Protocolo 'ajuda' 140 mil com 'stress de guerra'

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Lancero

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Protocolo 'ajuda' 140 mil com 'stress de guerra'
« em: Novembro 21, 2007, 11:13:01 am »
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Defesa: Governo e associações assinam protocolo que beneficia 140 mil ex-combatentes

Lisboa, 21 Nov (Lusa) - O secretário de Estado de Defesa Nacional, João  Mira Gomes, preside hoje à assinatura de um protocolo entre o Governo e  associações de ex-combatentes com a finalidade de tornar céleres os processos  por "stress" de guerra.  

     

   O protocolo, que abrange 140 mil ex-combatentes com problemas psicológicos,  dos quais 40 mil sofrem de "stress" pós-traumático, envolve a Associação  dos Deficientes das Forças Armadas, a Associação Portuguesa dos Veteranos  de Guerra e a Associação de Apoio aos Ex-combatentes Vítimas de Stress de  Guerra.  

     

   A partir de agora as Organizações Não-Governamentais poderão passar  a preencher o chamado modelo 2 (formulário onde é feito o despiste da doença,  depois de uma primeira consulta com o médico de família) caso o Serviço  de Saúde Mental do Ministério da Saúde não o faça nos 60 dias a que está  obrigado por lei.  

     

   O presidente da Associação de Apoio aos Ex-combatentes Vítimas de Stress  de Guerra (APOIAR), Armindo Roque, diz que esta transferência de competências,  reivindicada desde 1994, "vai reduzir, em anos, uma tarefa que levava imenso  tempo a ser concretizada devido à falta de psiquiatras no Serviço de Saúde  Mental".  

     

   "Este protocolo atribui-nos essa competência poupando aos ex-combatentes  esse enorme sacrifício e calvário a que muitas vezes estavam sujeitos",  acrescentou.  

     

   Para Armindo Roque, "o Estado acaba por reconhecer às ONG's competência,  idoneidade e confiança".  

     

   Ainda segundo Armindo Roque, existem cerca de 140 mil ex-combatentes  com problemas psicológicos dos quais 40 mil sofrem de "stress" pós-traumático.  

     

   Cada uma destas três Associações recebe um apoio do Estado de 125 mil  euros/ano, tendo as consultas passado de um milhar em 2004 para três mil  em 2006.  

     

   "Este ano, registamos já um aumento de 30 por cento relativamente ao  ano anterior", adiantou.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Sailor Girl

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« Responder #1 em: Março 10, 2008, 03:28:14 pm »
Vi recentemente um filme que aborda esta temática («No Vale de Ellah»). É impressionante e um drama não se falar abertamente deste problema que afecta tantas pessoas (não apenas o «doente» mas também os seus familiares e amigos).

Adenda: Destaco a RCM que aprovou o Plano Nacional de Saúde Mental e que também refere a matéria (ver aqui: http://atlanticoazul.blogspot.com/2008/03/to-all-suffering-from-stress-of-war.html).
Cumprimentos.
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #2 em: Maio 28, 2008, 01:49:54 pm »
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RTP - RÁDIO TELEVISÃO DE PORTUGAL

Nacional

Defesa: Provedor Justiça "preocupado com atrasos" nos processos dos deficientes Forças Armadas

Lisboa, 26 Mai (Lusa) - O Provedor de Justiça manifestou ao ministro da Defesa "preocupação com os atrasos excessivos e injustificados" na tramitação de processos de invalidez dos ex-combatentes e de qualificação como Deficientes das Forças Armadas (DFA), informou hoje a provedoria.

Nascimento Rodrigues recebeu queixas de ex-combatentes a este propósito e apurou que os atrasos se ficam a dever à "excessiva demora" na marcação e realização de Juntas Hospitalares de Inspecção e na elaboração de pareceres pela Comissão Permanente de Informações e Pareceres da Direcção dos Serviços de Saúde, que atinge um atraso médio de cerca de 3 anos.

O Provedor recorda que a questão já havia sido colocada ao anterior Ministro da Defesa e suscitou um parecer da Direcção-Geral de Pessoal e Recrutamento Militar.

O documento salientava a pertinência em ser efectuada uma "revisão do percurso dos processos de reconhecimento de invalidez ou da qualificação como DFA, ponderando a efectiva necessidade de intervenção de determinadas entidades do Exército, de molde a determinar até que ponto pode contribuir para a excessiva demora na conclusão da apreciação daqueles processos a existência de situações que representem uma sobreposição funcional, resultado da intervenção de diferentes órgãos do Exército na valoração da mesma matéria na fase de instrução", acrescenta.

O Gabinete do provedor de Justiça salienta que, o actual Governo, através de um despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Defesa Nacional, criou um grupo de trabalho com o objectivo de estudar a reforma do sistema de saúde militar, cujas conclusões deveriam ser conhecidas até ao fim de 2006.

Mas, "apesar desse prazo estar há muito ultrapassado, desconhecem-se os resultados e conclusões alcançados pelo grupo e quais as medidas tomadas em face dessas conclusões com impacto na questão dos atrasos no âmbito de processos de invalidez ou qualificação como deficientes das Forças Armadas", sublinha.

O Provedor considera que os atrasos "são fortemente penalizadores dos interesses legítimos dos cidadãos afectados, constituindo uma violação grave dos seus direitos" e relembra que "num determinado contexto histórico e político, o Estado exigiu a estes cidadãos o exercício do serviço militar num teatro de guerra, física e psicologicamente, violento".

Nascimento Rodrigues considera que "hoje o Estado de Direito democrático lhes deve o respeito pelos seus mais elementares direitos, ou seja, deve avaliar e decidir, com rigor e celeridade, a respectiva situação jurídica e, nos casos que se mostrem devidos, a recompensa de uma adequada protecção social", conclui.

O Provedor de Justiça revela ainda que o Ministro da Defesa Nacional ainda não se pronunciou quanto à sua interpelação.

SRS.

© 2008 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
2008-05-26 16:05:01

FONTE: http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?ar ... l=26&rss=0
 

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« Responder #3 em: Maio 28, 2008, 02:03:42 pm »
a propósito...

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US Military: Post-Traumatic Stress Soars in US Troops in 2007
 
 
(Source: Voice of America news; issued May 27, 2008)
 
   
 
 The U.S. military says newly diagnosed cases of post-traumatic stress disorder among American troops sent to Iraq and Afghanistan climbed nearly 50 percent last year, bringing a five-year total to nearly 40,000.

Officials Tuesday released figures that showed Marines and Army soldiers were most affected. These are the forces bearing the brunt of combat in Iraq and Afghanistan.

The Army alone reported more than 10,000 new cases of post-traumatic stress disorder in 2007, while the Marine Corps had more than 2,100 cases. The military says the figures reflect cases it has tracked between 2003 and 2007.

Army Surgeon General Lieutenant General Eric Schoomaker says the larger number of diagnoses in recent years partly reflects greater awareness and tracking of the disorder by the U.S. military. But he says increased exposure of troops to combat is a factor.

Experts have said symptoms increase as soldiers return to combat for multiple tours of duty.

The National Institute of Mental Health in the United States identifies the disorder as a health condition that can develop after exposure to a terrifying event or ordeal in which grave physical harm occurred or was threatened. Symptoms can include sleep difficulties, irritability and outbursts of anger.

-ends-

 
http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Ranger Rebelde

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« Responder #4 em: Maio 28, 2008, 04:04:20 pm »
Em Portugal é mais a questão da INOPERÂNCIA!... Ministro da Defesa e Secretário de Estado tachistas (políticos mercenários), DGPRM INOP, sem qualquer razão prática de existir, apenas para "dar de comer" a quem por lá se arrasta, criação de grupos de trabalho que não apresentam resultados finais e sobre quem não são incutidas responsabilidades (mais uma corja a sugar o dinheiro do contribuinte), ou seja, uma total e incompreensível falta de respeito por toda a Família Militar, principalmente os valorosos Ex-Combatentes que tanto sofreram nas frentes de combate onde participaram, em nome e ao serviço da Pátria, que agora os abondona sem qualquer apoio... até quando :x
 

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legionario

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« Responder #5 em: Maio 28, 2008, 09:37:23 pm »
Citação de: "Ranger Rebelde"
Em Portugal é mais a questão da INOPERÂNCIA!... Ministro da Defesa e Secretário de Estado tachistas (políticos mercenários), DGPRM INOP, sem qualquer razão prática de existir, apenas para "dar de comer" a quem por lá se arrasta, criação de grupos de trabalho que não apresentam resultados finais e sobre quem não são incutidas responsabilidades (mais uma corja a sugar o dinheiro do contribuinte), ou seja, uma total e incompreensível falta de respeito por toda a Família Militar, principalmente os valorosos Ex-Combatentes que tanto sofreram nas frentes de combate onde participaram, em nome e ao serviço da Pátria, que agora os abondona sem qualquer apoio... até quando :x


Subscrevo completamente ;)
 

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« Responder #6 em: Maio 30, 2008, 02:21:47 pm »
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US Army Suicide Rate Continues to Rise
 
 
(Source: Voice of America news; issued May 29, 2008)
 
   
 
 PENTAGON --- The U.S. Army reported Thursday that the suicide rate among its soldiers continued to rise last year, and is now nearly double the rate recorded before the invasion of Iraq. But they say last year's increase was not as sharp as the two previous years.

The army says it has confirmed that 115 active-duty soldiers committed suicide last year, with two more investigations still pending. That is a rate of nearly 19 per 100,000 soldiers. The rate was just under 10 per 100,000 in 2002, before the Iraq invasion, and has been rising steadily, except for one year, ever since. The rates for the last two years are the highest since record keeping began in 1980.

Army officials say the military suicide rate is still lower than the rate for people of similar age and education level in the rest of American society. But they say it is too high because the Army should be able to provide mental health care and other support to its troops.

Officials say personal issues such as relationship problems, trouble at work and legal or financial difficulty are among the main causes of suicide in the military, just like among the civilian population.

But Colonel Elspeth Ritchie, a psychiatrist in the Army Surgeon General's office, acknowledges that the stress of the wars in Iraq and Afghanistan is also part of the reason for the rising suicide rate in the Army.

"We see a lot of things that are going on in the war which do contribute," said Colonel Ritchie. "Mainly is the long-time and multiple deployments away from home, the exposure to really terrifying and horrifying things, the easy availability of loaded weapons and a force that's very, very busy right now. And so all of those together, we think, are part of what may contribute, especially if somebody is having difficulties already."

Still, officials report 26 per cent of the soldiers who committed suicide last year had never been deployed to Iraq or Afghanistan.

The Army says it is working hard to improve access to mental health care among the troops, to reduce the stigma often attached to seeking counseling, and to train soldiers to recognize signs of stress in themselves and their comrades. But senior officers also acknowledge there is much more work to be done to help soldiers deal with personal problems compounded by the stress of combat.

-ends-

 
http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... ele=jdc_34
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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« Responder #7 em: Maio 30, 2008, 04:11:05 pm »
Exactamente ! e isto nao é fenomeno novo ! A guerra do Vietnam esta na origem de 100 000 suicidios de ex-GI's, ou seja, mais do dobro das perdas em combate !