EH-101

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Lightning

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reportagem sobre o EH101
« Responder #180 em: Maio 13, 2008, 11:46:31 pm »
 

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Lancero

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« Responder #181 em: Maio 20, 2008, 03:20:06 pm »
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Aviação: AgustaWestland interessada em instalar centro de manutenção de helicópteros em Beja    

   Beja, 20 Mai (Lusa) - A multinacional aeronáutica AgustaWestland, fabricante  dos helicópteros EH-101 Merlin da Força Aérea Portuguesa, está interessada  em instalar um centro de manutenção no aeroporto de Beja, disseram hoje  fontes do município e da empresa responsável pela infra-estrutura alentejana.  

 

   O consórcio anglo-italiano "está interessado em instalar um centro de  manutenção de helicópteros no aeroporto de Beja e já reuniu várias vezes  connosco para sondar as condições", disse à agência Lusa o presidente da  Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB), José Queirós.  

 

   O responsável frisou que "a EDAB está disponível para acolher o projecto"  e escusou-se a avançar mais pormenores sobre as intenções da AgustaWestland,  limitando-se a referir que "está em aberto a continuação dos contactos".  

 

   Além da EDAB, consultores da AgustaWestland também reuniram com o presidente  da Câmara Municipal de Beja, Francisco Santos.  

 

   Segundo o autarca, a AgustaWestland "anda à procura de um sítio em Portugal  para instalar um centro de manutenção de helicópteros", que poderá criar  "entre 50 a 60 postos de trabalho especializados".  

 

   "A empresa está interessada em instalar o centro no aeroporto de Beja,  mas há pressões para que o projecto vá para Alverca", disse Francisco Santos,  apelando ao Governo para "criar as condições necessárias" para a AgustaWestland  instalar o centro de manutenção de helicópteros em Beja.  

 

   "A viabilidade do aeroporto de Beja, em grande parte, depende de projectos  aeronáuticos deste género", frisou o autarca, garantindo que "a câmara vai  fazer tudo o que estiver ao seu alcance" para que o centro de manutenção  da AgustaWestland seja instalado na cidade.  

 

   Na reunião com o município, precisou Francisco Santos, os consultores  da AgustaWestland abordaram ainda "a hipótese de uma eventual cedência de  terrenos para a construção de casas para os técnicos da empresa que poderão  vir para Beja" e "pediram informações sobre a cidade", como as relacionadas  com a prestação de cuidados de saúde e ofertas de educação.  

 

   As obras da primeira empreitada de construção do aeroporto de Beja,  previstas durar até ao último mês de Abril, "deverão terminar durante a  primeira quinzena de Junho", devido a "um problema operacional" que provocou  um "ligeiro atraso" nas obras, justificou José Queirós.  

 

   Orçada em 10 milhões de euros, a primeira empreitada inclui a construção  da placa de estacionamento, das áreas operacionais e das estradas de ligação  às pistas da Base Aérea n/o 11 (BA11).  

 

   A segunda empreitada, orçada em 10,1 milhões de euros e que inclui a  construção dos terminais (um de passageiros e outro de carga) e dos edifícios  (serviços, bombeiros, material de placa e portaria), poderá arrancar "no  início do segundo semestre", estimou o responsável.  

 

   A entrada em funcionamento do aeroporto estava prevista para o final  do ano, mas José Queirós prefere não indicar prazos, referindo que "depende  do prazo apresentado pela empresa a quem for adjudicada a segunda empreitada".  

 

   Além dos passageiros, o transporte de carga e a distribuição aérea de  produtos destinados à Europa são outros dos objectivos da plataforma aeroportuária  alentejana, assim como a aposta na indústria aeronáutica "como motor de  desenvolvimento da região".  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #182 em: Maio 21, 2008, 02:56:20 pm »
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CEMFA alerta para risco de problemas na Força Aérea por causa do preço dos combustíveis  



 

    Lisboa, 21 Mai (Lusa) - O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea disse hoje que o ramo que dirige "só tem dois problemas" que estão ligados à retenção dos pilotos e à necessidade de mais dinheiro para pagar os custos adicionais com combustíveis.  

 

     "A Força Aérea está bem, saudável, continua a cumprir as suas missões, e só tem dois problemas: necessita de criar mecanismos de retenção para manter os seus melhores quadros, onde incluo os pilotos, e precisa de mais dinheiro para pôr mais aviões no ar", declarou o General Luís Araújo.  

 

    "Eu começo a ter graves problemas com o custo dos combustíveis", disse.

 

    Luís Araújo acrescentou que ao gastar mais dinheiro em combustível, a Força Aérea fica com menos dinheiro para a sustentação logística.  

 

    "Estas duas questões são exteriores à FAP e ultrapassam-nos", disse, considerando que tudo o resto está bem.  

 

    O General Luís Araújo fez estas afirmações à Lusa à saída da reunião com a Comissão Parlamentar de Defesa onde falou sobre a "problemática" do novo helicóptero EH101.  

 

    "Vim falar sobre a problemática do helicóptero EH101 no seu todo e não apenas sobre a sua manutenção", disse.  

 

    "A prontidão dos EH 101 continua a ser baixa", confirmou, acrescentando que a FAP no total só dispõe de 5 helicópteros operacionais, dos quais dois estão no Montijo, um no Porto Santo e dois nos Açores.  

 

    "Este número é suficiente para assegurar a missão de busca e salvamento, mas eu gostava de ter uma prontidão superior", declarou.  

 

    Interrogado sobre o ponto de situação do contrato de manutenção destes aparelhos, Luís Araújo revelou que o problema continua a ser a falta de sobressalentes.  

 

    "Esse problema ainda não está resolvido", afirmou, salientando "não saber" quando vai ser assinado o referido contrato de manutenção.  

 

    "De qualquer forma não é no dia seguinte que chegam as peças sobressalentes", acrescentou.  

 

    "Determinei a regeneração de alguns helicópteros "Puma" e vou propor ao senhor ministro da Defesa a possibilidade os colocar em operação, face ao problema da falta de peças dos EH 101, mas para já ainda não há nenhuma decisão", acrescentou.  

 

    "A situação da chamada "fuga" dos pilotos mantém-se com estes a saírem para as companhias civis, por entenderem que tem condições mais apelativas e são melhor remunerados", afirmou, sublinhando que é um problema com que a Força Aérea se defronta.  

 

    O CEMFA revelou que há "várias propostas" para estancar a saída de pilotos, mas que  ainda não existe uma solução definitiva.  
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Lancero

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« Responder #183 em: Maio 21, 2008, 06:47:10 pm »
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Defesa: CEMFA diz que Força Aérea podia assumir responsabilidade pela manutenção dos helicópteros "EH101"  



    Lisboa, 21 Mai (Lusa) -- O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, disse hoje à Lusa que "não sabe" por que motivo não foi atribuída à Força Aérea a responsabilidade pela manutenção dos novos helicópteros "EH101 Merlin".  

 

    "Essa é uma boa pergunta, mas não lhe sei responder", afirmou o General Luís Araújo, à saída da Comissão Parlamentar de Defesa, ao ser questionado pela Lusa sobre os problemas de manutenção e de sobressalentes do Helicóptero "EH101".  

 

    "Vim falar sobre a problemática do helicóptero EH101, no seu todo e não apenas sobre a sua manutenção", disse.  

 

    "Sabe quem é que está a fazer a manutenção da frota dos "EH 101" que já tem 6 mil horas de voo?", perguntou e respondeu: "Como não há contrato, é a Força Aérea que tem feito essa manutenção e tem-na feito bem e com certificação de fábrica".  

 

    Para o General Luís Araújo o problema não é de mão-de-obra especializada, mas de fornecimento de sobressalentes por parte da AugustaWestland e de dinheiro.  

 

    "Portanto quem tem feito a manutenção da frota que já tem 6 mil horas de voo tem sido a Força Aérea", afirmou.  

 

    "Eu também questiono porque é que o "EH101" é o único aparelho cuja manutenção não está atribuída à Força Aérea", disse.  

 

    O General Luís Araújo faz questão de sublinhar que apesar de "não estar atribuída à Força Aérea, essa manutenção tem sido efectivamente realizada pela FAP".  

 

    "Porquê? Não sei. Mas foi assim que ficou determinado no contrato assinado em 2001 entre o Estado, a Defloc e a AugustaWestland", declarou.  

 

    "O que a Força Aérea tem feito, desde 2001 até agora, foi pedir, várias vezes, a quem de direito, que isso seja alterado, mas a nossa pretensão nunca foi acomodada", explicou.  

 

    "Eu e o meu antecessor escrevemos por diversas vezes que a responsabilidade pela manutenção especializada devia passar para a Força Aérea, mas isso nunca foi aceite e nunca fomos contemplados com essa decisão, declarou.

 

    "Mas o que é certo é que estamos a fazer essa manutenção na prática", disse.  

 

    "Ou somos nós que a fazemos e transferem essa responsabilidade para nós (e o dinheiro) ou não somos (alguém que a faça), mas não continuamos com essa responsabilidade connosco. A meio caminho é que não", sublinhou.

 

    O Governo vai assinar em breve um novo acordo de manutenção e fornecimento de peças com a AugustaWestland, cujos contornos financeiros não foram divulgados.

 

    "A prontidão dos ®EH 101¯ continua a ser muito baixa", confirmou, acrescentando que a FAP só dispõe de um total de 12 aparelhos de 5 helicópteros operacionais, dos quais dois estão no Montijo, um no Porto Santo e dois nos Açores.  

 

    "Este número é suficiente para assegurar a missão de busca e salvamento, mas eu gostava de ter uma prontidão superior", declarou.  

 

    Interrogado sobre o ponto de situação do contrato de manutenção destes aparelhos, Luís Araújo revelou que o problema continua a ser a falta de sobressalentes.  

 

    "Esse problema ainda não está resolvido", afirmou, salientando "não saber" quando vai ser assinado o referido contrato de manutenção.  

 

    "De qualquer forma não é no dia seguinte que chegam as peças sobressalentes", acrescentou.  

 

    "Determinei a regeneração de alguns helicópteros "Puma" e vou propor ao senhor ministro da Defesa a possibilidade os colocar em operação, face ao problema da falta de peças dos EH 101, mas para já ainda não há nenhuma decisão", acrescentou.  

 
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

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Lancero

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« Responder #184 em: Maio 21, 2008, 06:48:45 pm »
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Defesa: CDS-PP "muito preocupado" com situação dos helicópteros "EH101"

Lisboa, 21 Mai (Lusa) -- O CDS-PP manifestou-se hoje "muito preocupado"  com a situação da manutenção e fornecimento de peças sobressalentes para  os helicópteros "EH 101" da Força Aérea Portuguesa.  

 

   O deputado centrista e membro da Comissão Parlamentar de Defesa João  Rebelo, disse à Lusa ter ficado "muito perturbado" com as declarações do  Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Luís Araújo, porque a situação  da manutenção dos "EH101" é "muito mais complicada do que aquela que se  poderia supor".  

 

   "Segundo as informações que recolhemos hoje, o grau de operacionalidade  dos "EH101", a não ser feito nada, poderá descer a níveis tão baixos que  podem pôr em causa uma eficaz busca e salvamento da responsabilidade de  Portugal na sua Zona Económica Exclusiva (ZEE), afirmou.  

 

   João Rebelo diz "não conseguir perceber" como é que negociações que  se arrastam há anos entre a DEFLOC (locação de equipamentos militares) e  a AugustaWestland só pelos vistos agora tiveram uma conclusão.  

 

   "O adiamento de qualquer solução torna mais dispendiosa (cerca de 30  milhões de euros) a colocação em operação dos três "EH101" que já foram  canibalizados", afirmou.  

 

   Para o deputado centrista essa situação é "intolerável".  
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« Responder #185 em: Maio 30, 2008, 12:43:54 pm »
indirectamente relacionado

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UBI pode integrar projecto de investigação para AgustaWestland
Sexta-Feira, 30 de Maio de 2008
Consórcio anglo-italiano interessado em engenheiros portugueses

O processo está a ser analisado e envolve a Universidade da Beira Interior, Governo português, Instituto Superior Técnico e a empresa multinacional fornecedora de helicópteros militares para Portugal
 
Liliana Machadinha

Depois de criada a parceria entre a Universidade da Beira Interior (UBI) e a empresa Aleia, a instituição pode vir integrar um outro projecto de investigação ligado ao sector da aeronáutica. Segundo o representante do Centro para a Excelência, Inovação e Indústria Automóvel (CEIA), presente na sessão de abertura das Jornadas Aeronáuticas da Covilhã (JAC) - que se iniciaram ontem - está a ser estudada uma parceria entre a UBI, Instituto Superior Técnico (IST), Governo português e o consórcio anglo-italiano AgustaWestland, fornecedor de helicópteros para o Estado português – nomeadamente, aeronaves militares.

Explicando que o CEIA pretende apoiar a indústria nacional, Nuno Silva argumenta que "a tecnologia é fácil de comprar hoje em dia, já o conhecimento é algo que não se compra". Daí que as parcerias com instituições de ensino superior sejam fundamentais para "potenciar projectos internacionais em Portugal, demonstrando capacidade tecnológica e de conhecimento" que irá "acrescentar valor aos produtos". Sem adiantar muitos pormenores, Nuno Silva garante que “está em análise a possibilidade de 75 engenheiros aeronáuticos portugueses trabalharem num projecto para a empresa multinacional”. "Será um grande investimento ao nível de recursos humanos, mas também de formação desses recursos", explica.

AGUSTAWESTLAND É A "GRANDE APOSTA" DA UBI
Segundo Jorge Barata, presidente do Conselho Pedagógico da UBI, o que se pretende é que as universidades se liguem a empresas, "ajudando-as a ganhar mais clientes e mais produtos para fabricar". Conforme adianta, é aí que entram as universidades, porque "podemos mostrar às empresas que podem mudar os métodos de fabrico e criar novos mercados". A "grande aposta" da UBI é na AgustaWestland, uma vez que "podemos contribuir para melhorar os produtos e ajudá-los a gastar menos dinheiro. Podemos mostrar-lhe como poupar ao colaborarem connosco, através de projectos de investigação ligados ao fabrico das aeronaves", acrescenta.




CEIA intermediário no projecto
O CEIA é o intermediário entre as duas instituições de ensino superior, UBI e IST, e o consórcio anglo-italiano, para estreitar a comunicação, explica Jorge Barata. "Nós temos dificuldade em lhes mostrar que poderão ganhar dinheiro inovando e as empresas têm dificuldade em perceber que não têm nenhum risco em entrar connosco em projectos de investigação", justifica.

Jornadas
Para além de Jorge Silva, presidente do departamento de Ciências Aeronáuticas da UBI, e do presidente do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeronáutica, na sessão de abertura das Jornadas de Aeronáutica estiveram ainda presentes o presidente da delegação do Centro da Ordem dos Engenheiros e o reitor da Universidade. Todos foram unânimes ao salientar que as JAC complementam a formação dos alunos daquele curso, assim como os preparam para a entrada no mercado de trabalho. "São muito importantes para a formação dos jovens e dão visibilidade à região, até porque são abertas à comunidade", sublinha Manuel dos Santos Silva.
As jornadas começaram ontem e terminam dia 1 de Junho.

Empresa inicia obras em Outubro
Aleia em laboração em Abril de 2009
Jean Quiquempoix, presidente da Aleia, esteve presente nas JAC para dar uma palestra sobre "Indústria e Serviços do Sector Aeronáutico". Antes de subir ao palanque, falou com o Diário XXI sobre o processo de instalação da empresa construtora de aeronaves, referindo que irá entrar em laboração em Abril de 2009, "mesmo a tempo de cumprir com o prazo das primeiras encomendas prometidas, antes do Verão do próximo ano". De momento, a empresa está a tratar do projecto de construção das infra-estruturas e, adianta, as obras começarão em Outubro. Devem terminar em seis ou sete meses.
A Aleia vai instalar-se em terrenos junto ao aeródromo da Covilhã, prevê criar 100 postos de emprego num período de cinco anos e produzir aproximadamente 250 aviões por ano de três tipologias diferentes, a partir do ano de 2014.

 
http://www.diarioxxi.com/?lop=artigo&op ... 2b054191fc
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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ricardonunes

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« Responder #186 em: Junho 16, 2008, 08:12:56 am »
General fala em incompetência da empresa e inacção das autoridades

Defesa. Falta de peças da Agusta-Westland para os helis EH101 vai manter-se por 12 a 18 meses

Posição do comandante da Força Aérea expressa à Comissão de Defesa

Os problemas de falta de peças que afectam os helicópteros EH101 da Força Aérea devem-se a "alguma incompetência e intransigência" do fabricante, bem como à "dispersão e ausência de unidade de comando e acção da parte dos responsáveis portugueses".

Esta explicação foi dada à Comissão Parlamentar de Defesa pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo, no passado dia 21, de acordo com fontes parlamentares.

O CEMFA relacionou ainda a falta de peças sobressalentes - que o levou a determinar "a regeneração de quatro helicópteros Puma, até se garantir a sustentabilidade consolidada dos EH101" - com o contrato de contrapartidas celebrado pelo Estado com a Agusta-Westland, empresa que "criou uma excelente aeronave mas vendeu demasiadas unidades para a capacidade que tem de repor peças", disse o militar.

Segundo as mesmas fontes, o CEMFA sublinhou que "não está prevista qualquer penalização pelo não fornecimento de peças no contrato com a Agusta-Westland" - e declarou mesmo que "não consegue ser imparcial quanto à Agusta-Westland, pois está muito desiludido com esta empresa; a Agusta deve mais de 400 milhões de euros em contrapartidas a Portugal e tem estado a protelar".

Mais, o general previu que a espera pela conclusão de negociações entre o fabricante italo-britânico e a empresa lusa de manutenção aeronáutica OGMA - a quem a Agusta "deveria [...] passar a certificação", no âmbito do contrato de contrapartidas - "atrasará ainda mais a data da entrada em vigor do contrato de longa duração", que tem a duração de cinco anos.

Entre os vários esclarecimentos dados a questões formuladas pelos deputados, Luís Araújo - que foi o responsável da Força Aérea pelo acompanhamento do processo de fabrico e entrega dos helicópteros, na primeira metade desta década - assegurou que "a Força Aérea vai continuar a cumprir a sua missão, seja a que custo for".

O general "espera que haja peças para os EH101 daqui a 12-18 meses, não mais de 24". E adiantou que "os Puma não poderão ficar em actividade mais do que esse tempo (até pela questão de formação dos pilotos)"; que a Força Aérea "volta a usar os Puma [dois deles prontos a avançar para os Açores, segundo fontes do ramo] numa situação limite, de emergência, que não se punha quando foram retirados" de serviço e armazenados na base aérea de Beja; que o custo da reposição das peças retiradas de uns helis para outros (a chamada "canibalização") vai custar "cerca de 30 milhões de euros".

O CEMFA disse ainda recear que "o valor da Agusta-Westland Internacional Portugal [empresa a constituir para fazer a manutenção dos helis] seja exactamente o das contrapartidas em dívida" (mais de 400 milhões de euros); "desaconselha que as regiões Autónomas recorram aos helicópteros privados, pois só a Força Aérea tem equipamento e [conhecimentos] para operar em condições atmosféricas por vezes muito difíceis"; que o ramo "tem mão-de-obra para fazer a manutenção dos EH101, mas precisa das peças, ou então que a Agusta-Westland a assegure".

Este problema da manutenção dos EH101 - programa onde Portugal investiu quase 450 milhões de euros - dominou parte da audiência do CEMFA. O general "manifestou estranheza" por, nos termos do contrato de compra (em leasing) dos aparelhos pela DEFLOC (da holding pública Empordef), caber a esta empresa - e não à FAP, pela primeira evz na sua história - garantir as revisões de último escalão (ou grande manutenção) dos helis.

"A DEFLOC não tem valências nem vocação para qualquer tipo de operação de manutenção", enfatizou Luís Araújo, também perplexo com o facto de as verbas para ter os helis prontos a voar serem geridas pela Secretaria-Geral do Ministério.

DN
Potius mori quam foedari
 

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Johnny

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« Responder #187 em: Junho 25, 2008, 02:46:12 pm »
 

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Rommel

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« Responder #188 em: Julho 05, 2008, 07:45:27 pm »
Citação de: "ricardonunes"
General fala em incompetência da empresa e inacção das autoridades

Defesa. Falta de peças da Agusta-Westland para os helis EH101 vai manter-se por 12 a 18 meses

Posição do comandante da Força Aérea expressa à Comissão de Defesa

Os problemas de falta de peças que afectam os helicópteros EH101 da Força Aérea devem-se a "alguma incompetência e intransigência" do fabricante, bem como à "dispersão e ausência de unidade de comando e acção da parte dos responsáveis portugueses".

Esta explicação foi dada à Comissão Parlamentar de Defesa pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Luís Araújo, no passado dia 21, de acordo com fontes parlamentares.

O CEMFA relacionou ainda a falta de peças sobressalentes - que o levou a determinar "a regeneração de quatro helicópteros Puma, até se garantir a sustentabilidade consolidada dos EH101" - com o contrato de contrapartidas celebrado pelo Estado com a Agusta-Westland, empresa que "criou uma excelente aeronave mas vendeu demasiadas unidades para a capacidade que tem de repor peças", disse o militar.

Segundo as mesmas fontes, o CEMFA sublinhou que "não está prevista qualquer penalização pelo não fornecimento de peças no contrato com a Agusta-Westland" - e declarou mesmo que "não consegue ser imparcial quanto à Agusta-Westland, pois está muito desiludido com esta empresa; a Agusta deve mais de 400 milhões de euros em contrapartidas a Portugal e tem estado a protelar".

Mais, o general previu que a espera pela conclusão de negociações entre o fabricante italo-britânico e a empresa lusa de manutenção aeronáutica OGMA - a quem a Agusta "deveria [...] passar a certificação", no âmbito do contrato de contrapartidas - "atrasará ainda mais a data da entrada em vigor do contrato de longa duração", que tem a duração de cinco anos.

Entre os vários esclarecimentos dados a questões formuladas pelos deputados, Luís Araújo - que foi o responsável da Força Aérea pelo acompanhamento do processo de fabrico e entrega dos helicópteros, na primeira metade desta década - assegurou que "a Força Aérea vai continuar a cumprir a sua missão, seja a que custo for".

O general "espera que haja peças para os EH101 daqui a 12-18 meses, não mais de 24". E adiantou que "os Puma não poderão ficar em actividade mais do que esse tempo (até pela questão de formação dos pilotos)"; que a Força Aérea "volta a usar os Puma [dois deles prontos a avançar para os Açores, segundo fontes do ramo] numa situação limite, de emergência, que não se punha quando foram retirados" de serviço e armazenados na base aérea de Beja; que o custo da reposição das peças retiradas de uns helis para outros (a chamada "canibalização") vai custar "cerca de 30 milhões de euros".

O CEMFA disse ainda recear que "o valor da Agusta-Westland Internacional Portugal [empresa a constituir para fazer a manutenção dos helis] seja exactamente o das contrapartidas em dívida" (mais de 400 milhões de euros); "desaconselha que as regiões Autónomas recorram aos helicópteros privados, pois só a Força Aérea tem equipamento e [conhecimentos] para operar em condições atmosféricas por vezes muito difíceis"; que o ramo "tem mão-de-obra para fazer a manutenção dos EH101, mas precisa das peças, ou então que a Agusta-Westland a assegure".

Este problema da manutenção dos EH101 - programa onde Portugal investiu quase 450 milhões de euros - dominou parte da audiência do CEMFA. O general "manifestou estranheza" por, nos termos do contrato de compra (em leasing) dos aparelhos pela DEFLOC (da holding pública Empordef), caber a esta empresa - e não à FAP, pela primeira evz na sua história - garantir as revisões de último escalão (ou grande manutenção) dos helis.

"A DEFLOC não tem valências nem vocação para qualquer tipo de operação de manutenção", enfatizou Luís Araújo, também perplexo com o facto de as verbas para ter os helis prontos a voar serem geridas pela Secretaria-Geral do Ministério.

DN


Ninguém quer saber. Vão continuar a empurrar o problema com a barriga.
Se não fosse pela enorme (e bem enorme) capacidade de sacrificio do pessoal ke trabalha e opera os eh-101, akilo ja tinha parado há muito tempo. A situação não está como é descrita, é pior.
 Quanto dar o contrato de manutenção ás OGMA para mim é pura palhaçada politica.Fica muito bem dar trabalho as empresas nacionais, quando estas estão certificadas na aeronave, ke não é o caso.
 Veja-se o ke acontece com o f-16 mlu.
 

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« Responder #189 em: Julho 12, 2008, 04:06:29 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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komet

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« Responder #192 em: Julho 12, 2008, 05:29:31 pm »
Excelentes imagens.  :wink:
"History is always written by who wins the war..."
 

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SSK

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« Responder #193 em: Julho 21, 2008, 09:56:29 pm »
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Força Aérea não se responsabiliza por danos das aterragens junto ao hospital      

Heliporto do Hospital preterido

'Merlin' só aterra no hospital a pedido médico e não assume responsabilidades.

O EH-101 'Merlin' só vai voltar a utilizar o heliporto do Hospital Central do Funchal quando a aterragem nesta pista for "expressamente requerida pelas autoridades competentes (leia-se médicas)". Mas, sempre que tal pedido se verifique, a Força Aérea declina "qualquer responsabilidade nos eventuais danos que venham a ser causados com as operações aéreas".
E sempre que seja solicitado o serviço de busca e salvamento daquela aeronave, esta utilizará a pista do Aeroporto da Madeira. A decisão, ao que o DIÁRIO apurou, foi tomada após as entidades regionais terem imputado à Força Aérea a responsabilidade pelos danos que vinham sendo registados em propriedades situadas junto ao heliporto.
Recentemente, a Força Aérea informou o Gabinete do Representante da República, na sequência de diligências promovidas por este órgão em resposta às queixas dos proprietários das residências situadas junto ao heliporto instalado na cobertura do Núcleo de Apoio da referida unidade hospitalar.
Queda de bananeiras, jardins com terra revolvida e atirada para os quintais, cântaros partidos, mobiliário de exterior danificado e roupa que secava em estendais espalhada por vários cantos foram alguns dos transtornos que estiveram na base das reclamações dos moradores nas vezes em que o 'Merlin' foi obrigado a abordar a pista através de um ângulo que implicava o sobrevoo desta zona habitacional.
Tendo em conta a orientação do vento, a aterragem no heliporto do HCF nem sempre pode ser efectuada a partir de ângulos que não impliquem o sobrevoo da zona em questão.
Por outro lado, a mudança de tripulações implica que os novos pilotos tenham de efectuar reconhecimentos para ficar a conhecer as condições de operacionalidade que poderão encontrar quando tenham de transportar um paciente. Após consultar várias entidades, entre elas a administração do HCF e o Serviço Regional de Protecção Civil, os queixosos dirigiram-se ao Representante da República no sentido de ver esclarecida a questão sobre qual era a entidade competente para pedir responsabilidades pelos danos que vinham sofrendo nas suas propriedades sempre que era necessário o helicóptero efectuar o resgate de um paciente.
O director do Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros, Luís Neri, que chefia o serviço encarregue de accionar o pessoal médico para receber os pacientes em terra, confirmou ao DIÁRIO que o 'Merlin' está a utilizar o aeroporto por "decisão da tripulação", mas mostrou-se indisponível para comentar depois a questão das responsabilidades por mais eventuais danos.
As duas últimas operações de resgate do 'Merlin' tiveram como destino a pista do Aeroporto da Madeira. Foram elas a evacuação de um tripulante filipino do cargueiro de bandeira do Panamá, "Daio Andes", que se encontrava a 95 milhas a nordeste do Porto Santo, devido a um acidente que resultou na amputação de dois dedos de uma mão, em 8 de Junho último; e, cerca de um mês antes, a de outro tripulante, de nacionalidade búlgara, que sofreu uma fractura num membro inferior, e teve de ser evacuado desde o cargueiro "Eurocargo Africa", que se encontrava a cerca de 220 milhas a nordeste da ilha da Madeira.

Raul Caires, no Porto Santo
 
in  Diário de Notícias da Madeira
18 de Julho de 2008
 
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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bokaido

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Só para ter uma ideia...
« Responder #194 em: Julho 28, 2008, 04:09:15 pm »
Alguém é capaz de prever para qd a frota de EH101 estará 100% operacional?

   Isto é, partindo do princípio q vamos mesmo receber os 12 encomendados.

   Sou um leigo nestes assuntos mas já percebi q os programas de equipamento/modernização por cá atrasam uns 5 anos em média..
Ó Estrela, queres cometa?