Obrigado pela comparação entre Crimeia e Olivença. Antes de mais tenho de dizer que compreendo os seus argumentos e a sua posição. No entanto tenho a dizer o seguinte:
Irredentismo, é uma palavra que não creio que se deva aplica no caso de Olivença. Olivença é portuguesa por direito e foi-nos roubado, tendo pertencido mais de 6 séculos a Portugal. Irredentismo seria se estivessemos a falar, por exemplo, da região do "Cedillo/Cedilho" falantes de galaico-português na fronteira.
Penso que podemos reaver Olivença sem violência, para isso seria "apenas" necessário juntar países com interesses semelhantes ou pelo menos com uma posição contra a espanhola. Isto é, Reino Unido (no caso de Gibraltar), Marrocos no caso das "Plazas de Soberania" e Ceuta e Melilla, e os separatismos da Catalunha, Pais Basco e Galiza. Se um de nós conseguir os seus intentos, os outros devem aproveitar o impeto, além disso devem ajudar-se mutuamente.
A questão económica é realmente um problema bem como a questão da opinião pública. No entanto, o direito português aquela terra não desaparece por causa disso. Penso que seria importante, uma campanha de vários anos de marketing, na região, e apoio de ONG's (ex: Além Guadiana), e ainda fomentar a imigração portuguesa para a região de forma a aumentar a população falante e apoiante do português/Portugal. A nível económico, é tentar melhorar o mais possível para alcançar os níveis da extremadura espanhola no nosso alentejo.
Salazar não resolveu o problema porque não queria problemas com o único vizinho e um Estado militarista que podia perfeitamente invadir-nos. Preferiu a paz e estabilidade. Acredito, no entanto, que se o regime franquista tivesse caído antes de Salazar ter morrido, que Portugal teria aproveitado para reclamar o que é seu por direito.
Nunca podemos desistir do que é nosso, nem que passem mais 200 anos. Eu nunca desistirei de tentar reaver Olivença.