cabeça de martelo ->
Em primeiro lugar, o PT não tem teorias nenhumas sobre o PAK-FA. Os factos são factos, e só os entusiastas mais fanáticos é que se recusaram desde o primeiro dia a ver o óbvio.
A industria russa tem problemas que não acredito que possa resolver e isso afecta inevitavelmente o desenvolvimento de qualquer aeronave.
O PAK-FA foi construido na mesma linha de montagem do SU-27, recebeu um grande numero de componentes do SU-27 modernizado e recebeu um trabalho de restyling de grande monta, como os russo sabem fazer e até bastante bem.
Os próprios russos afirmaram vezes sem conta que o PAK-FA não se destina a competir com o F-22. A quantidade de sistemas ingegrados na aeronave americana está a décadas do que os russo podem fazer em tempo útil e antes que os americanos desenvolvam sistemas que lhes permitam colocar o F-22 fora de serviço.
A engenharia de adaptação faz parte do código genético dos engenheiros russos. É assim desde há muitas décadas.
É assim que os russos trabalham, é a mentalidade deles e é assim que as universidades russas trabalham.
Não se pode mudar métodos e doutrinas em poucos anos e a industria aeronáutica da Russia continua a manter grande parte das estruturas do tempo da URSS.
Aliás digo mais. Não há praticamente nada que os russos tenham que não seja do tempo da URSS ou que tenha sistemas estudados ou derivados dos produzidos na URSS.
Os russos são bastante eficazes nas adaptações mas não são bons no desenvolvimento de novas ideias.
Há naturalmente casos de sistemas em que os russos tomaram a dianteira e em que se especializaram, mas são relativamente poucos e as aeronaves de combate não são um deles.
Isso pode-se comprovar pela preferência dada pelos russos ao desenvolvimento dos sistemas anti-aéreos.
É uma prova de que os generais do exército, nunca confiaram muito (para dizer que nunca confiaram nada) na capacidade das aeronaves russas para controlar os céus.
A confiança era tão pouca que se estendeu às classes dirigentes, que tiveram que criar duas forças aéreas distintas.
O lapis e a caneta.
Há um exemplo que costumo dar sobre a capacidade russa de desenrascar e a capacidade americana para gastar dinheiro a mais.
Diz-se (e isto é mito urbano) que russos e americanos precisavam de escrever a bordo das suas naves no espaço. Como não havia gravidade, a tinta não chegava à esfera da caneta e as canetas deixavam de escrever.
- Os americanos colocaram um pedido às industrias, financiaram o desenvolvimento de uma caneta especial, pagaram milhares de dólares pelos protótipos e depois colocaram uma ordem de produção para o modelo escolhido, que ainda sofreu uns melhoramentos antes de chegar às mãos dos astronautas. O processo custou 10 milhões de dólares.
- Os russos entregaram aos astronautas um lápis.
Este mito urbano é contado pelos russos, para demonstrar a sua capacidade para desenrascar.
O problema é o que aconteceu depois.
A caneta americana custava os olhos da cara, e funcionava durante toda a viagem.
Os russos enviaram o lapis, mas depois tiveram que enviar o apara-lapis porque senão não conseguiam escrever.
Como as aparas não caíam para o chão e flutuavam, podiam ser respiradas pelos astronautas ou entupir os sistemas de ventilação.
Então os russos desenvolveram um sistema de aspiração que aspirava as aparas quando os russo afiava o lapis para dentro de uma caixa com um filtro. A caixa precisava de ligação eléctrica, pelo que tinham que enviar os cabos de ligação.
Conclusão: A caneta americana pesava 30 gramas, enquanto que o conjunto russo do lápis e do sistema para aspirar as aparas pesava 3kg e era demasiado pesado.
A solução, foi mandar os espiões copiar a caneta americana, fabricando-a em maior quantidade porque não tinham que pagar royalties ou desenvolvimento.
Esta Estória, mostra na perfeição como funcionava e ainda funciona a industria militar russa.
E é por isso tudo, por todas as envolventes, toda a soma de dados e informações sobre o desenvolvimento do PAK-FA, que se pode concluir que se trata de um SU-27 muito modificado.
O PAK-FA, é o lápis, que vai fazer a mesma coisa que a caneta americana.
Mas nunca será a caneta americana.