CV de José Sócrates

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« Responder #30 em: Abril 12, 2007, 02:47:42 pm »
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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PereiraMarques

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« Responder #31 em: Abril 12, 2007, 02:53:55 pm »
Isto resume tudo... c34x
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Sócrates gosta de passar a imagem do homem de acção que fala pouco. O problema é não ter obra para mostrar. Pouco mais pode fazer do que imitar o treinador do Benfica: prometer a Lua, iludir as derrotas e prometer a taça no ano que vem. Mas os eleitores sabem que é a fingir.
 

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« Responder #32 em: Abril 12, 2007, 03:27:07 pm »
comentário em blog

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Hoje fui a uma Conservatória fazer um registo, por causa da transmissão de um imóvel. A páginas tantas, proporcionou-se que me tenha apetecido largar uma resposta, em sequência de conversa jocosa sobre outras coisas, e o que eu disse foi "Ah, pois, tipo Sócrates?".

Agora o que importa, as reacções: gargalhada de uma pessoa que me acompanhava; sorriso tímido de duas que estavam por perto; "shock and awe" nos funcionários da Conservatória; medo, medo explícito, em mais de uma dúzia de utentes na fila de espera.

Analisem como quiserem.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Luso

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« Responder #33 em: Abril 12, 2007, 05:36:39 pm »
Bom, grande parte dos registos da conservatória são tipo sócrates.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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oultimoespiao

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« Responder #34 em: Abril 13, 2007, 02:18:05 am »
Nao batam muito na velhinha se nao ele demite-se e ainda vao buscar o guterres ou o buchechas!
 

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typhonman

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« Responder #35 em: Abril 13, 2007, 05:50:25 pm »
Vi no Publico que ele se increveu em direito também...
 

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PereiraMarques

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« Responder #36 em: Abril 13, 2007, 06:09:39 pm »
Esta última informação não interessa nem ao Pai Natal, eu também já estive inscrito numa licenciatura em que acabei por não fazer qualquer cadeira...qualquer dia ainda descobrem quantas réguas levou na escola primária...
 

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Lancero

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« Responder #37 em: Abril 13, 2007, 06:20:27 pm »
Citação de: "PereiraMarques"
Esta última informação não interessa nem ao Pai Natal, eu também já estive inscrito numa licenciatura em que acabei por não fazer qualquer cadeira...qualquer dia ainda descobrem quantas reguadas levou na escola primária...


Era isto que queria dizer, não era?  :mrgreen:
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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PereiraMarques

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« Responder #38 em: Abril 13, 2007, 06:22:28 pm »
Sai já meia-dúzia de reguadas para o menino PereiraMarques :wink:
 

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typhonman

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« Responder #39 em: Abril 13, 2007, 06:36:03 pm »
PereiraMarques tudo bem, só estava a dizer o que vinha no público.. :o

Eu também já passei por isso...
 

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PereiraMarques

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« Responder #40 em: Abril 13, 2007, 07:23:19 pm »
Eu não estava a dizer mal do mensageiro, apenas da mensagem :wink:
 

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typhonman

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« Responder #41 em: Abril 13, 2007, 09:20:04 pm »
:G-beer2:  PMarques.
 

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ricardonunes

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« Responder #42 em: Abril 13, 2007, 09:54:36 pm »
A saga continua :roll:

Certificados de Sócrates com notas e datas diferentes

Citar
Um certificado de habilitações de José Sócrates, cujo original está na posse da Câmara Municipal da Covilhã, não coincide com o certificado que consta do seu dossier de aluno na Universidade Independente (UnI) e que foi revelado na RTP, na quarta-feira, pelo próprio primeiro-ministro.

Esse documento, a que o PÚBLICO teve acesso, apresenta seis notas divergentes com as que surgem no certificado que José Sócrates mostrou na Grande Entrevista, e que é igual ao que o PÚBLICO consultou na UnI.

Acresce que também as datas não coincidem. No certificado da Covilhã – emitido a 26 de Agosto de 1996 e que teve por objectivo a reclassificação de José Sócrates enquanto funcionário do quadro daquela autarquia – é referido que o então secretário de Estado Adjunto do Ambiente “concluiu” a licenciatura a 8 de Agosto de 1996.

Por sua vez, no certificado da UnI, emitido a 17 de Junho de 2003, lê-se que a conclusão do curso ocorreu a 8 de Setembro de 1996 – ou seja um mês depois da data indicada no outro documento.

Na entrevista concedida à RTP, o primeiro-ministro validou esta data como sendo a correcta. Contactado pela TVI, o gabinete de José Sócrates admitiu, contudo, que o primeiro-ministro possa ter sido induzido em erro, tendo por base o último certificado da Independente. E que a data correcta para o termo da licenciatura é mesmo a do certificado que foi enviado para a Covilhã.

Há, contudo, neste documento outros dados que não estão de acordo com os certificados dos três estabelecimentos de ensino por onde Sócrates passou: o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), o Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), e a UnI.

Comparando os três documentos, resulta que o certificado da Covilhã dá como tendo sido feitas na UnI duas cadeiras – Computação Numérica, do 2º ano, e Investigação Operacional, do 3º – que foram sim concluídas no ISEC e no ISEL.

A cadeira de Computação Numérica tem ainda outro problema: ao contrário do que lá está registado, a nota final não foi de 14 valores mas sim de 15 (valor que se mantém correcto no certificado final da licenciatura, inserido no dossier de aluno de Sócrates na UnI).

A discrepância de notas repete-se em mais cinco cadeiras: a Mecânica dos Fluidos surge a nota 13, quando no certificado da UnI a avaliação é de 11; a Análise de Estruturas a nota é 18, sobe um ponto; a Betão Armado e Pré-Esforçado registam-se 17 valores, menos um ponto do que no certificado da UnI; a Geologia Aplicada a nota é 16, mais um ponto; e a Projecto e Dissertação a avaliação é de 17, menos um ponto.

As notas agora reveladas pelo certificado enviado para a Câmara Municipal da Covilhã correspondem às notas inscritas numa folha, apresentada como pauta ao PÚBLICO, que faz parte do dossier de aluno de José Sócrates. Na primeira investigação publicada sobre o caso neste jornal, no dia 22 de Março, já se dava conta das divergências de notas registadas nessa pauta e no certificado de habilitações que também constava do processo.

Publico
Potius mori quam foedari
 

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PereiraMarques

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« Responder #43 em: Abril 13, 2007, 10:08:56 pm »
http://www.publico.clix.pt/docs/politic ... crates.pdf

Outra coisa "engraçada" o nome oficial da universidade não é "Universidade Independente"? Então porque é que vem nos certificados "Universidade Independente de Lisboa"...?

Que se cumpra o lema da UnI "rerum cognoscere causas", "conhecer a causas das coisas"! (por acaso o lema e o símbolo são plagiados da prestigiada London School of Economics!)
[img=http://img410.imageshack.us/img410/508/1620originalss5.th.jpg]
 

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Luso

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« Responder #44 em: Abril 14, 2007, 10:15:42 am »
Sobre um caso de doutorite aguda

Será que a doença portuguesa de doutorite constitui herança de uma sociedade em que a pobreza e a iliteracia eram generalizadas? Uma sociedade predominantemente rural onde o estatuto ainda não tinha sido substituído pelo contracto? Há quem pensa que sim. Mas se formos ver os romances do século XIX encontramos uma situação surpreendente.

Tomemos por exemplo Os Maias de Eça. A personagem principal, Carlos de Maia, é apresentada logo no princípio do livro como recém-formado em medicina. Ao longo do livro é sempre tratado como Senhor Carlos da Maia (ou Vossa Excelência pelos inferiores). De facto, ninguém no livro é tratado por doutor, engenheiro ou qualquer outro título académico. A generalização dessa prática foi obra da Primeira República e somos levados a concluir que os doutores, engenheiros etc., vieram a substituir os titulares da antiga nobreza. Apesar do proclamado apego ao ideal da igualdade, parece evidente que os ‘desagradáveis doutores da República’ (como lhes chamou Vasco Pulido Valente) não conseguiram resistir ao apelo da hierarquização da vida social. Nem os juristas e tecnocratas do Estado Novo. E, ainda menos, os seus sucessores no ‘Portugal de Abril’.

No mínimo, temos a sorte de não termos copiado os alemães onde as mulheres adquirem, por casamento, o título do marido. Mas tinha sido mais simples se tivéssemos imitado os franceses onde toda a gente salvo os médicos é Monsieur ou Madame.

Nas actuais circunstâncias portuguesas o caso da Grã-Bretanha tem alguma pertinência. Entre os ingleses ninguém fora da universidade liga aos títulos académicos. Como em França, só o médico é doutor enquanto um médico-cirurgião inglês tem muita honra em ser tratado por Mr. Em Portugal até os comunistas apreciam ter um doutor como presidênte de uma câmara alentejana; os britânicos querem lá saber.

Winston Churchill foi um péssimo aluno, só passando em Inglês e História nos exames do fim do secundário. Para entrar na Academia Militar de Sandhurst teve que tentar três vezes até conseguir. Churchill tinha a vantagem de ser neto do Duque de Marlborough, mas a sua falta de habilitações literárias não foi excepcional entre os políticos ingleses.

A primeiro figura do Labour a chegar a Primeiro-Ministro, Ramsay MacDonald, de origem humilde e filho natural, foi PM três vezes e não tinha estudos superiores. Jim Callaghan, igualmente Labour, que ocupou todos os altos cargos do Estado antes de ser primeiro-ministro, também não frequentou a universidade. O último primeiro-ministro conservador, John Major, de origem humilde, saiu da escola aos dezasseis anos e depois de vários empregos modestos tornou-se bancário e enquanto empregado fez os exames do Instituto dos Bancários.

Em nenhum destes casos a falta de estudos superiores sequer era mencionado nas respectivas campanhas eleitorais ou na propaganda dos adversários.

Por que será que os portugueses são tão ostensivamente obcecados com as habilitações literárias dos seus representantes políticos? O que significa esta patologia social que levou um jovem e ambicioso político, dirigente de um partido que não para de pregar o igualitarismo, a enlear-se num imbróglio tão grotesco como humilhante?

http://www.oinsurgente.org/
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