Chefe da PSP do Porto responde por alegado negócio secreto de 33 pedras preciosas, a par de três cúmplices.
Um elemento da PSP do Porto, com a categoria de chefe, foi acusado pelo Ministério Público de envolvimento num suposto negócio de tráfico de diamantes. Foi mandado para julgamento, a par de três alegados cúmplices.
O polícia em causa foi detido por colegas da Divisão de Investigação Criminal da PSP do Porto a 12 de Julho de 2006, quando, presumivelmente, se preparava para comercializar 33 pedras preciosas, avaliadas em cerca de 50 mil euros.
O agente, de 47 anos e na altura a prestar serviço na Foz do Douro, Porto, viajava no banco de trás de uma viatura onde também seguiam três outras pessoas: um gerente comercial e um ourives, ambos de Gondomar, e um fundidor, de nacionalidade brasileira, que também foram acusados.
A abordagem foi efectuada em Guetim, Espinho, na sequência de uma acção de vigilância e perseguição de quatro quilómetros montada pela PSP. De acordo com a acusação, esta actuação policial terá sido desencadeada na sequência de informações recebidas que davam conta de que iria ser efectuado pelo menos um negócio, em Cortegaça.
Aquando da detenção, foi verificado que o chefe da PSP e o brasileiro seguiam no banco de trás, tendo na sua posse uma mala com 33 diamantes, com o peso total de 19 gramas. Foi apreendida, também, uma balança de precisão, um aparelho de certificação da qualidade das pedras preciosas, uma lupa e um livro intitulado "Como comprar e vender diamantes".
O ilícito em causa (contrabando qualificado) está relacionado não com o material em si, mas com o facto de, aparentemente, os diamantes terem entrado em Portugal sem que tenham sido declarados às autoridades aduaneiras e, por conseguinte, sem ter sido pago imposto. O negócio que iria efectuar-se era, por isso, secreto. As suspeitas apontam para o Brasil como país de origem dos diamantes.
O polícia chegou ser suspenso de funções e, interrogado por juiz de instrução criminal, foi, a par dos restantes arguidos, sujeito à medida de coacção de apresentações periódicas às autoridades. Pelos colegas foi qualificado como "excelente profissional".
Jornal de Notícias