Doente até prova em contrário. É a lógica dos certificados digitais.Como se todos fossemos criminosos e tivéssemos de provar inocência. É asqueroso, e surreal como a populaça alinha nisto.
O pneumologista, Filipe Froes, considera que o risco de infeção entre pessoas é muito baixo, ou quase inexistente, se estas tiveram a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.“Quem tem o esquema vacinal completo e com dose de reforço, tem um risco de infeção e de transmissão praticamente nulo. Não se pode dizer que seja zero, mas o risco é praticamente nulo”, explica em declarações à ‘TSF’.O coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos adianta ainda que se alguém que tenha a terceira dose “infetar outra pessoa com as mesmas condições, o risco dessa pessoa contrair a doença grave é reduzido, quase inexistente”, aponta.Neste sentido, o responsável diz apoiar a medida ontem tomada pelo Governo, de isentar quem já tem a terceira dose de fazer teste para entrar em determinados locais, como lares e hospitais, defendendo ainda um maior alívio.A medida “não só protege a população, como rentabiliza a utilização dos testes”, defende, ressalvando, contudo, que já tem o esquema vacinal completo com dose de reforço, deve manter as medidas não farmacológicas, como o uso da máscara.Para Filipe Froes, além da isenção de teste negativo, o isolamento destas pessoas devia ser reduzido também de 10 para sete dias, em caso de infeção. “A evidência científica disponível dar-me-ia já segurança para propor esta medida, portanto, sete dias”, refere.Recorde-se que as pessoas com dose de reforço da vacina contra a Covid-19 há mais de 14 dias vão passar a ficar isentos de testagem para determinados locais e atividades, anunciou ontem o primeiro-ministro.“O Governo entende que todas as pessoas que tenham a dose de reforço há mais de 14 dias deixarão de ter de fazer teste” para ter acesso a diversos locais ou atividades, disse António Costa, explicando que é “um incentivo” às pessoas que estão em condições de ter acesso à dose de reforço.A par desta medida, António Costa anunciou ainda que as escolas reabrem na próxima segunda-feira, dia 10 de janeiro, tal como previsto. Mas o teletrabalho continua a ser obrigatório até dia 14, altura em que também reabrem bares e discotecas.O Governo estabeleceu ainda um limite de lotação em espaços comerciais, de uma pessoa por cinco metros quadrados, bem como, a proibição de consumo de álcool na via pública.
Em França já foi sugerido não tratar os doentes de Covid não vacinados. O protesto foi geral e tal medida não foi adotada. Quem não está vacinado ficou de fora e não recebeu os 100 euros que o governo distribuiu pela população para amenizar os efeitos da inflação.
A farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou na segunda-feira que já começou a produzir uma vacina contra a variante Ómicron do SARS-Cov-2. A informação foi confirmada pelo CEO da empresa, Albert Bourla, que revelou que a vacina ficará pronta em março."A vacina estará pronta em março. Já começámos a fabricar algumas quantidades. Não sei se vai ser necessária, ou se vai ser usada, mas estaremos prontos", garantiu, em declarações à CNBC.Bourla explicou também que esta nova vacina será eficaz contra a Ómicron, mas irá continuar a oferecer proteção contra outras variantes.Tal como a Pfizer, também a Moderna anunciou estar a trabalhar em doses de reforço da vacina que sejam eficazes para combater a variante Ómicron. A CEO Stephane Bancel adiantou que os ensaios clínicos para testar a eficácia da nova vacina arrancaram em dezembro, sendo que esta deve estar pronta até ao outono.
O Reino Unido é o país mais próximo de sair da pandemia covid-19 e declarar a doença uma endemia devido ao elevado nível de imunidade na população e atitude das pessoas, afirmou hoje o epidemiologista norte-americano David Heymann.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) disse hoje que a União Europeia (UE) está "a caminhar" para que o vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, se torne endémico, principalmente devido à variante Ómicron, mas "ainda não está nessa fase".