Activistas 'ceifam' campo de milho transgénico em protesto

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Cabecinhas

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Activistas 'ceifam' campo de milho transgénico em protesto
« em: Agosto 22, 2007, 01:17:09 am »
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Meia centena de "ceifeiros" invadiram ontem uma herdade em Silves e destruíram um campo de milho transgénico. Os activistas do Movimento Verde Eufémia admitem realizar mais acções de desobediência civil para combater o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM). O hectare de milho destruído, dizem, foi apenas o "dano colateral" de uma acção destinada a lançar o alerta. Mas que assinala uma nova forma de combate ecológico, ainda inexistente em Portugal mas já praticada lá fora.

Em causa nesta acção está o que os activistas do recém criado movimento consideram ser a "salvaguarda do direito a um ambiente saudável". E a destruição de 2% do campo da Herdade da Lameira uma forma de "estabelecer a ordem ecológica, moral e democrática que tem sido deteriorada pelas políticas europeias e do Governo", explicou ao DN Gualter Baptista, porta-voz da acção.

A necessidade de intervir desta forma, acrescenta, acontece porque "as autoridades nacionais não respeitam a opinião e o direito dos cidadãos". O Movimento Verde Eufémia considera que "a intervenção directa é, em parte, uma maneira de resolver o problema. Não o fazemos de ânimo leve e não temos nada contra o proprietário desta herdade".

Apesar de na comunidade científica o tema dos OGM não ser pacífico, pois o desconhecimento dos perigos e vantagens é ainda grande, os activistas consideram que já há estudos que mostram claramente que a contaminação genética é inevitável e irreversível, causando danos no ambiente, na saúde pública e quebras no rendimento agrícola. Na dúvida, aposta-se na precaução, defendem.

A associação Quercus partilha as mesmas preocupações mas demarca-se deste tipo de acções. "Consideramos que o Governo não tem ouvido a opinião das associações de defesa do ambiente nem garantido a não contaminação da agricultura biológica e tradicional. Mas demarcamo-nos profundamente deste tipo de acções", assegurou ao DN Hélder Spínola. O presidente da Quercus diz que em Portugal este é o primeiro protesto ecológico com danos directos. A Quercus lembra que no estrangeiro há acções que usam métodos bem mais violentos, como a destruição de fábricas. Mas considera que o extremar de posições não favorece o debate e o envolvimento da população na solução dos problemas ambientais. "Vale mais uma sociedade sensível e participativa do que três ecologistas activos."

Em Portugal já houve acções radicais promovidas pela Greenpeace com colaboração nacional, como a que levou activistas a pendurarem-se na ponte de Leixões para evitar a entrada de barcos com madeira ilegal. Mas nunca com prejuízos directos, assegura a Quercus.

O Ministério da Agricultura considerou que a acção de protesto de ontem deve ser remetida para as autoridades policiais. |


O que um SMO fazia a estes gajos...

Os responsáveis por tais actos são alunos da "minha" faculdade para quem quiser ler mais um pouco sobre isto deixo o seguinte link:

https://forum.fct.unl.pt/geral/topic_sh ... e#pid12075
Um galego é um português que se rendeu ou será que um português é um galego que não se rendeu?
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Luso

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« Responder #1 em: Agosto 22, 2007, 11:12:24 am »
Colarzinho de Pérolas, retiradas do Insurgente

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O Ministro da Administração Interna Rui Pereira veio finalmente explicar a razão de ser do estado de impunidade da eco-escumalha. Afinal tudo se deve ao facto de não ter havido queixa:

Esqueçam tudo o que sabem sobre este assunto. Rui Pereira, ontem à noite, foi claríssimo: “Não era legalmente admissível detê-los logo, porque era um crime semi-público” (SIC) e portanto “era necessário ser apresentada uma queixa” (SIC). Ah! Está explicado. Era preciso uma queixa. Estão uns senhores da GNR a assistir a um crime mas não podem intervir porque…não existe uma queixa.

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Ligações Perigosas do Terrorismo Anarco-Piolhoso e Extrema-Esquerdista com cobertura Socialista. Por Vitório Rosário Cardoso.

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Agora para além de sabermos que os actvistas extrema-esquerdistas e piolhosos são exímios em destruir, em insultar, em conspurcar, e em pedir esmola no Chiado para depois se embebedarem e drogarem-se, sabemos que existem associações juvenis, e outras sob temática da ecologia, multi-cultura e direitos humanos, que não passam de disfarce para “sugar” os fundos de apoio ao Estado, destinados ao desenvolvimento juvenil e associativismo juvenil. São as juventudes político-partidárias que criam associações fantasma justamente para drenarem os fundos.

Público (via Bloguitica):

Gualter Baptista, porta-voz indicado mas que não faz parte do movimento nem participou na acção, explicou ao PUBLICO.PT que no protesto participaram entre 130 e 140 cidadãos que se mobilizaram contra o cultivo de organismos geneticamente modificados (OGM), numa estratégia de acção directa e desobediência civil.

Mas não se mobilizaram sozinhos. Diário de Notícias:

Face à desproporção númérica entre polícias e invasores, a ordem [de dois agentes da GNR para a paragem da acção de destruição] não chegou, porém, ao mesmo tempo, a todos os activistas, que já se encontravam imersos num vasto milheiral de mais de um hectare.

É então que são chamados reforços policiais, que terão chegado - de acordo com a mesma fonte - “no máximo dez minutos depois”. Mas, antes da chegada dos reforços, 16 efectivos, apareceu um outro autocarro, acompanhado de algumas viaturas ligeiras, perfazendo um total adicional de cerca de 100 activistas. Segundo Costa Lima, “esta segunda vaga de pessoas vinha preparada para continuar o trabalho começado pelo primeiro grupo, mas já não chegou a entrar no campo, pois os agentes ali deslocados já tinham normalizado a situação, antes mesmo da chegada dos reforços”. Ou seja, a GNR sustenta que apesar de não ter sido capaz de evitar a destruição de um hectare de milho transgénico, “impediu que a devastação fosse maior”.

Quem alugou os dois autocarros? Provavelmente quem planeou a acção.

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Como muito bem aponta o BOS, esta é uma boa altura para relembrar as célebres «workshops de desobediência civil» promovidas pelo Bloco de Esquerda e outras iniciativas similares.

Face ao acumular de acontecimentos deste género é cada vez mais incompreensível a completa inacção das autoridades relativamente à criminalidade organizada promovida e patrocinada por associações e organizações de extrema-esquerda.

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O assalto e o papel da GNR. Por FAL.

Nessas filmagens o que eu vi foi uma GNR passiva, nada actuante perante um bando de encapuçados e com uma única preocupação: aparecer bem nas televisões. Ora, este é um caso que mina a autoridade do Estado, deixa-nos a todos nós preocupados com o que será a actuação de uma força de segurança num caso que se passe connosco. Com as nossas terras, os nossos bens, as nossas vidas. Em mais uma coisa estou de acordo com Mendes: tem que haver consequências. Uma força que actua com aquela passividade e bonomia numa invasão só pode estar corroída pela inércia e pelo desrespeito à sua função legal. Isto ainda é um Estado de Direito, ou não?

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Estado apoia encontro de activistas na origem do ataque do milho

O Ecotopia - encontro internacional que decorre em Aljezur e de onde saíram jovens que participaram na destruição de um hectare de milho transgénico, numa herdade em Silves - é apoiado pelo Instituto Português da Juventude (IPJ). No portal http/juventude.gov.pt, está destacado na agenda de eventos, na categoria de formação e educação. “19.ª Edição do Ecotopia: é ecológico e é um acampamento internacional! Participa!”, aconselha a página destinada aos jovens.

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Gualter Baptista, o camaleão ecoterrorista (3)
 20 de Agosto de 2007 às 5:37 pm por BZ
Paulo Gorjão, no seu Bloguitica:

Seria importante, digamos que para memória futura, saber mais sobre a associação ambientalista Verde Eufémia. Sabemos apenas que o seu porta-voz é Gualter Baptista. Mas quem são os seus dirigentes? Como se chamam? Algo me diz que a «recentemente criada» Verde Eufémia não vai durar muito tempo. Seria importante saber quem são as suas principais figuras para, mais tarde, ver onde é que vão reaparecer.

Como se depreende dos posts anteriores, a estratégia destes activistas passa por usar um nome diferente para cada acção. Apesar de Gualter Baptista ser membro do GAIA e da Plataforma Transgénicos Fora!, interessa-lhe mais o mediatismo que propriamente a credibilidade institucional. Prova disso é a frase quase sempre incluída nos comunicados: “Imagens da acção disponíveis em fotografia e video”.


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Se não existe ligação entre o GAIA e o Movimento Verde Eufémia, porque, então, uma semana antes da acção em causa, o assumido líder do referido movimento (Gualter Baptista) se apresentou ao semanário Expresso como membro da organização?

Gualter Baptista, 28 anos, membro do GAIA há nove, garante que embora a equipa não ganhe dinheiro com estas três semanas de trabalho, ninguém fica a perder: “Ganhamos muito com a partilha de conhecimentos e com a construção de redes e movimentos que este encontro proporciona”, explica o jovem, que está a terminar o doutoramento em economia ambiental e já participa no Ecotopia desde 2000.

Aliás, se efectuarem a pesquisa no Google encontram referências à participação activa de Gualter Baptista na gestão do GAIA.

PS: já se deduzia tal ligação da tentativa de apagar algumas provas!


Mais um "doutorado" com 28 anos (muita experiência). Eu já vi o que valem muitas "Universidades" e quem por lá anda. Estufas de espertalhões e parasitas.

http://www.youtube.com/watch?v=tr0KHiYk540
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Upham

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« Responder #2 em: Agosto 22, 2007, 01:04:14 pm »
Boa tarde!

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O que um SMO fazia a estes gajos...  


Permita-me discordar :( ) não tem nada a fazer numa unidade militar.

Cumprimentos!
"Nos confins da Ibéria, vive um povo que não se governa, nem se deixa governar."

Frase atribuida a Caio Julio César.
 

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PereiraMarques

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« Responder #3 em: Agosto 22, 2007, 02:47:34 pm »
Pois as prisões e os hospícios também têm muita gente que cumpriu o SMO...essa "obsessão" do SMO como "branqueador da sociedade" nunca percebi...Claro que convém já salvaguardar, para que não sabe, que eu não cumpri serviço militar.
 

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SSK

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« Responder #4 em: Agosto 22, 2007, 04:10:08 pm »
Pelos vistos o Cabecinhas também não o fez a julgar pelo seu post. Sendo assim, tenho ideia que não devem ter o "know-how" da vida militar e do que se aprende e desaprende por cá.

E isso não faz decerto de vós uns anarquicos e socialmente irresponsáveis. Certo?!? :wink:

A educação tem-se em casa na fase de aprendizagem do ser não é depois do "animal-homem" ser adulto. Já diziam os nossos antepassados, Burros velhos não aprendem línguas, burros com maiscula por não serem só os bichinhos de 4 patas.
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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Luso

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« Responder #5 em: Agosto 23, 2007, 10:48:05 am »
http://www.youtube.com/watch?v=wth_p4p0rfY

Já agora man, essa cena do SMO é injusta, tipo: para um bacano ser cool teve de andar na tropa, man! Que cena, meu!
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Luso

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« Responder #6 em: Agosto 23, 2007, 07:47:38 pm »
http://www.vhemt.org/

Esta gente fuma umas coisas que eu vou-vos dizer! :shock:
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lexivia

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« Responder #7 em: Agosto 23, 2007, 09:58:11 pm »
Realmente há coisas incríveis, esses meninos que entraram por terra alheia a dentro e destruiram parte da produção desse agricultor são o típico cliché pré yuppie, demonstram uma falta de querer saber incrível.
Portugal é o País da UE que maior restrições tem a nível de produtos fito-fármacos e produtos de adubação como a nível de práticas culturais. É claro que há muitas coisas que é só para aparecerem no papel mas a este nível ninguém se pode queixar que corremos riscos elevados, corremos é riscos da agricultura desaparecer pois os nosso agricultores estão muito limitados aos produtos a utilizar, coisa que não acontece com legislação de países como Espanha, Itália e França. Porque é que eles não foram destruir os campos nesses países??
Transgénicos já existem há muito tempo, se não existissem estaria o mesmo conjunto de parvos a reclamar pela comida estar tão cara!
Odeio a mentalidade do "ser diferente, porque sim" Queria ver quantos destes parvos é que não preferiam fazer o SMO em vez de fazer trabalho comunitário como objectores de consciência!
Deviam ser presos como exemplo ao destruir e ir contra um dos pilares de qualquer sociedade se quer independente, a agricultura.
 

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ricardonunes

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« Responder #8 em: Agosto 24, 2007, 01:17:29 pm »
O ATRAQUE DOS "CERAL KILLERS"

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«"A joke is a very serious thing" (W. Churchill)

No passado dia 18, a imprensa revelou ao país e ao mundo o primeiro feito heróico de um grupo até então desconhecido - o movimento Verde Eufémia (MVE). Parece estranho que até ao aparecimento deste grupo ambientalista ninguém se tenha lembrado de uma designação tão óbvia para um movimento ecologista. Afinal de contas, as conhecidas inclinações ecologistas da célebre Catarina são sobejamente conhecidas e toda a gente tem bem presente que no dia em que tombou, vítima de um disparo do tenente Carrajola, aquilo por que lutava era não por melhores condições de vida, mas sim por mais pão para fazer açorda, o prato mais ecológico que existe. Felizmente, e graças ao movimento Verde Eufémia, esta lacuna foi preenchida.

Mas, afinal, de que feito heróico estamos a falar? Nem mais nem menos do que da acção de guerrilha rural do acima citado movimento. Enquanto a maioria da nação estava distraída a banhos no Algarve, um grupo de indomáveis guerreiros preparava a ofensiva que viria a tornar famoso o MVE. De acordo com a imprensa, presume-se que o putativo cérebro da organização (Gualter Baptista) tenha delineado a estratégia e contactado os camaradas guerreiros por e-mail e SMS, mostrando que as tecnologias mais recentes não são alheias a esta organização de zelotas conservadores da pureza das raças de cereais lusitanos. Não foi divulgado o teor da mensagem, mas terá sido qualquer coisa do tipo: "Malta, parece que há um perigoso cereal (milho é um cereal, não é?) transgénico perto de Silves. Temos que ir lá repor a ordem ecológica, moral e democrática. Há autocarro e vamos aparecer na TV". Isto foi o suficiente para mobilizar dezenas de militantes que chegaram ao local num autocarro ecológico como os carros dos Flintstones.

A luta adivinhava-se desigual. De um lado, milhares de plantas de milho geneticamente modificadas, em formação compacta, armadas com temíveis maçarocas enriquecidas com toxina Bt, um poderoso veneno muito usado em agricultura biológica e capaz de derrotar o mais perigoso dos organismos - a broca-do-milho. Do outro lado da barricada, um punhado de jovens corajosos e motivados, é certo, mas sem preparação militar e deficientemente armados. O resultado da contenda parecia óbvio de prever, tanto mais que um agente infiltrado no MVE tinha feito chegar a informação sobre o ataque à GNR, que de imediato decidiu patrulhar o local. Como se isto não bastasse, à última hora, o proprietário da herdade e alguns amigos que têm o estranho hábito de trabalhar a uma sexta-feira vieram também juntar-se ao poderoso exército vegetal. Apesar desta desproporção de forças, o MVE não se sentiu intimidado e, revelando uma coragem que faria corar de vergonha a própria Catarina, decide avançar.

Chegado ao local, o grupo corre para a zona de combate munido de foices, com a boca e o nariz tapados por máscaras e com lenços na cabeça aos gritos "Não aos OGM! Não aos OGM!..." Tal como naquele fatídico dia 19 de Maio de 1954, na aldeia de Baleizão, temeu-se que a acção revolucionária terminasse em tragédia. No entanto, o inesperado aconteceu. Os temerários verde-eufémios provocaram um verdadeiro massacre entre as plantas de milho, as quais, surpreendidas pela rapidez da acção e entretidas a realizar a fotossíntese, não tiveram tempo de reagir a esta espécie de Blitzkrieg. A investida só não foi mais devastadora porque um contingente reforçado da GNR chegou ao local e, com as falinhas mansas que só um ecologista sabe ouvir ("tenham calma, vamos lá com calma..."), colocou um ponto final na batalha.

O balanço final não deixa dúvidas sobre quem levou a melhor: cerca de duas toneladas de maçarocas perdidas contra três baixas ligeiras do MVE. Deve, todavia, salientar-se que destas três baixas, duas foram o resultado de danos colaterais. Um elemento feriu-se num dedo ao tentar limpar as unhas com a ponta da foice e o outro, ainda inexperiente, utilizou a arma de forma indevida, pegando na zona da lâmina e usando o cabo para martelar as plantas de milho, parecendo estar a usar um martelo, a segunda arma mais apreciada pelos MVE. Finalmente, o terceiro foi por uma maçaroca lançada por um amigo do proprietário que, ao mesmo tempo, apelidou a jovem vítima de "marido da cabra" (para usar um eufemismo). Lamentável e muito revelador do mau carácter dos latifundiários que, para além de tentarem governar a família cultivando milho transgénico, ainda se dão ao luxo de ofender um ecologista em plena actividade.

A acção terminou com uma marcha vitoriosa estrada fora em que os heróicos ecologistas deram largas à sua alegria e prometeram acções futuras. De acordo com o que foi possível apurar, as próximas movimentações já estão previstas, sendo uma o genocídio de uma população de caracóis no mercado de Setúbal. Ao que consta, o perigoso gastrópode terá sido alimentado com batatas transgénicas. A outra será a destruição de uma vacaria na ilha de São Miguel devido ao facto das vacas produzirem leite de soja transgénico.

Na hora a que escrevo este artigo é sabido que o Ministério da Administração Interna (MAI) irá instaurar um inquérito aos fatídicos (para as plantas) acontecimentos e que o dirigente do Bloco de Esquerda Miguel Portas parece ter afirmado que "esta acção teve o mérito de alertar para o problema dos transgénicos no nosso país". Caros concidadãos, quem não se revê nesta posição do bloquista? O leitor não está de acordo com o IRS que lhe foi cobrado? Nada mais simples: convoque meia dúzia de amigos e dê uma coça aos funcionários das Finanças do seu bairro fiscal. Não concorda com o aumento das taxas de juro? Pegue numa matraca e desanque o gerente da agência bancária da sua rua. É a isto que se chama desobediência civil. Afinal de contas, todos temos direito ao nosso momento de indignação.

Já a posição do MAI é mais difícil de perceber. Um inquérito? À GNR? Não se entende. Toda a gente viu que os agentes no local tiveram o cuidado de não molestar os ambientalistas e, a fazer fé no jornal PÚBLICO de 18 de Agosto, o comandante Bengala terá afirmado, referindo-se aos militantes do MVE: "Tocaram tambores, ouviu-se música, e a coisa ficou por ali". Afinal de contas, quantas acções de guerrilha praticadas por esse mundo fora terminam com o rufar dos tambores? Poucas, suponho. Pelo menos desde a guerra civil americana que não me lembro de nada assim.

Nota final: De acordo com a EFSA (Agência Europeia de Segurança Alimentar), com a sua congénere americana (FDA - Food and Drug Administration) e com várias organizações científicas, das quais de destaca a Royal Society (UK), as plantas geneticamente modificadas actualmente cultivadas não oferecem qualquer perigo em termos de saúde pública ou ambientais. A prová-lo está o facto de, apesar da área cultivada com OGM ser cada vez mais elevada, não ter havido qualquer problema ambiental ou de saúde pública. Afinal, parece que o agricultor não estava tão mal informado quanto o Sr. Baptista sugeriu.

Como diria Fernando Pessoa, "pensar incomoda como andar à chuva".» [Público assinantes]

Parecer:

Jorge M. Canhoto, biólogo e professor universitário


O Jumento
Potius mori quam foedari
 

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Jorge Pereira

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« Responder #9 em: Agosto 24, 2007, 03:47:31 pm »
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O Ministro da Administração Interna Rui Pereira veio finalmente explicar a razão de ser do estado de impunidade da eco-escumalha. Afinal tudo se deve ao facto de não ter havido queixa:

Esqueçam tudo o que sabem sobre este assunto. Rui Pereira, ontem à noite, foi claríssimo: “Não era legalmente admissível detê-los logo, porque era um crime semi-público” (SIC) e portanto “era necessário ser apresentada uma queixa” (SIC). Ah! Está explicado. Era preciso uma queixa. Estão uns senhores da GNR a assistir a um crime mas não podem intervir porque…não existe uma queixa.


Infelizes declarações.

Que eu saiba, e penso que isso ainda não mudou, desde que haja flagrante delito as forças de segurança podem fazer detenções, independentemente da natureza jurídica do crime cometido.

Nem sequer se coloca a questão de ter capacidade (numérica) ou não para se proceder as ditas detenções. Mesmo os agentes inicias que ocorreram ao local, poderiam, se o desejassem, proteger a dita propriedade.

A questão de fundo são as inúmeras vezes em que agentes que fizeram cumprir a lei (muitas das vezes com acções musculadas) são pura e simplesmente “crucificados” e abandonados por quem de direito tem a obrigação de os defender e apoiar. É este o cerne da questão. Aqueles homens pensaram pura e simplesmente que “não valia a pena arriscar”, especialmente perante tanta comunicação social que estava lá presente.

Apoiem as forças de segurança INTEGRALMENTE, e verão como situações daquelas não se repetem.

Quanto aos insurrectos, devem ser tratados exemplarmente pelos tribunais.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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NBSVieiraPT

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« Responder #10 em: Agosto 24, 2007, 06:33:40 pm »
Pela lógica dessas declarações eu levo um tiro no meio da rua à frente de um agente da autoridade mas ele não o pode prender, ora, eu não fiz queixa :evil:

A única pessoa a louvar no meio disto tudo é mesmo o Sr. Presidente da República que disse e muito bem que até na democracia há regras e elas têm de se fazer cumprir...mas pronto, são bloquistas, tudo se desculpa.
É a sociedade que temos...infelizmente.

Cidadãos como nós, ordeiros, cumpridores da lei somos atacados e maltratados pela Nação para a qual trabalhamos e desenvolvemos. Energúmenos como estes não passam de uns parasitas e ainda têem apoio e admiração pelo 'Estado'.

Agora quero ver quem é que vai dar de sustentar àquele senhor e sua família, trabalhadores honestos, serão os da Verde Eufémia? Esses senhores que defendem uma sociedade justa e igualitária? Que até gostam de ajudar os pobrezinhos? Não vão.

E é esta a sociedade que temos. :lol:
 

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SSK

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« Responder #11 em: Agosto 24, 2007, 06:48:08 pm »
Ao que parece também foram só 2 em 50Ha. Mas a quantidade não é o que está em causa mas sim o acto...

Tiro não diria, as munições são caras e não puxa pelo físico. Sou mais apologista de se lhes fazer o que eles fizeram ao milheiral, Foice pela zona do joelho. É que assim sempre se exercitava um pouco e as foices são mais baratas que as munições e até podem ser usadas mais tarde. Logo menos poluição, é como se fosse reciclável e no que diz respeito a seres vivos decerto que eles eram menos que os pés de milho que cortaram. É só pontos positivos e bem ecológicos e verdinhos...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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lurker

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« Responder #12 em: Agosto 24, 2007, 07:08:50 pm »
Deve ter mudado Jorge.

Tanto quanto consigo determinar, o artigo 255 do Código de Processo Penal em vigor diz
Citar
Artigo 255.º
Detenção em flagrante delito

1 - Em caso de flagrante delito, por crime punível com pena de prisão:

a) Qualquer autoridade judiciária ou entidade policial procede à detenção;

b) Qualquer pessoa pode proceder à detenção, se uma das entidades referidas na alínea anterior não estiver presente nem puder ser chamada em tempo útil.

2 - No caso previsto na alínea b) do número anterior, a pessoa que tiver procedido à detenção entrega imediatamente o detido a uma das entidades referidas na alínea a), a qual redige auto sumário da entrega e procede de acordo com o estabelecido no artigo 259.º

3 - Tratando-se de crime cujo procedimento dependa de queixa, a detenção só se mantém quando, em acto a ela seguido, o titular do direito respectivo o exercer. Neste caso, a autoridade judiciária ou a entidade policial levantam ou mandam levantar auto em que a queixa fique registada.

4 - Tratando-se de crime cujo procedimento dependa de acusação particular, não há lugar a detenção em flagrante delito, mas apenas à identificação do infractor.


Alguém sabe se neste caso se aplica o 3 ou o 4?

Mas a mim parece-me uma tempestade num copo de água sobre a actuação da GNR.
Tanto quanto percebo, a GNR fez o que devia de fazer: interromperam o acto de vandalismo, com a eficácia que 2 agentes conseguem ter sobre um grupo de pessoas espalhadas por 2ha, e identificaram quem acharam que tinham de identificar e sem que ninguém partisse uma unha sequer.
 

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oultimoespiao

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« Responder #13 em: Agosto 25, 2007, 02:24:36 am »
E viram como a media desculpou estes animais... Li artigos em que esta escumalha e que estava certa e foi pena e nao terem destruido tudo... Enfim temos os politicos que merecemos!
 

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CyruS

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« Responder #14 em: Agosto 25, 2007, 07:27:23 pm »
Querem ser ecologistas?
Então que comecem por agarrar nas ferramentas devidas e que façam pela vida. Criem o que comem. Vistam-se com o que a natureza dá. Tratem-se com os remédios dos nossos antepassados. Sim, refiro-me as mezinhas da avó. Lembram-se do Xarope de cenoura? Era só umas rodelas de cenoura e açúcar...

Invasão de propriedade alheia e destruição de bens de terceiros continua a ser crime, seja qual for a lei.
Sei que o proprietário pensou muito em não estragar a vida dele, mas lá que teve vontade de ir caçar uns porcos, isso ninguém pode negar.

Enfim... Tantas leis que temos e que não servem para mais nada que proteger bandidos e criminosos...