Luftwaffe 1946

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Benny

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Luftwaffe 1946
« em: Maio 27, 2005, 02:59:29 pm »
E se... os projectos da Luftwaffe pudessem ter sido desenvolvidos antes do final da guerra?

E se a Luftwaffe tivesse aparelhos que lhe permitissem bombardear Nova Iorque?

E se, com estes novos projectos, os aliados perdessem o controlo dos céus?

A guerra teria terminado em 1945?

Para quem gosta de especular, eis um bom sítio sobre este assunto:

http://www.luft46.com/

Benny
 

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Spectral

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« Responder #1 em: Maio 27, 2005, 06:24:25 pm »
Em 1944 com o desembarque na Normandia e a operação Bagration que destruiu o Grupo de Exércitos Central na frente leste o destino da guerra ficou decidido mais mês menos mês.


Pessoalmente acho que 90% dos projectos alemães do final de guerra eram produto do desespero e não teriam a mínima influência ou a aplicação num prazo de tempo razoável. Uma parte deles era completamente irrealista e impraticável, e outra consistia em avanços tecnológicos que demorariam dezenas de anos a maturar, como se viu na vida real.


E claro, os americanos tinham a bomba  :wink:

Cumptos
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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papatango

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« Responder #2 em: Maio 27, 2005, 09:46:58 pm »
Realmente as "Wunderwaffen" foram um colossal desperdicio de dinheiro, e recursos por parte da Alemanha.

Mas creio que eles já tinham entendido que não tinham hipótese de ganhar a guerra, pelo que, só com um milagre, ou com uma arma milagrosa tal sería possível.

Por isso os gastos enormes.
Só para o super-tanque MAUS, os recursos gastos num tanque com quase 200 toneladas, davam para equipar uma divisão Panzer com carros Panther.

E houve projectos absolutamente estapafurdios. Tão absurdos que é complicado pensar como é que podem sequer ter passado pela cabeça de alguém. Já vi algures, um veículo que incorporava as torres de couraçados (peças de 280mm).

De qualquer maneira, a Alemanhaperderia sempre a guerra. A única hipótese, seria descobrir o segredo da bomba atómica, mas mesmo assim, eles não tinham, meios crediveis para a levar até à America e a Alemanha, por razões tácticas nunca apostou em bombardeiros pesados, ao contrário dos ingleses e dos americanos.

O que aconteceria, seriam mais bombardeamentos como Dresden, e o avanço dos aliados também nos aviões a jacto, por exemplo. E claro, se a Alemanha ainda resistisse em Agosto de 1945 e tivesse meios de resistir, A bomba não cairía em Hiroshima e depois em Nagasaki. A bomba cairia algures na Alemanha.

Creio no entanto, que a Wunderwaffen" mais eficiente, seriam os novos submarinos que a Alemanha se preparava para fazer entrar em acção.

Mas de qualquer maneira, o resultado, sería sempre inevitável.

Cuprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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fgomes

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« Responder #3 em: Maio 27, 2005, 09:54:32 pm »
De que serviram os avanços tecnológicos, quando Hitler mandou atrazar a produção do Me 262 1 ano para este ter capacidade de bombardeiro?
Mesmo que o III Reich tivesse tido a possibilidade de produzir aviões a jacto em quantidades suficientes, estes muito provavelmente não teriam combustível, nem pilotos adequadamente treinados.
 

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Benny

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« Responder #4 em: Maio 28, 2005, 01:26:16 am »
Concordo inteiramente com as análises dos meus confrades.

Muitos destes aparelhos não passaram das pranchas de desenho muito simplesmente porque a Alemanha não tinha recursos, nem tempo para os executar.

Ou seja, esta questão não pode ser vista separadamente, sem ter em conta os recursos de que a Alemanha precisaria para desenvolver estes aparelhos, o treino dos pilotos, a falta de combustível, o facto das suas  fronteiras estarem ameaçadas pelos exércitos aliados (especialmente o da União Soviética), a escassez de mão de obra especializada, o facto dos EUA estarem proximos de obter a arma nuclear, etc, etc.

O exemplo do ME 262 é sintomático - as suas potencialidades só foram realmente aproveitadas quando era tarde demais e, apesar de poderosos adversários nos céus, eram em quantidade insuficiente, e vulneráveis nas suas bases ou quando se prepararavam para aterrar.

E, mecânicamente, o ME 262 era muito exigente, requerendo muitas mais horas de manutenção do que as dos aparelhos a hélice.

Aliás, o Meteor Britânico também já estava operacional (mas longe da linha da frente) e o Shooting Star Norte-Americano estava a poucos meses disso.

Os primeiros duelos entre aparelhos a jacto ocorreria sobre a Europa, e não nos céus da Coreia!

Mas a guerra seguramente duraria mais tempo, e custaria mais vidas humanas, se a Luftwaffe já tivesse estes aparelhos em finais de 43 ou meados de 44.

E o resultado final, dificilmente deixaria de ser outro.

Uma coisa é certa - estes projectos valem o seu peso em ouro para... os actuais fabricantes de modelos :wink: !

E são um bom tema de conversa!

Saudações,

Benny