles, e de mudar o resultado até ao último segundo. É a isso que eu chamo coração, ter espírito de luta, de vencedor, que mesmo quando as coisas dão mal, não baixa os braços e continua a lutar até ao fim.
Quer um excelente exemplo do que é uma seleção a jogar com coração, a seleção da Coreia do Sul durante o mundial, e ontem, a seleção da França. Eu detesto a seleção Francesa, mas uma coisa é certa, eles não desistem e são lutadores, e muitas vezes a bem ou mal eles conseguem ir buscar o resultado que os favoreçe. No Euro 2000 a seleção jogou com gana de ganhar, e com auto-confiança, e foi o que se viu. Perderam contra a França, mas sairam de cabeça erguida, agora da forma como se comportaram no domingo foi um fiasco.
E nós, o povo Português, temos o direito de exigir mais da seleção, e que se lixe se é patriotismo "bolorento", ou não. Eles têm o previlégio de estarem a representar o país numa competição internacional, é a responsabilidade deles de fazerem boa figura, e deixarem uma boa imagem de Portugal.