o uso do F-5 pela USAF foi mínimo, eles pura e simplesmente não gostavam de um aparelho tão ligeiro. Foi sempre um aparelho de exportação.
E qual é a sua justificação pela preferencia pelo F-5?
Os navios russos navegavam frequentemente por àguas internacionais, por exemplo até Cuba mas os aviões mesmo sendo de grande alcance seriam atacados caso sobrevoassem o espaço aéreo da NATO. Por isso teoricamente a ameaça naval era mais imediata do que a aérea ou terrestre.
Esta é questão que já foi debatida várias vezes, por exemplo lembro-me perfeitamente de discutir isto com o Zé Matos quando ele escreveu esse artigo para o 9Gs e cada um ficou um "pouco na sua".
A minha opinião sobre o assunto é a seguinte :
Em caso de conflicto, não seriam A-7s equipados com bombas de gravidade ou Mavericks a pôr em perigo vasos modernos como os russos ( tal como hoje em dia classificar o F-16 para plataforma TASMO é um bocado
, o F-5 na FAP nos anos 80 não traria nada de novo à NATO, enquanto que o A-7 continuava a ser um meio de ataque ao solo relativamente credível e actualizado, mesmo para padrões de um conflicto generalizado na Europa. Um destacamento em caso de hostilidades na Alemanha talvez seja pedir demasiado, mas operações no flanco sul ( onde inclusivé poderiam surgir alvos navais para os quais o A-7 estivesse habilitado) na Itália ou Grécia, que também operava A-7s, não seriam muito descabidas. No entanto, infelizmente nunca ouvi falar em quaisquer planos nesse sentido.
Em conclusão, IMHO se o objectivo era utilizar a FAP para participar numa hipotética "Batalha do Atlântico II", mais valia terem entregue mais P-3s, e mais cedo.
edit : Harriers ? Mas isso é um balúrdio de manter, e as capacidades em termos de alcance/carga útil continuam a ser bem limitadas!